TSF - Minoria Absoluta - Podcast: Vamos a apostas? O controverso relatório e as incertezas em Espanha, com João Maria Jonet e Maria Escaja

TSF Radio Notícias TSF Radio Notícias 7/8/23 - Episode Page - 42m - PDF Transcript

O PS parou para receber Pedro Nunes Santos na Assembleia da República, beijos, abraços,

sorrisos.

Ninguém ficou indiferente ao proclamado sessor de António Costa e, curiosamente, poucas

horas depois, ficámos a conhecer as conclusões da Comissão Parlamentar de Inquédito, que

alibam precisamente Pedro Nunes Santos.

É um dos temas do Minúrio Absoluta, com a blockista Maria Escaja e o prodígio social

democrata, João Maria Jorné.

Maria Escaja, comece-se o prodígio mais prodígio.

Não, eu ia já dizer que não percebo porque é que o Jorné teve direita um agente e eu

não.

Também é, também é.

Não, mas não pode usar o mesmo.

Para a próxima vez que eu vier cá, espero que tenhas uma dúvida.

Tá bem, tá bem.

Para a próxima, não me chamas nem prodígio nem social democrata.

Não é nenhuma coisa, nem ordem.

Não é nenhuma coisa, nem ordem.

Mas, Maria Escaja, vamos começar por ti com este tema.

O PS considera que a relatora fez um bom trabalho, ou oposição, precisamente o contrário.

Fala, por exemplo, em obra de ficção, um relatório levezinho, e não é o Lee Edson.

Em que lado é que te colocas na oposição ou no do lado do socialista?

Imaginou que seria agora dizer, não coloque-me do lado do PS, concorda imenso, não estou

super de acordo.

Não, não estou.

Acho que o relatório é efetivamente parcial, até porque anula.

E atenção, eu vou dizer isto e temos já dito que acho que há assuntos que foram tratados

na Comissão de Inquérito, que devem ser tratados noutros órgãos como a Polícia

dos Tribunais, como a cena de pancaderia no...

Portanto concordas que a atuação do SIS não apareça no relatório?

Não, concordo que a parte em que pessoas se pegam à pancada no local de trabalho é

demasiado grave para se ficar por um relatório, acho que deve ter consequências diferentes

e mais sérias.

Agora, o relatório efetivamente anula qualquer responsabilidade de vários órgãos e membros

do PS, como o Galamba, desde a admissão da CEO como no envio dos documentos à Comissão

Parlamentar de Inquérito, exclui também as responsabilidades do governo, tanto nas

imunizações como na própria gestão da TAP, exclui também a parte em que Neilman

comprou a TAP com o dinheiro da própria TAP, portanto há uma data de questões que

seriam importantes e que ficam de fora.

Além disso, exclui também a parte das consequências que terá esta privatização que o governo

quer fazer.

Portanto, é um relatório politizado?

Sim, era difícil não ser, eu também honestamente não estava à espera, sou um bocadinho sética

e estava um pouco cínica em relação à política, especialmente a...

Em qualquer militante do Bloco de Esquerda, aliás, sética e cínica, se não as vossas

sujeitistas.

Sim, então está na ficha disto da direita de pergunta, é sética, sim, é cínica, sim,

é assim que nos aprovam.

Mas João Maria Jorné, voltando à pergunta que estava a fazer há pouco às cajas, faz

sentido na tua opinião que a intervenção do CIS, o caso do Galamba, não esteja neste

relatório?

A Napalha Bernardo diz que não fazia parte do objeto da Comissão.

Eu percebo essa... esse move, essa movimentação técnica da parte do Partido Socialista de

César.

Mas não fazia parte do objeto da Comissão, porque é que foram aprovadas audições exatamente

para falar sobre esse caso?

É tudo, mas tudo, e para casa aí discordo com a tua leitura inicial de que isto absolve

Pedro Nunes Santos.

Eu acho que absolve João Galamba, Pedro Nunes Santos, acho que fica com a responsabilidade

dos 500 mil euros.

Dos 500 mil euros, do processo de Alexandre Reis, admite-se com razão, é admite-se com

razão, admite-se com razão, e depois vem António Costa limpar a casa.

António Costa e Fernando Nunes limpar a casa com João Galamba, e limpar a casa era despachar

a CIO, e isso foi muito bem feito.

E esta é a conclusão do relatório, isto não é o que eu acho, é a conclusão que

está escrito no relatório e é a narrativa que dá jeito ao PS neste momento, que é

João Galamba não fez nada de mal, teve que arrumar uma casa que estava desarrumada,

Fernando Nunes tem que andar a corrigir os erros de Pedro Nunes Santos, porque ele é

que é o Ministro Competente e o Pedro Nunes Santos não, António Costa é que há o garante

da estabilidade, porque senão isto era o Pedro Nunes Santos a dar a organização de toda

a gente que andasse na rua.

Então António Costa a certa altura, admite-se tirar consequências desta CPI.

Já, eu acho que a consequência que ele vai tirar é que o Fernando Nunes é exatamente

o melhor sucessor que ele podia descer, não é?

É que é uma consequência que...

É, de resto o melhor socialista de António Costa, não há dois, a António Costa e a

Mário Soares, António Costa e Fernando Nunes.

