Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Camilo, a censura e a TAP
Joana Beleza 9/23/23 - Episode Page - 51m - PDF Transcript
Nesta semana, a Pedro Mexia declara-se índe burguês.
João Miguel Tavares admite de ser candidato.
E Ricardo Orojo Pereira sente-se ba.
Está reunido o programa, cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.
Olá, tudo a andar? Espero que sim, porque hoje exploramos um dos mais bonitos espécimos
de quatro rodas que andam por aí, o Renault Megane, lindo, e por isso, hoje assumimos
a pasta da beleza natural. Bem, por onde começar? Pelas linhas harmoniosas, pelas formas esculturais
ou até mesmo pelos acabamentos requintados? Se houvesse eleições de beleza e requinte
na estrada ganhava-se sempre o mesmo, o Megane, claro. É assim, natural, sem esforço,
tem um eye-catching power de fazer, em vez de qualquer político em campanha e de os
fazer ter pesadelos quando ganham as eleições. Sim, ninguém quer tantas cabeças viradas
para si quando está no poder, não é? Mas bom, apesar da falta de grau de parentesco,
acham que tinha lugar como assessor de alguma coisa, da estrada, talvez, ou da estética
nacional. Agora que já disse que a beleza estonteante
do Renault Megane, deixe-vos com o vosso podcast de eleição. Bom programa.
Viva, sejam bem-vindos. No final de uma semana em que o Parlamento derrotou a quinta moção
de censura apresentada contra o governo PS, meio de absoluta, um desfecho sem surpresa
e sem história, já viemos de falar disso por alto, mais adiante, mas sobretudo para
dar atenção à decisão anunciada no debate por António Costa, a decisão de que a
TAP pode vir a ser privatizada a 100%. Antes que lhes porém, o Ricardo Araújo Pereira
quer ser, por esta semana, não ministro, mas presidente da Câmara, algum poder autárquico
Ricardo, que em vez particularmente não é de ele? Sim, é o poder de pôr e despor
da estatuária à minha vontade. É sensível à estatuária no espaço urbano?
É sensível à estatuária, quer dizer, não é o meu assunto favorito, mas sou sensível
à estatuária. Estamos a falar da polémica em torno da
estátua de Camilo Castelverante no Porto, uma estátua que está há 11 anos à frente
da cadeia da relação, cadeia da relação onde Camilo esteve preso e onde escreveu
o Amor de Predição, o presidente da Câmara do Porto recebeu uma queixa de 37 individualidades
portuenses e mandou retirar a estátua. Em siente de contrário, e Rui Moreira reverta,
mas logo a seguir surgiram, abaixo de assinado deu a decisão e decidiu deixar ficar a
estátua. Ainda assim, Rui Moreira, assim, no esta semana, um artigo de opinião no público
onde escreveu que considera a estátua dada à cidade do cultor francês Quisimões pornográficamente
estou renda, o que é que retira de todo este pedido de ti, Ricardo Araújo Pereira?
Ô Carlos, retira o seguinte, eu acho que os cidadãos que propuseram a retirada da
estátua estão no seu direito, aliás é assim que a democracia se faz, eles não foram
com marteles a rincar a estátua do cítio em que está, eles sabem que como se faz
é assim, é, temos aqui uma proposta, que é tirar ali a estátua, os outros cidadãos
que dizem, nós preferimos que a estátua se mantenha, também estiveram bem, porque
também manifestaram a sua posição, é assim, é assim que a gente faz, nem regimos como
o nosso, a estátua do Camilo, esteve bem também, esteve mantendo sossegada, sossegada.
Ele está a ganhar aquela senhora?
Está, realmente uma barata tonta, no meio da história que foi a única que andou, já
teve um momento um professor doutor de Coimbra, meu Deus, quando ao ler os primeiros petitionários,
olha-me Deus, que cidadãos estão ilustras, que gente compra gaminhos, que isto está
lembrar-me do nosso auditório, que é o professor doutor de Coimbra.
Foi quando a Almeida Santos percebeu que o Vital Moreira ia ser candidato às Europeias
e disse, é um professor doutor de Coimbra, meu Deus, e o Rui Moreira teve um momento
parecido com isto.
Percebe-se melhor...
Se os seus cidadãos ilustres estão ilustros e compregaminhos e tal, vamos fazer imediatamente
o que eles dizem, ah não se pode.
Melhor a decisão inicial de Rui Moreira ou a decisão em que o presidente da Câmara
do Porto se arrependeu do que tinha de decidir inicialmente?
Eu acho que é mais compreensível a segunda na medida em que é quando o fanfarrão percebe
que não pode fazer... quer dizer, que existe uma coisa, existem regras, é, que é das coisas
chatas da democracia, né, existem regras e tal, mas ele a seguir ainda conseguiu revelar
mensagens privadas que uma senhora ele tinha enviado, coisa que a estátua do Camilo também
não fez, guarda um recato, está abraçada a 11 anos de uma senhora toda nua, até hoje
não só viu uma intimidade daquelas...
Nenhum ai.
Zero.
Zero.
A peticão que da origem é esta polêmica à moda do Porto, a expressão é do próprio
Rui Moreira no artigo do público, invoca questões de estética e de moralidade, fala
em desgosto estético e em desaprovação moral, parece-lhe de bons critérios no debate
deste tipo de pedagogia.
Eu acho em primeiro lugar que foi uma má semana para o século XIX, há anos antes
queria dizer esta frase, uma má semana para o século XIX porque foi, tira o químido
ali, deixe-o essa estar aqui, foi uma coisa, o século XIX tem estado impolvorosa em 2023.
A tua pergunta era?
A tua pergunta é se são bons critérios, estes critérios de desgosto estético e
de desaprovação moral?
Quer dizer, são maus critérios, há dois critérios que são maus, ou até três.
