Bate Pé: Ficar mais sentimental, O nosso maior pânico, Ser Respeitado pelos Mais Velhos, Desarrumação organizada

Mafalda Castro e Rui Simões Mafalda Castro e Rui Simões 5/14/23 - Episode Page - 48m - PDF Transcript

Olá, fieis seguidores do WattPack. Como é que vocês estão? Tudo bem?

Olá, batpívios. Temos que inventar um nome pós nossos seguidores.

Não é fiche, não é fiche. É somor batpívias, não é fiche.

Não, bat lindos. Como é que podemos chamar a quem ouve o podcast?

Não sei. Os batentos. Os batanetes.

Batedores, batanetes.

Batanetes, é, para mim. Olá, meus batanetes. Como é que vocês estão?

Olá, meus grandes batanetes.

Tá tudo bem?

Eu acho que metade das suas covenhas de podcast não se lembram dos batanetes.

Eu acho que sim. Achas que o nosso público é 15 anos?

Não.

Eu acho que para cima dos 20 já metade a gente se lembra dos batanetes.

Tipo, eu lembro-me dos batanetes. Nunca vi os batanetes.

É melhor ser e de sempre.

Não, o maluco estou rindo. É muito melhor que batanetes.

É coisa mais fiste. Não é, não é.

O quê?

Não é, não é, não é. Descorte completamente.

Não.

Batanetes é muito mais fiche.

Não, tu só estás a dizer isso.

Que o humor do batanete é mais ridículo.

Não, é exatamente. É o humor do batanete que eu gosto muito.

Mas para mim o humor do batanete é o humor maluco do riz.

Mas o maluco riz um bocadinho mais tipo...

Que é parecido.

Ou de gi.

Ou seja, os malucos do riz têm frases mais icônicas.

Vai lá, vai até Barracabana.

Fogo.

Isto tem que estar aqui uma assorda.

Ai, isto tem que estar aqui uma assorda.

E tenhas aquela, os sketchs com o que mais costa.

Lembras-te que ele tinha sempre...

Ele estava na loja, não é?

Ele fazia de merceiro, estava em uma loja.

E depois alguém entrava e como é que era?

Já não me lembro.

Aqui é bom sorrir, dá saúde e faz sorrir.

Não.

É uma coisa assim do gênero.

É pá, não. Acho que não tinha nada a ver com isso.

É.

É uma coisa assim do gênero.

É que esta mora está aqui fresca.

Imagina, não lembro-te o que é que jantaste ontem.

Frases dos batenetes, dos malucos do riz, está aí fresco.

São coisas marcantes, me falo.

Percebes?

São coisas que fizeram bem à minha infância, à minha adolescência

e contribuíram para a construção da figura que eu souas.

Que é uma grande figura.

Estão malucos do riz, como batenetes, como prédio de vasco.

Que é uma grande figura.

Deixem-te fazer-te uma questão.

Estão faz.

Deixem-te fazer-te uma questão, minha lindinha.

Minha lindinha.

Tu quando vais lá acima, ao quarto onde eu tenho o close,

é de 0 a 10.

Quanto é que ficas irritada por estar à roupa empilhada?

Dez.

Dez, ok.

Portanto, eu tenho aqui um dilema.

Que é?

Eu tenho um tipo de arrumação, tu tens outra.

Ou seja, a minha arrumação é a tua desarrumação e vice-versa.

Como assim?

Imagina, aquilo lá em cima para mim está arrumado.

Não está.

As para ti está desarrumado.

Super.

Mas eu organizo-me assim.

Imagina, eu gosto de ter arrumado.

Mas não, tu podes organizar assim, mas não vai dar.

Imagina, vai haver um dia em que aquele quarto vai ser o nosso quarto.

E aquilo não vai poder estar assim.

Mas por que?

Oh, Rui, por que não pode?

Por que?

Porque eu quero ter uma casa de revista.

Mas a minha, calma-me.

A minha, por que?

Ah, tu queres cara de luxo human.

Eu quero casa de luxo human.

É isso.

Tu queres cara de caras.

Quero.

Opa, eu quero o casa de Maria.

Que vista Maria.

Que vista Maria.

Queres uma casa mais...

Eu quero uma coisa mais real.

Mais real.

Eu quero uma coisa orgânica e real.

Mas o que eu achei, imagina.

E eu cá em casa, estou dispossado por fazer...

Seis máquinas.

Grande surpresa.

É...

Não, não, não.

Aí é grande surpresa ou Rui não faz um bitocca em casa?

Não.

Mas é isso que as pessoas pensaram?

Não, não é isso.

Rui não faz nada.

Rui senta-se não se fala igual...

Não.

Rui faz as coisas mais fáceis.

É verdade.

Você faz a loiza, tipo a loiza.

Eu não tenho ciência, né?

A roupa já é diferente.

Também.

Mas nós estamos bem assim.

Você faz o trabalho físico mais duro, não é?

É isso.

E eu faço o trabalho mental mais difícil.

Mental.

Não.

Porque eu acho que a roupa é meio mental.

Ah, e lavar a loiza, não.

Como é que é mental lavar a loiza?

É bom.

Eu vou tomar a mão primeiro para não ficar tudo gorduroso.

Ah, mas é que isso é nervamente.

E tu asmente ficar com os mãos gordurosos a lavar a loiza.

Mal, tu é aquele tipo...

Queres começar a lavar a loiza?

Fica com as mãos idas.

Eu não gosto de ficar com as mãos todas gordurosas.

Estão analises bem.

Onde é que eu vou primeiro?

Àquele prato?

Àquele garfo?

Onde é que eu vou primeiro?

Ele parece que lavar a loiza à medo.

À medo de sujidade.

Eu, por exemplo, estou a comer um bom bacalhau alagarar.

Se ficar sujo de azeite, sou gás para ir lavar as mãos.

Não consigo.

Se tiverem sujos de azeite, não consigo.

Mas consegue.

Se eu ressuscine.

Não, eu ia dizer isso que é.

Eu faço as máquinas de lavar.

E depois ponho as coisas no ceste e o rui leva para cima o ceste com a roupa.

E depois que ele fica aliada eterno, o senhor não disse a nada.

É só isso.

Porque eu gosto de arrupar uma escada.

Sabe?

Eu gosto de arrupar uma escada.

É.

Mas, por acaso, foi uma cena que nós, quando viemos para esta casa,

quem é que decidiu onde é que ficavam as cenas nos armários?

Por exemplo, por acaso, quando nós começamos a...

Não foi?

Não foi?

Garante que não foi?

Não foi eu também?

Como estás a dizer isso?

Como é que o momento está descarada aqui?

Foi eu.

Mas tu não foi?

Quando começamos a desempactar as coisas, tu decidiste.

Ah, ok.

Estar mariozinho.

Não, não, não.

Agora estou nas luzes e etc.

Ah, luzes.

Mas isso não vai ficar.

Nós somos uma pessoa que nos vai organizar isto.

Só como esta cozinha.

Não é cozinha final.

Também não é organização final.

Mas mesmo assim, não sei se vou concordar com essa pessoa.

Se usar dessa órgana.

Não sei se vou.

Vais.

Eu estava em especialista e tirasse de curso.

Mas não sei se vou concordar contigo.

Porque eu, se calhar, não quero me destrecer o armário.

Mas tu não és bom.

Se calhar aqui no quarto, dá-me mais jeito.

Tu não és bom.

Muito mais jeito.

Tu não és bom nessas coisas de organização.

Nós, para acaso, na arrumação, andámos com uma luta aqui em casa.

Porra.

Antes que começávamos a gravar a podcast, eu fui tirar esta luta limpa.

Agora ia dizer moores.

Malta.

Moores.

Pode ser moores.

Pode ser moores.

Desculpe lá esta ventania, que é uma coisa que não está irritada.

Mas eu acho que as pessoas não estão a ouvir.

Não.

Eu acho que o microfone não apaga.

Malta, está bem da venda.

Vocês sabem, de certeza, quando vocês vivem também está bem da venda.

Ainda por cima estes ursos.

Foram comprar equipamento para ter som de qualidade.

Nós.

Comparam dois micromontes.

Sim, nós.

Foram comprar braços.

Mas este urso, agora, individual, ruizimões, tipo há um elemento dos braços, dos micros,

que é para tu ajustar para conseguir esprender aqui lá a mesa.

Só que eu não calculei bem o sítio onde aprender na mesa.

Tipo, esse sítio é muito maior do que o ajuste dos braços.

Não dá.

Ok.

É muito melhor com o limite.

Agora não dá, porque se quisermos prender nesta mesa, não dá para usar braços.

A mesa vais comprar.

Não temos que comprar um tripézinho.

Pocanilho e pôr os micromontes.

Então os braços temos que devolver-o?

Não temos que devolver, fica, sei lá.

Olha para um projeto futuro, me falda.

Porra.

Pode ser.

