Vamos para a Tua Terra: Turquia
4/2/23 - Episode Page - 59m - PDF Transcript
Na Tua terra, na Tua terra Vamos Na Tua terra, na Tua terra
Vamos Na Tua terra
Olá Emanuele. Olá Hugo. Estás bom? Sempre. Ainda bem. Hoje vamos viajar até à Turquia. Esse vasto país, 85 milhões de habitantes. Ficam na fronteira clara entre a Europa e a Ásia e de certa maneira podemos dizer que é o verdadeiro centro do mundo.
Há poucos lugares que tenham sido bers de tantos impérios. Por lá andaram quem? Olhos e titas, uma gente muito engraçada por acaso.
Depois os miscênicos, então oh que saudades que deixaram os miscênicos, os persas e depois também os gregos com o Alexandre o grande.
Para lá se mudou o Constantino do Império Romano, quando o império romano faliu em Roma e depois lá fundou esse império bizantino na cidade que leva seu nome, Constantinopla.
Depois chegaram os turcos e pegaram na cidade do Constantino e lá vão fazer a sede de um dos mais poderosos impérios da história.
O Império Otomano é de lá que os poderosíssimos sultões vão comandar a Turquia, partes da Europa e praticamente todo o mundo árabe.
E depois vão ser, para os poderes europeus, o verdadeiro inimigo a porta sempre com aquela expectativa é hoje, é hoje que eles vão invadir.
Chegamos assim ao início do século 20 e os otomanos vão alinhar na guerra pelo lado errado, o lado dos alemães e vai ser o fim do Império, do meio do caos.
Vai surgir o fundador da Turquia Moderna, Mustafa Kemal Ataturk, que vai criar um país moderno e sobretudo secular, o que é um caso bastante raro no mundo islâmico.
E é precisamente esta modernidade, esta secularidade, que parece estar a dar alguns passos atrás com o atual presidente Erdogan.
A história deste lugar vai, seja como for, seguir em frente, como tem seguido sempre ao longo destes séculos.
Agora queremos saber é como é que é a vida lá dentro e para isso a nossa convidada é Ani Mai, Chelly Kiay.
Nasceu em 1996 em Estambul e lá a estudora de arquitetura, depois vai fazer irásmos em Lisboa, se ficar seis meses, e depois em 2020.
Mudou-se de vez, portanto calcula o que tinha custado na experiência dos outros seis meses, e vai fazer uma estrada.
É isso que faz, esse clássico de se fazer uma estrada, o que está a fazer agora é escrever a tese e também trabalha numa empresa de energia.
Ani Mai, muito bem-vinda. A viagem vai começar para Estambul, uma cidade que é uma das mais antigas do mundo e que já foi sede de tantas imperias.
Fala-nos um bocadinho do seu, do bairro onde nasceu.
Ok, nasceu um bairro, também antigo, no parto histórico, se chama Safati.
Neste bairro era, nesta altura, agora mudou imenso, também passou 26 anos.
Nesta altura é um bairro muito pequeninho, um bairro com pessoas quase comparação.
Estambul tem muitas pessoas vivendo junto.
A população, nesta altura, acho que quase 10 milhões.
Estambul é uma cidade gigante.
Gigante, sim.
Muito extensa, é muito...
Sim, sim, sim.
O uso da limitação também de organização cidade tem que ser sempre de lados. Não podemos ficar em cima de termos ali e não podemos construir nestas lados.
Mas a volta era minha bairro.
Era muito pequeninho, mas todo mundo quase conhece um do outro.
Eu sempre jogava na rua e tinha esta oportunidade, nunca senti nenhuma preocupação de segurança.
Porque todas as nossas vizinhas e nossos amigos, mas hoje em dia não é assim.
Hoje em dia mudou muito, mas temos mais pessoas, como você já dizia.
Já a cidade tem crescido mesmo.
Sim, acho que doplo nasceu, agora estava 10 milhões, agora 20 milhões e mais.
E nota-se isso do número de aeroportos.
Também tem crescido muito o número de aeroportos e aquelas sensões e nomes.
Uma cidade tão grande funciona um bocadinho, como estava a dizer, por quase pequenas aldeias todas coladas, umas com as outras.
Com identidades muito próprias do seu bairro.
Esse que fica na parte europeia na parte...
Ah, sim, parte europeia. Sim, eu nasci a parte europeia.
É uma pergunta engraçada.
Lembro-me de fazer aqui uma pergunta, de perguntar a um amigo de Estambul, se se sente europeu ou asiático,
porque é aquele clássico de ficar no meio das duas coisas.
E, pelo menos, vale o que vale, era aquela pessoa de Estambul em particular.
Respondemos com muita surpresa.
Sou europeu, não se põe a questão de não ser.
Se ele fizesse a mesma pergunta.
Se sente a diferença, a nível de diferença era maior, alguns anos antes,
porque se alguém me vê até taxistas, taxistas não se chamamos.
Esta taxa ia de outro lado, na Europa, da Ásia.
Sempre temos esta diversificação dentro deles.
Mas quando se atravessa, quando se vai para o lado asiático, está sendo a mesma cidade.
Sim, mais ou menos, mais ou menos.
Pessoas mudam, mesmo pessoas mudam.
É fácil a mudar, é passar só um ponto ou passar com qualquer coisa.
Mas no final, é pessoas que mudam.
Habitos delas também mudam um pouco, mas não muito.
Talvez um turista não pôde senter todo direito a esta diferença,
mas quem vive lá em Estambul, é esta.
Isto significa, parte, por exemplo, quando passamos à Ásia,
primeiro, primeiro bairro, conhecemos a Caducay.
É mais conhecido como pessoas mais artistas, mais da vida à rua, noito, barros.
Mas a Europa mais para trabalho, mais rígido.
Ásia é mais relaxado, o que eu posso dizer isto assim.
Quando passamos, nos sentimos, mas é turista, talvez não.
Seria essa a principal diferença, um ambiente mais...
Sim, mais verde, mais relaxada.
Os parques onde se vai...
Sim, temos maiores parques deste lado.
Porque de parte a Europa mais para trabalho, mais edifícios, coisas assim.
Mais rígido, de vida lá, de pessoas vestirais, mais coisas.
É de parte à Ásia.
Agora, hoje a dia tem quase o mesmo.
Mas se eu estou dizendo andar da rua,
alguém pôde senter esta pequena diferença, mas não grande diferença.
É como sair a área metropolitana Lisboa, ficar dentro.
É como hoje eu sou e eu passo à Amadora para Lisboa.
Estou-me sem ter tanta diferença, não sei.
Já passei a um conselho, não.
Estão quase mesmo.
Mas quem me vê sabe, isto é diferente.
Sim, porque é essas identidades de bairros.