Não sei se o Mário Soares passaria, porque dava-se masia-se bem com a esquerda para António

Costa neste momento que é um cruzado anti-bloco de esquerda e anti-PCP agora, de repente novamente,

que são uns irresponsáveis.

Eu acho que sempre foi sete quando precisou de não ser.

Sim, sim, sim.

Mas agora são uns irresponsáveis outra vez, houve uma altura que era um parceiro de governo,

agora são uns responsáveis, mas para ti isto para dizer, é um relatório de narrativa,

faz todo o sentido que seja, é pena, porque eu já tenho dito isto em alguns sítios e

que eu gostava de dizer outra vez que é, o grupo parlamentar do PS é que é o patrão

do governo, não é o contrário, e era bom que o grupo parlamentar tivesse uma exigência

diferente com o seu governo, até para bem dos resultados eleitorais do PS, era bom

que o governo do PS governa-se bem e o grupo parlamentar está lá para isso e fazer este

favor de passar tudo para debaixo do tapete e dizer finalidade tudo ótimo, o problema

ficou resolvido quando dividentemente não ficou, só fair a credibilidade do PS e do

grupo parlamentar que passa por um bando de aparáctics que eu acho que foi o que a conferência

da apresentação deste relatório preliminar nos apresentou.

Portanto é um relatório que traz ainda mais confusão à confusão que já estava

instalada?

Não, acho só que instala ainda mais a sensação de que o Partido Socialista vive no mundo

à parte e quem compra a narrativa do PS...

Mas a Ana Paula Bernardo disse várias vezes que aquele relatório não era do PS que era

dela.

Sim, sim, sim, mas acho que fica-se evidente que há a nossa narrativa, depois há dos

outros que não é muito mais credível que a nossa, portanto enquanto não for muito

mais credível que a nossa nós podemos mentir com os dentes todos, eu gostava que existisse

mais exigência do Parlamento, que acho que é normal nas famílias, nas empresas, as

pessoas quando gostam das outras exigem das outras que estejam a um bom nível e não

passam tudo para debaixo do tapete e perdam tudo porque isso vai só continuar os problemas.

Maria Escaja, o PS arrisca-se a ficar sozinho a votar a favor a este relatório, é mais

um sinal de, como diz a oposição, do rol compresor, da maioria absoluta.

O PS não precisa que ninguém vote nada juntamente com ele, o PS tem a maioria absoluta e faz o

que quiser, o PS pode apresentar o relatório que quiser até poder apresentar um relatório

em branco, são os que o aprovam, não...

Mas o Bloco de Esquerda, por exemplo, já disse que vai apresentar propostas de alteração.

E bem?

Ao contrário da iniciativa liberal que já se colocou completamente fora de jogo.

Sim, repara, estamos a falar disso desde as eleições.

Especialmente desde dezembro, o PS está, todas as coisas nocivas e mais de uma maioria

absoluta, o PS está a praticá-las todas, incluindo esta, o PS não passa a cavar com ninguém.

E...

Terminou interessante.

Não é?

Estava a pensar disso e pensei, uau, olha que...

Olha que bem.

Olha que bem que isto ficou.

O próprio Bloco de Esquerda já chegou a comparar esta maioria absoluta com a de cavar

com o Silva.

São maioria absolutas, são maioria absolutas e são, eu acho, medidas maioria absolutas.

Muitas de democráticas, não o escrutínio que poderia existir e as sedecias e no fundo

o debate, o próprio debate político morrem por...

Por centralidade do Parlamento desaparece.

E torna-se, torna-se um bocadinho inútil tudo, não é?

O PS faz o que quer e ponto final.

É um governador decreto e é de facto, aparentemente, que se perca essa centralidade do Parlamento

e o antidemocrático e as pessoas dirão, ah, mas isto resulta de umas eleições, resulta

de umas eleições com o método eleitoral que te permite que com 42% tenhas mais de

50% dos deputados.

Isso não...

Isso pode ser...

Então é um problema estrutural do nosso sistema eleitoral, é isso?

Sim.

Mas para o nosso...

E se as pessoas estão prontas da área do PS, só estavam prontas até há uns anos, agora

já não que já são amigos, mas estavam prontas para dizer que o Victor Orban era um líder

eleito com legítimidade democrática questionável por causa da maneira como o sistema eleitoral

lhe dava a maioria apesar de ele ter menos 50%.

Antigamente, as pessoas do PS tinham instituição com o Orban, era uma lândrica, as pessoas

que estavam no mesmo partido europeu-quilo, também eram porque apoiavam ditadores.

Agora vão todos...

Agora vão todos à bola.

Agora vão todos à bola.

Mas antigamente havia esta conversa, portanto, para quem vá criticar a Maria dizer, ah,

não é democrático, é democrático porque foram eleições, também eleições não

agria.

Vamos passar para um outro episódio da semana, que foi o regresso de Pedro Nunes Santos,

que ainda por cima está tudo ligado com isto.

Pedro Nunes Santos era o alvo principal desta Comissão Parlamentar de Inquério, pelo menos

no início.

Consideras que hoje Pedro Nunes Santos saiu fortalecido da CPI?

É sim.

Pelo menos a audição corrou-lhe bastante bem.