Tô mesmo chateado.

Vamos já lançar a jingle.

Vamos lançar a jingle.

Filho, comprar outra mesa.

Tá bem.

Tá bem.

Lançamos jingle.

Lançamos.

Sim, depois revela a minha luta.

Uh!

Valar outro.

Tô vendo isso.

Vão lá todo.

Fala a luta.

Tavamos aqui a computadora do jingle.

Fala a luta.

Pai, este de vento inerva boa aí.

Pai.

E destraia muito?

Destraia-me.

Tipo, como é que eu tenho problemas de distração?

O ponto de ficar distraída com o vento.

É porque está muito intenso.

Eu era a pessoa da mosca, na sala da aula.

O que, que distraias com a mosca?

Com tudo, não é?

Tu também, né?

Mais ou menos. Não era esse ponto.

Porque tu eras um bocadinho como meiro uma mais nova.

Quando lhe explicava, quando estava a fazer os TPCs com ele,

ele distraias-se com tudo.

Eu estava a lhe explicar qualquer coisa,

olhava para ele, estava a rodar a borracha.

Já pensavas que eu soubei assim.

Se eu tenho uma caneta à frente, fica tipo,

fica a fazer assim à caneta.

Tem que estar sempre distraída com alguma coisa, é bem estranho.

É uma coisa que tem acontecido em alguns episódios.

Estás sempre assim à caneta.

Que não é nada irritante, malta.

Reparem, quando estou a falar, isto não incomoda nada, pois não.

Então se senti bem, tão com conforto de escuta,

não se senti confortável.

Não vou mexer na caneta.

Mas pronto, para a semana já teremos esses micros.

Temos?

Os micros já temos.

Já teremos um set-up, vá, bacaninho.

Vocês ficarem com o melhor conforto de escuta.

Comforto de escuta.

Porque nós sentimos que estamos a dar,

para além do nosso avós, dos nossos temas pertinentes,

muito eco.

Estamos a ofertar eco.

Não sei se a casa se vai destruir, entrando com vento.

Pai, isto está a ser barulho.

Já não sei se as paredes da casa aguentou este vento.

Parece ser no Minisota.

É que imagina.

Eu nunca fui lá, mas acho que está a ver sempre no Minisota.

É em Chicago também, mas está a ver.

Ficou para lá.

Está bom, é da vento.

Pois está aí.

Barulhos do Windows.

Ainda bem do que é do Windows e não.

E...

Pronto.

O que é que eu estava a dizer, destrinho?

Como mal dizer, destrinho.

Querias que eu revelasse a minha luta.

É isso?

Não.

Cá em casa?

Vento, microfones.

Eu não sei.

Ficou para aí?

Eu acho que eu nunca estivesse no Rádio Sassini.

Tive.

Tivesse?

Pode ser que lê no final.

Bom, só dois segundos a ver se...

Vou me concentrar.

Sim.

Ah, vai já estar.

Ah, parece que...

Parece que me ajudou uma bufa.

Não, eu disse.

Podes não dizer o bufa.

Este humor não é fixe.

Bom, vou revelar, então, a luta que temos cá em casa.

Que eu me sigo no Instagram, já sabe.

É.

Que a minha fala partilhou isto nos estabeis.

E eu ainda há bocado.

Fui de uma abanha, estava a pensar bem.

O que é que fazemos para a entrada?

Não sei o que mais.

E venho cá, venho cá abaixo.

Isto porque já tinha pensado.

Ah, a minha fala falou sobre a boleira que a minha mãe e minha avó nos ofereceram

a semana passada.

Uma boleira de vidro, lindíssima, tal qual o cardáceo nos tem em casa para guardar.

E a minha fala?

Tem um dilema que é aquilo estar à vista ou não?

Eu para mim não é dilema nenhum.

É óbvio.

É estar à vista.

Claro.

Sempre.

Tu está à vista.

Mas eu não tenho dilema nenhum.

É para estar à vista.

Ah, não tens de dizer.

Ah, pois para ti também...

Muitos mesmo que tejam guardados percebes a minha maneira de pensar?

Sim, para mim não faz sentido nenhum.

Pronto.

Mas percebe-me perfeitamente.

Então temos de ser tudo sempre à vista e em todo lado?

Sim, que foi.

Nada.

Eu fui fazer foi para a boleira à vista.

Por que?

Nós não falamos sobre isso.

Mas vamos falar agora.

O que é?

Nós temos tido esta semana uma luta invisível com essa boleira.

Uma boleira, vamos citar para o bolo, esperem.

Temos tido uma luta invisível esta semana que é.

A minha fala vai esconder a boleira na dispensa.

E eu saio de dizer nada, vou tirar a boleira cá para fora.

Porque não faz sentido nenhum.

E eu poi escondo.

Mas eu posso dar um argumento que serve para que as pessoas percebam por que qualquer

boleira...

Todos, mas não me vais influenciar.

Não é por ti.

Eu não quero influenciar.

Eu sei que tu não mudas da opinião.

Tu és casmurro.

Não é mesmo velho?

Tu és casmurro.

Ai, eu morrei também.

Não, tu és muito casmurro.

O que é?

Eu sou tão todo.

Mas tu és todo?

Eu sou todo.

Tu és muito todo.

Só podia ser todo.

Claro.

Com a sessenta ali escorpião é normal.

Tu és a sessenta escorpião?

Não.

Já falamos, isto aqui foi o nosso segundo episódio.

Pô, quando eu estou ascendendo.

Não me lembro, mas falo, é uma facida.

Sei que sou toro e já.

E tu, já sabe o que é que é?

Temos que ouvir.

Eu sou vídeo, hein?

Com ascendendo tem escorpião.

Isto foi pai, o segundo ou a terceira episódio.

Temos que ouvir só para saber se eu estou ascendendo.

Foi boa gíria, uma capariga fez-nos um bapastral.

Já temos coisas muito giras aqui no podcast.

O que é que eu ia dizer?

Ah, em relação aqui à boleira.

Vou te explicar.

A boleira neste momento, vocês vão perceber.

Tem lagartes.

Que eu disse que era Pombonier.

Não sei porque.

Pronto.

Tem lagartes.

É dos meus blins secos favoritos.

Adoro lagartes e adoro ungertes.

São as coisas que eu mais gosto na vida.

Assim eu vou ruir as minhas pais.

O que é que acontece?

Nem uma pisa, nem nada.

Eu vou dor comer aquilo.

E depois ruir pais?

Lagartes.

Lagartes.

Sim.

Minha linha vai em quinto.

Depois de lagartes e ungertes.

E o que é que acontece?

É que ele está ali à minha vista.

E eu, para mim, cada vez que eu passo como um lagarto.

E se aquilo estiver escolhido, como menos.

Estás a perceber a minha lógica.

É para não dar acesso fácil às coisas.

Porque se tiver à minha vista.

Eu já estou ali para a bolera.

E estou a pensar assim.

Querto.

Curiosamente, temos ali a frutera à vista.

E a fruta não desaparece.

É para curiosamente, não é?

Aquilo é uma coisa fácil.

A fruta deixe descascar aquilo.

Põe-se uma boca e está.

Mas porque?

Não comes a casca da laranja?

Não comes?

Como?

Há quem come a casca da banana, por exemplo.

Aquilo está cheio de nutrientes.

Como tu?

Como tu?

Não é curiosamente.

Por acaso são lagartes.

Eu vejo aqui uma data de coisas à vista.

Para que tu não tens vontade lá por onde?

Por acaso não tem muitas coisas.

Está só a frutera.

Mas está sempre ali frutinha.

Coisas saudáveis.

Olha que engraçado, tu também.

Curiosamente, coisas saudáveis.

Também não comes frutas.

Mas eu não tenho essa vontade.

Eu, para mim, a bolera é para estar sempre à vista.

E não dá vontade de comer.

Tu não é de nada...

Eu admiro bué isto em ti.

Tu não comes nada por emoção.

Tipo, não é de por...

Como assim?

Imaginem, às vezes como para achar um vazio que está dentro de mim.

Não, eu estou sempre cheio.

Eu por dentro estou sempre cheio de meu sinalmente.

Eu tenho tantas emoções.

Pai, uma cena que eu ando a trabalhar há uns anos.

E tu já tens isso completamente trabalhado.

Por acaso esta semana emociona em mim um bocadinho, sabes?

Consinaste.

Sem senhora.

Pensei em ti e tudo.

Depois de um jogo de palo.

Isto é verdade.

Você se avança em mão.

Não, é giro.

Quer dizer, é giro.

É bom.

Acho que é bom.

Tu, por acaso, costumas ter aqui um momento no podcast.

Partilhas, pontualmente.

Que é coisas que me fazem perceber que eu já sou adulta.

E eu, isso aconteceu neste semana.

Uma cena que me fez perceber, tipo, ok, estou a ficar maduro.

Estou a ficar um homem crescido.