E depois também é uma cidade que é quase um estado em si mesmo,
com tantos milhões de habitantes.
E tem gente de todo o mundo.
E se quanto, em relação aos anos em que nasceu,
nota essa diversificação...
Onde aí nasceu, não muito.
Mas depois nós mudámos a casa para o outro lado de Istanbul mais suburbana.
Ali sentemos mais.
Ali tínhamos muitas pessoas, por exemplo, meu pai incluindo era da Irã.
Temos mais vizinhos da Irã, Suria, Gregos.
Temos imensos também.
Algumas aldeias?
Alguns lugares...
Sim, isso.
Sentemos mais.
Mas de centro, sempre muitos culturas diferentes.
Mas quando fomos lá...
Alguém nasceu no lado do centro, sabe?
Era a Istanbul, as coisas destas.
Para nós, é tudo normal.
Nós fazemos esta diversificação.
Ah, isto é outra cultura.
Para nós, quem nasceu à Istanbul,
é toda a cultura da Istanbul.
Já há muitos anos, muitos diferentes países.
Muitas diferentes culturas, pessoas de outros países viverem lá.
Elas criaram uma cultura só para a Istanbul.
Agora, a cultura não da Turquia.
A Istanbul é mais juntada com muitas coisas.
Se alguém nascer do Istanbul,
ou nascer de qualquer cidade da Istanbul,
se fica para fora da Europa,
não sente a diferença.
Sente o que é isto?
Mesmo coisa.
Nós já temos tudo.
Se passa para a Ásia, é mesmo.
Não ficamos como se presa.
Nós já temos isto, já está tudo.
É uma cidade onde, de facto, se respira no ar
esta ideia de ter sido capital de vários impérios,
que te levaram para ali gente de todo o mundo mesmo.
É um privilégio crescer em uma cidade assim.
Como é que eram os primeiros anos,
essa ideia de gente tão diferente?
Como é que foi crescelar no seu barro?
Acho que até 20, qualquer coisa.
E não tinha esta noção.
Estava vivendo com muitas diferentes pessoas,
porque já conhecemos a mídia deste ano.
Mas com o tempo isto mudou-se,
porque começamos a perceber, por exemplo,
os primeiros anos, quando nós brincamos,
isto é só brincar.
Não faz diferença a todos,
todas as crianças brincam com as mesmas coisas.
Mas quando passa para a Liceu,
ou passa para outros níveis,
nós também começamos a aprender mais religiosos,
coisas religiosas, como fazemos,
isto começa a diferenciar a nossa vida.
Percebemos, ok, alguns dos meus amigos
foram para a igreja,
alguns muito mais deles, para a Masquita.
Alguns passinagógetes?
Sim, isso mesmo.
Estão muito em tudo.
Por causa disto, primeiros anos,
não sentimos muito estas diferenças,
mas com o tempo,
quando até chegar à universidade,
esta diferenciação começa,
faz parte de nossa vida.
Porque por causa disto, primeiros anos,
eu não tinha noção,
porque esta pessoa não é musloano,
ninguém tem esta...
Acho que o segredo é, de facto,
essa secularidade famosa na Turquia,
ou seja, o facto de não haver nenhuma religião,
pelo menos a nível estatal,
que seja mais importante do que as outras,
pelo menos na lei...
Sim, sim, sim.
Acho que um pouco a ambos.
Ajuda isso?
Sim, sim, sim.
Acho que um pouco dois,
porque a Sera Secular era muito importante,
como os ex-explicaram,
no início até Erdogan,
chegou a últimas anos, faz muita diferença.
Mas antes, justo é...
Sera Secular é um país tudo ter livro,
para ter este assentimento,
que é meio religioso,
eu não tenho nenhum relógio religioso.
Era a mesma coisa,
porque ninguém tenha até...
Significa nível,
a escola também,
nós nunca tínhamos,
nós tínhamos uma aula,
chama-se de culturas e religios,
para religiões.
Para se conhecer as várias...
Todos, sim.
Para só o muslo humano,
como o muslo humano faz jazão,
as coisas, não.
Nós aprendemos tudo,
porque tínhamos muitas pessoas
a seguir de outros,
de muitos diferentes.
Só por causa disso,
mas hoje em dia é diferente.
Hoje em dia é mais...
Já falaremos disso, sim.
O que faz da herança do Atatürk,
um caso extraordinário,
até a nível mundial,
que devia ser um exemplo,
disse que é mais inaldecido.
Quando estava a estudar,
começou a estudar,
antes do Erdogan chegar ao poder,
fazia-se muita tónica neste passado,
glorioso, estuda-se,
vai-se muito lá para trás,
vai-se a Bizâncio,
vai-se o Constantino,
começa-se mesmo muito lá para trás.
Para nós, começa mais deste Atatürk,
é o Empéreo Otomano,
para nós, porque é este glorioso
de nível a sentir isto.
É muitos amigos meus,
também quando visitaram o Turquia comigo,
do Português especificamente,
eles viram, olha,
vocês têm muitas coisas,
de muitos poste-fatorapias da Turca,
todo lado,
para nós ela é paída
toda a cultura,
é paída todo o país,
e também...
Fizmente não era feio,
porque não ficava...
Sim, sim sim, é uma boa sorte.
Era um sorte,
muito, muito.
Foi bastante bom.
Sim, sim.
E disto, é com,
também, nossas...
A bandeira.
A bandeira,
sim, igual com a bandeira,
porque Turquia ficou um país,
100 anos antes, é muito recente, até hoje temos pessoas andar à rua, tem lembrança
da guerra, nós tínhamos muitos anos, é por causa disso para nós um sentimento muito
recente, esse era o turco, faz parte do otomano, continuação do otomano, nós começamos
também na escola a aprender deste otomano, é como eles começaram a tirar neste país,
chegar a Anatolia, o que nós chamamos hoje, é deste tempo como chegamos a estar a turca
ou todas as tempos que nós passamos, para nós a estar a turca, acho que muitas pessoas
da Turquia também sentem isto, tão recente para nós.
Claro, e para lembrar, quem nos esteja a ouvir, que é particularmente notável este
estado secular fundado pela Atatürk, naquilo que era o centro do mundo islâmico, era
o país que saíam, podia ir islâmico para o resto dos mundos.
A única país de serem mais musulmanos, quase mais de 90%, mas serem a secular é Turquia,
é como o meu pai.
Porque prova que é uma possibilidade e se existir.
