5/22/23 - Episode Page - 53m - PDF Transcript

Para tua terra, para tua terra,

Vamos para tua terra, para tua terra,

Vamos para a tua terra

Olá, Emmanuel!

Olá, Hugo!

Estás preparado para a nossa vida de hoje?

Para disso!

Vamos até ao Nepal, é um país que fica entre a China e a Índia e fica no sul da Ásia,

claro, vivem lá 30 milhões de pessoas e pessoas muito diversas, são de muitos grupos étnicos

e até de culturas, falam-se mais de 120 línguas no Nepal.

Em termos de religião, também é diverso.

A maioria, 80% mais ou menos em Índu, o que não deixa de ser curioso porque foi precisamente

no Nepal que nasceu Buda, mas também foi cenário, claro, de muitos deuses e deusas

em Índu, é uma zona muito sagrada para estas duas religiões.

Em assuntos mais terrenos, vamos lá deixar os deuses um bocadinho,

também lá estiveram, para além dos referidos de Deus,

vários impérios e várias dinastias e depois, nem mesmo com a chegada do poder imprial britânico

a Índia, o Nepal perdeu o seu estatuto de rei independente,

foi sempre independente do Império Britânico,

não pacificamente teve que lutar pela sua independência e fartou-se de dar pancada na cabeça dos ingleses.

Depois, já nos anos 40 do século 20, houve uma série de revoltas que acabaram com o poder absoluto do rei,

claro, e vai nascer uma democracia parlamentar.

Tem uma vida curta, nos anos 60 o rei volta a conquistar o seu poder absoluto

e vai ser em ditadura que o país vai ter o seu crescimento económico e vai, digamos assim,

vir para o século 20, está como ele estava a acontecer no Ocidente.

Claro, isto com muitos atropelos à liberdade, como é típico todas as ditaduras.

A democracia vai voltar, mas antes disso, ainda houve uma guerra civil contra os maoístas

que quiseram transformar o Nepal num Estado comunista

e depois um sinistro e estranho massacre da família real.

Um dos filhos do rei, num suposto acesso de loucura, entrou no palácio, matou o pai,

que era o rei, a mãe, os irmãos e outros 10 membros da família real.

Hoje o Nepal é uma república secular, está a fazer o seu caminho, que é sempre difícil,

para uma democracia plena, falta falar, claro, do mais importante

e o principal marco geográfico do Nepal,

uma parte dos Himalayas que inclui a montanha mais alta do mundo,

o Everest, com seus quase 9 mil metros de altura,

a tal que terá sido escalada até o topo, pela primeira vez,

pelo neo-aslandês Edmund Hillary e o Sherpa Nepalês Tenzing Norgay.

Quando lhe perguntaram por que tinham decidido escalar o Everest,

o Ser Edmund respondeu uma frase que hoje é histórica,

because it was there, porque estava lá.

Para sabermos que mais é que lá está, o nosso convidado é Tanca Sapkota,

que nasceu em 1974 em Baglung, com vista para os Himalayas Nepalês,

estudou em Itália, numa das mais famosas escolas de culinária do mundo,

vive em Portugal há quase 30 anos desde 1996

e, para além do seu trabalho como chefe e restaurateur,

não esquece também as suas causas sociais,

a que diga grande parte do seu tempo.

Olá, muito bem-vindo Tanca.

Obrigado pelo convido.

Queria fazer uma pergunta aqui à boleia desta história de escalar o Himalayas,

o Everest, é mesmo verdade que só no século XX este Sir Hillary

e o seu Sherpa, o incrível também Norgay,

são os primeiros mesmo a ter subido ao Everest,

ou já há muitos anos que as pessoas iam lá estender a roupa?

É sim, há coisas escritas que alguns passaram por lá,

mas como eles passaram e certificaram que passaram lá, foram primeiros.

Primeiros certificados.

Se calhar não é capaz de não ser mentira, porque é preciso tecnologia

até para suportar as temperaturas e respiração.

Como é que é crescer a sombra das montanhas mais altas do mundo?

Como é que se influencia a própria maneira de ver o mundo?

Uma coisa, quando eu levantava,

era a primeira coisa de manhã, quando eu soube nascer

e eu via montanhas douradas, como tivesse pintado ouro.

Acho que como nós aqui em Portugal, nós gostamos paisagens do mar

ou dos florestas, nossa paisagem é Himalayas, douradas,

tanto de manhã ou tanto anoite pintadas de ouro.

Acho que orgulhoso nascer um país, são duas coisas muito importantes.

É um sítio muito especial para todos os senhores.

É muito especial porque onde nasceu Buda e onde tem 15 montanhas,

são as montanhas mais altas do mundo.

A Napurna também.

A Napurna e a Daulagiri são mais altas.

O Everest, claro, fica na fronteira entre o Nepal e a China.

E o Tibet?

Eu gosto de dizer mais Tibet.

É uma região despotada pela China.

Muda muito, ou influencia muito a própria maneira de se ver a si próprio,

essa grandeza da natureza à sua frente.

Faz das pessoas sentirem-se um bocadinho mais humildes em relação à própria natureza?

Absolutamente sim, porque para mim natureza é tudo.

Talvez eu quer dito mais na natureza que Deus.

Porque a natureza consegue, tudo depende para nós,

a nossa dia a dia, a natureza que tem força.

Para mim a natureza, antes de Deus, gosto de ver aquela maneira.

Todas crescerem, todas acabarem, como estava impermanente.

Mas sempre o ciclo, sempre vai saindo, outro entrando.