Um é a questão do gosto, e nós sabemos como é sempre complicado a relação da política
com o gosto e a atenção, quem tem estado atento à estatuária portuguesa nos últimos
anos sabe que se vamos por Iêvar Aberto, eu estou mal lembrado, várias na cidade onde
nós vivemos.
Nós, estereis vivemos.
Ali a Pé de Casa João Miguel é um...
Sim, sim, o sacardeiro, etc., etc., já para não falar do do Ronaldo na Madeira, né?
Mas temos um caso de estatuária...
Tu és um cidadão ilustre e com pregaminhos podias fazer um pedido a moedas para ele
ir lá e tirar imediatamente.
Pregaminho não.
Mas o gosto é uma má...
Aquinas infólios.
O gosto é uma má...
É uma má...
É uma má o critério.
Na verdade, esta questão é um pouco...
A questão dos notáveis é uma má o critério.
Na verdade, isto é um pouco porque aqueles notáveis, isto quer dizer, pelo menos os...
Os ligados mais a arte, não gostam de ofrecites que simões para há umas pessoas.
A gente sabe que há muitas pessoas na arte que não gostam de...
A gente se lembra uns anos que houve um diplomata português que não quis...
Já não me lembro dos pronós, mas não quis estar presente numa cerimônia em que o Tony Carrera foi
condecurado pelo Estado francês.
Porque achou que aquilo não era...
E devia ter estado, porque era uma cidadão portuguesa e não era caça à estátua.
Porque pode ser, assim é que o gosto do Sr. Consul, pensei eu.
Não tinha nada a ver com isso.
Acho que o critério do gosto é muito complicado.
E há um critério, e há um terceiro ponto que foi lembrado pelo Pacheco Pereira.
E bem, que nós estamos neste momento numa época de caça às estátuas.
E, portanto, tudo o que seja contribuir para legitimar a que está nua quando ele está vestido,
pode ser o Sr. com o jubizavou, era escravocrata,
pode ser, seja o que for, o picaço, porque era ouvido pelas mulheres, nunca mais acaba.
Portanto, acho que devia haver uma moratória de ter às estátuas.
E qualquer movimento que vá nesse sentido, e dá uma ideia muito mais com critérios do gosto,
bom, da moralidade, nem sequer vou comentar, e nem é credível, não.
Nenhuma daquelas pessoas é um cura de maldeia serrana, não.
Quer dizer, não estou a ver daquelas que eu conheço e das que eu não conheço,
não estou a ver nenhuma daquelas pessoas dizer assim,
uma mulher nua no espaço público.
Não me percebo que é feio, bonito, meu Deus.
Gosta da estátua, Miguel Tabares.
Não tenho grande opinião sobre a estátua, já vi pior, também já vi muito melhor,
eu acho que é como qualquer um de nós aqui, não.
Até porque o Páscoilo...
Porque o Páscoilo também está a dizer.
Sim, para fazer, para fazer.
Até porque o...
Quem conhece fotos da Ana Plácido, se aquela foi Ana Plácido, se tem sido isso.
Não, não, claramente não é Ana Plácido.
Bom, é o ideal de beleza feminina de Francesco Simões.
Agora, o meu ponto mais sensível é evidente que eu acho que é importante soblenhar o Ricardo,
que fez isso, que as cidades não são museus petrificados, não é?
As coisas podem se mudar, porque também às vezes há uma ideia de preservação absolutista
em que não se pode mexer nada.
Mas não com esses critérios.
Mas não com esses critérios.
Eu, aliás, gosto de sempre aproveitar estes momentos para dizer, por favor,
terraplana é o Parque do Arte Sétimo.
Eu tenho uma inviração especial pelo Parque do Arte Sétimo,
porque faz muita falta um bom parque no meio da cidade, e nós não temos.
Portanto, é por mim, e é tudo.
E ao parque, e é também o Pirilão do Cotileiro, e é tudo.
Desde o Estado de Novo Ateado me crescia, tudo o que ele foi feito é horrendo.
É só bom para a feira do livro, mas também são três semanas por ano.
E, portanto, visto que isso também é bom quando lá vai o Papa,
porque o ângulo é favorável, mas resta que ele não é um parque.
E ninguém vai andar ali pelo meio.
E, portanto, é por mim que passa a associação...
Ah, que encontraria essa afirmação.
Não sei, não sei, mas...
Não durante o dia.
Só para aqui estar. Lá está.
Eu acho que aquilo é horrendo.
Eu gostava muito que um dia a Câmara de Lisboa
fizesse uma petição e dizia-se que vamos ter um parque que a segue.
Mas não sou eu que vou lá com uma retroescavadora, né?
E, portanto...
E o Largo do Rato, e o Martín Muniz.
É, pá, o que mais é que é barro.
Mas eu gosto muito de parques.
Eu acho que os parques fazem-me essa falta na cidade
e o Lisboa não tem nenhum jeito.
Agora, o ponto mais importante foi este,
que foi sublinhado pelo Pedro Mexia,
que eu também queria deixar aqui, que é...
Não se removem estátuas antes de se remover o ouquismo.
Primeiro, remove-se o ouquismo.
E depois daquilo já está tudo bem enterrado.
Aí a gente pensa outra vez em remover estátuas.
Porque isto, politicamente, ainda por cima,
há aligente que, politicamente, é hábito naquele grupo de pessoas.
São-me os nós enterrados do que o ouquismo.
É, mas espero que não. É ou não.
Sabe-se que eu sou um otimista,
de vez em quando é assim isto.
Mas quer dizer, há pessoas ali inteligentes,
comentadores políticos, no meio daquele grupo de subscritores,
que o me custa...
O reto principal é essa, aliás.
É, sabe?
Mas que me custa que não perceberem,
que estão realmente a abrir um flanco
num tema sensível.
Entregamos ao Ricardo Araújo Pereira,
o cargo de presidente da Câmara
com a tofela da estatuária no espaço público
para não ter de dar o dito,
por não dito esta matéria.