Que é, eu ando a me emocionar com coisas com mais facilidade.

Não é?

Eu também acho que estás.

Estou a ficar para uma pessoa mais sentimental, mais emocional.

E o que é que me aconteceu esta semana?

Fui jogar palo.

Estou a ter um turnê de palo esta semana.

E fui jogar.

Uma primeira jogo.

Foram contra um esputo de 15, 16 anos.

Tu tens 35.

Eu tenho 35, mais do dobro da idade deles.

Assim, pequenos, frages.

Ainda tem biologia.

Estão no secundário ainda.

Ainda votam para as listas.

Esse tipo de criança.

Com que eu lhe dei.

Ainda por cima do esputo.

Era assim, muito acreditinho, muito bonitinho, sabes?

Olhos azuis.

Cabelinho para o lado.

Não quero estar aqui a criar um estereótipo, beleza, não acho?

Quando tu imaginas, tipo, um americano bonitinho, é isso que imagina.

Exato, exato.

Minis é Catherine.

Um pequenino é Catherine, sim.

Que ainda me é de mais pena.

Sim.

Se o Subkin Adam Sandler ficava, tipo...

Pá, muito elegante.

Depois de poder muito educado, tivemos a conversar antes de começar o jogo.

Pá, tipo, estavam ali todos os ingredientes queridos.

E isto é uma boa pessoa.

Você percebe que isto é um bom mute.

Se eu tivesse um filho, é este mute que eu quero ter.

Portanto, a gente sabe que os seus bonitos são boas pessoas.

Boas pessoas.

Não querendo criar aqui um estereótipo para pessoas bonitas.

Mas as pessoas bonitas são todas bonitas.

Muito boazinhas.

Não há pessoas bonitas mais.

E entretanto, estava a jogar, serviço, bolas, trocas, tal, tal, tal, vai, não vai.

E oas tantas.

Alça para trás, manda uma beijarda.

Pá, e a bola vai contra o mute.

Cara?

Não, por acaso vai contra o corpo.

Mas pronto.

Manda...

Pá, não me lembro.

Braço.

Não, é capaz de ter ido ao peito.

Peitinho.

Manda-lhe uma beijarda ao peito.

Sim.

Manda-lhe assim uma grande beijarda ao meu peito.

Pá, e eu fiquei com tanta pena.

Eu tenho vontade de passar a rede, ir abraçar o mute e pedir desculpas.

Eu pedi tantas vezes desculpas.

O que é que foi?

Não, não.

Quem está esquecendo um facto dessa história.

Qual é?

Que os pais dele estavam a assistir.

Sim, pior ainda.

Os pais dos mute estavam a assistir.

Estavam a ver o jogo.

Iam aplaudindo cada vez que os mute faziam um ponto, estás a ver?

Bem, depois de me mandar uma beijarda, eu fiquei com tanta vontade de ter comido o abraçar.

Eu pedi tantas vezes desculpas.

Sim.

Eu acho que tive metade do set a pedido desculpas.

Sim.

Eu, pois, metade do set, metade do set.

Eu nem me apeteci a jogar contra o mute.

Percebes tudo o que era beijarda, me dava para o outro.

Que também lhe acertei.

Oh, porra.

Mas eu já não me deu tanta vontade de me dizer desculpas.

Não me pergunto porquê.

Se calhar porque não era tão giro.

Não estou a brincar.

Estou a brincar.

Estou a brincar.

Mas é muito engraçado isso que estás a dizer, de sentirmos empatia pelas pessoas mais novas.

Eu não sei se isto que eu vou dizer faz sentido ou não, mas eu já pensei nisto várias vezes.

O que é?

Eu não entendo aquela competição, vá, ou tipo, forma de tratar, que é comum às vezes,

que as mulheres mais velhas têm com as mulheres mais novas.

Ou, tipo, os homens mais velhos têm com os homens mais novos, mas eu acho que isso é um bocadinho mais promovido entre as mulheres.

Que é aquela invejazinha, tipo, ah, aquela gaja nova, tipo, é mais nova, mais...

Sim, às vezes há um género, tipo, uma condiscendênciazinha, não é?

Sim, mas, tipo, aquela coisa...

Tu dizes, não é bem valido, porque tu tens menos 20 ou 30 anos.

Tu sabes lá o que é a vida.

Mas eu estou a falar mais daquela competição que existe entre mulheres às vezes e, tipo, imagina,

eu às vezes sinto que uma mulher mais velha, tipo, olha para mim, e como eu sou mais nova,

ou tenho outras...

Convicções e ideias, outros pensamentos...

Não, eu estou a falar mais de uma coisa de aspecto físico, tipo, imagina, há mulheres que tratam mal,

outras mulheres, está com homens, tratam mal outros homens, está com uma...

Pronto, vou generalizar, mas estou a falar só de mulheres e de uma coisa que é comum, que é

que as mulheres mais velhas, às vezes, em contexto de travar, por se sentir ameaçadas,

ou não, por se se dá de valorizar mais mulheres novas do que mulheres mais velhas,

ou não, porque isso acontece, ainda é um estereótipo que existe, esta coisa da idade,

e acho que as pessoas, às vezes, podem ter algumas insegurança com a idade,

e quando se começam a sentir, às vezes, ameaçadas por surgir em mil das novas, e não sei o que,

e eu não entendo essa forma de...

de mulheres mais velhas trataram mulheres mais novas, precisamente por causa dessa empatia que tu sentiste,

imagina, eu, agora, quando veem, por exemplo, algumas pessoas estagiarem lá na TV,

e só mil das, tipo, que estão na minha faculada, 18, 19 anos, também, mil das, não sei o que,

e eu tenho quase uma cena meio, tipo...

Uma maternal?

Sim, maternal, com elas, de tipo, tão querida, tão fofa, tipo,

está a passar por aquilo que eu já passei, não sei se é por ainda estar perto da cidade,

ainda compreender mais ou menos aquilo que se sente.

Talvez.

Espere, nunca, tipo, ter essa atitude de...

estás a perceber o que estou a dizer, de perceber, tipo, um bocado de bites, estás a ver.

Sim, mas essa competição que tu falas ali no meu caso, era saudável, percebes?

Não, claro, isto não teria nada a ver.

A organização podesse não influenciar muito a minha vida, mas eu percebo o que é que estás a dizer.

Eu só estou a passar, só esse género de empatia, que tu sentiste para alguém mais novo,

Sim, sim.

Para, tipo, a vida real de trabalho, que eu às vezes sinto que certas mulheres mais velhas podem, tipo,

tratar-me de uma forma, tipo, um bocado condescendente, e isso que estava a dizer,

por isso ser mais nova, e não compreender, estás a perceber?

É uma coisa que eu não me faz sentido.

Aqui o que eu sinto é, muitas vezes, quando estás a falar com as pessoas mais velhas,

que a tua opinião é um bocadinha que o que estava a dizer ainda há pouco,

é que a tua opinião não é válida.

Mas tu entendas isso ou não?

Não, perfeitamente, perfeitamente, se chama, aconteceu também.

Porque senti que a minha opinião não é válida, ou não tenho muita encontra,

porque é oputo, ele sabe lá.

Não sabe o que é que é a vida, mas entrei em profissionais, não é?

Eu lida com isso, por exemplo, na engenharia, como é que um miúdo, com 20 e tal anos, 25, 26,

para que acabou de tirar um curso,

para que forma...

É que quase impor, não é?

Como é que tu te impones para pessoas que, se calhar, trabalham há 40 ou 50 anos na engenharia?

Não estou a falar propriamente de uma pessoa que está assentado de joelho.

Estou a falar, por exemplo, o encargado é uma pessoa que tem grande parte deles,

se calhar, tem o décimo segundo, e depois dedicaram-se à construção, percebes,

e foram evoluindo com o som daquilo que foram vendo, aprendendo, não necessariamente,

através de um cursinho.

Não quero aplicar aqui a expressão escola da vida, mas é uma escola da vida,

experiência, sim, o trabalho do encargado.

Mas tu, enquanto engenhar civil,

continua a azotar em termos de autoridade em cima do encargado, percebes,

ele pode dizer, ok, isso vai se fazer desta forma,

isso vai se fazer desta forma, isso daqui ele dá-te sempre as opiniões dele,

ou seja, o encargado é mais ou menos a pessoa que está a gerir a obra,

quando tu não estás presente, ok?

Mas a última decisão é sempre tua, enquanto engenhar civil,

mas tu, convite-te a lá antes, como é que te impones

para uma pessoa de 50 ou 60, para que individualmente sabe muito mais do que tu,

percebes?

Até porque tu não tens experiência nenhuma assim, que acabas de sair da faculdade,

não tens experiência nenhuma de trabalho, como é que tu te impones

para antecer as pessoas?