Porque a montanha se lembra-nos que vai continuar lá,

mesmo quando nós já tivermos na terra e vão mais umas pessoas,

e a montanha continua lá nos milhões de anos que já lá está o Everest.

Fala-nos um bocadinho desta sua cidade de Baglong, no sítio onde nasceu.

Fica a mil metros de altitude?

Mais ou menos, deve ser 500 mil metros.

Tem mais alto também, porque o Nepal é um país montanhoço,

a maior parte só tem 20% plano.

Plano, onde é que é tipo tropical.

E depois começa a montanhas até subir.

Uma parte que nós fazemos é o Nepal, fica em colo de Himalayas.

Então, uma parte, fronteiras, todos, quando estivermos, nós fazemos.

São montanhas, que vai da Himalaya, desde Irão até Butão.

São colas montanhas.

Os Himalayas, é assim mesmo.

E as pessoas vivem, tendencialmente, em platos, em planos altos que ficam no...

Esse penso do Nepal, acho que nós temos planos.

Antigamente viviam só etnias de lá, onde agora toda a gente vive.

Mas acho que nós tivemos um cadinho de influência de Tibet,

que as pessoas vieram de Tibet ou de Índia.

Talvez tiveram alguma guerra.

Então, passaram.

As certas se dizem, não é planura mesmo.

Porque para perceber, eu podia dizer para estar muito bem,

porque as pessoas vivem ainda muito montanhosas,

e a vida não é fácil.

São planuras, mas é muito...

É inclinado.

O Nepal é muito, muito inclinado.

Será que é por isso que estas comunidades estão diferentes,

e estes grupos até étnicos estão diferentes, vivem mais ou menos em paz?

É porque estão longe uns dos outros.

E é tão difícil eles chegarem para andarem achapada.

Não, não, mas pode ser isso também, mas não deve ser isso só.

Qual é o segredo?

Acho que o segredo vem do religião.

O hinduísmo também é uma religião paz,

e o budismo também é uma religião paz que ocupa um 95%.

Acho que um sei tão outro.

Porque para nós, o Buda, eu sou filho da Índia,

para mim exatamente é siva, que é respeito siva,

mas eu respeito igualmente Buda.

Nesta forma, acho que não há conflito religioso,

porque no mundo aconteceu muitas vezes,

muitos conflitos religiosos entre duas religiões socar.

Acho que no...

A religião hinduí e budista não se choca um particularmente.

Não se choca, porque também, sim, nasceram também no mesmo raiz.

Não quero dizer que Islam e Cristão também nasceram no mesmo sítio,

mas agora são muito revalidados.

Mas muitas coisas, eu sou filho do hindu,

mas estou a praticar mais o budismo.

Isso é pacífico, ou seja, os seus pais não se poseram fora de casa?

Não, mas eu também tentei praticar o budismo

quando eu procurava algumas respostas que outras religiões não davam,

então tentei perguntar a religião budismo.

A maior parte da religião budismo dar respostas reais,

como Einstein dizia, se assiste a religião hoje,

que ele consegue responder na necessidade de hoje, é budismo.

Então, é fundo do hinduismo, também é mesmo, igual da budismo,

mas só que por fora está pintada uma maneira muito artificial.

Foi aos sítios onde o budando, porque também muitos deuses hindus nasceram por ali?

Sim.

Segunda tradição é Nepal.

É, porque a Nepal, um país onde nasceram grandes homens espirituais.

O Beda, Beda é um escritor de livros sagrados,

o maior livro, Beda, Beda, Beda, que ele escreveu em Nepalês.

E Siva, nós conhecemos muitas vezes Siva, né?

Siva nasceu também.

Siva nasceu no Buda e praticou toda a vida na Himalayas.

E Buda nasceu no Capilibás, tu.

Então, as histórias infantis que lhe contavam aos seus pais,

ou seja, aos seus avós, misturam já isto tudo, não é?

Ou seja, não é a história do caprichinho vermelho, da bela adormecida que lhe contavam.

No acidente.

Que histórias é que lhe contavam os seus pais e os seus avós quando era criança?

Eram histórias que já envolviam a montanha e Buda e...

É, porque eu quero contar uma coisa muito bonita.

No hinduismo tem, não sei, você nem conheceu contar quanto são outros deuses?

Muitos deuses, não é?

Não é?

E no hinduismo tem água e sol, são os sagrados.

Mas, cientificamente, se for espiritual puro e consegue meditar bem,

as que todos os deuses ocupam o seu lugar.

É uma pedra, um deus.

Se conseguir olhar com aquela olhar, as que também fazem sentido.

Porque você está a entrevistar no seu lugar.

Ela está a entrevistar.

Eu estou a falar, e aqui também, aquela sensação que entre nós temos,

uma ligação espiritual.

As que é muito, muito bonita.

É incrível, é mesmo?

É, porque eu estou a estudar um cadinho para perceber o que é humanidade,

que no hinduismo tem, todos são deuses.

O árvore deus, uma planta, um rio deus, um rio e sagrado,

árvore sagrado, pedra sagrada.

Um deus em cada pedra?

Cada pedra, cada sítio.

Uma montanha, mas se não se formas profundo, faz sentido.

Eu não sei se estou a ter uma visão muito romântica do Nepal,

mas isso é uma preocupação que todos os Nepaleses sentem,

até pelo seu entorno.

Essa procura do sentido da vida, eventualmente,

ou de uma aproximação ao lado mais espiritual,

é uma coisa que reconhece como um traço cultural.

Era, já foi mais e mais rico,

neste momento um cadinho todo começa a estar mais pobre,

porque, em nome de modernidade,

está a perder coisas super, super boas.