Quanto ao João Miguel Tavares,
quer-se ser desta vez ministro da Cambalhota,
aprecia um bom flic-flac à retaguarda,
João Miguel Tavares,
ou parece-lhe que isso pode ser
uma maneira perigosa de se comportar?
Não, eu aprecia um bom flic-flac à retaguarda,
quem não, não é?
Nós todos que crescemos a ver os Jogos Olímpicos
com a neti, mas...
Quem é o ginasta que quero falar?
Neste caso, o ginasta é António Costa.
E a única coisa que eu queria é
alguém que está a fazer aqueles prodigiosos
flic-flac à retaguarda,
que tenha coragem de dizer
eu estou a fazer prodigiosos flic-flac à retaguarda.
António Costa anunciou no debate
da moção de censura esta semana
que o fim da intervenção pública
está para breve.
Hoje confirmar que na próxima semana
aprovaremos em conselho-ministro
o diploma que estabelece o enquadramento
da privadilhação da TAP,
defendendo a companhia e os interesses
de Portugal e dos portugueses.
Mas como desde o início, dissemos,
era uma intervenção que fazíamos
não para permanecermos à de eterno,
como tentou-se de 100% do capital,
mas que o fazíamos para responder
uma situação de crise.
Primeiro-ministro, no Parlamento,
para abrir a porta a uma privatização
integral da TAP,
o que é que vê de sensoravel
nesta decisão, João Miguel Tavares?
Eu de sensoravel não vejo nada.
Eu, aliás, aplaude com todas as mãos disponíveis
a ideia de privatizar a TAP e a 100%.
Agora, é preciso ter uma lata
do caraças para
continuar com estes tipos
de habilidades parlamentares,
da António Costa.
O que diz que respeitaste a TAP
é verdadeiramente escandaloso,
porque ele já disse
demasiadas coisas
para fingir que está apenas a ser coerente.
Foi aquilo que nós vimos na Zilada?
Grafere que a TAP só ficou integralmente
nas mãos do Estado
por causa da crise da pandemia.
Sim, verdade. Isso é em 2021.
É certo? Tem 2021.
Mas a questão é que ele agora admitiu
que nesse debate a privatização
na totalidade da TAP
e a privatização na totalidade da TAP
era, até há bem pouco tempo,
algo que era absolutamente impensável
que dizia ele que não podia ser,
que era o tempo das caravelas
em que os aviões eram como
escaravelas portuguesas.
Eu só disse isso em 2016.
Não.
Ele já disse várias coisas.
Em 2012,
quando era...
Em 2012,
ele disse que cria uma fusão da TAP
com uma grande companhia latino-americana.
Isto é em 2012.
Mas depois, em 2014, começou a dizer
que quando estava a despedir, a privatização da TAP
que não podia ser.
E foi aí que falou nas famosas caravelas.
Ainda em 2014.
Pois em 2015, vai dizer
que já tinha sido privatizada a TAP
no final de 2015, vai dizer
que já tinha sido privatizada.
Nós vamos ter 51% da TAP
mesmo que os privados não querem.
Ou seja, mesmo que as pessoas a quem a TAP
tinha sido vendida, não quisesse.
Dizia que tinha que ser 51%.
Afinal, ficou em 50%.
Foi assim que se achou um negócio.
Mas nesses 50%, perdeu os direitos
econômicos no meio dessa negociata.
Ou seja, foi uma negociata horrível
apostada em que perdeu os direitos
econômicos e ficou com muito maiores responsabilidades
que aquelas que tinha.
Ou seja, esta gigajoga
é realmente
muito escandalosa.
E a nós, eu acho que o país interno
tem que dizer, ao menos
admita que mudou de ideias.
Ao menos admita que os aviões
da TAP não são
as novas caravelas. Diga só isso
e eu já fico aqui feliz.
O que é que terá levado o Primeiro-Ministro
a destrumpar este denúncio
no debate da moção de censura esta semana
pela justiça?
Estrumpfado, porque destrumpfou toda a gente.
Destrumpfou a direita
que é a favor da privatização.
Xeta o cheio.
Destrumpfou a linha Pedro Nunes Santos
para quem este era um combate importante.
E destrumpfou a esquerda
no sentido em que não contém
com o PS para esta matéria.
Portanto, isto é um tipo de política
muito identitária para a relação
uma possível união de esquerda futura.
Portanto, eu acho que ele, mais uma vez,
fez o que faz
bem
mas que às vezes
eu acho inaceitável
que é políticaeramente
se fosse muito bem. Aliás, tudo ficou bem
naquela sessão parlamentar.
Mas realmente deu dito
por não dito
numa matéria importante
e a um grau.
Mesmo para o exámbio deste governo,
é que não é preciso a caravela.
O argumentário foi sendo adaptado
quase
semestralmente.
Nunca foi, ao melhor,
pareceu ser muito claro, depois percebemos
que não era claro, e foi sempre ajustado
explicações diferentes
para qual é
na verdade isso já tinha acontecido
um pouco na
para o outro lado, com o tempo de passo de escolha
que não foi muito claro
se as privatizações eram por necessidade
ou por desígnio.
Isso hoje na altura
lembro-me de ter falado nisso, que gostava
de ter vivido, em todos os casos
como cidadão.
No caso de Santónio Costa está a mesma coisa
porque uma coisa aí é
nós somos a favor disto
pelo Bloco e o PC são muito claro.
Tem que ser porque é uma empresa
tem que ser nacionalizada.
Tem que ser pública por as razões
pela razão que RTP
tem que ser pública, etc.
São razões perfeitas.
Respetáveis e discutíveis.
Respetáveis e discutíveis etc.
Os passos privatizaram coisas bem mais
problemáticas
para mim é bem mais problemática
do que
do que a TAP.