A audição corrou-lhe bem e o relatório também le corrou bem, portanto...

Não, não fazes a leitura do...

Quando daqui a 200 anos alguém for ler os registros desta CPI, deste caso, não vai

encontrar qualquer culpou-resmaçabilidade em Pedro Nunes Santos, vai pensar porque é

que andaram a perseguir o homem coitadinho.

Sendo que não sou fã de Pedro Nunes Santos, como já referi, inclusive aqui várias vezes,

acho que é uma falsa promessa de uma união de esquerda que nunca existirá e que nunca

o PS terá vontade que exista.

Portanto, o regresso do Pedro Nunes...

É inócuo também.

É um filme, né?

O regresso do Pedro Nunes.

É uma escola, é a última...

Percebes toda a entusiasmo no partido silísta, principalmente, com o regresso do Pedro Nunes

Santos?

Eu percebo.

É muito aborrecido ser deputado do PS, não é?

É só acarimbar de caretos do governo, portanto, de ter lá uma pessoa que pode vir a

seguridad do PS.

Muitas que levantam o braço é só ver o que é...

Mas quando diga entusiasmo, falo dos sorrisos todos, dos beijinhos, dos grandes abraços,

de todo o entusiasmo que houve na terça-feira à tarde para o regresso do Pedro Nunes Santos.

Eu percebo da parte do lado do Pedro Nunes Santos é uma figura com muitas ligações

dentro do PS e com uma máquina bem aliada dentro do partido silísta.

Portanto, muitas das aquelas pessoas têm uma relação política próxima com ela.

Mas para além disso, percebo na lógica de o grupo parlamentário do PS, e neste

eu acho que houve de todas as maioria absolutas que eu já vi, acho que foi o que teve menos

preocupação de deixar talento nas bancadas.

O grupo parlamentário do PS é um bocadinho aborrecido e tem três ou quatro deputados

que se destacam, mas no geral aquilo não tem o que fazer, não interasco com ninguém

muito importante, as pessoas que podem lutar pela liderança foram todas postas no governo.

Portanto, de repente cair de volta para lá uma pessoa irrelevante, uma pessoa que

pode aproximar muitos daqueles deputados do poder de uma maneira como os nunca estiveram,

porque aqui são as segundas, as terceiras, as quartas linhas do PS.

Eu acho que no PS elegeu 24 pessoas, eles boas, que já vão no 36 ou no 38 ou no 40,

não sei.

Mas aqui já são pessoas...

O povo coitado não contava-se eleitos, sim, pode-se pôr em um nome.

Sempre em um nome no fim, que isso não deve dar em nada, não sou ele.

Vais explicar a ele dizer, olha, vais ter que entrar.

Em Braga no Porto também há muito esse...

E para ti, havendo isso, eu percebo que as pessoas fiquem muito entusiasmadas de aparecer

lá um Pedro Nossantes, porque, pronto, havia...

É um entusiasmo interno, não é no próprio PS, porque o resto não vejo muita gente...

Eu acho que há muito entusiasmo à direita, com a possibilidade eventual do Pedro Nossantes

poder liderar ali uma espécie de grupo parlamentar paralelo e liderar uma espécie de oposição

escondida, interna...

Eu até ponho dinheiro em como isso não vai acontecer.

Por que é que lá vai ser comentador assim, então?

Vai lá dizer o quê?

Vai lá concordar com o governo até metade?

Vai fazer uma crítica suave e ligeira.

Mas Pedro Nossantes, nesta altura, também tem de dar imagem dos últimos episódios,

dos últimos meses.

Acho que já apicou.

Acho que já apagou essa imagem.

O que o Pedro Nossantes...

Pedro Nossantes é o Jorge Coelho de 2023.

Demitiu-se.

E, portanto, está tudo bem.

Só que o Jorge Coelho, no caso, não tinha nada a ver com o ponto de entrar em rios.

Ele não mandou um whatsapp a ninguém a dizer a ponto de estar por rera.

E o Pedro Nossantes, no caso, mandou.

Portanto, ficou a imagem de Jorge Coelho sem a nobreza de Jorge Coelho.

E não foi ninguém o que também facilita a vida de Pedro Nossantes.

Precisamente.

Deixem-me voltar ao ponto de dia a pouco.

Maria Escaja, Pedro Nossantes pode ser uma ameaça para os partidos mais à esquerda,

caso fosse uma liderança do PS.

Mais do que já estão.

Cai mais.

Quem é convido a esta pessoa?

Se o Pedro Nossantes é uma ameaça à esquerda.

Não.

Não acho que seja.

Porque, na prática, quando se for haver as medidas e as propostas de Pedro Nossantes,

não vão variar assim tanto do que é...

As vezes que ele vai ser de conquistar o eleitorado ao centro.

As eleições ganham só o centro.

Esse é um facto.

Acho que Pedro Nossantes acabará por fazer o que todos os líderes do PS,

mesmo que sejam mais à esquerda, fazem.

Mudaram-se, aproximam-se do centro.

Eu não tenho qualquer...

Aliás, dices de última vez que ativa o cavaleiro da esquerda que começava o PS,

é um mito.

Não vai acontecer.

Pedro Nossantes não vai ser diferente de todos os outros.

João Maria.

