Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão: Sob o signo de João Catatau!

Nuno Markl Nuno Markl 10/27/23 - 14m - PDF Transcript

Vamos a caminho das 9 da manhã, faltam 13 minutos.

O Homem que Mordeu o Cão é uma oferta fnac e inoficiado a Rona Wave.

Cabo Ludas ou careques do nada das fonteia pensado.

Elecas, elecas, elecas, elecas, elecas, elecas, elecas.

O Homem que Mordeu o Cão traz o fim do mundo em queque.

Trilhas de episódio, sou o signo de João Catatau.

Então a gente se lembra de João Catatau, não é?

É lendário ao autor dos Manuais de Condução, por quem tanta geração estudou em Portugal

para tirar a carta.

Esta edição é um tributo a Catatau.

É um catatributo, se quiserem, um tributo a Catatau.

Até assim vamos cantar a música do Artacão, mas para Catatau.

Catatau, Catatau.

La, la, la, la, la, la.

Esta edição fala de cartas de condição e de pessoas,

umas que merecem e não tenham, outras que tenham e não merecem.

No Reddit, o Homem que Mordeu o Cão, o nosso ouvinte domingo no Círculo, bom nome,

tem histórias lindas sobre a família dele.

Diz ele, na minha família há duas pessoas com histórias mirabolantes envolvendo automóveis.

Uma é a minha mãe, a outra a minha tia, por acaso são irmãs.

A minha tia fez exame de condição 10 vezes até conseguir tirar a carta.

Nas aulas de condição, o instructor dizia-lhe, de uma forma metafórica,

que as linhas continuas eram como muros.

Ou seja, não se podia ultrapassar em qualquer circunstância.

A minha tia seguia alegremente por cima de tratos contínuos e raias.

O senhor ia vociferando e desesperado, muros meninas, são muros.

O instructor carregava a minha tia com espirito de missão,

como se de uma cruz se tratasse.

Conta a minha tia, dizia-lhe, entre risos cruéis,

que havia dias em que ela chegava à escola para ter aula

e encontrava ao senhor na sala de espera, a fumar cigarra atrás de cigarro

e quando havia, começava a hipervendilar.

E chegava a dizer-lhe, desculpe menina, hoje não sou capaz.

Hoje não.

Eu penso que a relação tóxica entre os dois estará evoluído

para algo tipo síndrome de estocou.

Pois um dia para a espanta da minha tia,

o instructor convidou-a para a madrinha de batizando da filha.

Isso é maravilhoso.

Incrível.

Mas também significa que ela passou tanto tempo na vida.

Foi muito sempre.

Ela investiu muito.

Mas há mais, diz-lhe, mesmo com este começo atribulado,

a minha tia não nos deu metade das preocupações da minha mãe.

Por circunstâncias profissionais, a minha mãe teve motorista

durante um período longo de tempo,

pelo que deve ter deixado de conduzir durante uns 10 ou 15 anos.

Lá em casa todos achávamos isso uma sorte,

pois apesar dela só ter chumbado na carta uma vez,

a minha mãe não conduzia muito melhor de que a irmã.

Um dia deixou de ter motorista,

decidiu que estava na altura de voltar à estrada,

o meu pai tinha carro de serviço,

eu e os meus irmãos partilhávamos um outro carro

e o carro da família, um rigorosamente impecável Peugeot 305,

que vivia na garagem, estava ali disponível.

A minha preocupação, diz-lhe, começou logo que a minha mãe me pediu

para eu dar uma volta com ela ao volante para se familiarizar

para a segunda própria, tirar-vos da cabeça

essa ideia estúpida de que não sei conduzir.

A ilusão se fumou-se logo no primeiro entroncamento,

onde a minha mãe pôs o piscar da direita para virar à esquerda

e logo depois o da esquerda para virar à direita,

aquilo não era muito intuitivo para ela.

Lembra-me também de estarmos numa subida aos sacões,

com o motor a 9 mil retações por minuto,

em voltos numa grande nuvem de fume preto,

enquanto a minha mãe dizia entusiasmada,

olhem-me só para esse ponto de embreagem.

Isso é maravilhoso.

E aquela malta que faz-te tudo em primeiro? Não muda?

Sim, sim, sim.

Mas o pior aconteceu...

Quer estar lá sobre isso, Marco?

Já não estou nessa.

Eu sei, eu sei, eu sei.

Até pior da engarrada de máticos.

Bom, o pior aconteceu no dia seguinte,

ao dar volta de familiarização,

no primeiro dia em que a minha mãe levou o carro para o serviço.

Um turista que somava a deixá-la e recolhê-la à porta,

porque a minha mãe nunca tinha tido a experiência

de entrar ou sair da garagem,

talvez simplesmente não se lembrasse,

de modo que, logo que chegou,

passou bem à frente da entrada da garagem,

sem que essa deixe-la mais atenção,

seguiu até a esquina do edifício,

onde avistou umas grandes portas de correr automáticas,

devido ao escorcido,

com acesso também bastante largo,

em Pedra Polida,

nem o facto de ter que galgar o passeio para lá chegar,

o que conseguiu fazer no seu lendário

ponto de embreagem, fez hesitar.