Mas tem que haver uma noção de que
primeiro mantenha mais ou menos uma
coerência mais ou menos
e depois perceber se é razões económicas
ocasiões ideológicas
ou António Costa apesar de todos
os meus jantares de natal
dos últimos 8 anos com pessoas a dizer
que ele era um perigoso escardista
nem nunca foi um perigoso escardista
mas
não sei se não seria melhor ser escardista
e coerente do que nos
apresentar
coisas diferentes para uma matéria
importante e um buraco que é
enorme.
Quanto à moção de censura
Ricardo Araújo Pereira, não sei se
quer ainda expender alguma coisa
depósito da TAP, mas isto foi
no âmbito
da moção de censura
na resposta política
à moção de censura
para além do resultado que já se
conhecia antecipadamente, houve
na moção de censura alguma coisa
de relevante, ou vai diretamente
para o arquivo morto do Parlamento?
Não, eu acho que o Costa esteve
muito mal ao não levar umas preguiçadores
em um charuto, porque ele teve
muito pouco a fazer, acho que
teve mais para contemplar
para estar a assistir, a direita
atacar-se entre si, o Chega
marcou, portanto, marcou
a moção de censura podia
em que se ia debater a redução do IRS
e assim não pode fazer-se, com isto
adiou o início dos debates quenzenais
o deputado carneiro do PSD
registou e com razão que a maioria
das intervenções do Chega
foram contra o PSD
e portanto...
A opção era contra o PSD?
Exatamente, era contra o PSD
e portanto, eu lembro quando o Papa
acabei, o Ventura preferiu ir para a
Madeira e depois teve que descrever
a carta lacrimosa, dizer que ia
pôr o silício e não sei o que
e criei muita desculpa.
Pode ser que venha a fazer o mesmo PSD
por causa desta manobra
e o Ventura na
Moção de Censura, no debate da Moção de Censura
disse que este era o pior Governo
de sempre da nossa história
e ele não esclareceu
disse da nossa história
disse apenas da nossa história
o primeiro Governo de sempre da nossa história
é o primeiro Ministro de sempre da nossa história
para isto não é Moção de Censura
isto fazem-se revoluções
para este tipo de
contra este tipo de
situação
faz-se uma moção de cem...
Um campeonato reinido
reinido do pior da história
uma Moção de Censura condenada à partida
é mesmo de menos
para o pior de sempre
o João Miguel Tavares fica então
Ministro de Campalhota
agora é a vez do Pedro Mexias
para tornar Ministro
da Boca e do Trombone
e quem é que põe a Boca no Trombone neste caso
quem o faz
que consegue alguma coisa
ou...
Eu atrapalhei um bocadinho com a minha metáfora
da Boca e do Trombone
eu não sei o que é a Boca e o que é o Trombone
porque a Boca e o Trombone no fundo fazem a mesma coisa
para todo efeito
para este efeito
a Boca e o Trombone é o seguinte
é o Secretário de Jardim das Estados Unidos
a António Guterres
que se queixa por um lado
e depois
usa uma retórica muito
agriva, digamos assim
Justamente, estamos a falar de secretários Jardim das Estados Unidos
o nosso conhecido António Guterres
e de uma entrevista
em que ele admitiu esta semana
sem meias palavras
que o único poder que tem
é o poder
de dizer coisas
O secretário de Jardim das Estados Unidos
tem nenhum poder e nenhum dinheiro
o que temos
é uma voz
e essa voz pode ser luta
e eu tenho a obrigação de fazer ela ser luta
e, ao mesmo tempo, temos alguns poderes convenientes
Às vezes, podemos trazer juntos
diferentes actores, não apenas países
mas o privado sector
a sociedade civil
as organizações de jovens
os expertos científicos
a academia
mas o poder
em jardim das Estados Unidos
António Guterres a admitir
que só tem a boca e o trombone
não tem poder nenhum
confissá-lo assim de um modo tão directo
é uma atitude ingênua
ou uma forma de honestidade
a tendência
Atenção, toda a gente sabe isto
e não é uma particular
condição
ou presumivelmente feito
António Guterres, nem dos seus antecessores
mas é da própria organização
ou seja, a ONU tem
dois problemas
e de ultrapassáveis
e que também não sei se
se podiam
se podiam corrigir
porém ela tem um Conselho de Segurança
que veta
decisões molindrosas
porque há sempre um dos membros
que veta
e depois tem um problema gigante
do qual nunca saiu, nem nunca saíram
como não saiu as cidades de nações
direto sem coerção
direto sem coerção é uma ideia
simpática, mas é uma ideia
é uma ideia
a ONU funciona
no seguinte
ou este país
faz aquilo que nós estamos a dizer
para um período internacional
ou vamos dizer coisas muito azevas
em várias línguas e contradições
isso é o ONU
é inútil, não é
é bom que as pessoas sentem
uma instituição como esta
claro que sim
mas é bom também admitir que é assim
muito que é assim, mas toda a gente sabe
na verdade há alguns secretários gerais
que por
especial
habilidade política
cada vez tem a ver com as coisas coisas
mas isto é falta na habilidade política de agoteiros
ou por contrário, uma forma
de manifestar
aquilo que são as limitações
sim, esta declaração
é importante, há circunstância
e as nações unidas
neste contexto
é uma
resposta à incapacidade das nações unidas
que é óbvia
em resolver um conflito
da Ucrânia
agora, ao outro lado
que é o trombó
quando ele diz
nós só podemos falar muito alto
temos uma voz
e podemos falar bem alto
que é a resposta do clima
que a humanidade abriu as portas do inferno
isto é uma espécie
de hipercompensação
que é aquela pessoa, é como do trânsito
em outros circunstâncias da vida
que é como eu não posso fazer nada
vou utilizar uma linguagem muito carregada
muito assustadora
eu já tinha dito umas coisas
ligeiramente animistas
sobre a natureza estar zangada com nós
quando foi da pandemia
e portanto
eu não posso fazer nada
vou dizer uma coisa
qual é a utilidade
de humanidade de as portas do inferno
quantas pessoas
nesse momento foram
reciclar
o que é que elas estavam a pensar
na verdade, e nessas matérias ambientais
por exemplo
tem um papel
de esclarecimento e de intervenção
e de educação e muitas outras
é uma instituição que deve ser evidentemente preservada
mas também não vale a pena fazer
das fraquezas forças
forças
nem imaginar
que isso é
uma
circunstância transitória
é uma circunstância de danas
ou seja, não exagerar no trombone
não exagerar no trombone porque
não há
honestamente
por mais simpático
por mais simpático as pessoas
que eram a utilizar isso
não há direito sem coerção
direito funciona
quando alguém nos obriga a seguir o direito
com este cenário, sem poder
nem dinheiro
como admita António Guterres
será de concluir Ricardo Araujo espera
que Guterres teria mais poder
em Lisboa do que em Nova Iorque
se o candidato está se abulém
e viesse a tornar-se
do hipótese presidente da República
ligeiramente mais, também não muito mais
é a parte mais surpreendente
é ele ter anunciado na CNN
a candidatura à presidencia da República
é ele a dizer
atenção portuguesa, eu estou habituadíssimo
não, eu estou habituadíssimo
tenho muitas experiências
em cargos que são um pouco mais do que de curativos
fica aqui a minha querida...