Sim, sim, isto é incrível, era muito difícil a chegar, faz este conhecimento, no mesmo
tempo, criar um país, é ser este país de continuação do otomano, em período otomano,
mas dizer ok, hoje a dia não vamos seguir isto, vamos, no noito ela também mudou nossas
letras, nós estávamos a seguir a escrever com alféva e araba, mudámos para letras
latina, também na mesma noite nós mudámos a seguir também, por exemplo, no mundo da
araba e dia para fim da semana, é sexta, é sábado, ou metade, muitos delas usam metade
para fim da feira, é sexta, se nós mudámos isto também, porque ela diz olha, isto vai
ser um país secular e vai seguir da Europa, porque notícias ou novidades, futuro, futuro
com mais ciência, nós temos que mudar a nossa cara para mais esta, para o oeste.
Ou seja, isso é mesmo o sonho de uma pessoa, uma visão de uma pessoa...
Sim, para a futura, por causa disso, era todo difícil, mas ela conseguia tudo, chegamos
hoje, nesta altura, hoje a dia, a Turquia continua a ser secular, isto é incrível.
Com algumas ameaças e podemos já falar disso, se bem entendo e ajudo-me aqui a perceber
isto, porque a Turquia está a passar com o Erdogan em particular, é apagar de certa
maneira a herança do Atatürk e ir buscar essa memória histórica do sultanate do
Império Otoman e, portanto, da religião do Estado ser islâmica, é mais ou menos
assim que se pode resumir isso.
É, isso mesmo, porque para eles, quando eles começaram a ter a força, começaram
o poder, eles começaram com esta ideia, ok, nós vamos juntar, outra vez, com o nosso
visão, com o mundo musulmano, mas isto não era, desta criação de Turquia, isto não
era ideia, ideia para, ok, nós não vamos abandonar todas delas, nós somos os humanos
muitos nós, mas vamos a seguir da Europa, nós não criámos para este tudo, para só
para ser um musulmano, musulmano tem que ser, para um musulmano tem que ser dentro, dela
é própria, dela é Allah, no nosso caso, o Deus, como chamamos, mas aqui ela começou
a ter esta força, dizer, olha, não, temos que ter juntos, todos os musulmanos, juntar
a forças, fica como a União Europea, temos que ter uma coisa similar, mas isto não
se serviu bem com ideias da Turquia, isto, como vocês já dizeram, isto mais do Otumano,
porque o Otumos sultan era também líder religioso, religioso ao mesmo tempo, mas
ela queria ter isto, esta força no dela, tentará puxar a Turquia para...
Tem memória do Erdogan chegar ao poder, mais ou menos, mais ou menos, já lá faz muito
tempo.
Sim, bastante tempo.
Mas ele começou com a Câmara Municipal de Istanbul, é o que quase metade do país
já era na Istanbul.
É um cargo muito, muito importante na Turquia.
Isso, nós dizemos, quem ganha a Istanbul ganha a Turquia, é o que também dá nos
pouco mais força hoje em dia, quem não a seguir de Erdogan, ela já perdoa a Istanbul
em últimas eleições locais, agora nós criamos de pensar que ela vai perder a Turquia também,
porque já temos uma eleição em dois meses, muito, muito perto de nós, só eu tenho lembrança
desta, mas quando a Erdogan chegou, a Erdogan, como falar, não...
Ela apareceu, assim, subrepetidamente, como o presente da Câmara de Istanbul, como
a transcarata é como uma obra bem feita na Câmara, facilitei.
Ou começou já com este discurso do, é preciso o orgulho no islão, o orgulho no...
Não, não, isto mudou durante o tempo.
Quando ela começou, ela sempre dava alguns notícias, dava alguns...
Desde ela chegou, estava a dizer, olha, eu sou musulmã, eu vou dar força para quem é
musulmã, ela sempre chegou com isto.
Mas não é necessário também, não mal, podia ter este esporto para delas também,
mas é quando ela começou, ela era mais, de maneira ela fala, estava totalmente diferente,
mais juntar pessoas, mas era, olha, vamos fazer uma coisa no Istanbul, a capital do
mundo, coisas assim, mas com o tempo, cada vez, cada ano, ou cada eleição, depois,
quando ela viu, ela ganhou esta força toda, em cima dela, e pessoas, muitos pessoas,
milhões de pessoas a seguir dela, ela começou a falar de realidade dela, como ela quer,
qual mais força ela quer, para ter, para a Turquia, para o mundo musulmão, só quando
ela inicio, muitas pessoas começaram a seguir ela, porque ela estava a falar de realidade,
não estava a falar como ela quer coisas, mudar, ela chegou lá a fazer, Turquia tinha
economia muito boa, porque inicio, quando ela começou no Istanbul a passar para todo
o país, Turquia tinha bom, tinha bom, assim, aquela ideia do, ah, ele foi bom, ele foi
bom, apresenta a câmera de Istanbul, primeiros anos, primeiros anos, a minha família, a
minha idade, nunca estava a seguir dela, porque ela mais do direito de, mas, quando ela começou
o inicio, ela faz um bom trabalho, foi tranquilo, acho que todo mundo pode dizer isto, o inicio,
elas estavam a trabalharam bem, e lembra-se de começar a perceber, já tem muitos anos
estas notícias, de algumas editoras independentes começam a fechar, algumas rádios começam
a fechar, algumas teatros são privitos de fazer certo tipo de peças, lembra-se, claro
que era nova, mas lembra-se disto de começar a acontecer, sim isto, mais 8, 10 anos, últimas
duas eleições, ela começou, quando ela era presidente, ele assume para presidente, ela
ganha esta força toda, desta, esta altura, é coisas que começaram a mudar mais rapidas
do que antes.
E falava-se disto nas ruas com os seus amigos?
Sim, porque nós sentimos.
Nesta parte indepremitida, ou seja, pode ter as conversas todas, porque há muita gente
presa, nós sabemos que há muita gente...
Hoje a dia, se alguém escreveu qualquer notícia no Twitter, ou que ela não gostava, e dia
depois, dia depois, tão rápido, ela pode ficar em um centro-polícia para falar ao
que eu digisto, porque caso diga isto, são, da, da, da, da.
E gente muito notável, escritores, muito famosos, que estão...
Mas agora temos imensos pessoas, é, agora nós não temos, nós não temos mídia livre
de política, só isto não existe só o Twitter, só o YouTube, algumas pessoas tentaram continuar
fora da Turquia, porque elas não senteram, elas sabem, se elas voltaram a Turquia a
fazer mesmo notícias contra Erdogan, isto não vai acabar bem, porque ninguém faz isto.
Até isto chegou até Rua, na Rua, se alguém começou a falar mal dela, e te chega, porque
elas tenham esta força dentro jovem, elas têm este conhecimento dentro jovem, as pessoas
delas sempre a seguir, porque elas tentaram criar uma, uma país, uma vida Turquia assustador,
assustar pessoas para não falar contra dela, ou para não viver contra ideias delas.
Elas têm, têm de ter a fazer isto mais com mais força cada dia, porque elas sabem,
por exemplo, hoje, elas fecharam o Twitter muitas vezes, porque elas saberem, pessoas
poderiam juntar.