Que é uma coisa que eu acho que o ensino erra um bocadinho, pega um bocadinho,

por exemplo, as teses, quanto tu tens que elaborar uma tese de final de curso,

em que estás seis meses a ajudar, para estar bem, muito de giro,

aquilo depois vai para um repositoria, até se fica exposta para toda a gente ver

e analisar, bem, quer bem, quer, mas não era muito mais proveitoso,

não era muito melhor, o benéfico é até para ti,

tu, aqueles seis meses que estás a fazer a tese,

é pá, és lá como é que há de trabalho, não é, estás no terreno,

a ver realmente como é que se fazem as coisas.

Eu acho que depende da aia.

Eu estou a falar de um exemplo muito típico em engenharia,

que tu aprendizagem depois de ter lá,

se calhar muito daquilo que eu aprendi na faculdade,

que era um curso muito mais teórico,

depois na prática as coisas são completamente diferentes.

Não são assim, mas eu acho que se aplica também em comunicação

e, por exemplo, obviamente que aprendi muito mais

a trabalhar do que em qualquer curso que tivesse,

aquele dato em cada as bases, o curso que eu tive de jornalismo, por exemplo,

mas eu não aplique essas bases todos os dias, tipo,

acho que é uma profissão em específico que,

a parte boa é tu quebrar as regras, não é tu fazeres,

é não fazeres como o Baidabu que ele tinha,

assim, não engenharia não há de ser assim, na comunicação é assim,

mas que entenda essa coisa também,

que tu tavas a dizer que é...

Aliás, é uma coisa que eu tenho sentido ao longo dos anos todos,

é como é que eu me vou impor

sendo uma mulher, não é?

Porque às vezes também existe essa parte

que tu não tiveres de cuidar porque és um homem.

Mas sendo uma mulher...

Você acha que é mais difícil uma mulher

um mundo domingo ainda se pode mais concordar?

Não, não sei, mas depende,

acho que pode ser complicado para as duas coisas,

mas obviamente que tens esse lado também, que é,

sendo uma mulher muito mais nova do que qualquer pessoa,

como é que eu me vou impor

e que as pessoas me respeitem, tens a perceber,

eu sinto que consigo mais ou menos fazer isso,

mas às vezes eu sou vista um bocadinho

como arrogante, ou percebes,

ou como demasiado exigente, principalmente,

imagina, com pessoas que eu dependo

do trabalho delas para trabalhar, não é?

Elas dependem também do meu, obviamente,

mas eu dependo dos técnicos,

dependo de toda a gente para trabalhar

e quando às vezes me imponho,

há pessoas muito mais velhas,

quase há muito mais tempo que eu,

mesmo que seja uma coisa diferente,

como isso que tavas a dizer,

às vezes sinto que não tenho autoridade para fazer isso,

ou que eu não devia fazer,

mas acho que é importante fazermos irmos

contra esse nosso instinto,

ou contra esse que sentimos aqui dentro,

que é tipo, eu sou muito mais nova,

vou ficar calada, não?

Acho que nós também, sendo mais novos,

temos, não sabemos tanto como uma pessoa de 50 anos,

isso não sabemos,

mas certeza absoluta que não sabemos,

mas sabemos outras coisas

que essa pessoa pode não saber.

Tipo, acho que se fosse mais um ambiente

dentro e ajuda e tipo, ok,

aquela pessoa tem estas mais valias,

porque é mais velho, já passou por isto,

Escola da Vida, como estava a dizer,

essa pessoa mais nova, de 25 anos,

se calhar, tem outras ideias

daquilo que se passa no mundo agora,

tem outras formas de ver a mesma coisa que eu,

portanto, tipo, bora aprender juntos,

dizer uma coisa mais assim,

do que propriamente, tipo,

ah, eu não é que sei, tenho 50 anos,

não, mas eu é que sempre tenho 20 e estou dentro da cena, não?

Tipo, acho que tem que ser uma cena...

E acho que é uma cena assim tão taxativa, não é?

Tipo, dá para trocar,

eu acho que eu estava a tocar em um ponto importante,

que é, muitas vezes,

eu acho que tu podes adotar essa postura mais arrogante,

é mais numa da obrigação

para as pessoas que te levarem a ser.

Exatamente, exatamente, exatamente.

Eu já pensei nisso algumas vezes,

até que, pô, às vezes, há algumas pessoas

que não podem confundir a minha descontração

com a deslaz profissional.

Percebes o que é que eu estou a dizer?

Que eu acho que uma coisa não implica a outra,

tu podes ser uma pessoa descontraída

e muito exigente, muito profissional, não é?

Uma coisa não leva a outra.

E eu, às vezes, tenho essa receita,

até que, pô, tem que...

Tu seres tão simpático lá?

É, uma pessoa naturalmente simpática,

que não force essa merda.

Mas, tipo, ser simpático, descontraído, tranquilo,

não cria a ideia na cabeça das outras pessoas,

tipo, ah, ele não trabalha, deve ser.

Não, eu acho que cria...

Isso eu não acho.

Isso não acho, mesmo.

Acho que isso é um preconcerto.

E não acho que isso aconteça.

O que eu acho é que cria...

Não cria uma distância,

às vezes, é necessária profissionalmente.

Ou seja, eu acho que as coisas são mais difíceis,

às vezes, de acontecer profissionalmente,

se fôres amigo,

ou se fôres muito próxima das pessoas que trabalham.

Sim, sim, sim, sim.

Já falamos sobre isso.

E eu acho que o que é que se cria?

Do ser tão simpático que é,

e do ser tão...

Porque é mesmo, tipo, eu imagino,

eu não tenho essas tuas características, tipo,

eu não sou tão simpática quanto tu,

nem tão dada,

nem tão à vontade descontraída,

porque não sou,

sou mais envergonhada,

um bocado mais tensa com as pessoas.

Também sou envergonhado.

Não é?

Sim.

Então não tenho, poça.

Às vezes, sim.

Pronto.

Descobri esse facto agora.

É verdade.

Às vezes, tentei que me falar isso,

não, às vezes, tentei que me falar isso.

Mas o natural ente não é de estar-se envergonhado.

O natural ente é estar descontraído.

Tu eres de boa descontraído.

E eu acho que isso pode dar-as

aquela coisa do avontadinho.

Com ele eu posso dizer isto,

com ele eu posso fazer isto.

Às vezes, gosto de que as pessoas

tenham um bocado de respeito

como eu tenho por elas,

porque eu percebo que também gosto

de manter essa distância.

Claro que às vezes não consigo,

por exemplo,

trabalho com a mesma equipa

neste momento que trabalha há 3 anos,

no triângulo, né?

Claro que somos amigos, tipo.

Teas uma ligação diferente.

Sim, sim, sim.

Claro que eu gosto bem deles

e claro, acho que é que eles gostem de mim,

mas tipo, obviamente que não dá

para fazer essa distância

e nunca me prejudicam com eles,

obviamente são pessoas que eu confio,

mas com outras pessoas já me prejudicam.

Pronto, são exemplos.

Eu acho que só dá de deixar aqui

uma nota rápida voltando atrás

à questão da faculdade.

Atenção, eu acho que as teses

são importantes, mas numa ótica,

imagina, eu acho que...

Tu acho que depende de...

Não, eu acho que depende do curso,

não, eu acho, sim,

eu acho que depende do curso

que estás a tirar

e eu acho que é muito mais vantajoso

para ti, se tu quiseres seguir,

por exemplo, o caminho da investigação.

Pronto.

Aí sim, faz sentido, né?

Claro, sim.

Agora, eu acho muito mais importante

tu ingressares logo no mercado de trabalho

do que propriamente,

é pá, estás...

Não quero aplicar aqui a expressão

perder tempo,

que eu acho que nunca aprendes tempo,

não é?

Estás a aprender uma coisa,

uma coisa nova.

Pá, eu não...

É polêmico,

mas eu acho que perto de tempo

às vezes.

Tipo, imagina,

já me vieram boas-mildas e mildos,

malta dizer, tipo,

ah, vou tirar o teu curso,

só estou a tirar o teu curso,

se quer fazer uma pós-gradação

eu não sei o que ia seguir,

tipo, pá, não.

Tipo, não fazes uma pós-gradação,

vai trabalhar.

Faz merdas.

Só que às vezes

é a forma que tu tens

de ingressar no mercado de trabalho,

não é?

Porque faz conhecer pessoas,

se quer dar aos professores

vão gostar de ti,

tem contatos aqui e ali.

É uma professora que...

que, pô,

arranjo alguns contatos

para enviar currículos,

para enviar...

Isso totalmente,

mas eu acho que às vezes

as pós-graduações

e essas coisas todas e os

mestrados etc.

servem para adiar

uma realidade inevitável

que é entrar no mercado de trabalho.

Eu acho que as pessoas usam isso

às vezes,

atenção,

o estudo e não sei o quê,

para ficarem mais dois aninhos

na casa de paz.

E eu entendo,

é confortável,

mas às vezes tens que

ter, bem,

me pôtes confortável

e começar a

trabalhar o erro.