Esta é uma pena, as que também.

Agora está a regresar outra vez.

Agora já que o pessoal quer meditar,

meditação já está a ficar uma coisa mundial,

porque, no meditação, o que nós conseguimos ver é lucidez.

Então, acho que, no Nepal mesmo,

o mundo inteiro também está a voltar para meditação,

porque meditação tem uma força que normalmente nós não temos.

Eu já entrei nesta faz e estou a sair um cadinho,

mas eu gostava de voltar outra vez.

Ainda medita todos os dias, ou não?

Dois vezes por dia, porque, sabe,

para trabalhar com 60 tal pessoas,

todos os dias os restaurantes são bem conhecidos,

dá muita responsabilidade, termo social,

termo de qualidade do restaurante.

Então, se eu não fosse meditar, eu já estava doendo.

Pratico isto, 15 anos.

Isso é incrível, já iríamos a esta parte,

mas sim, é empresário, tem quatro restaurantes muito conhecidos em Lisboa,

emprega, como disse, 70 pessoas,

o que é uma responsabilidade enorme,

ter 70 famílias,

quase 70.

E arranja tempo, quanto tempo é que duram essas meditações?

Faço-me uma coisa cinco minutos?

Não, não, eu faço logo de manhã.

Eu faço logo de manhã,

e para tentar não entrar no todos os trabalhos a seguir,

porque é difícil.

Quanto tempo é que leva de manhã?

Aqui horas.

É uma receita, não sei se estão a perceber.

Não, e eu...

Como apanhar um amigo médico e perguntar,

tem faz dois de que vez.

Eu faço yoga, barra, meditação durante uma hora,

todos os dias.

Manhã e toda a noite?

Mas eu queria dizer, quem está a ouvir,

meditação não é fácil para dizer.

Eu não consigo fazer meditar como eu quero,

talvez consigo dois ou três vezes por mês.

Meditar como eu diria?

Mindfulness.

Porque não é meditação,

uma coisa muito difícil.

Se nós fizermos com tempo,

conseguimos fazer,

mas nem sempre.

Toda a gente que faz meditação,

sentar e fechar o óleo,

não é conseguir fazer meditação,

porque é muito mais que isto.

E eu estou praticando todas dois de vez por dia,

não consigo fazer.

Não é estar de olhos fechados a pensar o que tenho que fazer durante o dia,

e resolver problemas dos restaurantes.

Já está meditado por isso,

meditar uma coisa muito difícil,

não é fácil de fazer.

E era um hábito que já tinha,

desde o Nepal, desde o adolescente?

Está a ver, esta é sim, porque nós nascemos

nesta cultura.

E dizemos, nós somos modernos,

não apreciamos nada.

Porque nós, eu nasci,

eu não gosto de falar nada de casta.

Para mim, horrível, casta,

mas no Nepal, é muito mais moderada

que a Índia, muito mais.

Mas existe também o sistema de castas.

Mas é muito, não tem quase nada

no Nepal, na Índia há muito.

Mas nós,

como filhos da Brahman,

eu tinha que tomar

a primeira coisa, ir caça de banho

e tomar banho.

Que a Brahman é a casta mais alta.

Quando nós ficamos,

sentimos ser mais modernos.

Deixamos tomar logo de manhã,

e perder estas coisas.

Não é que a Brahman devia fazer,

deviam fazer todos

ter esta direito, devia fazer tudo

com a mesma forma.

O segundo sei, é uma casta que tem

obrigações religiosas especiais.

Seria a casta dos sacerdotes,

os seus pais

incutiram-lhe isso em si?

Eles fizeram até,

meu pai faleceu este ano,

ele fez até o último dia.

Minha mãe faz todos os dias.

Lembra-se de meditar com os seus pais

em criança?

É uma coisa muito pessoal.

Não, não, eles ensinavam.

A meditação

era uma coisa

cantar mantras.

Foi assim.

Agora estou a regressar no origem.

49 anos de regressar no origem.

O que pais ensinaram-se

e agora quero expandir isto

para a volta de meus amigos também.

Tentar meditar.

Estamos quase convencidos.

Completamente.

Como é que foi estudar o Liceu?

Tinha sua cidade?

Não, não é Liceu. Esta é a escola pública.

Então vou contar uma coisa

e a história é muito bonita.

Porque eu sou filho de homem

um dos mais ricos

de várias aldeias,

várias municipais.

Mas eu nasci filho de rico

mas trabalhei como fos filho do pobre.

Porque eu tenho que compar

de volta da escola

tenho que fazer tarefas da casa.

Aconteceu assim, estudei, trabalhei,

estudei, trabalhei e o que aconteceu?

Quando tinha 18 anos

no Nepal ainda não.

Tinha muito casamentos ranzados.

Hoje em dia não assiste

e em 30 anos mudou completamente.

Era aranjamento

casamento aranjado.

Então disse

eu não gostava

de ir a casamento aranjado

nem casar

de 18 ou 20 anos.

Chegaram a arranjar uma noiva?

Não arranzaram

mas pôde possibilidade porque meu irmão mais velho

sente tudo a casamento.

Então eu fugi do Nepal

para não casar.

E só ligou depois

aos pais a dizer fugir

já não quer mais casar?

Não, mas porque não era fácil

porque precisava

visto não precisava.

Na altura não precisava visto

e perceava algum dinheiro

então eu pedi meu pai

por favor ranzam-me

um bilhete, mil dólares

eu não apercei a tua herança nenhuma

e até vou cuidar

até o último dia a ti.