Claro, as redes sociais são grandes...
Sim, grandes...
Graças a todos os governos...
Isso mesmo, não irão mesmo, por exemplo, elas não têm acesso nenhum delas, não
podem ser, não têm acesso Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, nenhum delas, o governo
controla todo o internet lá, isto é um divino...
Não tem a pém-aseite entre as pessoas?
Não, elas sentarem os ervipeias, coisas assim, para chegar, porque hoje é dia mais difícil,
20 anos antes era mais fácil fazer estas regras, ok, ninguém mais ver, ninguém mais
saber, fora da Turquia, pessoas viveram mais calma, é o que elas tentaram criar, isto
é normal, isto é vida normal, viver aqui, não falar mal de ninguém...
Lembra-se disso, começar a acontecer, ou seja, esses conversas deixarem de acontecer no
espaço público e passar-se a uma conversa que tinha se calhar só com os seus pais e
dentro de casa, mais ou menos com cuidado.
Por exemplo, se vocês lembraram, em 2016 nós tínhamos um parque dentro de Istambul,
Ardon queria tornar isto para um centro-comércio ou qualquer coisa assim, as pessoas juntaram
a dias, como força de policias, elas dormiram lá para ninguém tirar árvores ou ninguém
começou a demolir esta zona.
E porque era um parque que tinha o nome do Atatürk, penso, em um piado, postamente,
para deixar de haver um parque com o nome do Atatürk.
E isso mesmo, e também elas não gostaram nada verde, mas isto é outro comércio.
Nesta altura, quando as pessoas começaram a juntar, elas ficaram muito assustadas
com isto, eu que também queria ir lá dentro de uma universidade, e nesta altura, meu
pai disse, não, não, isto é muito polícia, pode-se acontecer qualquer coisa, já perdemos
alguns crianças nesta zona, com este evento também, e meus pais, não deixaram-me ir lá,
não, não podes, isto, porque ela estava com susto, o que poderia acontecer.
E nesta altura, a polícia estava a usar a força maior do que precisavam, com estas
tanques, águas, coisas assim, elplásticos, balas de balas, assim, assim, perigoso, fisicamente,
também era perigoso, se elas fazem esta etiqueta de pessoas.
Isto contra a da Erdogan, isto, isto, isto, isto, elas começaram a fazer a vida delas,
muito mais difícil, se não conseguiram.
Ou seja, podia ter problemas na universidade, podia ter problemas na pessoa trabalhar.
Isso mesmo, isso mesmo, porque elas não deixaram-me, só eu estou, me lembro muito claramente
deste e o acabai de estudar a lice e começar a universidade, isto é, para esta altura.
Sim, esta altura era mais forte, com este assusto dentro das pessoas, até que umas de
nossas prisões maiores de Istanbul chamam-se a CeLivre, um lugar dentro de Istanbul, pessoas
dentro, se alguém fala mal dele, olha, CeLivre é muito frio, só para tu saber, CeLivre é
muito frio.
É um lugar dessa Widowara, essa ameaça.
operate, não, não diz isto, não diz isto.
Falamos dentro, mas não escrevem em nenhum lado, não puses as tiramos fotografias, esticrincha creation
etc.
e depois isto poder apanhar até aqui outro a outro lado.
Claro, isto que claro, mas não deixa de ser o espelho de um país ele próprio dividido,
ou seja, entre quase metade da população, sente que está a viver numa ditadura e outra
metade, eventualmente, está contento com a situação e com o governo do Erdogan.
Isto tem uma implicação enorme, suponho, na vida social de toda a gente, que se passou
a tentar, antes de abrir a boca, perceber qual é a orientação política do nosso interlocutor.
Sentiu isto?
Sim.
Sentiu.
Também era muito fácil.
Se vocês conheçarem alguém...
Percebes logo?
Sim.
Percebes logo.
O que é que denuncia?
Percebes logo.
O que é que denuncia?
Percebes logo.
O que é que denuncia?
Percebes logo.
O que é que denuncia?
Percebes logo.
O que é que denuncia?
Percebes logo.
E, em vez da seguida, eles têm isto.
Também nas escolas.
Se queríamos beber de alguma coisa para exemplo, vamos beber de uma cerveja, qualquer
coisa.
Nunca.
Porque também se prende com um ser mais tradicional, em termos fris socialistos.
Sim, mais tradicional, mais coisas.
Elas, é logo durante a comerça.
Se vocês derem, olha, ouvi isto, elas vão fazer esta mudança com isto, combinei.
Não.
Elas fazem isto mesmo.
Se alguém...
E percebe?
Precisa?
Sim, percebe?
Mas não deixa de sentar sempre a tal parte reino quando se conhece alguém novo ou
ou do que se pode dizer, no caso das mulheres.
Pense que o pígode, suponho que seja dofado.
Sim.
Nas mulheres poderia dizer-se que seja, através do vestuário,
que é uma visão que, se condecei, era rara encontrar uma mulher de burka,
por exemplo, nas ruas de estambul.
E hoje em dia é uma visão relativamente comum.
Também se lembra disso de começar...
Sim, burka é uma coisa mais arabo.
Nós somos musulmanos, mas burka é a cultura deles.
Para nós é fechar...
São sempre estrangeiros, quem usa burka será...
Sim, é muito mais deles.
Hoje em dia temos muitas pessoas de no estambulo e usar a burka,
caso temos muitas pessoas da Suria.
Elas também viverão hoje, depois da guerra, no país delas.
Sim, em Síria.
Sim, em Síria.
Agora, alguém, seguimos a rua com burkas, mais deles.
Não faz muito parte da nossa cultura, mas o que temos?
A herdona, ela juntos há muitos anos com uma taricata,
acho que se chamamos em português também taricata, ou tem outro nome.
Estes religiosos, por exemplo, elas têm seguidores,
eu sou uma pessoa muito religiosa de musulmana,
e tenho muitas pessoas a seguir da minha.
O que eu estou a dizer, elas fazem.
Mas não sei como chamamos estes grupos.
Mas a herdona eram juntos com um mais deles.
E as pessoas usaram estes xarps, não chamam os xarps,
com diferentes nodos.
Elas fazem isto significamente para conhecer que ainda faz parte deles.
De cada grupo.
Sim, uma da muito normal, o que fazemos abaixo do nosso...
Descoço.
Descoço-se.
Isso mesmo.
Fazeram um nodo.
Deixamos aqui.
Elas fazem, eles tornaram lado da cabeça,
fazemos maiores esta imagem.
Nós podemos conhecer, assim, por exemplo,
o meu avô também usava isto, mas muito mais calmo e sopor.
Essa era a rua, continuava a vida dela,
porque ela dizia, olha, eu sou musulmana e eu quero fazer assim.