Então,

mais algum momento emocional

que revela, ok,

tem.

Qual?

Não é emocional.

Atenção,

vamos cheir um bocado agora

desta coisa.

Esta semana eu tive um momento

de tipo,

estou a ficar uma velha chata

e nem estou a ficar uma velha

fixe,

estou a ficar uma velha cool,

porque houve um dia

que eu não tive programa

à hora do costumino,

sei o quê,

e...

e penso assim,

o fogo nunca tem nada,

te peço a hora,

estou sempre a trabalhar,

tipo,

não vou trabalhar,

não vou fazer nada a esta hora.

O Rui Tefepada,

eu não sei o quê,

o quê que eu fui fazer

às 6 da tarde

pela terça-feira.

Não faço ideia.

Fui ao Mercadona.

Nunca tinha ido ao Mercadona.

Ah, sim, sim, sim, sim.

Nunca tinha ido ao Mercadona.

Uma coisa que tu hablaves

de faca sobre a fala.

Eu andava ansiosa.

Sim, sim, sim, sim, sim.

Não é?

Já tinha achatado quantas vezes

viemos ao Mercadona.

É, tantas vezes.

Sabe uma marca nova

de qualquer coisa,

ela quer experimentar,

tipo,

tudo relacionado

com os supermercados

e compras e não sei o quê.

Ainda por cima eu andava

maluca nesta escena do Mercadona,

porque vejo,

pessoas a falam dos 300 de roupa

que são bem baratos

e um carimbo de aridosa,

clactática,

uma fala tem tempo livre.

O que é que eu vou fazer?

Hum, esporto?

Não.

O ginásio?

Hum, não.

Vou dar uma volta?

Hum, não.

Liga uma amiga?

Hum, não.

O que é que eu vou fazer?

Já sei.

Vou às compras experimentar

na Nova Mercadona.

Pronto, nunca tinha ido.

Normalmente vamos sempre

ir ao continente

ou ao pinguedorço.

Há vezes vamos ao Lida,

numa loqueira.

Somos pessoas que gostam

de ir a um e a outra.

Temos os nossos favoritos.

Tem.

Se não tiveses nada

para experimentar,

tem um pinguedorço.

Se o continente

está aquela coisa para mim,

para mim.

Comfortável,

que é, e também acontece

no pinguedorço,

dependo do pinguedorço,

se for uma coisa já habituada,

que é,

eu sei onde é que estão as coisas,

eu estou em casa,

eu sei onde é que está cada coisa

e se dá-me conforto.

No Mercadona,

eu não senti esse conforto de escuta.

Sim.

De tudo.

Você tem que voltar lá, não é?

Você tem que voltar.

Você tem que voltar.

Imagina,

aquilo é tudo barato.

É um bocado aquela cena de que há.

Sim, sim, sim.

É tipo, é mais barato.

Mais pontos de coisas

que nunca vou comer.

Claro, claro.

A indústria estava a sentir,

oh, entendo,

olha,

está aquele congelador.

Não, não, não.

Comprei ergulinhas,

comprei calamares.

Ah, mas os ergulinhos é fixe.

Isso é fixe?

É voltar à infância.

Não é bom?

Sim, sim.

Comprei tudo, tudo congelado.

Comprei estiques de mozarela.

Claro.

Sabes?

Não é bom?

Sim.

Queres um momento que revela

que estamos a ficar a final

cada vez mais imaturos.

Comprei tudo congelado.

Comprei tudo congelado.

Mas dá-me jeito.

Cozinhar,

para quê?

Também comprei outras coisas.

Comprei carnes,

comprei montes,

comprei muitas refeições.

Eu acho que isso é sempre bom,

gastei 100 euros.

Mas comprei paí.

Sim, meio frigorífico.

Passe as refeições na boa.

Pronto, fixe.

Passe as refeições, dá vindo paus,

cada refeição.

Não, menos, vá 18 paus,

cada refeição.

Mas pronto,

estás a brincar.

Mas pronto,

não interessa,

mas comprei limontes de coisas,

comprei moxies,

aquela coisa da tipo japonês,

aquela sobremesa japonês,

mas congelado lá dentro,

boeda bom.

E o que é que acontece?

Não tiver-se conforto de tipo,

estou num sítio que eu conheço.

Então, vou deixar aqui uma ideia rápida,

uma abertura do novo post-trabalho,

que é, devia haver visitas guiadas,

paz na falda desta vida, não é?

Pois devia.

Ou foi devia.

Olha, vou experimentar

pela primeira vez a Mercadona.

Liga, sei lá.

E há uma pessoa que guia...

E há uma pessoa que guia...

Aqui há alguém que me pode guiar.

Exatamente.

Pronto, não encontrei montes de coisas

que eu precisava.

Não encontrei isso, isso era...

Mas encontraste outras,

de calhar, de surpreender.

Olha, e surpreenderam-me bem.

Vou dizer-vos que vale a pena,

se forem velhas como eu,

que vale a pena,

pelos detergentes.

Os detergentes valem a pena,

são muito mais para lá.

Estou lá.

O detergente neste momento.

Morri agora.

Porquê?

Eu não estava a esperar disso.

Pelos detergentes?

O que vale a pena,

são os detergentes.

O que vale a pena?

Eu não estava a esperar.

Eu tenho que dar...

Pai, eu vou te colar

o rótulo de idosa mesmo.

Carim de idosa.

Tu vais lá, o carim de idosa.

Idosa sem malade.

Tu morte por dentro.

Não tensas.

Onde está a minha alma?

Não tensas humor.

Teatral.

Dramático.

Vou te explicar porquê.

Porque tu não sabes...

Porque tu não olhas...

Eu não estava a esperar disso.

Não, mas vai ser assim calhada agora.

Tu não sabes.

Porque tu não olhas pós preços neste momento.

Um detergente de roupa.

Gosto de tipo 8 euros.

Sabe para ter que custar ali?

Não.

3 litros.

3 euros e tal.

Obrigado, Pai.

Ajudas à nossa poupança.

Tu és meu PPR.

É.

Não é?

Tu és meu PPR.

Mas pronto.

Não estava a esperar disso.

E chearam muito bem.

Depois acredito.

Para claro que chearam bem.

É um detergente de lois só.

Também da roupa.

Também da roupa?

Comprar coisa que foram os...

É um detergente da roupa.

Não é sabores.

Quando é que foram os outros que comprassem?

Sabores.

Eu comprei um poder talco.

Que é o que eu mais gosto.

O que eu não traço de lavanda?

E o PPR talco.

Lavada e joã.

Pai, tu é um metalco.

Sabe onde que podes para o talco?

Núcleo.

Não podes para o talco.

Estás sem graçadinho.

Estou mesmo muito fã.

E hoje...

Tens mais alguma coisa que aproveitas a ficar mais velha e emocional?

Não.

Ou não?

Eu tenho mais duas.

Mas estas são um clássico.

É filmes e séries.

Ah, por exemplo?

Filmes e séries não me emocionavam há um ano e agora me emocionam.

Mas olha, mas por acaso relacionam-me com isso.

Eu nunca fui te chorar em filmes.

Nós andamos a ver uma série até de laço.

Malta?

Mas não me dá vontade de chorar ou até de laço.

Mas ficas emocional.

Mas é emocionante.

Nós acabamos todos os episódios a dizer sempre a mesma coisa.

Pai, esta série é tão boa.

Ficamos ali um a dois minutos em silêncio.

Apesar desta temporada não estar tipo...

Mas eu acho que está mais emocional que a anterior.

Mais emocional, talvez.

A anterior tinha mais graça.

Sim.

Esta aqui está mais sentimental.

Então acabamos e dizemos sempre a mesma coisa.

Ficamos ali dois minutos a mastigar ainda um bocadinho o episódio e aquilo que aconteceu.

E depois...

Pai, realmente.

Mas agora choras com séries.

Fogo já visto comer a vida.

Comer a vida.

Comer a vida.

Pai, a gente soube muito cruas.

Sim.

Mas senti isso.

Agora antes não sentia este tipo...

Emoção.

Sim, não tem nada a ver.

Não te ligavas.

Já me acontece há algum tempo.

Atenção.

Mas sei lá, ali com 15 ou 16 anos não era um gás que me emocionaria com a Star Is Born.

Com o Titanic.

Por exemplo.

E emocionares.

Não o Titanic por acaso me emocionou.

Não é um clássico, não é?

Claro.

Quem não chora no reeleão é insensível.

Ah, eu nunca chorou com o reeleão.

Então, és um cubo de gel.

És um cubo de gel.

Não, mas fico triste.

No lugar do coração tem um cubo de gel.

Não, fico triste.

Fico triste.

Tens uma covete.

Uma covete vazia ainda por cima como a nossa está sempre, nunca tens gel.

Por acaso é verdade.

Mas também não recebemos ninguém cair em casa.

