Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Tudo sobre trafulhice (alegada trafulhice), hélas!

Joana Beleza Joana Beleza 3/4/23 - Episode Page - 52m - PDF Transcript

Esta semana, João Miguel Tavares soltou uma esclamação, elase, Ricardo Araújo Pereira

sentiu-se um pangolim e Pedro Mexia andou a meter dados no lixo.

Está reunido o programa que os nomes estamos legalmente impedidos de dizer.

Esta semana o Renault Etek assume a pasta do coaching, no sentido de ajuda.

E não se preocupe se não sabe o que é coaching, porque muitos dos próprios coaches também

não sabem.

Estou brincar.

Basicamente, coaching é o processo que ajudar as pessoas a vencer na vida.

E há o coaching financeiro, emocional, para dormir, para arranjar trabalho, para deixar

o trabalho.

Enfim, há coaches especialistas em ajudá-lo em tudo e mais alguma coisa.

Como o Papa, que agora vem a Portugal ajudar milhares de jovens a desenvolverem o seu mindset

espiritual, ali, de branco, naquele grande palco a dar uma spread talk de fé e união.

Ou então, como o Renault Etek, com 32 sistemas de ajuda à condução, um autêntico coach

da estrada.

E pronto, resta-me dizer, assume o volante da sua vida e tenha um excelente approach ao

programa que se segue.

David Vassajão, bem-vindos, no final de uma semana em que a visita de Estado do Presidente

Brasileiro a Portugal, que há de acontecer por altura do 25 de Abril, agitou a política

portuguesa.

Uma semana também em que o bem-fica foi formalmente acusado de fraude fiscal e em que a novela

do roubo de armas em tankos teve mais um capítulo.

Avemos de falar de tudo isto nesta reunião, mas antes o Ricardo D'Aruz Pereira quer ser

ministro da bandeirada, e é como é que está a bandeirada Ricardo D'Aruz?

Doze mil e quinhentos.

Doze mil e quinhentos.

Parece-lhe caro ou um bom preço para o serviço prestado?

Tenem conta que eu acho que é caro, sinceramente acho que parece-me caro, é difícil avaliar

o serviço prestado, mas acho que os resultados não foram excelentes.

Estamos a falar de uma nova investigação a José Sócrates revelada pela CIC por causa

de um contrato que, pôs em alerta a Caixa Geral de Pósito e Ministério Público, Sócrates

foi contratado em 2020 por um empresário falido por doze mil e quinhentos euros mensais,

porque o que ele chama a bandeirada?

A bandeirada, porque é o costume, é doze mil e quinhentos euros mensais e é o salário,

é a tarifa, porque já noutras empresas anteriores ele tinha desempenhado tarefas por doze mil e

quinhentos euros.

E o que é que há de suspeito nessa história?

Nada, nada Carlos, então vou-vos lá ver.

Portanto José Sócrates que vive ali na iriceira numa casa que era de um empresário angolan

que entregou como pagamento para saudar uma dívida de umas salinas ao primo de José

Sócrates que, por sua vez, é empresta a Sócrates para ele viver lá e que estava

falido.

O José Sócrates vive lá e foi contratado por uma empresa, duas na verdade, uma que

era a propriedade do senhor Adélio Machado, uma era uma empresa de Luxemburgo que não

tem atividade conhecida nem site nem contacto telefónico, tinha uma morada e já é bem

bom.

Tinha uma morada.

O Sócrates foi contratado para ser presidente do Conselho de Consultivo Estratégico desta

empresa, o pagamento vinha de uma outra empresa em Espanha, quem o contratou foi um diretor

geral que já não está na empresa, chamava-se Carlos Mendes, que foi o que disse o senhor

Adélio Machado ao jornalista da CIC que lhe disse, então quem é contratou, foi o diretor

geral, quem é já não está na empresa, está bem mas como é que se chama e ele?

Carlos Mendes.

Eu acho que foi o primeiro cantor que lhe ocorreu, mas por um pouco podia ter sido Fernando

Tordo, o jornalista que sentou que nunca se ouviu falar daqueles senhores, não se

consegue localizar aqueles senhores e portanto, oito milhões de Carlos Mendes, sim.

No final de tudo, o jornalista também perguntou, José Sócrates olha o que é que, portanto

dizia que estas empresas estão falidas, portanto não tem atividade conhecida tirando

o facto de terem capacidade financeira para pagar um presidente do conselho consultivo,

mas não se percebe para aconselhar o que, porque a atividade das empresas não chega

a ser, por isso, em princípio, se ele aconselhou, se fechassemos isto, se foi isso, é um bom

serviço, não há dúvida, porque concretizou-se, mas acho caro, isso eu digo-lhes isso de

borla.