De modo que lá foi.

Mal atravessou as portas,

e percebeu que estava rodeada de pessoas,

umas afastarem-se desconsertadas,

outras a fugirem, pânico.

E só então percebeu que se encontrava

dentro de uma agência bancária.

Pai, que entrada!

Que Batman!

Pai, adoro!

Lindo!

Bom, o nosso Lorenzo da Multimédia

mandou-me uma história soberba,

que está a fazer furor no TikTok,

foi contada pela senhora americana,

chamada Elise Myers,

uma coisa que me podia perfectamente acontecer a mim,

é um pesadelo burocrático,

tão escusado, tão insólito e tão descontrolado,

é o tipo de coisa que não teria acontecido

se o mundo ainda funcionasse

com idas a repartições e preenchimento de papéis.

Eu sei que hoje ainda é preciso ir a muitas repartições

e preencher muitos papéis,

mas a tendência lá está, é para fazer muita coisa à distância,

online, usando os nossos dedos em ecranos.

Bom, a Elise tinha uma daquelas

carteiras novas magnéticas, que se agarram

a parte de transporte telemóveis.

E ela diz, estas carteiras são incríveis,

para o momento em que as perdemos, certo?

Quer dizer, o facto de ter um iman potente

que as agarram a telemóvel, pretende evitar

que elas se pergam com facilidade, mas para o todo mundo.

Ela perdeu essa carteira.

E tinha lá, diz ela, os três cartões mais importantes

da sua vida, cartão de crédito,

de débito e carta de condução.

Essas carteiras modernas são detetáveis

naquela aplicação de encontrar coisas,

mas diz ela, aquilo não me mostrou

onde é que a carteira estava, mostrou-se onde é que a carteira

foi desatarraxada da última vez.

Portanto, não ajudou, ela não encontrava, por isso, simplesmente.

Então, foi, através do telemóvel,

ao site da DMV,

que é a instituição americana que passa as cartas.

Que é a direção geral de viação, não é?

DGV?

DGV ou EMTT.

Ou EMTT.

Pois é. E teve para encher

um formulário para pedir segunda via da carta.

Para encher tudo a dele, não é?

Diz ela que chegou a parte do questionário médico

e diz ela respondi a tudo que não tinha nada,

que era saudável, não tinha problemas,

que era seguro andar de carro comigo,

para ninguém, na estrada.

Diz ela, carreguei no botão de submeter os dados e lá foi.

Sim, o formulário foi,

mas ela não estava à espera da mensagem que seguiu

e que surgiu assim no meio do ecran,

com letras a vermelho. E dizia, antes de continuar,

é necessário que providencie

uma declaração de um médico,

devido à seguinte razão, a sua condição física,

que provoca perda de consciência, vertigem

e múltiples episódios de tontura

ou desmaio.

E ela ficou tipo, que...

Estava-se por ter uma coisa rápida, não é?

Tudo é ótimo, eu mandei a carta.

O que aconteceu? Diz ela,

os meus lugares suados aparentemente deslizaram

sem querer para a resposta sim

à questão, já teve vertigem

ou viveu episódios de tontura e desmaio

ao volante.

É tão básico, mas ela tinha de ir à DMV,

ao IMTT,

tentar explicar a alguém atrás de um balcão.

Oi, se isto foi um engano meu, eu nunca desmei a ir conduzir.

O meu dedo foi para o 5,

quando eu queria que fosse para o não, só que não funcionar assim.

É para o engano que estava em entregue.

Ela foi destruída antes de sair do carro.

Percebe que há uma coisa enfiada,

diz ela, no buraco negro

que separa o assento do carro

da consola das mudanças, e era a carteira.

Ela diz que explodiu em felicidade,

riscou a vasta lista de coisas que tinha para fazer

e que incluíam ir à DMV,

ir ao banco, comprar uma carteira nova, etc.

Tudo está bem quando acaba bem, certo?

Não!

Passam-se nove meses, diz ela, a validade da carta

determinava no dia dos meus 30 anos,

tenta adiar a connovação, porque não quero tirar

a fotografia para a carta, estando grávida de 39 semanas,

mas pronto, vou à DMV com a palpulada,

digo, queria renovar a minha carta de condição,

ela tirou uma foto,

fez um exame rápido à vista,

papéis entregues, tudo a correr bem, no fim de tudo.

A senhora atrás do balcão diz-lhe,

já agora, resolveu aquela questão

da declaração do médico.

Ela responde, não, não, não foi preciso,

uma vez que eu encontrei a carteira e a carta de condição.

Diz a senhora atrás do balcão, pois pois,

mas infelizmente as coisas não funcionam assim.

Você enviou o Taiwan.

E ela diz, como assim, não tem carta?

Não tem carta? Diz a senhora atrás do balcão.

A senhora não pode esperar, que depois dizer

desmai ao volante.

Depois seguir com a sua vida, como se nada fosse.

Sem nos provar que, efetivamente,

você não desmai ao volante.

Mas eu não desmai ao volante, minha senhora.

Eu tenho os dedos suados e eles corregam,

não é que não tem móvel.