Eu também não bêmo gel.

Não usamos gel.

As pessoas acham que eu sou meio um burro.

Não feço nada.

Mas as vezes por acaso você não curte ficar.

Vê lá se não te relacionas com isso.

Não.

E ficar queima nada.

Não gostas?

Não.

Gostas?

Gostas?

É só para me contrariar.

Ui, é que não gosto.

Tu tens essa mania, tu tens essa mania.

Tu gostas de me contrariar.

Adoro.

Se eu te perguntar, se eu te disser agora assim, eu adoro ver televisão.

Eu adoro.

Nem me toca muito.

Não ligo.

Gosto de tentar não se faz.

Não entendo lá se também não.

Adoro dormir.

Não dormi.

Nem por isso.

Por acaso é verdade.

Adoro ir ao marcador.

Adoro.

Eu adoro.

Não é das coisas mais gostas.

Não vale ter nós detergentes.

Eu estava a dizer a relação emocional, o que é?

Eu também, antes, eu nunca fui pessoa de chorar com finais de filmes de nada.

E agora sou capaz.

Que eu não sei se tu reparaste, mas no final da segunda temporada aqui do Morning Show,

eu chorei com o discurso.

Ovo pinga.

Ovo pinga.

Pingei do olho.

Pingei.

Desforçaste também.

Oh, tu não olhas para mim?

Não, não.

E às vezes olho para ti, tu não corras para mim.

Não corras para ti.

É verdade.

Por acaso me serei que me nervo durante as séries, porque eu gosto de um campo de visão ter o ruí.

Sim.

Mas depois uma manta e tapa-se todo.

Mas eu estou à vez de visão periférica.

Mas eu gosto de ver a visão periférica.

E às vezes dou-te assim um cheque.

Um cheque.

Mas é claro, não estás importado a comigo.

E para ver se estás emocionado.

Às vezes não admito.

Para ver se estou emocionado.

Mas como é que tu ves que estou emocionado?

Posso estar por dentro e não para fora.

Ah, está bem, mas não.

Posso estar desfeito por dentro e para fora estar rir.

Porque eu te disse na outra vez uma frase que tu ficaste assim, não acredito que eu gostaria de dizer isso.

Não me lembro.

Não te lembro?

Em relação a quê?

A chorar.

Não me lembro.

Ah, por amor de Deus.

Eu já te vi chorar.

Portanto, acho que sim.

Acho que, rapaz.

Não, tenho a certeza.

Tá.

Como é que eu me dei aqui da opinião para aí um espaço de cinco segundos?

Sim.

Ah, já me visto chorar.

Já te vi chorar.

Já, já me visto chorar.

Podemos...

Podemos, claro, mas claro que já me visto chorar.

Não, não.

Se calhar não foi marcante.

Se calhar não é um choro que tu gostes.

Não é um choro que tu gostes.

Não é um choro que tu gostes.

Mas é uma falta de vírus para mim.

Diz-me que gostava tanto que tu chorasses.

Não gostava de te ver chorar.

O choro, muitas vezes, se percepõe, não sempre.

Atenção, mas percepõe que estás triste.

Não.

Ou seja, aquilo que eu retirei, aquilo que eu soube entender, aquilo que tu me seste,

é pai, eu gostava tanto que tiveses triste.

Não é nada.

Tu nunca estás triste.

Tu estás tão contente e feliz.

É que, por acaso, é mentira.

Mas, às vezes, estou triste do que feliz.

E aí, eu não é nada.

Para acaso, também não é.

Para acaso, não é.

Não é.

Mas estou triste, como toda a gente, às vezes...

Não estás quase nunca triste.

Outro...

Deixe-te estar mais triste.

Deixe-te estar mais triste.

Com uma cara de malado.

Entres teste.

Porra.

Estou mais emocionante por conta da coisa.

Mas não choras.

Mas não é preciso chorar.

Não é preciso chorar.

Eu gostava de te ver.

Se tiverem vontade de chorar e mandem cá para fora.

Mas vá, continua lá.

Ainda mais de ver a por uma fotografia no Instagram.

Mas chorar.

Que lhe é difícil, leste.

Que merda.

Porra, não consegui apanhar o auto ao carro.

Outra coisa que me emociona.

E com isto, tu relacionas de certeza de absoluto.

Conta.

Vê vídeos para de mal estar a fazer boas ações.

Por exemplo, não.

Não vais dizer aqueles putos que não dinheiro um sem abrigar e filmar para não.

É isso que eu te digo.

Mas é uma boa.

Não pode ser uma coisa propositária e deliberada.

Tem que ser, por exemplo, um voyer, alguém que está a filmar, outra pessoa.

E por acaso apanhar no...

É empatido os outros.

Exato.

Exato.

Ajudaram, sei lá.

Estão a filmar alguém, um velhota passar uma passadeira.

Ou levar as compras do velhota até casa.

Não pode ser.

Estás tudo, deliberado.

Percebes?

Com uma câmera na mão.

E se não te emociona?

Toma 50 euros para comprar o que quiser.

E se zero.

Apesar de eu ter atoria.

Apesar de ter atoria, o que é?

Tipo, se estás a ajudar, não me interessa.

Você precisa filmar ou não?

Fiche.

Pá.

Desde que ajudes, tipo, está tranquilo.

Juga um bocado quem filma, está bem?

Mas ajudou pelo menos.

Não, claro.

Ótimo.

O princípio pronto.

O princípio é fiche.

É fiche.

Agora, é preciso estar a filmar?

Isso já é ridículo.

É preciso mostrar.

Imagina.

Não é uma mensagem que tu precisas...

Como é que eu estou tentando...

Mas o pessoal pode influenciar.

Se vies pela cena, tipo, pode influenciar alguém.

Pá, mas olha lá.

Qualquer pessoa sensata sabe que fazer o bem é fiche.

Percebes o que é que eu estou a dizer?

Claro, mas imagina.

Mas não é uma mensagem...

Tipo, não precisas passar uma mensagem ao mundo de que...

Pá, ajudar sem a briga é fiche.

Ajudar uma velhota a passar a estrada é fiche.

Tá bem.

Mas ó, claro.

Se calhar às vezes estás tão dentro de ti próprio que nem olhas para os outros.

E se vies que ela é um story de alguém,

podes pensar que, ah, realmente tem que olhar mais para os outros

e perceber quem é que há minha volta precisa de ajuda.

Tá a pessoa que eu estou a dizer?

Claro, mas não é uma story.

É o quê?

Não quero dizer nem tudo.

São vídeos.

Tá bem.

Vejam o meu canal.

Vejam-me.

Subscrevam-me.

Pá, sim.

Eu sou mesmo bom a ajudar.

Não julgo, mas deixe-me com comissão.

Não me emocione.

É só isso.

Eu acho que sim.

Pá, se estás a fazer o bem, pá, fiz.

Filma.

Por onde?

Tá bem.

Poulo menos ajudar.

Faz o que quiser.

Exato.

Por onde nos ajudaste?

Mas isso emissiona a tempatia dos outros.

Para com os outros, não é?

Muito.

A mim também.

Muito.

Muito mesmo.

Para casa é verdade.

É uma coisa que me deixa mesmo sensível.

É emocionada.

Ver pessoas queridas.

E pessoas quando são queridas.

Tipo, imagina.

Quando me ajudam a fazer alguma coisa sem eu pedir.

No outro dia...

Olha, precisamente no mercado.

Sim.

Uma cara que é querido.

Não há tipo de cara querida.

Uma cara que é querida.

Todos os velhinhos são queridos.

Em entrevista há pouco tempo com uma senhora na...

Na SportTV.

Eu não achei assim tão querida assim.

Foguei o gênio.

E eu não achei assim tão...

Estás a brincar.

Apeça em uma doutora é o gênio.

Apeça em meter cinco minutos de o gênio em todos os dias.

Mas tu não tens estado a dar toda a gente.

É verdade.

Eu no outro dia no mercado, né?

Estava.

Estava.

Estava a brancura.

Estava a brancura.

Do carrinho.

Não havia carrinhos a lado nenhum.

Aprocuro do carrinho não sei o que é que eu faço.

Em vez de procurar o carrinho, pergunte a pessoas.

Onde é que há carrinhos aqui?

Olha, desculpe-se.

Onde é que há carrinhos?

E depois indicaram-me.

Só que estava umido também a procurar de um carrinho.

E o que é que ele fez?

Quando chegámos, os dois, ele mais cheio do que eu,

assistiam a ver carrinhos e ele tirou um carrinho e deu-me o primeiro e depois tirou

um carrinho para eles.

Sim, Pátria.

E eu pensei que é querido.

Pá, que querido.

Pronto.

Está a tentar as pessoas à volta dele.

E acho que é importante termos esses pequenos gestos.

Mas eu quando falo em emocionar...

Tornam-nos mais pessoas.

Eu gostava que fosse uma coisa literal.