Para já, é a minha piada inicial.

A esquerda está no osso.

A possibilidade de perder mais votos,

essa altura já não se encontra por ele.

Mas até ficou provado que as pessoas que votavam à esquerda,

não têm propriamente um priori de enorme votar útil no PS,

sentirem que se impede um mal maior.

Seja o líder Pedro Nossantes, ou seja,

Pedro Radão e Silva, ou seja, Fernando Dino, ou seja...

Ou seja, é você mesmo?

Em princípio.

O líder do PS?

Em princípio.

Espero que isso não aconteça.

Ele não tem cartão de militante, por enquanto.

Ainda.

Quem sabe, no próximo congresso, como Marta...

Eu estou sentindo triste aqui.

Deixe-me perguntar outra coisa.

Você já se chama, sabe?

Numa altura em que já se fala numa possível recandidatura de António Costa

em 2026, acreditas que Pedro Nossantes avança contra António Costa?

Duvido, mas pode se precipitar.

Ou seja, se houver uma discrepância muito grande

entre a posição em que está o oparalho

e a vontade de continuar da António Costa e essas pessoas acharem...

Imagina que saem sondagens que dizem que o Pedro Nossantes ganha avalições

com mais margem que os aparelhos dos partidos grandes.

São muito voláteis nesse aspecto.

Se a imagem da António Costa, por acaso, se estiver muito desgastado em 2026,

pode não estar também, mas pode estar.

Pode vir alguém dizer, se calhar, trocávamos de cara.

Não foi bem o que aconteceu com o covaco,

mas foi mais ou menos o que aconteceu com o covaco.

O que foi, tipo, não é viável.

Este senhor era mais umas legislativas.

Eu valia o tabu.

Eu defito que o próprio António Costa queira ir a mais umas.

Não sei.

Já deixou a porta aberta depois de ter dito que não contou da certeza.

E depois disso, já deixou a porta aberta poder arreglar e adaptar-se.

Tenho sérias dúvidas que ele esteja disposto a isso.

Especialmente depois de desgar-se que vai ser esta...

Eu acho que ele adora ser primeiro-ministro.

É um cargo de que ele já usou-se mil várias vezes.

Tenho muito gosto nesse caso.

Não, isso nota-se.

Isso é claro, aliás, desde 2015,

que isso é bastante visível, mas eu devido que ele se...

Depois desta legislatura,

apesar de ser uma maioria absoluta,

o que tudo indicaria que fosse uma coisa bastante tranquila

e pacífica para o PS,

acho que vai acabar por ser bastante desgastante,

porque António Costa vai ter que continuar, provavelmente, ou não.

Então, agora, de repente, o PS...

Está agora a poder melhorar imedio.

Pode descer a inflação,

entrar uns fundos europeus,

isto pode ficar para...

Mas a própria estabilidade do interno do PS e do governo

não foi um bocadinho abalado este ano, não é?

Ou, então, ele deu uma facada e expulsou a única pessoa

que ele não queria ter no governo e estava apregado por o aparelho.

Parece-se-me-se-as-garóco-loedo.

E já houve, dentro do PS,

a indicação de que ele está a fazer eventos

e a fazer campanha de uma maneira que não fazia,

compreendente que perdeu um bocadinho o controle total do aparelho

para o pedrenonismo, digamos,

nos últimos anos, que é a verdade.

Vamos passar, então, para um outro tema,

que marcou também a vida parlamentar da última semana.

É a mudança na lei das drogas.

Os partidos, principalmente os dois maiores partidos,

jogam em duas frentes, legalizar as drogas sintéticas

e distinguir traficantes de consumidores.

Maria Escaja, é o passo certo a dar,

passado 20 talentos da última mudança.

No fundo, este passo é uma atualização da lei, não é?

Da mesma forma que as próprias drogas evoluem,

que vão evoluindo e estão sempre a aparecer

coisas novas ou coisas diferentes e alteradas,

a própria lei tem que ser adaptada.

Dito isto, eu sou de acordo com a legalização das drogas leves

e com a não-criminalização do consumo

das drogas mais pesadas ou sintéticas.

A questão aqui e essa alteração da lei proposta

é que a forma como é distinguido

a quantidade de um consumidor e a quantidade de um vendedor,

seja feita de forma diferente,

porque o que acaba por acontecer é ter pessoas que têm...

Ou seja, que a penalização seja pelo fim

e não pela quantidade.

Porque o que acaba por acontecer é ver pessoas

que têm o suficiente para consumir

ou que vão consumir e acabam por ser presas,

e outras pessoas estão efetivamente a distribuir

e passam sem penalização.

Acho que sim, acho que faz sentido,

acho que está na altura da lei ser atualizada.

Tenho pena que algumas das pessoas

tiveram no início desta lei

que foi tão progressista e é até um caso de estudo.

Pelo mundo fora, quando vivi nos Estados Unidos,

conheci umas raparigas que estudavam questões de drogas,

especialmente cannabis e que vieram falar comigo,

dizer, por favor, fala mais sobre a lei de Portugal

que nós tivemos a ver e a pioneiro

e foi dos países que teve os melhores resultados

em relação às drogas.