E depois do jornalista, o jornalista tentou falar com José Sócrates para saber como

é que isto, enfim, promenores sobre isto, e ele disse que isto era a vida privada.

Ora, as finanças não são vida privada, eu, porque se não, eu vou passar a responder

à autoridade tributária de outra maneira, sempre que as finanças quiserem saber, eu

digo, atenção que isso é vida privada, acabou-se a conversa, a própria profissão não é

bem vida privada, depois não, talvez para agentes secretos, se fôres um agente secreto, o que

o senhor faz, não, eu sou contabilista, mas, em princípio, não é vida privada.

Para aqueles que consideram incompreensíveis as fontes de rendimento que permitem José

Sócrates continuar a alimentar a litigância nos tribunais, como tem acontecido ao longo

dos últimos anos, esta história vem de algum modo de contribuir para esclarecer

este mistério o João Miguel Tavares?

Então, no sentido de que Sócrates tem uma espécie de maldição, que é, ele tem muita

dificuldade em provar a legalidade do dinheiro que utiliza, e ele tem que o utilizar, não

é?

Bem, nós sabemos que só em recursos que quem andava a contar, acho que ficou o país

já nos 60 ou 70 ainda, ainda por cima de recursos para tribunais superiores e para

constitucionais, coisas caras, imaginem o que é, qualquer pessoa que já tenha pagado

algum advogado, o que é ter algum advogado há quase, há mais de 8 anos a trabalhar

para ele.

Sócrates foi detido no Aeroporto em outubro de 2014, há mais de 8 anos, imaginem o que

é ter alguém há 8 anos a trabalhar, que se aquilo não, pode não ser em exclusividade,

mas, calhar, é muito próximo disso, a fazer recursos, atrás de recursos, e, portanto,

o que é conseguir pagar essas pessoas?

É porque, em princípio de, acho que são, os números são estes, de 23 recursos apresentados

por José Sócrates, ele perdeu 21, e por isso teve que pagar as custas dos 21 recursos

perdidos, e não são baratas, quer dizer, depende, depende, depende do nosso, do nosso

critério, se tivermos bastante dinheiro são baratas.

Aqui o Ricardo falou, no novo empresário que apareceu, aquela dele, uma chave, e falou

na casa da Eri Sera, que também é uma história extraordinária, as pessoas já não têm

acompanhado a tela novela toda, mas ainda um outro caso extraordinário, acho que as

pessoas lá em casa já nem sabem, mesmo o famoso monte da ex-mulher de José Sócrates, foi

comprado por Carlos Sanchiova em 2021, ou seja, assim que Ivo Rosa liberatou, e disse, aqui

estão através dos bairros, porque afinal dos senhores não cometeram nenhum crime extremamente

grave, uma das primeiras coisas que Fe, que o caso da Sofia Fava fez, foi seis meses depois,

vendeu o monte ao Cães Sanchiova, outra vez, eu não sei se a Sofia Fava ainda lá

vive, se não vive, mas toda esta nebulosa, à volta de José Sócrates, mantém-se.

E, entretanto, sobre-se, sobre-se pelo expresso da fina e semana passado, que o processo marquês

está emperrado numa texin-calidade legislativa, vendo-ne-la em competência ou doolo.

Às vezes é muito difícil distinguir uma coisa da outra.

Vamos ver, quem, aquilo que neste momento está a empancar aquele processo, é uma iniciativa

legislativa patrocinada por Mónica Quintela, do PSD, naquele tempo, em Corriu, a Java, que

tinha que purificar os tribunais e o Ministério Público, e andou para lá e fazia algumas

leis.

E esta lei, aparentemente bem intencionada, tinha a ver com aumentar a transparência

de quando se está a sortear os juízes em tribunais superiores, e, portanto, quer dizer

que não, eles não queriam só sortear o juiz relator, que todos fossem sorteados.

O PS, de facto, votou contra, mas a lei foi aprovada e tinha que ser regulamentada no

prazo de 90 dias, até hoje.

Então, o que é que acontece?

Nos tribunais, os juízes dizem, isto ainda não está regulamentado, vale o sorteio antigo,

a justiação antiga, e, portanto, o sorteio, como ela era feita antigamente, e José Sócrates,

e a defesa dele, diz, e até admite que possa, nesse caso, ter bons argumentos do lado

dela, dizer que não está regulamentado, mas também nada impede que o sorteio já

tivesse sido feito como está na lei, porque isso não precisa de nenhuma regulamentação

especial.