incluindo quando era Primeiro-Ministro
até quando era Primeiro-Ministro
quando é o cara que pouco de curativo
o cara de presidencia da República
mas tem muito trombone
aqui tem trombone
aqui tem mais até
como presidente da República
não vai dar entrevistas à CNN
exatamente, o trombone dele
como presidente da República
não se ouve
o trombone já não se ouve
é um pífaro
a entrevista à Guterres teve como protesto
a reunião anual em Nova Iorque
da Assembleia Geral das Nações Unidas
e pela primeira vez foi dada a palavra
no Conselho de Segurança
o caniano, vê alguma viabilidade
João Miguel Tavares na sugestão
de Zelenski, Zelenski fez
em Nova Iorque
que a Rússia
devia ser expulsa da organização
viabilidade, essa é tão absurda quanto
o poder do
do António Guterres, viabilidade
evidentemente não existe nenhuma
mas também mesmo que isso dissesse
a viabilidade, não me parece que sequer
que fosse uma ideia muito prudente
sensata, não faz sentido
eu não gosto de cancelamento
em lá nenhum e também não gosto de cancelamento
para isso, o Lavrov disse
que é verdade embora seja difícil
isto não é um clube de democracias
ele não disse isto assim, ele disse
não se escolhe os regimes
estão os países que estão representados
e há regimes que nós gostamos
é exatamente, e às vezes
existe este erro eu acho hoje em dia
as pessoas esquecem-se
que a política é uma gestão
de males e não é uma tentativa
e isso faz muita diferença
é preciso ter consciência disso
Zelensky aliás
criou ali alguns embarassos diplomáticos
também na relação com a Polónia
foi uma passagem por Nova Iorque
relativamente complexa
Sim, a Zelensky desculpe quase tudo
acho que todos nós
estivéssemos na posição que ele está
não é fácil, porque acho que
simultaneamente deve existir uma grande revolta interna
dele sentir
são os ucranianos que estão a morrer
nós precisamos mais ajuda
e ao mesmo tempo tenta aguentar manter ali
alguma diplomacia, não é uma
tarefa fácil
O Pedro Mexia fica assim ministro
de Buca e do Trombone, estão entregues
as pastas ministeriais por esta semana
agora é a altura para sabermos
porque o Ricardo Raul espera-se declarar
Bá, Bá é apelido neste caso
Exatamente, é Bá de Mamadubá
Quer falar do pedido do Ministério Público
para que o ativista Mamadubá
seja condenado por ter escrito
que o neo-Nazi Mario Machado
foi uma das figuras principais
do assassinato de Alcínio Monteiro
em 1995
Vê Mario Machado neste caso
como um cidadão difamado?
Não, não vejo, parece-me
dizer que Mario Machado
é uma das figuras principais do assassinato
de Alcínio Monteiro
acho que há atitude para poder dizer isso
ainda para mais
no âmbito de debate político
que deve ter uma proteção especial
acho que há atitude para poder dizer isto
vamos supor que um automobilista
passa o sinal vermelho à nossa frente
quase nos abalrou e segue
a gente baixou a vidra e diz
assassino, isso não é difamação
nós não estamos a dizer
atenção, aquele senhor da matrícula tal
é um amicida
não é isso que estamos a dizer
Ora, quando o Mamadubá
diz que o Mario Machado
queixa-se do seguinte, ele diz
acusou-me de ser o assassino do Alcínio Monteiro
não é isso que significa a frase
este senhor é uma das figuras principais do assassinato
de Alcínio Monteiro
o que esta frase significa
é o que na realidade
existiu
que é o Mario Machado
defende coisas como as que se
passaram em 1995
naquele dia, tanto é que participou
nelas, ele estava a espancar
outras pessoas, não estava naquele sítio
estava no outro
ele fazia de facto
um grupo de extrema-direita que naquela noite
10 de junho de 1995
decidiu celebrar o dia espancando
pessoas
e portanto, mais uma vez
há de facto latitude para
no âmbito do debate político
indicar um homem que defende
aquela prática, participa naquela
prática
teoriza sobre
os benefícios daquela prática
chamar-lhe
um dos principais, uma das figuras principais
no assassinato
entende esta decisão
judicial, não é decisão ainda
é indicação judicial
como excesso dele do Ministério Público
eu acho que a indicação do Ministério Público
é, o Ministério Público diz
não é isso que diz o
o acordão
que sentenciou Mario Machado
a dois anos de prisão
o Mamadoubar não está a falar desse acordão
não está a falar, ele não está a fazer
uma interpretação do acordão quando
está a falar em geral
está a dizer, este senhor
pela sua prática, pela sua postura
pelas ideias que defende
pelo seu encuadramento
mental
e que ainda por cima
participou, de facto, naquele dia
naqueles acontecimentos
é uma das figuras principais do assassinato
do Alcínio Monteiro
Vem nesses homigalto avares sentidos justiços
ao chefe de dizer-lo por parte do Ministério Público
este caso eu acho sualtamente complexo
eu gostava
de acreditar
que a argumentação do Ricardo
se sustentava