Tenho pena que alguns dos fundadores

desse caminho estejam agora

com um discurso um bocadinho mais conservador e mais penalista,

mas acho que as alterações devem ser feitas

e que ela deve ser atualizada,

e que efetivamente a forma como se decidiu

o que é um consumidor e o que é um vendedor

deve ser revista.

Ainda assim, membros do governo socialista,

no caso Manuel Pizarro e José Luiz Carneiro,

já vieram pedir alguma cautela na mudança?

São duas pessoas da direita do PS,

duas pessoas que não estão na geração

dessa transformação,

eu estou muito por essa transformação,

como a Maria dizia,

José Luiz Carneiro é uma pessoa assumidamente

numa das posições mais da direita do PS

e mostra isso como lidar com a polícia,

com a justiça,

portanto, eu sou securitária,

a posição natural dele,

eu percebo a falta de vontade,

a minha leitura,

a forma como as drogas estão a evoluir

em termos químicos que estão a trabalhar,

tudo de setura artificial,

eu gostava que o máximo de drogas possíveis,

se desce para ser todas,

fossem legais e o consumo fosse regulado,

ou seja,

fossem obrigatório a ter determinadas dosagens

para evitar overdosos,

fossem obrigatório a ter postes de venda regulados

e acabar, no fundo,

com este mercado paralelo altamente inseguro,

que pode provocar uma nova...

Nós respondemos de forma pioneira

e são um exemplo em todo o mundo.

Há uma primeira grande onda de drogas

muito à volta da questão da heroína, por exemplo,

que provocou muitos problemas em Portugal e pelo mundo de fora,

e em que muitos países reagiram muito mal,

como os Estados Unidos,

que tiveram efeitos superdestrutivos

na sociedade americana.

A gente continua a ter e o crack também.

E esta segunda leva de mais psicadélica,

mais material laboratório,

pode ter esse potencial

se não se agir rápido para regular.

E depois eu tenho este problema,

que é tudo o que seja,

reconhecer na lei que há tráfico,

que tem que se combater o tráfico,

para mim faz-me confusão,

porque estando regulado,

haveria este foco de criminalidade,

de promessas falsas de enriquecimento

aos mais desfavorecidos.

E, acima de tudo violência,

tem sido discutido de uma pessoa

que é o Discorda Mews,

que é o presidente da Colômbia,

que é o Gustavo Petro,

mas nesta coisa concordo,

que estão a discutir a legalização da cocaína lá.

E eles discutem porque sabem o que é que é viver

com um país dividido por guerrilhas

e polícias a proteger plantações, não é?

O impacto que mandar uma linha no look

que se tem no terceiro mundo

é enorme, é violento,

mata pessoas mesmo.

E, portanto, eu preferia

que isto fosse o mais regulado

e as claras possível,

e se desce para legalizar todas.

Eu não digo todas,

porque depois tem questões médicas

e quanto é café aos outros,

eu sou só da posição e tenho isto em relação a tudo.

O que uma pessoa faz com o seu corpo,

e que só afeta a si própria,

devia ser legal

e estar regulado

e não ser uma coisa ilegal, seja o que for.

Mesmo a forma como selida

com a sensibilização da população

para como a substância legal,

como é o caso do álcool e do tabaco,

é diferente a forma como se faz com uma substância ilegal.

Ou seja, acabaria por ser

por haver outros mecanismos

e meios disponíveis

para a consciencialização das pessoas,

mesmo em relação à própria droga

que estão a consumir, coisa que não acontece agora.

Ou seja, ninguém põe

em um pacote

de droga.

Clássico pacote de droga.

Ninguém põe em um pacote de droga

um atocolante a dizer

drogar mata.

Aliás, até põe umas cores bonitas

e umas formas engraçadas nas pastilhas

para enganar.

E depois destes pontos de concordia,

de concordância, tanto num como no outro,

vamos passar para

os suzinhos espanhóis.

Não esperes de grande sangue aqui também.

Porque a Espanha já está

em campanha eleitoral

para as legislativas antecipadas.

O PP está a frente

pelo menos nas sondagens,

mas longe da maioria absoluta.

João Maria Jone, se tivesse

de apostar, qual é que é a tua aposta?

Vamos ter um governo PP Vox?

Não aposto nisso.

Eu sei que é o mais provável

e eu sou muito de felicidade.

Se confiar a tua reforma

eu sou uma pessoa

que te aconselharia a apostar PP Vox.

É o que é mais certo do ponto de vista

da teoria.

Agora, da minha teoria,

da maneira como eu estou a ler a situação em Espanha,

é

muita da oposição

que se faz

ao governo PSOI Podemos,

que é um governo que eu

concordo e que gostava que nunca tivesse

sido naturalmente.

Primeiro ponto de escórdia.

Gostava que o Mariano Rarauei

ainda fosse para o Ministro Espanhol.

Tu dizes cada coisa.

Gostava que não tivesse sido

de posto de forma altamente irregular

pelo Pedro Sánchez. E agora há uma espécie de clone

do Rarauei que é interessante, mas interessante

o cenário polarizou bastante

e as razões pelas quais este governo

tem sido criticados

são umas razões um bocadinho soft

para votar. Ou seja, eu duvido

muitos espanhóis

que estejam interessados

em alterar o seu voto em legislativas

por causa de legislação sobre

direitos trans

ou sobre a consentimento.