Então, o que acontece é que cada vez que a defesa do José Sócrates coloca um recurso,

que basicamente é todas as quintas férias, é preciso sortear quem é que são os juízes

que vão analisar o recurso, e, assim que o tribunal sorteia, vem outra vez a defesa

do José Sócrates, e se está mal sorteado.

E então, anda-se nisto.

Porque a lei, já há uma outra lei vigente, e, portanto, o juízes acham que vale a antiga,

a defesa do Sócrates acha que vale a moderna, é que o nunca mais é regulamentado.

São excelentes argumentos de parte a parte.

E o Ivor Rosa teve aquela pronúncia magnífica, que nós todos sabemos, mas foi em bril 2021,

já passou quase dois anos, dois anos desde a pronúncia de Ivor Rosa, e ainda nem sequer

se decidiu quem é que vai analisar se o José Sócrates vai ou não a julgamento.

E agora, depois que nós começamos a olhar nos jornais, parece que são os clímpicos

que vão prescrever em 2024, mas calhar vão, e, apesar de eu próprio não acreditar,

tem muita dificuldade em acreditar nisso, porque acho que é uma coisa terrível para o Sistema

Justiça Português, nós hoje em dia olhamos para o José Sócrates e eu começava a achar

que há genuinas probabilidades, ele nem sequer chega a julgamento, e daí é preciso encontrar

novos empresários.

Como é que comenta Pedro Mexio, o Ricardo já começou a falar disso há pouco, como

é que comenta a resposta de Sócrates, do antigo Primeiro Ministro, dizendo que estão

a devassar a vida privada, nomeadamente com esta nova investigação da CIC.

Dos três tipos de reações que José Sócrates tem tido, façam as acusações ou as aligações

ou as especulações, enfim, qualquer uma delas, na verdade, há duas que são mesmo

que se possam ser censuráveis, são legítimas, uma é dizer que é uma perseguição, geralmente

os políticos quando têm processos judiciais dizem que são perseguidos, em todo lado.

Em segundo lugar, é as questões processuais, mais uma vez tem direito a pôr os recursos,

entrepôr os recursos que muito bem entendem, enfim, no limite da litigância de uma afé,

neste caso na defesa de uma afé, mas a terceira é a única que realmente não é admissível,

porque toda a gente percebe que a vida financeira de um Primeiro Ministro, ou até de um ex Primeiro

Ministro, mas reportando só o seu passado, é um assunto de interesse público, porque

se nós não sabemos exatamente quais são os fontes do rendimento dessa pessoa, como

é que ela sustenta o seu nível de vida, que dependências é que ela tem a relação

a terceiros, nomeadamente que possam ter sido beneficiados na sua ação política, etc.,

e cedo interesse público evidente, aliás, até as coisas que não são de interesse público

de vida, até coisas que nós consideramos vida privada, em pessoas muito expostas são

admissíveis, naquele caso, conhecidas fotografias, não se pode fotografar um desconhecido, mas

pode fotografar uma estrela de cinema, porque faz parte da vida uma estrela de cinema ser

fotografada, e aí estamos a falar de ser fotografados, que é uma coisa bastante invasiva.

Agora, dizer, quero saber como é que esta pessoa que foi Primeiro Ministro de Portugal

viveu e vive, não é vida privada, não é, não tem nada a ver com a sua vida íntima,

afetiva, nada, é, o dinheiro, fala o de mané, isso é uma pergunta básica normal

de uma sociedade.

E agora há controvérsia de saber se a Sócrates é um pep ou não é um pep, porque a Caixa

Geral de Pósitos deu alerta porque ele, supostamente, é um pep, uma pessoa politicamente

exposta, e ele diz que não é um pep, acha que ela é um pep?

Um pep rápido?

Eu acho que ela é um pep lapio, aquela personagem que te trazentava, não é?

Aqueles dos ensinados, porque tudo isto te trazenda de fato.

Entregamos ao Ricardo Araújo Pereira, pasta de Ministro de Bandeirada, quanto ao João

Miguel Tavares, ainda no capítulo da Trafolhice, na Algada Trafolhice, quer ser desta vez

Ministro do Ruído Externo, já vamos perceber a origem da expressão Ruído Externo, mas

é preciso começar pelos factos, vai conseguir pôr o clubismo de parte nesta matéria, João

Miguel Tavares.