tenho algumas dúvidas em relação a isso
acho que não deve haver
quase nenhum portuguesa, não sei o que seja
de muita extrema direita
que não lhe faça impressão de repente Mario Machado
ganhar um caso de difamação
sobretudo tende em conta
que ele estava no bairro alto
a bater
em negros com paus
e com muita força
mas simplesmente estava no bairro alto
e Alcínio Monteiro
foi assassinado na Rua Garré
e portanto ele não estava de facto nesse
mesmo sítio, é verdade
que muita gente o acusa de ter
segundos responsáveis pela morte
efetivamente e aí
é evidente que não foi
tende em conta o cadastro de Mario Machado
faz muita impressão
que a justiça portuguesa
e o Ministério Público
de certa maneira a corroborar
a tese de que ele pode ser
difamado numa ocasião como aquelas
mas de facto alguém mesmo
com um enorme cadastro ainda assim
parece segundo a lei portuguesa
ter direito à honra
portanto
se por acaso
a justiça portuguesa
entender
que a Mamma do Bá deve ser decodenada por difamação
eu de qualquer forma
tenho uma boa solução para os juízes
e o seguinte
a pena é
Mamma do Bá
tem que pagar uma t-shirt
a Mario Machado
e a t-shirt diz o seguinte
eu não matei alcínio de Montague
três pontinhos
porque cheguei atrasado
e aí Mamma do Bá
pagava a t-shirt
e Mario Machado tinha que
ostentar a saída do tribunal
e isso sim seria um momento bem divertido
mas o jurista
o jurista não vê nada
mas eu concordo
é um homem de leis
eu na verdade acho que
são coisas que são verdadeiras
acho que a formulação
tendem conta que ela estava
envolvido no grupo
que provocou esses desacatos
e essas agressões
uma das quais foi fatal
não parece que a formulação
é uma das figuras principais
vamos dizer que isso é uma susta
mas de facto a formulação
já há outra maneira como tudo
se esta coisa não concorda
porque as ideias não é as ideias
não há ideias e ideias
não são...
é uma prática
é uma prática e é
um sítio e uma hora
por outro lado
por mais desagradável que seja
o argumento de que
o neo nazi não tem direito ao bom nome
e se fosse o caso do bom nome
de eu ser ofendido
não faz sentido
não faz sentido que não tenha
eu não posso chamar um neo nazi
pedófilo se ele não for pedófilo
para chamarmos uma coisa
um assunto que não tem nada a ver
mas já tem direito ao bom nome
embora o bom nome veja
seja um conceito bastante bizarro
a formulação
parece-me que é uma formulação
que é muito difícil
não seria do lado e portanto
não ser uma acusação
do homicídio a alguém que não foi condenado
por homicídio por isso
Você está esclarecido então por que o Ricardo
era o espereiro a se declarar ba
quanto ao João Miguel Tavares
diz sentir-se candidato
e quais são as perspectivas
da candidatura e mesmo por diante
João Miguel Tavares
esta de que a gente vai falar que são
são muito grandes
é uma probabilidade alta
da disponibilidade manifestada
por Coutrinho de Figueiredo
para vir a ser cabeça de lista
da iniciativa liberal às europeias
o que é que é preciso para que tal se concretiza?
nada
eu acho que é só preciso
em sua direção acertar
aliás mesmo quando o próprio Coutrinho de Figueiredo
abandonou a liderança da iniciativa liberal
já se falava nessa possibilidade
eu puder vir a ser candidato
e ver alguma consequência política
nesse tipo de candidatura
política dentro ou fora
da iniciativa liberal
vejo vejo
eu acho que estas eleições europeias
são possivelmente as eleições europeias
mais importantes da nossa democracia
tendo enquanto aquilo que está em causa
nomeadamente para o estado do PSD
não é dizer muito
para o estado do PSD
por que?
porque o Luís Montenegro
tem a cabeça a prémio nesse aspeto
e mesmo que ele não quisesse ter a canal
ele tentou não ter a cabeça a prémio
dizendo que não podia perder por pouco
podia perder por pouco mas ninguém deixa
cada vez que a escola...
depois foi lá Duran Barroso
e obrigou o Luís Montenegro a desenhar
Albert Júnior Jardim voltou a dizer o mesmo
que cada vez que coloca um
microfone à frente de um barão do PSD
eles dizem claro que ele tem que canhar as eleições europeias
e é óbvio que tem que canhar as eleições europeias
agora
fala-se no PS
de vários nomes agora inclusive
foi colocado em cima da mesa também
sem teno
mas seja sem teno
ou não seja sem teno
vai ser com certeza um nome forte
e a direita
um nome muito forte
para concentrar o voto
da iniciativa liberal
e de outras pessoas que olhar até da área do PSD
e portanto
o Luís Montenegro tem uma enorme responsabilidade
é verdade que os cheira os nomes que estão em cima da mesa
o cheira tem o problema
é que a cara que é conhecida é Dandre Aventura
fala-se no ex-diplomata
António Tangeer Correia
ou do professor e advogado António Pinto Parara
que qualquer pessoa diz quem
e portanto por aí
boas notícias para o PSD se quisermos
mas no lado...