Se eu tivesse feito este erro num formulário

em papel aqui na DMV, o que tinha acontecido

é que eu ia ter conseguido dizer, desculpe,

enganei-me a que responder, posso riscar,

e ela diz que isso acontecia.

Nesse momento, chega o patrão da senhora que está atrás do balcão,

olha para o computador sete segundos e diz,

pois a sua carta foi cancelada em janeiro,

vai ter de começar tudo de novo.

E diz ela, cancelada não,

chegou ao fim da validade.

E ela está sem meninicação.

E ele diz, não, não foi cancelada.

E ele diz mais, ele tem o desplante de fazer uma piada

e diz-lhe, parabéns, você tem 16 anos,

outra vez, vai ter de ter aulas de condição

e tirar a cara de novo.

Só por causa dos polgares com radios.

E ele acrescenta, e vai ter de ir ao médico fazer exames

para perceber se não desmaiar conduzidos.

Olha, e ela aí não desmaiou?

Quase, quase.

Ela diz ao senhor, oiça,

eu expoli um ser humano do meu corpo há dias

e agora está a dizer-me que vou ter de corrigir

um dos enganos mais estúpidos

e mais devoradores do tempo que eu cometi na vida

tirando a cara de novo só outra vez.

E ele diz, olhe, faça o seguinte, vá ao médico,

volte cá com a declaração do médico, eu vou lembrar-me de si,

a gente mete-a na estrada sem demoras,

no mesmo dia vai ser tudo rápido, não stressa.

E ela responde, oiça, meu senhor,

até com coisa que não provoca um stress.

Por isso, permita-me que stressa com essa também.

Ela vai ao médico mais próximo,

o médico diz, você não tem nada, pode ir à sua vida,

dá-lhe a papelada necessária para ela levar lá à DMV,

ela volta à DMV,

onde ainda assim tem de fazer um exame escrito

e chumbo o exame teórico forçado.

Estava tão confiante que ia passar a dizer-la

que não estudei.

Então, volta à DMV, agendou outro exame,

disse que passou uma semana inteira a responder

mais de 200 perguntas possíveis de exame,

diz-ela, eu não ia apenas passar,

eu ia ter 100%.

Volta à DMV de uma semana,

tira a nova foto, nova exame rápida à vista,

papalada, carimbada, faz o exame teórico,

passa o exame, volta ao Alcão DMV,

dá a papelada ao senhor,

diz-lhe, triunfal, passei

e diz-lhe ainda, mete-a na estrada já hoje,

conforme o combinado, cavalheiro.

E ele responde, que tal apontarmos para dia 19 de novembro?

E ele pergunta 19 de novembro, mas para quê, senhor?

E ele diz, é tão para o exame de condição,

já fez o teórico,

agora é outro condição.

E ele diz,

não, não, sempre a fazer, eu faço hoje,

ouvi o hoje.

E ele diz, lhe, posso garantir-lhe,

que olhando aqui para o calendário de hoje, você hoje não faz,

faz no dia 19 de novembro,

e se não me confirma isso agora, daqui a 30 segundos,

a data já não está à livra e é mais tarde.

E ele diz, ó senhor, acredita em mim,

eu sou o último pessoa do mundo,

que pede as pessoas atrás de balcões para chamar o gerente

e a única razão platal, eu vou pedir que chamo o gerente,

é porque ele me disse há uns tempos para chamar por ele,

quando cá voltasse, que ele sia a lembrar de mim

e me punga na estrada no próprio dia.

Eu não quero que chamo o gerente para me queixar de si,

ou porque acho que você não faz um bom trabalho.

E o tipo vai lá dentro e volta,

e diz-lhe, olhe, nós vamos para a amastrada hoje,

mas, só porque o miúdo esquece

o de trazer a certidão do achimento,

e o exame dele era daqui a 15 minutos.

E ela diz, eu podia ter beijado os lábios

daquele homem.

Imagino, imagino.

Mas ficou com muitos cabelos brancos.

Ele diz que estava a tremer,

como se nunca tivesse conduzido um carro

em toda a vida dela.

E diz-lhe, estamos a fazer marcha atrás

do estacionamento, e eu digo-lhe, o exame já começou

e ele responde, começou, no momento em que você entrou no carro

e ele respondeu, ah, apanhei-o, agora estava,

e ela destalou assim, e ele não se riu.

Isto parece um exame de condução para o engenhar de lacão.

Que história.

No fim de tudo, ela passou o exame,

é finalmente feliz de tentor,

de uma nova carga de condição,

e eu recordo que tudo isto começou com um dedo

para não, para ter cuidado a preencher cenas.

Isto começa com a carteira perdida.

Com a carteira perdida, isto não estava perdido.

Estava só naquele maldito fosso.

É para o que eu odeio esse fosso.

Que nervos, que nervos.

O fosso é para o mais carros que façam,

para o mais que a tecnologia avança.

É para resolver um esse fosso,

um metão, aquele buraco negro de cenas.

É horrível.

Põe-me um taparueiro, a Vera diz aí ao pessoal

que agora é só EMT, Instituto de Mobilidade Terrestre.

É EMT.

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