Ok, a pessoa que se lembrou deste programa foi muito descuidada, no momento de escolher

o painel, ao nível clubístico, conseguiu arranjar quatro pessoas que são todas de

bem-fica, mas acho que ninguém nesse aspecto nos pode acusar de clubismo, porque nós temos

dado forte e feio no nosso próprio clube, até porque quando nós falamos de Trafolhice,

eu gosto de acreditar que lá está, não há judeu nem gentio, e também não há esquerda

nem direita, não há bem-fica nem Sporting, não é mesmo, porque a Trafolhice é previar

tudo isso.

Estamos a falar neste caso da acusação judicial conhecida esta semana contra o bem-fica,

bem-fica sada, bem-fica estádio, dois antigos dirigentes do bem-fica, e um dirigente que

ainda está na direção, por exemplo, da acusação de fraude fiscal e falsificação, este novo

capítulo surpreendio, de algum modo?

Não, é simples giro, é porque este tipo de Trafolhice é um bocadinho comando só

que eu disse, é muito engraçada, porque isto nós estamos a falar neste caso de uma empresa

chamada Questão Flexível, e que é, supostamente, uma empresa de cor e informática.

Agora, lá está qual é que é um deles de algum dos problemas, é que a seda ainda dá

cara.

Eu não sei se vocês têm algum problema, ou seja, quando tem um problema no iPad ou

no telemóvel, se costumam, não sei, ir à cor de uma empresa no Senegal para tratar

do problema, mas, por exemplo, o bem-fica parece que achou que era boa ideia, e de repente

há um vírgula...

Ou seja, já recolheu o... o... o general Minyaga, como é que era?

Exatamente, sim, era bom, era o choro do Minyaga.

Pode dizer, não sei onde é que ele vivia.

Era na Guiné.

Então era da Era na Guiné, pronto, então olha, há uma longa tradição.

Parece que é o do que passou-se, é com o Minyaga.

É com o Minyaga.

Há uma longa tradição.

Aqui o problema é que toda a gente está bastante convencido que os serviços daquela

empresa nunca foram prestados, e o dono da empresa está acusado, parece que ela é

uma espécie de senhor 11%, ou bem que ela é o senhor 5%, este é o senhor 11%, e parece

que faz menos, digamos assim, atividades maritórias, parece que consta que fica com

11% dos valores das faturas que ela andá a passar, e a partir daí essas faturas,

pelos serviços não prestados, são pares pelo bem-fica, depois são levantados, e de repente

há uma data de dinheiro, chama de dinheiro líquido, que anda por aí, e é assolta.

Feral Fiscal, por exemplo, ou suspeita de Feral Fiscal.

O suspeita de Feral Fiscal, sem ter ninguém sabe para que é que o dinheiro foi utilizado,

até agora isso.

Mas é follow the money.

Aí não o Ministério Público se atravessa.

Agora, independentemente, para o sítio ponto, foi ou não o dinheiro, eu teria que ter

paga impostos, não podia estar-se a mover daquela maneira.

O bem-fica ficou sem ele.

O bem-fica ficou sem ele, portanto, há aqui uma questão de Feral Fiscal, olha, o que

é que se passa?

Há três acusados.

Um é Luiz Felipe Vieira, o outro é Miguel Murara, ex-diretor financeiro do bem-fica,

e o terceiro é Domingo Schwartz do Alivara, que é atual administrador do bem-fica e

atual co-ciel do bem-fica, e portanto, a pessoa que, na verdade, manda financeiramente

nas massas do clube.

Eu sempre achei, eu do que ouço, dizem que o senhor é muito competente, agora, ele,

ao mesmo tempo que é muito competente, tem que saber o que é que fazia Luiz Felipe Vieira

e tem que saber como é que se movemos, nem estava o dinheiro no clube, até porque as

suas assinaturas eram necessárias.

O Domingo Schwartz do Alivara continuará nestas condições, como o co-ciel do bem-fica,

por mais competente que ele seja, em um devido, é algo altamente, não é só preocupante,

é algo altamente esquisito, como por que raia que o bem-fica sustenta isso?

Vamos então ao ruído externo.

Exato.

É isso.

Como é que entende a frase que o presidente do bem-fica, o atual, o presidente do bem-fica

usou, com esta expressão, ruído externo, a frase era...

A frase é de Rui Costa e a frase é...

É preciso evitar...

Ela foi dita, ou no dia, ou logo a seguir, até vestida estas notícias, e Rui Costa

diz, é imperioso ficarmos unidos, focados e imunes a todo ruído externo.