Tangeer Correia vai dar declarações coloridas
ele parece que apresente
e se ninguém diz quem
sobretudo os vendedores de voleiros
já eles venderam dois
sendo que foram todos ofrecidas
mas...
eu acho que é um pouco
o 30 de figueiredo é uma péssima notícia
para Luís Montenegro
e vai ser interessante
porque a iniciativa liberal
é que o que conseguir
vai ser arrancado ao PSD
eu acho que vai ser arrancado ao PSD
mais do que certamente ao cheira
mas eu acho que muitas vezes
injustamente...
e aí pode ser a supervenção de CDS no Parlamão Europeu
e também ao CDS
o papel da iniciativa liberal
mas a verdade é que quando nós olhamos para uma chondagens
ela não está assim tão longe
do cheira e portanto o partido
não está em perdida atração
às vezes dá uma ideia que perdeu mais atração
em termos mediáticos do que propriamente
no país e eu acho que o
candidatório do Contra e de Figueiredo
pode ser uma ótima notícia para a iniciativa liberal
e uma péssima notícia para o PSD
As europeias poderão ter consequências
políticas a nível nacional
Pedro Mexeou aquilo que se passa em Estrasburgo
fica em Estrasburgo
não ou se diz Las Vegas
terão fatalmente consequências a nível nacional
se o PSD não ganhar
acho que as pessoas do PSD
não vão deixar que isso
não dê consequências internas
se o PSD ganhar
não sei que fosse assim
mesmo que fosse
uma cabasada
não estou a ver que
podia haver uma dinâmica de vitória
mas não tem feito
a um governo maria absoluta
portanto não há nenhuma eleições
não legislativa
o resultado de nenhuma eleições não legislativas
nenhum desses resultados
vai fazer cair o governo
agora cria-se uma dinâmica de campanha
como se criou no alguns momentos
no país como pareceu
essa altura que a dinâmica de
Carlos Moedas ter ganho a Câmara de Lisboa
se ia transportar para o PSD
nacional e se não aconteceu
quanto é que o 30 de fevereiro
acho que é a obrigação do PSD
já me diz do CDS
porque no CDS é o líder
que vai ser o
cabeça de lista e é o histórico
deputado europeu do CDS
é um normal
mas o PSD tem que fazer
o que a iniciativa liberal fez
que tem que ser um nome incestionável
o nome do 30 de fevereiro é incestionável
foi a melhor coisa que aconteceu
a iniciativa liberal
acho que é bastante melhor do que o líder atual
e portanto
o PSD agora
não pode estar
impedido de fazer uma daquelas segundas
ou ter as escolhas
politiqueiras a via hipótese
aqui há uns tempos
de ser o autárquio do Ricardo
que muito gostei já falou hoje
mas parece que já
parece que já se pode ser
portas já foi descartado
entretanto, a este fim de semana temos eleições na madeira
que vem Ricardo Raul
esperar a escalada
verbal com que Miguel Albuquerco
o presidente do governo regional
a tentar a reeleição
se atirou nos últimos dias
a André Ventura
mas no final já se está com estas bocas
está pujando, diz que Ventura
pensa que é um papão mas não mete
medo a ninguém
eu guardei, estou ansioso pelas eleições
tenho acompanhadas eleições
da madeira com muito interesse
guardei todas as declarações
de Miguel Albuquerco sobre André Ventura
e da André Ventura sobre Miguel Albuquerco
porque acho que ainda me podem dar
muito jeito
a partir de domingo falamos
Ali entusiás muito
sim
já sabemos então por que o Ricardo
por que o João Miguel Tavares se declara candidato
vamos tentar perceber
por que é que o Pedro Mechia
se anuncia
indeburguês
está complementado de falar de Zeplins
por acaso não era, mas
também pode-se dar essa voz
pensa que queria falar, fazer a analogia histórica
com o famoso
dirigível indeburgui
que causou o primeiro grande
desastre aeronáutico
que aconteceu esta semana, ou na semana passada
melhor dizendo eu vou dizer uma coisa engraçada
que foi a revista Economist
teve o seu momento João Miguel Tavares
o grande órgão do liberalismo europeu
olhou para
ver a Europa e disse temos aqui muitos partidos
de extrema e direita, direita radical
muitos estão na casa dos 20%
este se calhar
tem que se falar com eles
porque também não há de ser assim tão mal
e fez uma lista
pode ser mal, não tem sintonia
sintonizou
sintonizou em três pontos que são aliás
está muito bem sintonizado
as questões essenciais
são todas de natureza completamente diferente
e de seriedade completamente diferente
estes partidos
tem esses resultados
e temos que respeitar os eleitores
com certeza
respeitar os eleitores não quer dizer nada
todos os partidos de natureza
que têm esses resultados
e não, respeito os eleitores
os partidos devem nos respeitar
respeitar os eleitores não é concordar com os eleitores
nós obviamente temos que sobretudo
respeitar o que não concordamos
que custa mais
primeiro mau argumento, segundo bom argumento
estes partidos
trouxeram assuntos
que os partidos mainstream
não falam ou não lidam bem
isso é um bom argumento
a questão da maneira certa
de falar com a imigração etc
invariabilmente estes partidos
mesmo que trouxeram boas perguntas
no sentido de perguntas pertinentes
trouxeram respostas péssimas
terceiro argumento
e um argumento
que
ele acha que contradiz o economista
quando chega a esse ponto
quando eles chegam ao poder
e eles os partidos radicais
mudaram-se
na verdade dão um exemplo
e o exemplo que dão, que é o exemplo de Itália
onde, de facto, Meloni tem sido mais moderada
do que se espera
é ignorar completamente
porque é que ela faz isso
para se demarcar de Salvini
e para passar à frente de Salvini
com a imigração
demora-se da União Europeia
demora-se da Guerra da Ucrânia
e, neste momento, ela tem mais futuro
do que Salvini, coisa que não era a verdade
há uns tempos
é só isso, nos outros, o que acontece
como o Economist diz
é que, em todos esses casos
os partidos mainstream
que abriram a porta à conversas
com a direita radical
se foram aproximando do ideário
da direita radical
foi as de fronteiras
as matérias penais
castigadoras à maior antiga
e outras
e, portanto, nesse sentido
o artigo é bastante bem feito
mas contradiche até na base empírica
daquilo que, dos exemplos que dá
Perante isto, como é que as democracias
devem combater os extremismos políticos
ou Miguel Tavares?