Parece mais provável que votem com o bolso.

E nesse sentido, a condição da economia espanhóla

tem corrido bem.

O Pedro Sánchez

tem conseguido bem

afastar as pretensões do pocadinho como António Costa fez aqui

com a Jeringonça.

Tem conseguido governar ao centro apesar de ter parecido

e

extrema-esquerda.

Podemos, é extrema-esquerda.

Mesmo que eu não chamo extrema-esquerda ou bloco

mas o Podemos é um partido de extrema-esquerda.

Ou melhor, a Unidas

Podemos é um partido de extrema-esquerda.

E agora está numa outra coligação

um somato.

Que é uma coisa que eu, se calhar,

já não chamo extrema-esquerda, que já tem

mais muderação envolvida.

É parecido que, nesse aspecto, a Nadia Calvin

que é ministra da Economia tem muita credibilidade

internacional, tem muita credibilidade em Espanha.

Espanha está a ter dos melhores números de inflação

dos melhores números de crescimento econômico.

Que os espanhóis estão muito...

O PSOE

e a esquerda espanhóis está muito apostado

e o centro esquerda, que

no fim do dia as pessoas vão votar, vão ver isto,

vão ver a alternativa que é ter o Vox

nos governos a querer saber

zero da economia e tudo sobre impedir

bandeiras arcoíris da parecerem

e vão ficar, tipo, isto não é uma proposta

séria da alternativa. Eu acho que, nesse sentido

a direita espanhola sofreu

com estas regionais e autárquicas muito

que a direita portuguesa sofreu com as autárquicas

de 21. Parece-me que

ganhou por protesto

e por

desgaste, mas

depois não tinha nada de particularmente

credível ou de mais credível

para oferecer às pessoas do que aquelas já tinham.

Portanto, tirou-se para umas eleições.

Ah, tipo, é agora porque

ganhei aqui muito terreno

mas depois na prática

as pessoas quando são

apresentadas as duas alternativas

e isto tem-se visto. Muitas pessoas que

votariam no PP

e está a ir muito eleitorado do PSOE para o PP

votariam no PP

mas não lhes apetece votar numa solução

PP Vox, porque o Vox

é um partido muito radical

tal como

tal como o PP

na verdade, para a direita

porque não seria a direita

não seria o PSOE em Portugal

mas a direita. Mas Maria

como dizia o Jônia, de alguma forma

o Primeiro Ministro Espanhol estava a fazer o mesmo

que António Costa fez em Portugal

ou seja, alertar para os perigos

da extrema direita

e tentar captar eleitorado dessa forma

ainda há esperança para a esquerda

em Espanha, ou para o centro-esquerda neste caso?

Eu, por acaso,

sou da

escola de pensamento que acha que

Pedro Sanchez vai continuar

então, se tivesse de apostar

apostavas em Pedro Sanchez? Sim, até agora já apostei

que António Costa não se recandidata

já apostei que Pedro Sanchez vai ganhar

e vou perder todo o dinheiro que apostei

neste programa

apostar contra Pedro Sanchez é péssima ideia

que ele já tem mais vidas que

que não é uma fénix, que ele nem chega a morrer

mas ele já foi morto

duas ou três vezes dentro do PSOE

já teve os dois piores resultados da história do PSOE

há um bocado Jesus Cristo

mas mais vezes

Jesus Cristo ficou-se para uma vez

Pedro Sanchez continua

Eu acho

que Pedro Sanchez

se vai safar

sente que o

contexto é ligeiramente diferente

a Geringon sem Portugal foi

um acordo parlamentar

entre o Partido Socialista e dois partidos

mais pequenos que o Partido Socialista

no caso do Bloco de Desculpa

claro, cedeu um

portanto, mais um partido e uma coligação

não

Peve não morreu

na Assembleia Municipal de Lisboa Peve

estava muito bem representado

e no caso de Espanha

Pedro Sanchez não depende apenas

do Podemos mas também

de uma data de pequenos partidos independentistas

de esquerda que acabam por

também viabilizar

viabilizar aquele governo

Eu

preocupa-me

esta polarização que a direita

está a fazer

pegando nos direitos sociais

e especialmente nos direitos LGBT que há mais

e há uma tendência

herdada dos Estados Unidos

e ultimamente tudo que temos herdado dos Estados Unidos

tem sido altamente tóxico e destrutivo

este discurso antitrans

em que

aulas mais conservadoras pegaram

desferçando

o seu preconceito

com a preocupação com as crianças

coisa que depois se vai haver e eu não tenho assim tanto

não é porque...

e com a justiça nos esportes que é o mais ilegal

e com a justiça nos esportes esportes

são as quais nunca ligaram e que nem sabem o que são

mas de repente...