Mas quando chega neste nível mais grupos, mais religiosos,
dizem, nós sabemos como viver, sermos musulmanos,
elas começaram a diferenciar, também vestidários deles.
Nós facilmente conhecemos quem com eles, quem não.
Aconteceu-lhe ter amigas próximas...
Aconteceu.
...que surpreendessem, começaram a usar.
Sim, aconteceu.
É o surpreendimento imenso.
E falava com elas, perguntava o que estava a passar.
Mais ou menos, porque não sei se posso explicar isto,
mas é...
Vocês imaginem, num dia está tudo normal a vossa vida.
Passamos à rua, falamos como quisermos,
comemos, bebemos o que gostaríamos a fazer.
Um noito, alguém chega e dizem,
agora não podes fazer isto, ou se queres fazer,
vais pagar mais, puser taxas, coisas, vidas delas.
É proprio, nós ficamos mais tristes.
Mas isto era um leis que iam acontecendo?
Sim.
Ou era qualquer pressão social feita de outra maneira que não era um leis?
Estava uma lei, por exemplo.
Se alguém quer consumir uma coisa fora do religio musulmana,
temos taxas 40 centos, pagamos mais.
Isto é parte de lei.
Mas também mesmo parte da cultura,
se vestimos uma coisa mais aberto,
eles não gostaram, os musulmanos não gostaram,
eles falaram na rua, quando a passar.
Uma espécie da sério verbal.
Isto mesmo, eles dizem, isto não, isto não acontecia.
O que parece é que há algum discurso,
como aconteceu em outros países,
valida pessoas mais fundamentalistas eventualmente,
e portanto, começaram a se cediar verbalmente,
claro, na rua.
Mujeres que, por exemplo, os assim...
Nesta altura, até um dia isto chegou mais fisicamente,
não só a falar,
elas começaram a agarrar o chato.
Isto é mais raro.
Aconteceu-lhe alguma vez?
Minho não.
Mas eu ouvi alguns amigos,
quando eu usei os fortes.
Minissaias?
Minissaias, a coisa, isto aconteceu deles.
Também isto depende da zona, parte do Istambul,
alguns zonas mais conhecidos, será assim,
por exemplo, hoje em dia, onde ele nosceu,
é mais fechado, com estas ideias,
já a vestir coisas,
ou estrários mais abertos para o musulmano.
Também o que eu estava a explicar,
meus amigos, quando eles mudaram,
viveram esta mudança juntos,
mas elas ficam em parto,
o que eu não posso perceber.
Eu gostava de falar, de certeza.
Hoje em dia penso,
porque nós não falamos sobre isto?
Pois, nesta altura, parecia,
não podemos perceber umas dos outros,
e podia perguntar,
olha, tu começaste a usar estas vestidas,
estas coisas, começaste a fazer isto,
e eles têm o respeito para isto,
se alguém tem.
Claro, não tem.
Mas o que mudou?
Ontem não era assim, o que aconteceu?
Mas também causa muito sofrimento
de perders amigos por essa divisão tão grande.
Como é que se faz a revolução mais silenciosa?
Como é que se é subversivo no ritmo assim,
com os livros que se lê,
ir às escondidas, ver determinados filmes
que, supostamente, não se pode ver?
Como é que se fazia essa revolução interior?
No dia a dia, com filmes, com livros...
Os VPNs, não é?
Os VPNs, não é?
Isso é.
Não é feito a nós muito.
Para uma cidade tão culturalmente vibrante,
que é quase impossível calar as muitas fóscias.
Isso mesmo, não era possível, mas elas limitaram.
Tínhamos lugares muito limitados,
ou pequeninos, cada dia menos,
onde podemos chegar.
Aqueles bar, os cafés, tudo a gente sabia.
Sim, estes cinemas mais para se boticar,
ou alguém tinha estes cafés,
as coisas mais seculares também,
ter esta ideia,
ela estava sempre a uma guerra dentro delas
para obter a vida delas,
também com a ajuda de nós.
Fomos lá todo dia a exportar delas
para o que acontecia.
Elas não querem parar a vender alcohol,
elas precisam cada dia pagar mais
a mais taxa de governo.
Até que desistem.
É isso mesmo.
O que acontecia, nós fomos sempre lá,
a ajudar elas a comer lá,
pagar lá coisas, mais coisas.
A beber o máximo conseguimos.
Isso é.
Já acabaram aqui.
Vocês não tinham acabado.
O máximo conseguimos no fim.
Muitas pessoas eram assim,
é quando nós ganhamos esta força.
Começamos a juntar mais, também,
primeiro, vamos a eleições,
votámos o que nós pensámos vai ganhar,
é mudar a nossa vida para melhor.
Foi uma emoção, a primeira vez,
de votar para a primeira vez.
Sim, tínhamos este...
Achou que ia mudar...
Sim, se conseguirmos mudar,
ou se não, como vamos fazer,
a primeira vez era mais...
Como eu posso dizer,
não tinha esta noção muito,
mas queria fazer diferença.
Na minha vida, a vida das outras,
porque aqui, alguém nasci no mesmo ato comigo,
só podia ver a...
qualidade da vida delas.
Não subir ou mudar para melhor.
Se nós queríamos fazer uma coisa,
mas não sabemos, também, inicio,
vamos de...
Esperança, esperança.
Isto vai mudar, isto vai continuar,
nós não temos força.
Primeiros anos, quando votar,
não, isto não vai acontecer talvez.
Poucos jovens votaram, foi?
Primeiro, poucos jovens votaram,
a segunda, quem vota,
não tinha esta noção.
Isto não vai mudar, nem.
Sou eu, como?
Quem disse que era possível?
É a geração dos pais, é o que os pais diziam,
mais ou menos, mais ou menos,
mas não era muito,
mas hoje em dia é muito importante.
Últimas eleições, subimos números,
e não tenho certeza de cabeça,
mas é cada ano, cada eleição,
chega um outro mais.
Primeiro é 50%,
quem podia?
O último era 67%.
E chegou, sim,
77, máximo.
Isto era máximo, porque muitas pessoas diziam,
olha, eu vou fazer diferença,
porque ela perdeu eleições locais,
ela perdeu Istanbul,
Simirna, Ankara,
maiores cidades de Turquia.
Agora nós xemos de força,
eu não consegui esperar 2 mais meses
para votar, porque isso aí,
isto vai ser o único,
é o último ano dele,
é a única vez nós juntarmos,
mudar a coisa.
Uma coisa tal que acontecerá de Turquia,
e agora,
todos os outros,
na esquerda, juntaram,
só contra Erdogan.
Temos 5 líderes diferentes,
eles sentaram na mesma mesa
para dizer, vamos juntar,
não nos seus forços, nos seus seguidores,
votar fora da Erdogan.