Eu fiz exatamente o que eu disse.

E vai parar a Itália?

Vai foi logo para Itália?

Então dali...

Como é que aparece a cozinha?

Então fugi de casamento

segui a Alemanha

se alguém na Alemanha

ou não?

Então meu irmão disse

ou voltas para estudar porque eu sou aluno de direito.

Mas não tinha acabado o curso ainda?

Não, não era 18

apenas começado.

Ou voltas para estudar

ou lavas prato.

Então eu escolhi lavar pratos

durante um mês, 19 dias

e cada vez...

Não, não, era do italiano

onde as que tenho que agradecer

também

que eu tive

toda a vida, tive muita sorte.

As que panhei um

tip sorter um patrão bom

onde que aprendi tudo

tudo fazer

desde lavar pratos

ajudar a fazer salada

fazer pizzas

fazer barman, fazer empregada

mesa, fazer chef da cozinha

Foi estranho no início

vindo de uma família mais

privilegiada economicamente

foi estranho de repente a sua vida com algo que mudou bastante

Absolutamente, lavar pratos

para mim era uma coisa

muito estranha

Ainda que tivesse a ajudar-se

Porque lavar pratos no Nepal sentia

a lavar pratos, é uma coisa

de vergonha

no hotel, foi estranho

mesmo tempo também senti

um pássaro livre

via de acassamento

E aí que se apaixona pela cozinha

O Maurício, meu patrão

somos a relação como pai e filho

deu oportunidade

de aprender a fazer tudo

Então, aprendi tudo

Vim para Portugal

para dois semanas

Tinha trazido algum dinheiro

Tinha acabado o dinheiro

Então, meu primo manda ainda

meu sócio

meu amigo

Ele manda dinheiro

mas com cacacacá

não ter uma letra certa

Dinheiro voltou para trás

Tava morada errada

Não, porque eles só davam com o seu nome

Ah, com o seu nome, sim

Na Oeste da União, eles davam só com o seu nome

Então, como o nome estava errado, dinheiro voltou para trás

Ficou sem dinheiro nenhum

Ficou sem dinheiro nada

Olha, ainda bem que aconteceu isto

Com azar

Dormi dez dias com o seu casaco

em novembro

Mas comecei a trabalhar

Porque dinheiro não voltou

Tinha de fazer qualquer coisa, então comecei a trabalhar

Quando comecei a trabalhar

Percebi que a culinária

era muito simples

Despertou-me, dizer, olha, se ficar aqui

Vou trabalhar

para mim

E sim que fiquei para Portugal

há 26 anos

Quase 30 anos

Exatamente de diferente daquilo onde tinha nascido

Aliás, vai se dedicar a restauração

Era um estudante direito

No local

Não, mas que costuma dizer

Religião não é...

Cultura não é mínima

Língua não é mínima

Religião não é mínima

Tudo é diferente, comida é diferente

E mais tarde

Tornou tudo meu

É fantástico

É mesmo que encontrou a sua casa

Do sítio onde nasceu

Essa aventura do seu

Primeiro restaurante

Eu, a Casa Nepaleza

Ele foi ao primeiro que abriu

Primeira, eu abri 99

Eu seguei 96

Fim, 99 foi como é prima

Segundo, foi Imsuli

Terceiro, foi Casa Nepaleza

2010

2015

Forno do Ouro

2016, ele é marcado

Incrível, ou seja, foi esse

Especializante na cozinha italiana

Porque era aquele que tinha...