estão a estragar este campeonato regional de natação

nem sequer sabem onde é que é a piscina

onde é que está a verdade desportiva

e esta forma

de fazer política

é muito vazia

e é muito falsa

mas é a forma que o PP tem de alguma forma

para tentar captar o eleitorado mais conservador

e tentar de alguma forma ter maioria absoluta

sem o vox

sim sim sim claro porque está a haver uma polarização social

em não só em Espanha mas um bocadinho

no mundo inteiro

e isso é muito culpa

das redes sociais e do discurso de ódio

que lá habita

a lei trans

em termos muito simples

permitir autodeterminação de género

partidos 14 anos e proibas terapias

de conversão e de repente

a direita mais conservadora

cavalga nisto

como se fosse acabar

a segurança das crianças

e como se fosse enfiar os miutos

todos os rapazes e raparigas

todos na casa de banho ao mesmo tempo

são tudo

não percebo como é que

tem tanta gente a acreditar

tão piamente

que esta reorganização social

que põe as crianças todas em perigo

está mesmo a acontecer

mas há pouco falaves do Podemos

o Podemos esteve

ou está no governo com o PSOE

teve uma ecatomba eleitoral

nas últimas regionais

isto mostra de alguma forma que a esquerda radical

ainda não está preparada

para governar

como dizia exageringonça cá em Portugal

não se tratou de um acordo de governo

foi um acordo parlamentar

eu acho que isso é uma leitura muito

muito difícil de fazer

porque não podemos catalogar

toda a esquerda radical

com base numa experiência

do Podemos

porque é muito difícil encontrar uma pessoa tão estúpida

como a paula iglesa

em qualquer ponto cardíalo ideológico

mas foi o que liderou o Podemos

no AUS

eu vou dar testa de barato

mas vou aqui defender

foi um grande amigo

do POC de esquerda

ele teve 21,7%

hoje em dia quando vamos dizer que 14%

não é mau para um partido de esquerda como assumar

ele teve 21,7%

também foi o pico da crise

foi muita satisfação social envolvida

mas o pico da crise não foi que 2015

mas ele é muito previnho

e isso tem impacto aleatoral

e essa senhora também

o mais exemplo de partidos de esquerda mais radical

é por exemplo que também

foi uma promessa que não se cumpriu

não acho que se possa fazer

essa leitura através do caso do Espanhol

e

voltando ao que eu estava a dizer sobre Irene Monter

acho que Irene Monter teve

políticas bastante importantes

especialmente nos direitos das mulheres

e nos direitos da LGBT que ia a mais

e acho que isso é de realçar

e não deve ser descurado apesar de eu saber

que João Maria Jornel não gosta de Irene Monter

mas eu acho que estragou tudo

se eu for um ganda aliado

e for o teu maior amigo

e te ajudar imenso

mas ao mesmo tempo que você seja despedida

não dá muito jeito

é sem querer que fosse despedida

mas o resto foi ganda amigo

ainda assim a esquerda já conseguiu de alguma forma

marcar o debate em Espanha

há uma proposta

do sumar que tem sido muito falada

que é basicamente um cheque de 20 mil euros

para cada jovem, para a universidade

profissional

e na verdade o sumar nas fundagens

não está nada mal

tem 14% de ficar à frente do VOX

é muito importante para a possibilidade

de um governo da esquerda com o Centro de Esquerda

e aí pode ajudar Pedro Sanchas

pode, sem dúvida e é a ideia

é nesta condição que eu imaginaria

e não acho que Pedro Sanchas vai ter uma maioria absoluta

é assim que a Landa Dias

está a vender como aviso

Primeira Ministra do Governo de Pedro Sanchas

que luta pelos direitos dos trabalhadores

na economia, muito pouco, nas questões sociais

porque

muito por culpa da Irã no Monte

também por culpa do VOX, mas muito por culpa da Irã no Monte

antes de Pablo Iglesias

houve uma polarização do debate

em Espanha por parte do Podemos

da Unidas Podemos

que dificultou um debate saudável

sobre estes temas

houve uma atitude muito pouco

pedagógica e muito agressiva nestes temas

agora é estas propostas

parecem interessantes discutir

onde é que vai buscar este dinheiro

no sentido de

se isto reduz o investimento estrangeiro

em Espanha, se isto teria de ser feito

com um equilíbrio para mim

que vive na realidade

ao contrário da esquerda radical espanhola

acho que teria de haver

um equilíbrio orçamental

em que se tirava de algum sítio

do estado social para se dar no início da vida

eu sou totalmente a favor disso

sou a favor de...

isso é a mesma questão com o RBI no fundo

onde é que vai buscar o dinheiro

onde é que vai tirar para investir

no rendimento básico

e eu honestamente prefiro modelos

talvez não tanto como

tal como este

o americano por exemplo é importante

um child tax credit

quando se tem um filho ter uma inserção brutal

de impostos ou receber um cheque grande

mas eu gostava

até porque nós enfrentamos

uma crise grande de natalidade no acidente

que se mudasse o foco

do estado social

para termos

escalar menos protecções no fim da vida

mas mais apoios no início

para ver se nascem

pessoas oficiantes para pagar as protecções

que existem no fim da vida, senão essas não vão continuar

se existir um governo

é para isto que existe um minoria absoluta

não é para discutir medidas para jovens

se existir um governo...