Nós dizemos, olha, isto é o garrafa,
é Erdogan, e vou votar para garrafa.
Não me interessa ninguém,
ok, eu vou...
Fui eleger uma garrafa.
E preferia.
Não deixa de ser um bocadinho,
se o Erdogan perder as eleições,
como está a vaticinar que vai acontecer,
será sobretudo por causa da economia.
O que não deixa de ser incrível,
ou seja, fazer aqui enquadramento,
a Turquia está, basicamente,
de rastros, a classe média...
Sim, perdemos tudo, agora não temos
a pobreza. Sim, mesmo,
mesmo até,
estamos aqui sem sair de Istanbul,
que é a região mais rica,
da Turquia, que será nas zonas mais rurais,
mas basicamente a classe média
desapareceu.
Gente que perdeu os empregos,
é quase difícil ir ao supermercado
comprar comida.
É um bocadinho um sabor amargo
da derrota sempre pela economia,
e não por essa questão,
ou seja, deixa-se sempre parar no ar,
que possa voltar com a economia a subir,
possa voltar um discurso
como o do Erdogan.
Tem essa...
Também, por exemplo,
a família meu era um grupo
que podia também,
elas não ganharam imenso, mas ok,
nós conseguimos a viver,
tínhamos um qualidade da vida,
podíamos fazer o que quisermos,
mas hoje em dia não assim,
cada dia eu falei a minha mãe,
olha, a minha mãe hoje,
hoje eu compro a mesma coisa, duplo preço.
Onde tem esta queijo?
Era 20 lira.
Hoje é 40.
É uma inflação de quase 100%.
Agora chegou mais do que
uma inflação.
Cada dia, eles sentaram rua,
esta diferença.
Ela compra um dia café, um lira,
outro dia 3, outro dia 5,
e volta a Turquia cada 3 meses,
fica chocada.
Cada vez eu chego a um supermercado
comprar uma coisa,
com o sando preços antigos.
Ok, agora não consigo
comprar nada, como mesmo...
O que que os jovens fazem? Voltaram para casa dos pais?
Voltaram.
Até ainda, Turquia tem uma coisa boa
para estudantes,
nós temos muitos dormitórios
onde eles podem ficar
é muito barato
do governo, antigo governo,
fazem isto.
Também eles têm um crédito
para estudar, eles recebem isto,
pagar a uma volta
sem taxas em cima,
são muitos estudantes têm este...
Sim, préestimos, sem juros.
Sim, sem juros, isso mesmo.
O que é o mais melhor?
Istambul é não o caso bom para estudar,
porque Istambul tem muitos coisas
como vocês já disseram,
uma cidade muito mais rico.
Muitas pessoas podem pagar mais
do que muitos estudantes,
porque muitos estudantes chegam de outras cidades,
é a vida,
o preço do vida, o preço do cada dia,
eles gastaram coisas comidas,
muito menos.
Se alguém de outras cidades chega
e Istambul fica ok, não conseguia.
Se alguém afada a água, Istambul é
dez liras, é outra cidade,
um lira, dois liras.
Isto é diferente aí.
E os salários, escolheram não estão a acompanhar...
Sim, é por causa disto isto,
estão muito em 20 milhões,
porque eles querem ganhar mais,
mas não são isto.
Ok, eu vou ganhar aqui, mas gastar
fora disto Istambul.
Se alguém conseguiu fazer isto, fica
contente, posso dizer.
Mas é difícil, porque Istambul é
muito grande.
Eles também vão juntar
aqui Istambul, eles começaram
a viver um caos,
sempre do trânsito, sempre a chegar lá.
A vida de viver Istambul, hoje dia,
é uma guerra. Cada dia,
sair a casa de uma guerra
para pagar as coisas, é difícil.
Para chegar a trabalho, é difícil.
Dois horas mínimo.
Não faz diferença.
O caos do trânsito...
Sim, incluindo, não faz diferença, porque isto
é gigante.
É chegar a um lado do outro e a dois horas mínimo
como trânsito.
Ou seja, é diferente de onde é que se mora.
Sim, isso mesmo.
Não precisa pensar muito quando parra já.
Mais ou menos, podemos dizer assim.
É por causa disto,
muitas pessoas agora não têm contenta lá.
Em cima disto, não têm vida social,
não têm concertos
para chegar, é porque
eles têm que poupar cada coisa
para chegar a final da mês.
Elas não disseram, eu não vou para
este concerto, porque se vou,
eu não vou pagar a eletricidade, não vou pagar
coisas. Antigamente, isto não era assim.
Quem cheguei a Istambul estava dizendo,
olha, temos muitos concertos,
temos muitos eventos, hoje
de noite vamos onde?
Hoje não, muitas pessoas têm que, com inflação,
com economia, viver lá,
é lado delas, tem um teatro, qualquer coisa.
Mas ela disse, não, não conseguia.
Se eu vou para lá,
amanhã não vou comer nada.
Tem muita coisa, restaurantes, lojas,
nota-se muita coisa fechada.
Também com o Covid não ajudou.
Depois disto também era imenso.
Governo não mostrou
esportes para delas, não
ajudou estas empresas pequenas
muitas.
Por causa disto hoje a perdimos.
Algumas coisas significas, faz
parte de cidade.
Antigas teatros, antigas cinemas.
Por exemplo, minha mãe estava
dizendo, olha, quando eramos estudantes
fomos lá, vimos
este filme primeiro vez,
elas todas fecharam.
Pastelerias, antigas, cem anos, 200 anos
fecharam.
Agora elas não conseguiram também depois
da Covid, mas isto é um problema
do governo, porque isto, coisas não
são restaurantes, não são cafés,
isto faz memoria de pessoas,
quem me vê estambulistas,
sempre tem que ser com a ajuda
de governo, ou ajuda de...
Porque estas
coisas também fazem especial
desta cidade, mas nós começamos a
perder isto também. Cada vez
voltar à Turquia é mais triste.
Posso dizer isto.
Há muitos jovens que foram embora.
Sim, muitos.
Muitos amigos cheios, que eu conheço
todos, muitas gente.
Cada dia eles irão olhar.
As xis fossem embora?
Sim, as xis.
Mais demais, hoje queria
começar a Portugal. Gostava
de fazer compras
achas como, achas que conseguia
como é mercado de trabalho.
Pergunta-lhe assim.
Sim, perguntei a começar a perguntar a mim.
Bem, nas rendas da casa agora não tenho
boas notícias para dar. Pois não.
Agora eles perguntarão, posso fazer
ver contigo? Nada para esquecer.
Não, até chegou
nesta nível, ai você
tu sei isto, altura mesmo mesmo
certa.
Isto não era ideia, mas no final
talvez sim, eu saí de Turquia
altura certa.