Esta história também é bonita porque

Eu vi

Fiquei aqui, abri o restaurante

E pensei que aquela

Vagagem que eu tinha comigo

Era a cozinha italiana

Porque tinha aprendido

Um restaurante, mas um restaurante

Era a primeira classe, mas eu sei que

Não era suficiente, então foi estudar

Em Itália, considerada

A melhor escola do mundo

Onde é que

Por aí mais

Sobre a cozinha italiana

Foi difícil, porque eu tinha filhos

Tinha restaurante, deixar tudo e fazer

Todas as semanas esboa aroma

Fiquei bastante casou, mas como

Não é vasculhida por si

Esta vez foi

Esta vez foi, depois

Depois de 10 anos

Esculhi uma mulher

Digo consigo

Foi

Minha sorte da vida

É mesmo Minha sorte da vida

Não estou a dizer para dizer

Ainda bem, porque hoje que eu estou aqui

Se não fosse ela

A certeza era muito diferente

Que bom ouvir isso

Abrei um restaurante

Num país onde não se conhece nada

Já é difícil, se for um pequeno restaurante

Mas disto-se a tirar, a fazer restaurantes

Não sei se lhe vou chamar de luz, mas restaurantes

Boas e conceituados

Aventura que até para quem é

Daquele país

É difícil, porque é tirar-se logo

A fazer

Restaurantes

Não sei como é que lhe vou chamar

Não sei se lhe vou chamar de luz

Não, não, não, mas porque essa

Não é esta ideia, eu vou dizer

Porque eu também quero

Gostava de deixar uma indicação

Para pessoas que querem ter negócio

Quando começam a ter um negócio

Tem que começar do pequeno

Muitas pessoas querem o grande

E depois caem

E não conseguem levantar mais

Outra vez

E eu comecei um negócio

Mais simples

Pois mesmo como é prima

Foi subindo sempre

Porque

Vou contar o meu segredo de sucesso

Que por sorte eu tenho falado

Já temos várias abditação

E olhos

Não é isso

Nós temos que fazer

Conscientemente

Temos que fazer melhor que ontem

Esta segredo de negócio

Não preciso olhar concorrente

Não preciso falar ninguém

Olhar comigo

Conozco o próprio

E depois perceber

Ontem eu fiz esta maneira

Hoje, vou pensar

Hoje ou próxima semana

Vou fazer um quedinho melhor

Esta é um quedinho

0,1%

Fim do ano

Torna 0,3%

Esta é a segredo

Segredo do negócio que temos

O segredo da profissão que temos

Porque

Muitas pessoas pensamos

Querem ter resultado grande

Na primeira semana

Na carreira, no negócio

Qualquer coisa

Relação com família

Porque queremos um salto grande

Se for um salto

Sem percebido

Mínimo

Fim do tempo que o salto é brutal

Bem construtivo

E nunca vai

Uma coisa muito forte

Não vai cair

Esta maneira que eu fiz o negócio

Tenho corrido bem

Pendeu que agradecer os portugueses

Que apoiaram toda a vida

Bem, frequentam bastante os seus

Restaurantes

Na casa de pales

Ou seja, depois da cozinha italiana

Claro que deve ser uma relação especial

Com estar a apresentar e mostrar

A culinária do país onde nasceu

Quando veio, há quase 30 anos

Não havia muitos nepaleses

Em Portugal

E eu arrisco-me a dizer

Que a maior parte dos portugueses não sabia

Se quer dizer onde fica

Exatamente o Nepal

É verdade

Porque a Nepal ainda ficava quase na India

Mas havia muito poucos nepaleses

Eu sou quarto nepaleis

Chegaram em Portugal

Depois do embaixador da mulher

E do filho do embaixador, provavelmente

Não temos ainda embaixada

E eu falo

Tentamos

Ter um consulado

Pelo menos

Embaixada aqui

E um consulado no Nepal

Porque o Nepal tem sofrido bastante caso

Embaixada e consulado

É uma mistura que

Novia e Nepalês

Tudo era diferente

Mas quando abrir

Essa história italiana

Toda a gente perguntava

Por que não Nepalês misturar cozinha italiana

Não é possível

Carne e carne, peixe e peixe

Se nós misturávamos carne e peixe

Nem a carne nem a peixe

Porque eu vou perder minha identidade

Como chef italiano

E misturar cozinha e nepalesa

Porque muita gente perdiu

Então nós fizemos

Uma coisa a parte

Ser puro

Foi casa nepalesa onde nasceu

Foi que ali entrou muito tempo

Da casa de palesas

Não estamos a usar este espaço para fazer publicidade

Mas ver se no casa de palesas

Acima de tudo um amor enorme

Porque é tudo ótimo

O serviço é ótimo, a música é ótima

O sítio é bonito

Há ali um amor muito grande

Eu não tenho mais restaurante

Porque não quero

A cada restaurante você frequenta

Nosso

Há muito amor

Vou contar uma coisa muito bonita

Todos

Poucos restaurantes

São feitos

Amor barra negócio

Porque muitos

Estão virados para negócio

Por isso eu sinto mais

Satisfeito nesta forma porque

Meu negócio

É negócio

Restaurante barato também não é

Caro

Também muito caro não é

Onde é que eu sinto muito realizado

Minha prioridade

Nunca foi negócio

Acho que eu nasci esta forma

Para mim o negócio foi

Segundário

Eu tinha que sentir

Bem no trabalho

Onde

Eu posso dizer

Eu nunca vendi uma sobremesa

Da dobro de sua lucro

Quando eu gosto mais que dá menos lucro

Nunca vendi em 26 anos

Nunca, 24

Quer dizer

Negocio é segundário

Paixão é primário

E uma pergunta assim mais pessoal

Aconteceu o momento de voltar a casa

O filho que tinha fugido o curso de direito

Fugido de casar, e de palmanha

Lavar pratos

Nos olhos dos seus pais

O orgulho de ter corrido bem

No outro lado do mundo

Esse empresário

Da restauração que voltou a casa

20 anos depois

Se chegou a ver, ou seja, se viu

O orgulho dos seus pais

De ter corrido bem depois do filho

Que é algo que tenha sido um bocadinho

Problemático quando resolve

Fugido de palmanha

Meu pai era um grande amanteireiro

Porque não é meu pai

Era toda a população

Um revolucionário

Eu tenho um cadinho rei

Eu não tenho todo

Eu gostava ter todo o rei que meu pai tinha

Mas eu tenho um cadinho dele

Então para ele também foi fácil

Porque ele desidentificava a mim

Um filho mais parecido