Ora, eu não estava a falar de futebol, deu-me a ideia, até porque a coincidência de datas

faz com que as pessoas tenham ouvido o ruído externo e o barulhinho que houve é, ó, saca-se-lo,

saca-se-lo.

E então, eu não me sinto muito confortável com isto, até porque Rui Costa fez parte

da anterior administração, isso é que atualmente está tudo a correr muito bem-fica, e eu fico

muito contente com os jogos todos que andam a ser ganhos, parece que Rui Costa acertou

nas contratações, parabéns para ele.

O clube até parece estar a ser melhor gerido do que estava antigamente, pelo menos a nível

de contratações.

Agora, enquanto o Mico Jorge da Oliveira lá continuara a ser sustentado, qualquer pessoa

que esteja olhado fora o que é que pensa e pensa, epa, este senhor deve saber mesmo

muita coisa, para que nem se esqueça de trovar em correr com ele.

Que reação pode um caso destes provocar nas águas inquinadas do clubeismo, Pedro

Mexia?

Epa, eu quero que o clubeismo vá dar banho ao campo, eu não tenho paciência nenhuma

para o clubeismo nestas matérias.

Aliás, no discurso do Rui Costa, essa frase vem na sequência de uma frase normalíssima

e é normal, porque se congratulo com isso, ele diz, aqui é vitória de várias modalidades,

temos mais sócios e não vamos ficarem diferentes ao ruído exterto, como se essas coisas pudessem

estar na mesma frase, ou seja, vitórias, ótimo, saúde esportiva, financeira, ótimo,

mais associados, ótimo.

Depois, não é parágrafo, é capítulo, questões com a justiça, não é possível

contrabomassar umas coisas com outras, infelizmente no futebol é isso que se faz, é isso que

é o clubeismo.

Quando as pessoas dizem, por exemplo, aliás, o João Miguel agora refriu isso, que é,

bom, mas agora estão em um primeiro lugar, agora estão a chegar bem, isso é completamente

irrelevante para esta conversa, completamente irrelevante para esta conversa.

O que é relevante para esta conversa foi o que já foi aqui dito, agora pelo João Miguel

e já todos, de uma forma ou de outra, o Ricardo com o coração em lágrimas, mais vezes do

que nós, que é, quando cai um regime, todos lá vimos que aí regimes de várias cores

políticas dos últimos anos, quando cai um regime convém que ir o regime todo, porque

se cai o número um e ficou o dois, o três e o quatro, é muito possível que as práticas

se mantenham, nós lembramos do tempo da Romênia e de outros sítios onde isso acontecia.

Ainda é possível gostar de futebol com paixão clubística, Ricardo Araújo Pereira, vende

acumular em suas evidências que estamos esperando para a indústria em grande medida

insalubra.

Acho que sim, antes de vir para cá, ainda antes de vir para cá, te avalia a ver, mas

a questão é o seguinte, reparem, março de 2018, Luiz Felipe Pereira disse, acabou

a paródia instalada neste país à costa do Benfica, a partir de segunda-feira haverá

um gabinete de crise montado para responder aos ataques, venham eles de onde vierem.

Os Benficistas devem estar unidos, março de 2023, recosta, cinco anos depois, em periose

ficarmos unidos e imunes ao ruído externo.

Há uma continuidade na linguagem.

É possível que quem escreva os discursos seja a mesma pessoa, ou seja, aquilo de ter

caído, eu não sei, unidos a quem, a quem está sob graves acusações de ter tirado

dinheiro do próprio clube.

Exatamente, qual é o critério que permite fazer com que a gente, nós deixemos de estar

unidos a um presidente que foi acusado destas coisas gravíssimas, mas nos mantinhamos unidos

a outro dirigente que está acusado destas coisas gravíssimas.

Qual é a diferença?

É só porque o Vieira foi detido para interrogatório e mais ninguém foi.

Só se é isso, porque a acusação é a mesma, não é?

Por que é que serviu esse dinheiro?

Exato, porque...

Retirado ao Benfica?

Retirado ao Benfica.

Ou não foi retirado ao Benfica e foi usado para outros fins?

Bom, não, quer dizer, à primeira vista foi retirado ao Benfica.

À primeira vista.

A primeira vista.

Robar o Benfica é pior que bater na mãe.

Pois, vamos ver como é que isto se desenvolve e desenrola.

João Miguel Tavares fica, então, ministro do ruído externo e, a vez do Pedro Mexia,

se tornar ministro de Abril.

E parece-lhe Pedro Mexia que as polêmicas que Abril abriu com a preparação da vinda

de Lula da Silva a Portugal já estão encerradas ou que não?