Houve uma motivação
política de certa maneira de se vir embora
devia fazer o Erasmus fora?
Sim, isto estou muito com também
mas mais do que Erasmus hoje dia
pessoas só querem sair.
Não faz muita diferença para onde.
Eles só dizem, eu preciso sair aqui
muitos delas para Alemã
porque temos uma maior comunidade
de turcos lá.
Não tem muito de problemas por exemplo
aqui, não temos muitos turcos.
Eu queria falar de Turca, só que posso
ligar a minha mãe. Não, muita opções.
O Amigos da Turquia aqui
não é fácil, mas Alemã temos
por exemplo, no Berlim temos 3 milhões
de turcos, qualquer coisa assim.
Eles preferem para lá
do que outros países de Europa
mas hoje dia muito. São comunidades gigantescas
já com as suas próprias estruturas
até económicas.
Mas hoje dia só eles querem
olha vou sair como posso ser.
Até chegou um nível, se
vocês vão começar a
fazer
universidades, eles pensaram
ok, o que eu posso
estudar é mais fácil de sair
da Turquia. E não posso
estudar e não posso ter advogada
de trabalhar fora da país porque
é difícil, tudo o regra muda e não podia
fazer isto. Talvez vou estudar
uma coisa mais geral
ou gestão. Ou seja, as pessoas já
pensam nos cursos que vão fazer
com a ideia de serem embora da Turquia.
E agora eu não tenho
dinheiro para viver
fora. Ok, o que eu preciso
é preciso ter uma profissão.
O que vai ser a minha profissão
dá-me mais liberdade
para sair
neste país. Eles começaram
a pensar isto há 18 anos
para o futuro delas. Isto
muito
é muito comum hoje dia
mas está horrível para mim
assustador porque estudei urbanismo
e não sabia também, eu nunca
pensei, eu moro urbanista
não pude trabalhar fora da país
porque regra muda
em política, pessoas, economia
todo mundo, quando eu cheguei
a Portugal a aprender, quase aprendi
todas as coisas outra vez porque
a base de
isto mudou. Há menos
mesquitas.
Muito menos.
No final, Alice tem esta noção
hoje dia, uma criança de 10 anos
18 anos, 15 anos
começar a pensar como
eu posso sair. Ou seja, perguntar uma criança
hoje em dia na Turquia o que é que é cheio quando fos grande
e já vai responder imigrante.
Pois talvez.
Em termos estas reportagens de rua
eles dizem, olha eu não posso
comprar isto. É uma criança.
Muito triste. Muito triste.
Se eu vou querer isto no meu pai
eu queria sair da Turquia
para fazer uma viagem com amigos
qualquer coisa fácil, básico
de ver. 10 dias
a não temos condições
já vai ser muito difícil para meus pais, não posso
sentir isto. Isto
é normal. Não todo mundo
pode fazer tudo. Eu aceito isto.
Mas isto começou
maior parte da Turquia
ficam estas ideias e não conseguia
e não podia. Não temos
condições, sou da Turquia
não vou saber a visa
incluindo isto para fazer a viagem
qualquer turco fora
do país. Tem que ter a visa
isto também precisa de aplicações
da confusão.
A pior política do país
tem efeito em cima de tudo
incluindo dentro e fora
se alguém queria mudar do país
para viver. Por exemplo, eu cheguei a Portugal
Portugal não tem isto não só muito
tem uma
as portas muito abertas para
muitas diferentes culturas de coisas
o que eu gosto imenso também
mas eu queria ir a outro país
na Europa e dizer, olha, eu sou da Turquia
quero viver aqui
não fácil.
Eu posso dizer isto facilmente, não fácil.
Elas não aceitaram muitas vezes
caso da política
e tinham uma amiga. Por mais relações
com o Eredon? Sim, Eredon caso de isto
porque elas não queriam ter mais turcos
coisas assim. Isto
também triste. Anos antes não era assim
não era nada assim porque
a Turquia tem uma educação
muito, mesmo muito bom
tem conhecido todo mundo
ela estava a dizer, olha, turcos podem chegar
porque nós já aprendemos muitas coisas
liceu e igual a que
nível da universidade.
Se há alguns estudantes turcos chegam aqui
a estudar a universidade
eles ajudaram estes
universidades
para outro, com outro nível
chegaram a outro nível porque elas esturaram
Sim, no final
do ano eles mostraram
e chegaram
a outras mais altas porque já saberam
coisas.
O que era antigamente
nós chamamos de abraços abertos
dizem olha, sim, recebemos
turcos, sim, ajudamos
elas
damos dormitórios
elas não precisam pagar hoje a dia
eu vou pagar duplo
mas eu quero estudar aqui, posso
mas sou do turquês, não, não podes
a nós aceitamos turcos
isto aconteceu próprio a mim quando
sou para itália
turcos não aceitamos este ano
Sente-se bem em Portugal
Sente, sim, sente
Às vezes quando tem saudades de sambul
vai olhar para a ponte 25 de abril
que é muito parecida
é muito, muito parecida
é também, nós também temos
eléctricos e sambulas
às vezes é LX Factor
e também Caracay, nós já falámos
muito parecido, sou sentado lá
às vezes faz isto, na tarde
gostava de voltar a sambula
quando não dizia que a situação
política seja mais de acordo com aquilo
que acredita, gostava de voltar
adorava, sim, eu queria
não só voltar, eu queria ajudar a
reconstruir meu país
meu país, outra vez
porque nós precisávamos abrir estas
todas as lojas restaurantes
fazer uma vida diferente para as jovens
e não sou quero voltar, eu quero
voltar a fazer
fazer uma coisa para futuro
eu não quero mudar a toda
a Turquia, mas eu queria
fazer parte, quero fazer
fazer parte de uma grande
mudança de Turquia
eu não sou quero voltar
mas voltar para mesmo mudar
coisas, mas não sei como
eu vou começar
primeiro vou voltar a Turquia
no maio para voltar
para meu país
depois vou se
confirmar os resultados das eleições
sim, vamos ver
se conseguia, aí gostava
mesmo muito, eu gosto
da cultura de Turquia, gosto de pessoas
de Turquia, só não gosto da política
fora da política que Turquia é o meu país
são as nossas baclavas favoritas
já de que voltámos
já estávamos a chegar
claro
uma mensagem
para fechar e passarmos
as nossas justiões, a vantagem
já tem sido tanta coisa
da Nopla, o império bizantino
o império otomano
é que tudo que esteja a acontecer agora
há de ser sempre passageiro
e há de ser algo que
em breve será outra coisa
a própria história de Istanbul
tem sido essa história
de quantas coisas diferentes se consegue ser
no mesmo sítio
e agora vamos às sugestões
que nos deu, Emmanuel
vamos então a elas
começas pela gastronomia
até a começar pela viagem
para não ver mais línguas