Ele chegou a vir ao seu restaurante

Ele chegou fez viagem todo mundo

Depois de 80 anos

E o que é que lhe disse do seu restaurante

Quando comeu a primeira vez na casa

Quando a primeira vez foi

Então tinha uma mesa de cabaco

Silva, do presidente da república

Sentiu

Onde ele estava a jantar

Ou o lado tinha um presidente

E depois eles começaram a conversar

Dois ficaram orgulhosos

E sentiu mesmo, mesmo bem

É, o pai pensava

Corrou bem

Quando volta

Ao Nepal, quais são as principais

Diferências em relação ao Nepal

O Nepal saiu há

Quase 30 anos atrás

Aconteceu muita coisa desde que saiu

Saiu

Na altura da guerra civil

Ou seja, já aconteceu muita coisa

Uma sacra da família real, de histórias incríveis

Hoje em dia o Nepal está a caminho

Não, é uma democracia

Com algumas questões

Como é que vê o Nepal

Que é tão diferente se calhar do Nepal

De quanto saiu

Nepal cresceu economicamente

Espiritualmente

E está a voltar outra vez

Para espiritual, porque o país

Para meu sonho

Nepal podia viver

Com as montanhas que ele tem

Soa apenas com

Centro de Meditação

Basta bater, Nepal podia ser

Boa comida

Boa estrada, centro de meditação

Nas montanhas

Onde que não tem

Grande cultivo hoje

Podia ser

Eu estou a falar com

Ou seja, transformar o Nepal

Em um grande centro de meditação do mundo

É isso, é um princípio incrível

Você não viu de manhã

Levantar pelas montanhas

Toda assim

E ficar com o ar puro

Acho que

Não precisava fazer mais nada

Utilizar água que nós temos

Para produzir elixidade

E fazer isso acho que Nepal

É o país mais rico do mundo

E mais rico por interior

Também não é só por fora

Não é por seu dinheiro

Bem sucedido que vá para lá fazer isso

Como é que está a ser o desenvolvimento

Sem ser a base da indústria

Como é que está a ser feito esse desenvolvimento

Nepalês tiveram mal

No Guerra Civil

E tiveram muita esperança

Quando instalou

Democracia

Quando o Sarairês foi embora

Sabe o que acontece

No país, nas pessoas sim

Nós não temos líder

Um líder grande

Líder que pensa

Não partido o país

Esta que tem, nós temos sentido

Muita falta

O país é pequeno

E tem muitas oportunidades

Para fazer as coisas

Porque nós temos elixidade

Nós temos a abastecer

Suda Ásia toda

Temos tanta água com força

Só isto era suficiente

Que os tributários do Ganges

E até os rios

Rios são muito fortes porque são inclinados

E tem potência brutal

As que não tem aproveitado

Eu sinto-me triste

Porque sabe o que acontece

Na vida das pessoas ou líderes

Gostamos falar mal de outros

Não perceber o que está a passar por nós

Mas que nós somos muito fácil

Criticar outros

Perder tempo e falar mal

De outros

E não falar nosso

O líder também deveria falar com eles próprios

Dizer, estou aqui para cumprir as coisas

Não falar mal de outros

E muitas vezes na nossa vida

Na política da vida da política

Acontece isto

Sentem maiores quando criticam

Eu sinto pessoalmente

Falta um líder valente

Onde

Podia utilizar as coisas

São coisas

Que o país

Pode ficar rico facilmente

Esse líder pode ser o antigo rei

Sei que ele tem aspirações a voltar ao poder

Não tem não

E pode se calhar

Não cega

Porque eu posso ser cozinheiro

Eu tenho que ter uma capacidade

Eu tenho que ter

Ajuda

Ajuda muito

Mas se não tiver capacidade

A vontade é uma coisa grande

Tem que ter

Não tem capacidade

A minha parte do país está contente com o repúblico

Não está ou não

Qualquer Nepalês

Estas partidas também não querem falar

Mas qualquer Nepalês preferia

Eu queria até esquecer

Falar antes

O país era super rico

Mesmo quando era muito pobre

Tamos falar

50 anos atrás

80 anos atrás

Era super rico

Pessoas eram tão felizes

Mesmo com poucas coisas

Qualquer Nepalês hoje

Partidos não falam

Mas qualquer Nepalês prefere

Uma monarquia

Que é esta confusão toda

Tem vindo muitas disputas de poder

Não entre vários partidos

E depois foram

Regiões

Fizeram sete regiões

Sou corrupção acima da corrupção

É péssimo

Porque o país tão pequeno

Não precisa parlamentar

Região 1 ou 2

É muita coisa

Um país ainda

Continua pobre

É muita carga de

Dinheiro

Onde é perdido

Não é só salário dele

E depois no mundo mais global

Sente que há muitos jovens

Que estão a sair do Nepal

E a...

Porque eles não estão a ver futuro

É nosso líder

Eu nunca ligo nem falo mal da política

E eu falo comigo próprio

Não perco o tempo a falar mal da política

Estou como estamos no rádio e estamos a falar

Porque Nepalês hoje em dia

Não tem esperança positiva

Porque eles te deram uma oportunidade

Fantástica

E eles estão a cavar com a corrupção

Tenham poder

Dois terços

Se não fizeram o que era tempo

Dois vezes não fizeram

Quando que eles vão fazer

Nunca vão fazer

Então cada vez um jovem

Quer dizer dele

Não quer ficar no Nepal

Sou com o Aldramois

E estão a ver muita gente para Portugal

É uma comunidade que está a crescer bastante

Nepal é...

É um redditorio

Não vem para ficar cá

Porque daqui é fácil

Documentar

Documentar o passaporte

Tem chegado muita gente

Diga entre 30, 50 mil pessoas

E para o qual é o destino final?

América...

É destino final, Norte Europe

Norte Europe

Alemanha, Holanda

Noruega na marca

Era a Inglaterra, mas fechou

Algum alemânia, um pouco alemânia

E vem jovens muito preparados

Diga isso

Conformação...

E jovens estão a emigrar

Todos os jovens

Não vou classificar

Monstros maus

É quem está a vir embora isso

Ou contrário?

Vai para Estados Unidos

Austrália

Normalmente

É que tem vindo

Não quiserem estudar tanto

Desceram 12 segundos

Não tiveram melhor nota

Tem sido diferente

Não é todas, mas é a maior parte

Tem vindo porque Portugal

Não é país da...