Abril e fechou, porque...

Abril e fechou.

Foi uma ideia bastante bizarra.

Resuma que faz desta controvérsia que chegou a meter ameaças de violência verbal no Parlamento.

O Ministro do Estado estrangeiro decidiu, passando por cima da Assembleia da República,

a quem competia marcar, não só a Agenda da Assembleia, como as comemorações parlamentares

do 25 de Abril, anunciar que, já que estava por cá, o presidente Lula ia discursar no

25 de Abril.

Bom, e há aqui várias, há pelo menos duas questões de intenção, e eu sou totalmente

institucional, isto é, acho que o presidente Lula é o presidente do Brasil e, portanto,

aparentemente das opiniões que se possa ter sobre um Lula, não é isso que eu estou

discutindo.

É o presidente do Brasil.

Por que que o presidente do Brasil havia de discursar no 25 de Abril?

É verdade que ele está cá, vai entregar o Prémio Camões, nomeadamente Chico Boarque,

e acho normal que eu visite o Parlamento, já tem acontecido muitas vezes, e por um

país lusófrio, por maioria de razão, que até participe numa Assembleia do 25 de Abril,

mas em que medida faz sentido que ele fala, por que é que ele fala?

Porque o Brasil será um imenso Portugal.

O Brasil não teve nenhuma ligação, quer dizer, não há nenhuma ligação entre o 25

de Abril e o Brasil, nenhuma ligação.

O Vasco Lourenço disse que, não, não, estou a dizer nos acontecimentos, o Brasil não

teve nada a ver do 25 de Abril, que diabo.

Acaba o Brasil em il.

Acaba o Brasil em il.

O Vasco Lourenço diz que Lula é um homem de Abril, no mesmo sentido em que eu sou

campeão europeu, porque sou com bateriota de Weber, mas não tenho nada a ver.

O que ele quer dizer é que Lula da Silva é um homem de...

Nem onde se volta a Melanina.

O que ele quer dizer é que Lula da Silva é um homem de esquerda, mas isso, ser presidente

da República do Brasil é um ótimo argumento, ser de esquerda ou de direita é um péssimo

argumento.

Portanto, não havia nenhuma razão, e depois, quando gerou o que a gerar, que foi promessas

de Carnaval, de Palhaçada, de levantamentos de Rancho, e pronto, então, conseguiu perceber-se

em 15 minutos, ou não foram quase 15 dias, que eram disparados.

Este caso teria existido João Miguel Tavares, seu ministro Cravinho, não tivesse anunciado

o discurso... um discurso do presidente brasileiro na cerimônia oficial do 25 de Abril.

Essa história é bastante bizarra, porque quem anunciou isso foi no final do ano passado

do Marcelo Rebelde Souzeu.

Ele disse aquilo que ele ia participar nas cerimônias de Abril, por visto de toda a

gente esqueceu, e depois, vamos escrever, claro, com o seu talento para a GAF, acabou

por...

A cerimônia de Abril, comecei.

Sim.

É verdade que podia não ser na presidência da República, não podia ser no próprio dia

25 de Abril, mas participar numa outra cerimônia.

E depois, vamos escrever, fez aquela genera que tornou a situação ainda mais insustentável.

Mas a ideia do Lula da Silva, ir ao Parlamento no dia 25 de Abril, daria sempre um broar

descomunal e não só daria como, tendo a olhar para aquilo que atualmente é a Constituição

do Parlamento, parece que é feito de propósito, porque ele seria evidentemente inaceitável.

Mas por que?

Por causa da profissional... penso ao contrário, agora vinha... já ir Bolsonaro, seria uma

coisa impensável, não é, certo?

Seria impensável.

O Lula da Silva tem uma história ligada, claro, à liberdade, no Brasil, ligada com

o Bota de Ditadora.

Esse é um critério ao mau critério, João Miguel, porque esse critério é um critério

que depende do lado imicíclico em que está sentado.

O critério deve ser anterior ao juízo político, fases, são amos, por exemplo, que ela era

para o Brasil.

Se viesse cá no Zelensky, eu não tinha nenhum problema, até ficava de bem, despreçar no

dia 25 de Abril.

O problema é a pessoa, porque vem nos tanques de Santarém, o Zelensky...

Não, porque estás a celebrar a liberdade, diz além-te que é um grande valor da liberdade

atual.

O 25 de Abril não precisa de ser só celebrado de uma maneira passadista, o teu argumento

é, como ele não esteve lá nos tanques, mas se isso não faz sentido nenhum, se não

quando morarem as pessoas dos tanques, deixas-se celebrar Abril.