Imagina, o gajo da tua carrinha e tu...

Choro.

Desfazes.

Eu gostei.

O gajo tem aquele momento desconfortável.

É só um carrinho.

Só de um.

Também não era preciso isso de tudo.

E aí, isto foram alguns momentos que eu pensei esta semana...

Pá, que me deixou emocionado e que antes não.

Sabe?

É que me tornam um bocadinho mais maduro.

Posso dizer uma coisa, um pequeno, a parte deste podcast.

Ok, agora estás a olhar para mim e que acho que eu choro.

Não.

Então.

Apetece-me que eu choro.

Eu não abtenço nada.

Eu só choro.

O que eu queria dizer é...

Nós estamos a gravar isto antes da almoço.

Nós costumamos gravar depois.

Certo.

Estou a ficar com larica.

Estou a ficar com fome.

Não vamos apressar isto.

Não, não.

Estou a apressar.

Estou só a dizer que é...

Posso?

Sim.

E eu sou o tipo de pessoa.

O que diz?

Eu sou o tipo de pessoa, não?

Eu sou o tipo de pessoa.

Que fica de mau humor.

Eu tenho certeza que a maior parte das pessoas ficam.

De mau humor quando está com fome.

Tu não ficas.

Não é mau humor.

Tu és outra pessoa.

Não é de mau humor.

É de mau humor.

Tenho erribas de olivares.

Não, que é assim, Pato.

Pois é, é verdade.

Não imagina, tenho erribas a ficar de mau humor.

Não é de mau fome.

Fiquei.

Epa.

Tu para mim és o Claudio com o ar condicionado.

Eu sou o Claudio com o ar condicionado.

Eu sou o Claudio e vamos com o ar condicionado.

Com estás com fome.

Juro que não te conheço.

Coitinho.

Sabes o que é que eu vou começar a fazer?

Andar sempre uma baguete no bolso.

O que é que vamos jantar?

O que é que vamos jantar?

O que é que vamos jantar?

Eu não sei.

Ainda não pensei em nada.

Eu não sei o que é que eu vou cozinhar.

Eu não quero ir ali aos congelados.

Eu vei que vendemos da Uber.

Que remédio temos tantos.

Sabes que os congelados também têm prazo de lidar.

Bom, é alargado.

Hoje é refeição de argolinhas.

Gosta de argolinhas.

Refeição de argolinhas.

Com a voz.

Branco.

Já tens?

Ali.

Tá feito.

Vou voltar à minha infância lá atrás.

Ah, é?

Quando minha mãe chegava tarde do trabalho e pensava.

Não tenho nada para cozinhar.

O que é que eu vou dar?

Vai dar gola.

Esses sujeitos.

Vai dar gola.

Vai dar gola.

Vai dar gola de pota.

Pronto.

Eu sei que tu queres ainda falar mais um tema, não é?

Tenho um tema.

Sim.

Um super tema.

Mas eu não estou bem para me indignar.

Por quê?

Mas vou me indignar.

Preciso ficar com mais um bocadinho de fome.

Sim.

Não vou me indignar.

Vamos esperar.

Então pera, então vamos ao outro tema antes.

Sim.

Que é, nós fomos a uma entrevista esta semana passada, acho eu.

Com o Luis Pinheiro, com a Tica De Lanho.

E ele perguntou assim.

Qual é que é o maior pânico do Rui?

E eu sem hesitar disso.

O maior pânico do Rui é ter muitas coisas para fazer ao mesmo tempo.

True story.

E depois pensei, ah, de facto é o maior pânico dele.

Qual será o meu maior pânico?

É que eu se tiver muitas coisas para fazer ao mesmo dia que começa a fritar.

Sei lá.

Fazer um curto espaço de tempo.

E às vezes até podem ser coisas que eu gosto.

Por exemplo, um pável.

Tem que ir trabalhar.

Um jantar.

Um janta.

Ui.

Se já meter um jantar ali de família pelo mês já começa a fritar.

Pois ainda se tiver mais uma, sei lá, qualquer coisa para fazer da agência.

Ui.

Esse dia para mim.

Qualquer coisa da polícia.

A ansiedade.

Ou seja, marcar uma consulta.

Preciso fazer com um ponto de vista.

Tanto que às vezes imaginei.

Sei coisas que eu e o Rui temos que fazer.

Nós temos que fazer coisas em conjunto.

Porque não só precisamos um casal.

E gostamos.

Mas também para que trabalhamos juntos, não é?

A causa disto pode ser.

Então, há várias coisas que eu sei que nós temos que fazer.

Não comunico ao Rui quanto sei que há um dia assim mais difícil.

Portanto, eu vou gerindo esse teu pânico.

Tu geres a tua carra e a minha também.

Esse nino.

Tu geres a minha carra a nível emocional.

Não é para aí.

Se calhar, não lhe diga já isto hoje.

Deixe-me guardar para amanhã.

Eu marquei um restaurante que eu quero ir.

Sim.

E eu marquei um restaurante aí para um dia que tu ainda não sabes.

Uma coisa que eu não aguento.

É uma fala que eu consigo perguntar-me.

Ela tem esta capacidade.

Tenho este talento de perguntar-me duas semanas antes.

Onde é que eu quero ir jantar?

Para os meus restaurantes.

Você quer ir jantar ali?

Para os meus restaurantes que eu gosto.

Não dá moda.

E não tem a mesa.

Para já não quero.

Daqui a duas horas se calhar quero.

E se calhar amanhã não quero outra vez.

Pronto, eu marquei um restaurante.

Sim.

Para daqui a duas semanas.

E ainda não lhe disse.

Porque eu vou lhe dizer dois dias antes.

Olha, marquei este restaurante.

Consegui a mesa.

Mas foi duas semanas antes que eu marquei.

Estás a perceber?

É o que eu estou a dizer.

Mas eu minto-te.

Para já?

Tu gostas que eu te minta?

Eu prefiro assim.

Prefiro assim.

Porque emocionalmente estou muito mais calmo.

Estou muito mais tranquilo.

É porque eu agora quero ir a este restaurante.

Daqui a duas horas se calhar já não quero ir a este restaurante.

E no próprio dia vais querer vais?

Não sei.

Veja como acordar.

Se calhar amanhã acorde e pense.

Para que é que eu disse?

Sim.

Já não foi para amanhã.

Eu não sei como vou estar amanhã.

Como é que eu sei que vou estar daqui a duas semanas?

Eu já te perguntei.

Que horas é que te espalha amanhã?

E não sabes dizer?

Não sei.

Primeiro é porque preciso passar hoje.

Ah, tu não queres dar uma sorte.

Exatamente.

Nos que achas que hoje já não vais passar.

Isto é um turnê que ele está a fazer toda a semana.

Não sei.

Porque ainda por cima vou jogar com condições inversas.

Eu sou um rapaz de outdoor.

Vou ter que jogar outdoor.

Também não sou um rapaz de expo.

O que eu vou fazer é o turnê.

Eu sou um rapaz de alcantra.

Um rapaz mais.

Tu não és homem de expo.

Eu sou mais de carneshide.

Sinto que não estou a jogar em casa.

Estás a jogar fora.

Estou a jogar fora.

As odos estão contra ti.

Tá, tá.

Acho que as probabilidades são todas contra mim.

Portanto, vamos ver.

Mas rezem por mim, malta.

Até para acontecer este episódio.

Já foi.

Mas rezem na mesma por mim.

Mas qual é que eu estou meio ao pânico?

Já agora.

Eu não perguntei.

Estava a pensar.

Meu meio ao pânico, destes 5 reais,

não é tipo tenho pânico de cobras,

claro,

e de ver um tubarão à frente.

Também tenho...

É um pânico real.

Tá bem, um pânico real,

mas tenho que lidar com isso no dia a dia,

com esse pânico.

Mas podes ter que lidar.

Se é um pânico é válido.

É válido.

Não.

Só no marrakech.

Nunca foi-se ali a Monsanto.

Não, porque eu nas cobras e se não tenho pânico.

Tenho que ter.

Claro que tens.

Toda a gente tem...

Tenho pânico de baratas.

Tive que lidar na outra casa.

Que é um pânico real.

Também não liga isso todos os dias.

Mas deixa-me pensar um colíte todos os dias.

Ok, tá bem.

Com o quê?

Cártas das finanças?

Tá, tenho pânico.

Tenho pânico.

Claro que tenho pânico de cártas das finanças,

mas tenho um boé pânico de chegar atrasado a sítios.

É verdade.

Isso é uma coisa...

Eu estou a tentar melhorar contigo.

Eu também...

Mas o projón se começa a ganhar esse pânico também.

Não, mas tu...

Eu acho que tu estás muito melhor

e eu acho que eu também estou melhor.

Jure-te.

Tipo, antes era mesmo boeda ser assada para sair de casa

e agora eu não sou contigo.