Póis da escolha

Porque país, eles sentem

São obrigados a sair do país

Porque não tem futuro

Portugal também não tem uma economia

Provavelmente muito florescente

Parece muito aliciante, suponho

Como é que vê

O interesse dos portugueses

Pelo Nepal

Fazem-lhe muitas perguntas

Uma coisa tem corrido bastante bem

Português tem adorado os nepalês

Porque

Eles são leal

São grandes trabalhadores

Até eu estava a falar semana passada

Segredade do estado de ministro

do fronteiro estrangeiros

Diz, o nepalês

São primeira escolha

Eu estava a dizer

Porque nós estávamos a falar sobre

Se conseguimos ter um consolado

No Nepal

São primeiras escolhas

São nepalês para o trabalho

É bom

É bom, mas

Devíamos aproveitar melhor ainda

Mas é bom porque

Tem deixado boa marca

Mesmo na agricultura

Tem uma vida triste

Houve problemas gravíssimos

Com a imigração

No paleza, no lentejo

Como é que assistiu essas notícias?

Sabia, se é uma coisa que toda a gente sabia

E estava a fingir que não sabia

Daquelas histórias

Sempre

Aconteceu isto

Quando há

Muita amassa

E porque propios

O cidadão

Daquela país

Como diz, aproveitam

Para ganhar dinheiro

Ou seja, pessoas que exploram os imigrantes

Exploram

Isto aconteceu com a Ucrânia

Antigamente

E agora está acontecendo

Muitas dentes da Sudácia

É uma coisa muito triste

Ou seja, pessoas que aliciam

A imigração

Ilegal

Com contratos de trabalho

E depois são iguais

Eu tenho muito medo

Nós temos construído

Uma prestígio muito grande

No Portugal

Mesmo sejam trabalhadores

Super honestos

Eu tenho medo que um dia

Algumas estas pessoas

Que querem aproveitar

Estragam imagem do Nepal

Eu estou muito preocupado

Espero que não aconteça

Quem está explorar

São

País da origem

Para explorar

Provendianos

Fala um bocadinho do seu trabalho

Social aqui em Portugal

Porque essa preocupação

Com dar de volta

A comunidade

É também uma característica de palesa

Hugo, é meu slogan

Eu não posso mudar o mundo

Não tenho capacidade para isso

Eu não posso mudar o mundo

Mas posso ajudá-lo a melhorá-lo

Eu basei uma frase

É dever

Sobre outros

Como dever, como marido

Como pai

Como filho

Como cidadão português

Como cidadão que nasceu no Nepal

É uma palavra em dever

Então eu tenho meu dever

Sobre certas coisas

Então tento

Dar isto a meu dever

Posso ser para Nepal

Posso ser para Portugal

Tento esta palavra

Que está a basear a minha vida

No dever

Então estou tentando fazer meu trabalho

Que penso que é meu trabalho mesmo

Foi público

O apoio que deu durante a pandemia

As pessoas mais necessitadas

Em termos de comida

Não penso às vezes

Mas Hugo, eu queria salientar muito isto

Porque dar comida

Qualquer pessoa dá

Não é importante

Nós pensamos que quando eu tive a reunião

Com o variador Carlos Castro

E mais dois variadores

Como é que é?

Então vamos fazer pizzas

E entregamos

Dar comida

Não é importante

É importante que é

Dar comida de qualidade

Porque às vezes

Nós pensamos que em percisa

Na cidade podemos dar

Qualquer coisa

Muito diferente

Que dar comida

Ou ajudar

Uma ajuda de qualidade

Sim, sem dúvida

Não penso às vezes voltar a Nepal

Para continuar este trabalho

Eu quero voltar a Nepal

Para fazer alguns trabalhos

Sobre a cultura

Para levar o mundo

Porque meu documentário

Vai

O que nós produzimos

E com o conjunto do meu amigo

Nós fizemos um documentário

Vai para CNN

São seis episódios

Depois desta eu quero fazer

Alguns trabalhos para Nepal

Para realçar o Nepal

Melhor forma

Para levar

Se conseguir, estou a tentar

Porque esta

Para ir para CNN

Foi muito importante para mim

Porque nós estamos fazendo documentário

E agora, no princípio

Está fechado

Não sei quando vai sair

E quero fazer alguma forma

Ajudar o Nepal como seu cozinheiro

Vou contribuir do cozinheiro

Não quero ocupar

Outro espaço

Outro lugar para fazer

Eu vou contribuir como cozinheiro

Então vou fazer

Exatamente

Mas pode ser um restaurante

Que tenha centro de editação

Este era fantástico

Este era o

Eu acho que fugiu

Se fosse hoje

Eu pensei na altura

Mas não tinha tanta coisa de fazer

Eu devia ter um espaço

Onde que eu tivesse um pequeno terreno

Caça na Palécia

Mas onde eu podia fazer a minha editação

Era outra coisa

Está na altura de viajarmos

Mesmo

Para as suas sustões

Claro

Vai começar por onde?

Eu começo

Antes de

Passarmos as sustões

Do tanca

Como é que vamos até o Nepal

Não é fácil ir até Baglong

Mas podemos apanhar um voo

Até Kathmandu

Gastamos 1.185€

22 horas de duração

E 12 escalas

E depois podemos apanhar

O carro

De Kathmandu até Baglong

Agora ainda mais fácil

Porque agora só precisa ter uma escala

Doa

Agora temos

Temo a Star, Kishia Royce

Emirete

Era Qatar mas acabou o Qatar

Acho que já não há Qatar

O Manoel também viu o mais barato

Sim, eu não vejo o mais barato

Nem o mais caro

Vejo assim, um intermédio

Mas esse que lhe é só com uma escala

Sim, era um bocadinho mais despendioso

Mas passando às sustões do tanca

Então, de lugar impredível

Sugeriam-nos Qatar

Este é um sonho de qualquer pessoa

Eu perdo um sonho

De qualquer pessoa porque

Você está a olhar

Uma pedra, não é?