Mas enquanto estão vivas pessoas que tiveram a ver com o 25 de Abril, é essas que...

Tu estás a celebrar a liberdade, a questão aqui é que o Lula da Silva tem necessariamente

um correio ligado.

Não, ligado, há 300.000 pessoas.

A gente não tem sido preso, pode estar a dizer que é preciso.

Pode falar, o Presidente está a Ministro Internacional, oh, Jamigão, isso é um critério,

é a liberdade, então qualquer pessoa poderia falar, há muitas pessoas, qualquer ativista

político, qualquer líder oposicionista de uma ditadura.

Não tem nada contra o Lula da Silva.

Não tem nada contra o Lula da Silva.

Tem que haver uma ligação.

Não tem nada contra o Lula da Silva.

A liberdade, poder falar agora, é quanto ao currículo, Lula da Silva, da mesma maneira

que Bolsonaro não faz sentido, Lula da Silva também faz sentido.

Mesmo esta ideia que surgiu, entretanto, que parece que em 2024 aí podem serem os presidentes

dos Palópses.

A relação entre presidentes dos Palópses, não, espera, eu também acho que não, mas

a relação entre os presidentes dos Palópses e o 25 de Abril é menos obscura do que a

relação do 25 de Abril com o Lula da Silva, ou com o presidente do Brasil, seja ele qual

for.

Como é que interpreta Ricardo Raul Esperar o facto dos partidos mais preocupados com

a sessão comemorativa da Revolução, do 25 de Abril terem sido a iniciativa liberal

e o chega.

E eles têm uma relação de grande afeto com a data, não é, o 25 de Abril?

É rigor, até as pessoas que concordavam se manifestaram contra o PC e o Bloco disseram

que sendo a favor dele falar, discordaram da maneira como foi lançado o nome.

Com certeza?

Por causa de um poder executivo é uma coisa, é um poder legislativo, é outro.

É isso.

É isso.

É isso.

É isso.

É isso.

É isso.

É isso.

É isso.

O governo é uma coisa, a Assembleia da República é outra, e portanto...

Lição número um.

Lição número um, exatamente.

Pois, há isso, sim, realmente há isso, há essa direita com a manifestar uma preocupação

que o saúde com a data, a sequência de acontecimentos é, como já temos visto aqui, para essa

direita, é, portanto, primeiro, ocorreu o 25 de Abril de 1974, que foi necessário mas

insuficiente.

Depois, o 25 de novembro de 1975, é que nos salvou do socialismo, mas a Constituição

de 76 não nos deixa sair do socialismo.

A sequência foi...

A sequência de 1976 foi votada pelo PSD.

O quê?

Não é uma má descrição.

Portanto, essa tua história de origem está furada logo aí.

Esta descrição só tem um problema, que é, é que, como o próprio nome indica, o 25

de novembro de 1975, que nos livrou do socialismo, é anterior à Constituição de 76, que não

nos deixa sair dele.

É só um problema.

Mas repaga.

Há uma grande defensa entre o socialismo da Constituição e o marxismo, o melaninismo

do 25 de novembro.

O que tem dito é que o 25 de novembro é que nos livrou, é que nos salvou, é que nos

tirou.

E se estás a puxar, estás a puxar as que estão do lado, quando te convém.

Fica para outra altura essa...

Os tempos estão agarrados a um susurvido, sem novembro não conseguiu salvar-nos totalmente.

O Pedro Mexia fica assim, o Ministro de Debreu, e estão entregues as pastas ministeriais

por esta semana.

A altura para sabermos porque é que o Pedro Mexia, de novo, nos aparece agora interessado

em analisar quem metadados, metadados no lixo.

Metadados no lixo.

E há quem faça isso?

Eu estou um pouco contrariado, porque eu sou o mais sensível nesta matéria dos metadados

aqui à mesa, sobretudo aqui ao pé de uma colega da esquerda, que acha que é tudo, que

é tudo a abrir.

Da esquerda geográfica.

Da esquerda sim, da esquerda topográfica.

E eu não acho que seja toda abrir, acho que aliás a decisão de constitucionalidade

do Tribunal Constitucional sobre, aliás, dando sequência até uma decisão europeia sobre

o facto das operadoras terem que manter durante um ano os metadados, parece uma boa decisão.

Estamos a falar da decisão agora, neste caso, nesta semana, da decisão do Tribunal

da Relação Dévora de anular a sentença que continuou onze responsáveis pelo já

famoso roubo de armas de tancos, a prova produzida a partir de dados recolhidos nos telemóveis

foi anulada.