Há a mesma maneira de sempre
e de todos os tempos
com melhores ideias
melhor explica
não há rota alternativa
não expliquei porque tu foi
se poupou para o anseplim
o primeiro grande acidente
sim, não, mas
no meu caso foi quando
a direita mainstream
disse assim, temos que arranjar um candidato
para parar o Hitler e foi o Sr. Inandemburgo
com 84 anos, foi em trevadinho
ganhou as eleições
e o ano depois estava a dar posso ao Hitler
e depois concedeu-lhe poderes absolutos
e depois...
mas ele mudou-se ou não?
mudou-se, mudou-se
mas foi o seu, portanto
mais mudado que isso, não há
como é que entende assim, numa frase temos
de ir a uma frase só
este crescimento do extremismo na Europa
ser uma frase só, eu cito
uma frase de Francisco Losán
com a qual concordo muito o que é
extrema-direita, só se combate socialmente
com a solução dos problemas populares
acho que é exatamente isso
e também subscrevesse
está a altura dos livros
e eu trago esta semana um livro
que o autor chama uma
autobiografia fragmentada
incompleta e um pouco crítica
trata-se de um conjunto de uma dúzia
de textos, escritos num registo híbrido
entre a ficção
e uma espécie de memorialismo
mais ou menos sobre disfarce
o autor, o siniestro
espanhol Pedro Almodóvar, conta na introdução
que estes textos andaram
a maior parte deles perdidos
em gavetas durante anos
sem que ele se lembrasse já de os ter escrito
e aquele que dá
título ao livro é provavelmente
o mais pessoal destes doze
escritos que encontramos neste volume
é também, parece-me, o mais curto
chama-se o Último Sonho
e é uma breve crónica
do primeiro dia d'or fundado
de Almodóvar depois da morte
também, neste conjunto de histórias
é assim que lhes chama o autor
que diz, que chama histórias a tudo
independentemente do género
nestas histórias reconhecemos
uma certa
melancolia festiva, que é também
a imagem de marca
que tornou Almodóvar famoso
em Quanto Cineasta, aliás, Almodóvar
confessa no perfácio sem qualquer tipo
de rodeios que este livro
demonstra, diz-lhe
a relação estreita entre
o que escrevo, o que filme
e o que vivo
e o Último Sonho de Pedro Almodóvar
edição Alfa Guara
o João Miguel Tavares propõe
um livro de
grafismo
de design, de design gráfico
aliás, e a força do design, está bem exemplificada
por esse livro
é uma vela capa, é absolutamente maravilhosa
e essa é a força do design
e isto, basicamente, é um livro que se chamou
o Mundo, vai continuar a não ser como era
100 anos de design gráfico
na coleção Carlos Rocha
além de ter uma grande coleção de design
ele também provenha de uma família de designas
sobretudo o teu dela, chamado José Rocha
foi um dos fundadores
do design de comunicação em Portugal
e, portanto, isto é um belíssimo calhamaço
que foi aditado pelo MUD, pelo Museu
do Design e da Moda
que atravessa aquilo que é a história
do design de comunicação em Portugal
e isto são 100 anos
porque, basicamente, há aqui tudo
desde exemplos da década 30
até ao presente
e temos
embalagens
ou seja, não é só
o clássico, o pós-terno
temos embalagens
temos, por exemplo
o material
que nas bandejas da TAP
e o material em que as pessoas
antigamente mileram nos aviões
portanto, é uma espécie de festinho
de uma imagem que é também a imagem
de Portugal ao longo do último
século
e o livro sobre os luditas
que
explica que
a expressão ludita
vem de um nome próprio
de um apelido aliás
chama-se o livro, chama-se NEDLED
de Rainha Mebe, de um historiador americano
que deve-se pronunciar Linebo
Peter Linebo, é uma edição da antiga
e é sobre este
movimento dos luditas
que eram os operários
que destruíam máquinas
porque eram máquinas que eles vinham
tirar o trabalho
e é não só
essa história
do século XIX
e da reação à revolução industrial
o que já é bastante interessante
até porque nós usamos a palavra ludita
hoje para generalizar
uma hostilidade da tecnologia
mas o livro é muito interessante
porque associa outro tipo de revoltas
e interroga uma ideia
que é polêmica na história
sobre as guerras e do marxismo
que é a ideia do progresso
ou seja, para o Marx
estes senhores eram anti-progresso
e portanto não eram bem-vindos
mas outros historiadores e outros correntes
veem que o progresso
vem de uma forma mais duvidosa
e portanto se o progresso
se o progresso é uma forma de exploração
o progresso não é bom etc.
então é um livro que
sobretudo hoje em dia nós vemos por exemplo
ataques terroristas, ambientalistas
de desrelação entre
entre o progresso e o crescimento
e a libertação
dos povos
e neste caso do planeta também
e que é uma discussão que continua
na Adelaide e a Rainha Mave
o Ricardo Rospreida
propõe
é recorrente
Mark Twain
sim, chama-se
Cartas da Terra, Letters from the Earth
o diabo
só para observar essa experiência
que Deus fez chamada raça humana
só para perceber o que é
achou muito graça, ficou perplexo com o que viu
e mandou umas cartas lá para cima
o livro tem
a introdução do António Araújo
que é como é costumo
muito exaustivo, muito informativo
e é isso
fica assim a sugestão das cartas
da Terra de Mark Twain e está concluída mais uma Rina em um Semanal
de hoje a 8 dias
a mesma hora e a qualquer hora
neste caso, Pedro Mexia, João Miguel Tavares
e Ricardo Rospreida
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Impávida e serena, a estátua assistiu a tudo com a maior tranquilidade. Horror: tira. Abaixo-assinado: deixa ficar. No entretanto, o primeiro-ministro anunciou a privatização das “novas caravelas”, perdão, da TAP. Fê-lo durante do debate que o Chega apresentou ao PSD
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