e de em volta
um valor
acessível
para o país em cristão
303€
opção mais barata que encontrei
com estambul
peço desculpa esqueci-me de referir para estambul
Lisboa estambul, com Scali Nova
Scali em Zurich
podem passar, não tem nada para ver
mas é verdade
e duração de
nova horas a viagem
aconselho a quem
prestar atenção
ao tráfico
marítimo de quanto se está
aproximado de estambul e ver aqueles barcos
gigantescos todos
também tem umas sugestões aqui racinadas
com essa questão
para alojamento
não escolhi nenhum hotel em específico
mas alarguei aqui a escolha
de uma região histórica de estambul
em soltar na meta
podem ficar qualquer hotel dessa região
porque as principais atrações
ficam aí nessa
zona
em estambul
precisamente podem andar por exemplo
de ferry boat, um transporte bastante usado
e
se aproxima
no fundo das margens do mar de Marmara
e Bósforo
e sugiro que subam até o DEC
e que vejam as vistas
da cidade
podem ver o palácio de Topkapi
Topkapi
a Ágea Sofia
a soltar na meta
as mesquitas, o grande bazar
o bazar das especiarias
até os próprios cemitérios
e claro a Torre Galata
também podem visitar
o café Pierre Lotti
este tem aqui
uma
nota também bem antes
do café que é o mais baixico
é um destino
para isto é o nome de um francês que se apaixonou
pela
por uma turca
e também por estambul
e podem aproveitar
a viagem também de ferry
ir ao café
que fica no fundo numa pequena
vivenda
também interessante, é um museu de inocência
a verdade é que um dos melhores guias de estambul
é o prémio Nobel da literatura
o Horan Pamuk
que no seu livro estambul, memórias de uma cidade
é um ótimo guia também
para conhecerem a
melhor dia mesmo, melhor dia de estambul
se calhar o melhor mesmo
não quer dizer, sem ofensa
não, não sou anual da onda
e ele tem outro livro, o museu de inocência
precisamente, é uma ficção
que se enrola
no estambul na década de 70
e a verdade é que este
museus está instalado na rua
Sucurcuma
não sei se todos dizem bem
no taxi
chegava lá
e é precisamente aqui
que podem conhecer
toda a ficção
que no caso
da cidade que ele conta
é real
desse livro
depois também obviamente
neste livro
que vocês leram
é carácter
primeiro carácter é sempre para fumar cigarro
no museu temos cigarras todos
durante o livro
elas ensinaram todas as cigarras
da parte final
ali atrás de um vídeo
podemos ver tudo, é também escrevindo
momento, este dia 1 de março
esse X
fumou esta cigarra aqui
de um de qualquer coisa
fumou esta cigarra aqui
muito giro
vale bem a pena
em estambulo que me referi
eu fiz aqui o apanhado
agora vou dar os meus 300
antes de visitar a Torre Galata
que é assim
me pensava ele não ir
ler a história agora não considerar o nome dele
a história do tipo
que se poste também do primeiro homem avuar
o tipo que se atirou da Torre Galata
abaixo com as asas
eu penso que é muito romanciado porque quem for a Torre Galata
a terra do outro lado do bósforo
ainda há 2 quilómetros
que provavelmente não é verdade
mas vale a pena
ler esta história
antes de lá ir
e já agora há esta ponte
que é uma ponte muito linda
tem uns restaurantes na própria ponte
e é
antes de atravessarem
quem vai para o grande bazar
mesmo do lado direito a um hotel
que tem uma lojinha muito pequena
e é uma coiteleria
são as minhas baclavas favoritas
é incrível
eu não lembro do nome do hotel
mas é assim um hotel famoso
também como baclava
eles podem beber café
é café turco
no final de copo
ele tem uma parte
mais posso
e usamos isto para ver o futuro
se eles querem também no Piailot
e algumas pessoas fazem isto
com bobras de café
todos os turcos tentam
temos muita experiência com isto
muitos anos de beber
o que vou fazer
vou lavar o copo
não vou ver o futuro
animar deixamos aqui
o lugar imperdível a capa doce
eu não explorei mais para deixar que animar nos falasse um pouco
acho que até ir lá
eu estava pensando
capa doce é uma coisa pequena
é giro, fotografias, balões
mas quando chegou vi
parecia um novel
eu estava pensando isto
um bairro pequeno
de uma cidade com esta estratura
era incrível
também se alguém não tem
um assusto com alturas
ótimo
com os balões
lindíssimos, tão lindo
parece que não usou na real
somos dentro de uma história
uma coisa assim
se alguém visite a turquia é vale a pena ir
visitar a capa doce
e agora sim vamos à comida
vamos à comida, faça o favor
a sustão de animar também foi o
cikofte
falar disso
pois é
pode-nos dizer o que é que
sim, cikofte nós fazemos
com bulgur, mas isto bulgur é
muito fina, diferente do que
hoje fazemos como era
bulgur no supermercado
muito difícil de encontrar
mas não é impossível
misturamos isto com polpa de tomate
temos duas opções
podemos fazer a vega, sem carne
ou podemos fazer com carne
mas pômos carne sem cozer
carne mesmo, comprarmos
matámos adentro, coroa
mas temos que pôr muitas
especiais
como piripiri
o que acontece
quando batemos a carne, esta mistura
com tempo
esta piripiri cozinha a carne
parece um trabalho grande
uma hora, bater esta carne
com bulgur
bater como pão
com mão
temos que fazer esta força
pois temos que ver estas peças bulguras
quase desapareceram
com um pouco de água quente
uma pasta
depois pômos dentro do alface
comemos assim
se podemos fazer com carne ou sem carne
é ótimo para a praia
não engorda
uma coisa ótima
também como todos os curtos
turcos comentam
todas as coisas com iogurto
também podemos comer isto com iogurto
isto também serve muito bem
fantástico
incrível, belíssimas sugestões
estamos todos ansiosos
de voltar
a dizer a Turquia
de Istanbul
talvez para comemorar uma mudança política
quem sabe, muito obrigado
até para a semana
vamos
para a tua terra
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Nimay Çelikyay leva-nos a passear pelos bairros de Istambul. Falamos do tempo dos sultões, do sonho de Atatürk, da nuvem escura de Erdogan e das eleições que vêm aí.
* A Turquia no prato: çig kofte, no Pizza Fatia na Rua Dom Luís, Lisboa
* Na Literatura: Istanbul Hatirasi (A Memento for Istanbul), de Ahmet Ümit
* No cinema: The butterfly's Dream, de Yilmaz Erdogan
* Num lugar: Capadócia
* Na música : Every way that I can - Sertab Erener; Tarkan- Kuzu kuzu; Odam kireç tutmuyor - Lümüne