Você está a olhar Everest

A frente

Eu fiz com viagem com minha mãe

É lindo

Quem quiser conseguir ir

É ótimo

Se eu não conseguir ir

Fica muito longe da sua cidade

Nepal também não é grande

Por isso não é muito longe

Realmente o Nepal é

É um país propícia

Estes trekking em alta montanha

Não vais aconselhar

Recriar a viagem

Mas há por exemplo

Um trekking no circuito

Anapurna

Um dos mais famosos do mundo

Neste campo base do Everest

Que o tanca sugeriu

No parque nacional Royal Chituan

Em lugares até remotes

Como Bac Tapur

Bac Tapur é uma cidade

É muito histórica

Exatamente, e Kathmandu, claro

Kathmandu tem

Muitos sítios a visitar

É capital do Nepal

O que quer dizer Kathmandu?

Não, Kath é

Escultura de Madeira

Porque

Todo trabalho, feitos, arquitetura

Tudo Escultura de Madeira

Kathmandu

Kath é Madeira

Mando é Arte

Já vamos mais instruídos

O João Garcia, o português que subiu

Sim, sim, sim

Eu conheço, encontrei dois vezes

E em Kathmandu temos

Muitos locais

Como a Praça Durbar

O Templo Seto Máquim Dranat

O Templo Boudhanat Setupa

O Templo de Makako

O Jardim dos Sonhos

O Palácio Anumandoka

O Bairro Tamel

O Templo Pachupati

E o Palácio Museu Nara e Amiti

Está muito bem preparado

Está mesmo

10 locais

Para visitar

Kathmandu também

Falo-se aqui de Buda

Visitar Lumbini

É a cidade sagrada

O local onde nasceu

O Cidade Arta, é a cidade onde nasceu

Lumbini, sim

É próxima da

Índia

E é um local

Obrigatório de visitar

Também Pocara

É uma região, uma cidade

É um bocado Pocara

Se é um bocado, já é um bocado mais Pocara

Muitos dias

Mas pode fazer muitas atividades radicais

Como mountain bike, rafting, canoagem

Bungie jumping e caminhadas obviamente

Por fim os

Claro que podem, levem debaixo do braço o Cidade Arta

Que foi o livro, nos aconselhou do Hermanes

Nós todos lemos quando éramos mais novos

Que é a história, claro, de

Buda

Até a sua iluminação

Mas não pedíamos fugir

Ainda por cima tendo aquilo

Que é que é um chefe de fugir à gastronomia

Queria te dar aconselho

Do seu próprio restaurante

Não, mas é assim

Sabe o que

Como eu expliquei

Negócio nunca

Posserve seu negócio

Porque

Ano passado, pela time out

Fomos escolhidos os melhores restaurantes de Lisboa

Toda gente considerado

Milhares gastronomia

É o capital do Portugal

Então não pode saltar

Da caça nepaleça, não é porque é meu

E aconselha-nos a um prato que nos aconselha

Em específico

Quando se aconselhamos

Mesmo, porque eu sim

O Hugo Emmanuel

Nós utilizamos produtos portugueses

Este prato é bem típico português

Eu gosto de fazer

Mesmo uma ligação entre

Aqui, entre Itália

Entre aqui, entre Nepal

Entre os produtos

Vamos falar do cabrito

Que é da transmonte

Certificada

E com as especiarias nepaleças

E

Neste momento tem espargos

Selvadas em Débora

Deve ser autinho

É um prato nepalejo feito

Com coisas

Eu quero ainda

Meu destino para frente

É divulgar produtos portugueses

Eu gostava também

Fazer a mesma coisa no Nepal

Um dia, porque divulgar

Nossos produtos

Porque na Fora do Ouro

Nós temos metade da pizza

Com ingredientes portugueses

E tem corrido

Do melhor, do melhor

Agora um restaurante português

Em Kathmandu

Com cozida a quarta-feira

Mas com cozido feito

Com produtos nepaleças

Ficamos cheios de vontade

De várias coisas

Para além de termos

O sentido da vida

Ficamos cheios de vontade

De meditar, de fazer yoga

De, sobretudo, acordar

Com essa experiência que nos contou

E dar de caras

Com essa montanha mais alta do mundo

O Everest

Mesmo a nossa frente

Como não mudar a nossa maneira de ver

O mundo, a natureza

A conversa muito enriquecedora

Obrigado

Muito obrigada pelo convite

Mesmo

E ficamos que vocês vão estar tão bem de ir almoçar

A completamento

Nós voltamos para a semana

Para a tua terra

Para a tua terra

Para a tua terra

Para a tua terra

Para a tua terra

Vamos

Para a tua terra

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«Porque estava lá». Foi com esta frase que Sir Edmund Hillary justificou a sua subida ao Evereste, a montanha mais alta do mundo. A mesma montanha que via todas as manhãs da sua janela Tanka Sapkota. Saiu de casa aos dezoito anos para fugir a um casamento arranjado e hoje é um empresário bem-sucedido em Portugal. Continua, como desde criança, a meditar duas vezes por dia. A nossa viagem esta semana é o Nepal.

O Nepal num prato típico: Cabrito guisado com espargos silvestre e momo na Casa Nepalesa

Num livro: Siddhartha, de Hermann Hesse

Num lugar imperdível: Kala Patthar, Campos Base do Evereste

Na música: Resam Firiri, Narayan Gopal, Pholko ankhama pholai