É pá, mas convenhamos mal,

de chegar atrasado não é uma cena difícil.

É uma merda.

Desculpa-me.

Já falamos isso depois da vez melhor.

É aquela vasófico que tu tens quando tens 15 anos.

É.

E eu sou um timosca.

É uma coisa que me irrita,

é uma coisa que me irrita que as pessoas me digam,

é pá, eu sou timoso,

sou não sei o que,

e sou daquilo tipo de pessoas que nunca chega a horas.

Mas com orgulho, sabes?

Dizem, pai, eu não consigo chegar hoje.

Como se aquilo fosse um traço de personalidade.

Como se não pudesses mudar isso.

Como se não dependesse ti.

Ah, eu sou o tipo de pessoa que dá chapadas a puto.

Sim, sim, sim.

Como se não dependesse ti.

Como se não fosse estudo.

Decidísse, chega a horas ou não.

Percebes?

Porque é uma coisa que me irrita um bocadinho.

Mas sim, diz.

Pronto, eu acho que isso é o meu pânico.

Tipo, a coisa que mais me deixa estressada,

soada as mãos,

é chegar atrasada a sítio.

Eu já tive, por exemplo, reuniões marcadas,

imagina as duas e meio em um sítio,

e as duas estava lá,

tipo, e fica a meia hora no carro.

Por acaso, é uma coisa que tu não tens pânico de reunião,

mas dá-te pânico de chegar atrasada a reunião.

Pois é.

Mas, porque eu acho que isso também,

reunião é uma coisa específica.

Mas eu gosto de que é.

No sentido que você chega atrasada,

já estás a passar uma mensagem, né?

Tipo, como assim?

É bom, é feio.

É bom, é feio, claro.

Agora sei, se vocês quiserem arranjar um trabalho,

não têm trabalho,

eu chego atrasados a um sítio e esqueçam.

Aham.

Não vale a pena, não é fiche.

Deixem as outras pessoas chegarem atrasadas,

e vocês tinham as vossas conclusões que tiverem que ser.

True story.

Agora, vocês não cheguem.

Por favor.

Se vocês são batanetes.

Mesmo que tenham com fome.

São batanetes, são real batanetes.

Real batanetes.

Não cheguem atrasados.

As reuniões.

Qual é o seu fome?

Outra malta,

que, pá, que não vou bá-de-pê, tranquilo.

Pá-de-pê.

Por favor, malta.

Elamente.

Pá, é o nosso único requisito.

É o nosso...

Aliás, não pode as caras atrasadas, ok?

Ao nosso espetáculo ao vivo.

Ao nosso espetáculo ao vivo, claro.

Mas essa é a nossa posição.

Essa é a minha luta.

Não chegue a atrasar.

Não chegue a atrasar.

Não chegue a atrasar,

só pode esquecer ao vivo, porque...

Por favor.

Primeiro, quer vir no Tivoli,

vai ser mais ou menos na altura dos Santos.

Sim.

Portanto...

Vai ser sempre na altura dos Santos, por falar.

Vai ser sempre na altura dos Santos.

Tipo, nem a Almada.

Também estão a acontecer os Santos.

Não sei como é o próprio.

Claro que a Almada tinha que se chamar

Bailo do Xixi.

Pá, que nos...

Mas é um mau nome?

Porquê?

Xixi.

Sim, Bailo do Xixi.

Essa é só o melhor bailo...

de Portugal e, possivelmente,

da Península Ibérica.

O que levaste ao Bailo do Xixi?

Tá bem.

Pás, se quiseres imaginar...

E este ano eu vou te levar às festas estides.

É um bailo muito próprio, de uma falda.

Mas por quê?

Faz tu os bails em Xixi?

Pá, porque no conjunto,

há 30 dentes naquele bailo.

Tu é brincar.

Tu e as dentes.

Tu é brincar.

Tu é brincar.

E, Antônia,

mas, uma vez que estou a jogar em casa,

eu não estou confortável, percebes?

Pois.

Mas conheces boas pessoas lá?

Sim.

Volte-me a encontrarmos aqui.

Não.

E, normalmente,

encontras aquela malta

que já não vê-se há anos,

encontras tudo.

E, pois, não sei se tu és bem,

amigo, toda a gente...

Ai, que exagero.

É verdade.

É o bailo social.

Olha, também estou a ficar com fome.

É um socialão.

É um socialão.

É um socialão.

Mas, pronto, o que que eu estava a dizer?

Não cheguei trazados ao bate-péu ao vivo.

Ainda há bilhete de espera.

Um baile em xixi.

O roler em xixi.

O roler em xixi.

Depois, depois.

Depois.

Nunca antes.

Como é uma bela fartura...

Bem, que fartura atalmada.

Deixa eu provar esta fartura atalmada.

Sabes?

Nós, aqui, ao pé de casa,

temos mesmo um arrulado de farturas

a dois minutos, pronto?

Sim.

Nunca usufruíste.

Nunca.

Porque eu não gosto desta fartura daqui.

Eu gosto da fartura atalmada.

É familiar, sabe?

Olha, não me indignei.

Pois não.

Indigno no próximo.

Podes te indignar no próximo.

Vou me indignar no próximo.

Você vai despelir.

Ela precisa me mandar cá para fora.

Uma vez o ruído disse numa entrevista

que este pote quer servir

para espiar os nossos demônios.

É verdade.

E o cada vez mais percebe esta frase.

E certa forma.

Nunca tinha pensado nisso assim.

Isso era para desabafar.

Por que estamos aqui no conforto

da nossa casa?

Não é?

Isso não se passa nada.

Isso não vai falar de nenhum.

Nós estamos aqui dizendo

mas merdas, isso não vai falar de nenhum.

E aí, de repente,

Eu estou a ficar cada vez mais público.

Muito pouco público.

E tu és o olho público.

Pois sou.

Tu és o próprio olho público.

Tristemente.

E tu apareces no nosso olho público.

Isso sim.

É uma coisa tão polêmica

que nós tínhamos que falar disso aqui.

E nós semblamos mandar o cu.

E aí,

não vamos falar de ser mais tristes.

Bom,

sou eu a fazer o que é quem?

Pois é, as estuas.

Vai ser uma merda.

Pois é.

Hoje é o dia de merda.

É semana sim, semana não.

Bora.

Quem é quem?

Homem é o mulher.

Homem.

Quante esquema?

Homem, desculpa, mulher.

Quante esquedores?

420 mil.

Porra.

Ela é muito conhecida.

Sim, é uma pessoa

de grande dimensão, não?

É triste?

Não.

É cantora?

Não.

Se calhar também de canta.

Ela tem uma bela voz.

É atriz, é cantora.

Não é.

Não é cantora.

É disso só que não é uma bela voz.

É...

Mas não é atriz.

É apresentadora?

É apresentadora.

Da TV e da Cico.

Ó da RTP.

RTP?

RTP?

Sim.

Filmena?

Não.

Tem uma bela voz, é...

É catena furtada?

Não.

É loura ou morena?

É morena.

Mas acho que também já foi loura.

Ou já fez umas madeixas?

Não sei.

Já fez umas noanças.

Não pode ser a Tânia.

É.

Tu é esparvo?

Então acabamos de falar da Tânia há dois minutos.

Foi como ocorreu.

Tânia, que é em vez da Livreira?

Sim, beijinho Tânia.

Tu não és bom ou ruim?

Tu és mesmo tipo...

Tu faz tropósito.

Para ser engraçadinho, faz.

Não é.

Não é.

Para ser engraçadinho.

Está completamente provado desta exposição.

Quem é que é?

De quem é que falamos?

Pai, acho que digo.

Uma personalidade de todos os episódios.

Pronto.

Aconteceu.

Fico convado.

Foi sem querer.

Fico convado.

Foi sem querer.

É.

Você és o rodo da velha.

Vai lá.

Tregentes.

Foi mesmo.

Agora vou ver...

Agora vou ver de...

Agora só cosa disso vai chorar o de tregentes.

Está bem?

Você vai fazer um vídeo no teu Instagram.

É.

Você sabe o que vai acontecer, não vai por aquela blara na dispenser.

Garante.

Mas nem compreenda como parafusar aquela blara.

Eu não quero estar sempre a comer aqui...

Ah, tu é escondendo outro sitio.

Eu põe no meu quarto?

No meu quarto.

Como se tivessemos quartas esperadas?

No meu quarto?

No teu quarto.

Não ponhar a tua vista, aponhar a minha vista.

Está bem.

Pronto?

Pode.

Podo.

E não passo a esperar. Tchau!

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Olá amantes de Batanetes! Espero que este episódio vos encontre bem e que vos dê, acima de tudo, conforto de escuta. Pedimos desculpa pelo barulho de vento como background, a culpa não é nossa. Estava de facto MUITO VENTO. Bem, estamos a ficar adultos e moles. Sentimentais. Foi o que percebemos durante este episódio. E vocês?