Joneiro, o dia em que eu pesarei a discutir medidas para idosos

ele é morta assim que sai do programa

se existir um governo

como o PP Vox

como indico

e como indico a maior parte das sondagens

isso abre o caminho

de alguma forma em Portugal para o Chega

não sei se abre porque

acho que há muito mais alergia

dentro da direita, à extrema

direita em Portugal do que há em Espanha

eu usei este imagem

no outro dia numa conversa e costei

portanto vou usar aqui também

é provável um eleitor do PP ter

uma fotografia do Frank em casa

do que um eleitor do PSD ter uma fotografia de Salazar em casa

por causa da guerra civil

mas o foco se vem mesmo do...

sim sim sim, o foco se vem de dentro do PP

por causa da guerra civil

por causa da origem diferente

do PSD e do PP

o PSD é um partido de

pessoas de direita

anti-estado novo, já durante o estado novo

e mesmo que foram do grupo parlamentar do União Nacional

faziam uma oposição interna

do União Nacional

e havia outros que eram opositores claros do regime

como o Imídio Guerreiro

o PP não é o PP

que não é o partido de direita original de Espanha

isso é o partido do Adolfo Soares

o PP vem da aliança popular

que são ex-ministros de Franco

pessoas

da direita radical

que depois começaram a ter vitórias regionais

nas regiões mais direitas de Espanha

como por exemplo a Galiza, no caso do Manuel Fraga

e daí construiram um partido

que sempre foi bem mais à direita

que o PSD

portanto há muito menos resistência da parte dos eleitores do PP

cada vez, ainda há pouco

saiu uma sondagem agora do Observador, um estudo da Católica

que era sobre

como

é tão impopular junto

do Eleitorado do PSD uma solução que o chega

isso não é verdade de uma solução

PP VOX

porque eles sentem que aquilo sempre foi parte deles

o Azenar era e sempre foi um negacionista

climático

era e sempre foi um radical

anti-autonomias brutal que tentou culpar a ETA

para um atentado terrorista islâmico

portanto

o PP sempre foi

sempre teve aberto este tipo de radicalismo

agora

sempre teve inclusive entre ele esse radicalismo

sempre teve entre ele esse radicalismo

com espaço, com liderança

a Guirre que era presidente da comunidade de Madrid

a Ayuso que é uma radical direta

apesar das pessoas fingirem que não é

e quem sabe se a coisa correr mal

para Feijó

possa ser a próxima líder do PP

o próprio presidente da Câmara de Madrid

também são pessoas que vêm de uma direita

muita direita a comparar com Portugal

agora daí a ser governo também não sei

porque se o PP tiver 36

e o VOX 14

ou 3 ou 12

eu vejo uma solução

de apoio parlamentar sem ministros

como relativamente provável porque se o PP

precisar de 30 altos deputados do VOX

e tiver 140

pode não precisar de levar para o governo

e isso pode ser uma maneira

do PP se vender como

eu sou menos mal

do que o Sánchez porque eu não meti estes

estes radicais no governo e ele pôs

também há agora a nova declaração

do Feijó relativamente recente

a primeira coisa que eu vou fazer é chamar o Pedro Sánchez

para ele viabilizar o meu governo

e se ele não aceitar

chamo os barões do PSUE para o convencerem a ele

e isso já aconteceu

pelo momento que o Mariano Raweck precisava

de abstenções do PSUE

para formar o governo

e então houve um golpe palaciano dentro do PSUE

pela direita do PSUE para expulsar o Pedro Sánchez

a provar o governo e o governo assim seguiu

há dois anos

e ressuscito ao terceiro dia

e depois ressuscito ao terceiro dia

lá está

mas o

portanto acho que está montado uma situação

para o PP conseguir vender alguma muderação

mesmo que

o PP ocupante

esta divisão política em Espanha

que é comum, ou pelo menos

compreendos, num país que tenha

uma memória tão recente de uma guerra civil

totalmente ideológica a esquerda direita

podemos comparar Espanha com Portugal, Escaja

neste aspecto

da extrema direita

não, por tudo que

o João Maria Jonei

que horror

por tudo que o Jonei acabou de dizer

não

a base dos partidos e a base

com que foram criados é bastante diferente

nós não temos

a mesma base da democracia diferente

esquecendo dessa parte mas nós tivemos uma revolução

se tiver uma transição institucional

e acho que isso faz

faz muita diferença a história

e sendo histórias tão recentes

e se nós próprios já estamos

com algum medo

que os ideais da revolução sejam perdidos

uma transição

é ainda menos marcante

o facto de haver uma monarquia também

permite que haja sempre ali uma constante

que é uma família

e depois o resto vai mudando mas há sempre ali uma linha contadora

nós tivemos um corte

brutal com tudo que era

de estado novo e com tudo que vinha de lá

no tempo do frango tecnicamente não havia monarquia

era uma espécie de regente

era um tempo

também não era uma republica mas não era tecnicamente

uma monarquia, o rei estava isolado por cá na Estorila

sim sim, bensei até que correu mal para o irmão dele

vamos esperar então

pelas eleições do final de julho

em espanha

está terminado este debate

no minoria absoluta o João Maria Jônia e a Maria Escaja

vão de férias mas voltam depois

os dois juntos só em 2024

depois desta experiência

não nos casem mais aos dois

vamos ver, vamos ver

o programa de hoje teve o apoio técnico

do João Félix Pereira

o minoria absoluta está disponível

nas plataformas habituais de podcast

e em tscf.pt

Machine-generated transcript that may contain inaccuracies.

Edição de 08 de julho 2023