Por onde é que quero pegar neste caso?

Quero pegar neste caso em três pontos muito rápidos.

A primeira é que tancos convém dizer que foi o momento mais terceiro mundista de Portugal

nas últimas décadas.

E tem competição forte?

Tem competição forte.

É um momento vergonhoso.

Não é uma coisa de uma gravidade comparativa com outras coisas que aconteceram, mas é

um momento de brincar aos países, de brincar com a tropa, enfim, foi um momento lamentável.

Se o senhor guardou o arsenal em casa, dá a foca.

E depois foi celebrado quando se descobriu e, afinal, veio a mais.

Tudo isso é uma história absolutamente escabrosa, mas a questão dos dados é importante

e é problemática em dois momentos.

Por um lado, como aqui falámos numa semana anterior sobre a questão da rapariga que

estava desaparecida, tem que haver uma dimensão de sensatez quando não se pode aceder, também

por causa de uma decisão judicial, aos dados, as metadades do telemóvel, porque se invadir

a privacidade da pessoa que tinha sido repetada para todos os efeitos, isso é absurdo, porque

não é por isso que a proteção dos dados existe.

E neste caso, há até, aliás, muitos juristas pronunciaram na imprensa, há muita discussão

sobre o perímetro dos dados e dos metadados, do que é que se pode ou não.

E, de facto, se isso serve não para proteger o abuso das empresas e não só dos miliantes

em relação aos cidadãos, mas serve para proteger os miliantes que cometeram crimes

e que podem opor à justiça, nomeadamente por via judicial.

Não pode usar os meus dados, esta parte da sentença cai, tem que provar mais sem esta

prova.

Bom, aí eu acho que é um golpe para a justiça em Portugal, e há muita gente que acha que

não é verdade sequer, ou seja, que o perímetro daquilo a que nós designamos por metadados

não abrange o suficiente para fazer pregar tantas investigações como a de tangos.

Já toda a gente vai dizer que são muito preocupantes os problemas judiciais que a lei dos metadados

está a provocar, esses casos que foram referidos agora, por que que o assunto não se resolve

ainda, não se resolveu, João Gato Bárcego?

Tem que era revisão constitucional.

Sim, e é como o outro, também, que a gente falou do só, que a quantidade de assuntos

que andam para os dispensos na justiça sem se resolver, ou isto é absolutamente inacreditável.

Eu, citando-me a minha própria mãe, do ano passado, eu escrevi um texto, curso de

titulera, quanta impunidade vale a privacidade de cada um de nós?

E é a pergunta continua, sem tirar nem por, quanta impunidade vale a privacidade de cada

um de nós?

Não, mas a pergunta está mal colocada, porque não é isso que está em causa, justamente

não é isso que está em causa, é evidente que não acho que os metadados, eles eram

recolhidos, ninguém sabe o que é que o perdedor fazia, aparentemente nem sequer havia inspeções,

e aquilo era uma rebalda rei total, isso é evidente que não pode ser

sobre isso.

E havia uma decisão do Tribunal Europeu de Justiça sobre essa matéria.

Mas é mal aportado o Tribunal Europeu de Justiça, eu não acho que o Tribunal Europeu

de Justiça, todos as decisões que toma, não é isso, não foi um capricho a Tribunal

de Justiça.

É isso mesmo.

É isso mesmo.

É isso mesmo.

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Hélas! O que já está, já está.” Foi com esta exclamação que Manuel Pinho confessou ter cometido o crime de fraude fiscal. Toda a gente o fazia, desculpa-se o antigo ministro de Sócrates. Ao ex-primeiro ministro é que ninguém arranca confissões. Tudo o que se investigue sobre ele é, para ele, uma devassa da vida privada. Mesmo a curiosa bandeirada das contratações suspeitas. A mais recente, já posterior à Operação Marquês. Serviços que não se conhecem pagos ao mesmo preço de outra contratação duvidosa anterior: 12500 euros mensais. E como o trunfo esta semana é trafulhice (sejamos rigorosos: alegada trafulhice) há também o espantoso caso do clube que era (alegadamente) roubado pelos próprios dirigentes. Para onde ia o dinheiro é coisa que se há-de apurar. Mas ver um actual dirigente do Benfica continuar em funções mesmo depois de suspeitas sobre um passado recente muito pouco glorioso, talvez torne pertinente a pergunta: o que saberá do que se passava sobre o que já está, já está? Hélas?

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