Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão: Se tivesses ido para ali em vez de ires para acolá se calhar não tinhas sido assaltado, seu palerma!
Nuno Markl 9/11/23 - 12m - PDF Transcript
Ora, vamos a isto. O Homem que Mordeu o Cão e outras histórias é uma oferta fnac e inovciate Arona Wave.
O título deste episódio, se tivesse sido para ali, em vez de ir para a colar, se calhar, não tinha sido assaltado, Sr. Palerma.
É uma espécie de um conselho.
E como qualquer bom conselho, um querido suntzinho no fim, não é?
São para tramitar-se.
Sem outro sentimento no coração que não reencontrar a família, um indivíduo eslovaco teve a boa ideia
de ir ter com a família da mãe, que vive no cídeo chamado Rotterham, em Inglaterra.
E frio-se bem isto, em Inglaterra.
Foi ao aterrar na Holanda que o Homem se apercebeu que tinha metido os pés pelas mãos.
Ah, Rotterdam.
Eu queria ir para Rotterham, na Inglaterra, gasto todo o dinheiro num bilhete para Rotterdam, na Holanda.
Que se diz Rotterdam, que é incrívelmente parecido com Rotterham.
Só mudam duas letras, um H e um T.
Duas letras?
Maldito ao teu corretor, que bastaram-me de ir para outro país.
A posto foi o corretor.
É, para comprar bilhetes online.
Foi o corretor.
Rotterham.
Rotterdam.
Problema, a ideia de ir para Rotterham, ter com a mãe e restante família, era porque
ele não tinha dinheiro, não sei para o bilhete.
Então ele esperava que uma vez acolhido pela família, acabasse em as preocupações.
Mas de repente, ali estava ele, a cerca de 600 km do seu destino, no outro país,
sem dinheiro e sem saber falar, nem inglês, nem holandês.
Agora, imagina, o estresse deste desgraçado que entrou para uma escuadra de polícia adentra,
está a explicar, a polícia holandês, e sem falar nem holandês de inglês, o sarilhem
que se tinha metido.
Felizmente, passado um bom bocado, os polícias conseguiram perceber, mais ou menos.
Foi dramático porque, de acordo com os polícias, o senhor não só não falava outra língua
que não a dele, como também dizem os polícias, não parecia manhar-se bem e identificar países
em mapas.
Por isso eu não consigo imaginar como é que nestas condições ele conseguia explicar
a minha ideia de ir para Rotterham, na Inglaterra, acabava em Rotterdam, aqui na Holanda.
Eu nem sei, não falando em inglês, como é que ele sequer percebeu que não estava na
cidade certa.
Eu acho que deve ter sido no momento em que ligou para a mãe a dizer, cheguei, vim buscar-me,
estou aqui ao pé do moinho, típicamente em inglês, junto a um campo de tula e depois
típicamente em inglês.
E adoro se está bom que estes típicamente em inglês exigam aqui, em Inglaterra, em Inglaterra
que vejo aqui num litreiro, em inglês, parece que se diz Holanda.
Muito e de tanto.
Esta confusão pode de facto acontecer mais vezes, não faltam cidades com nomes iguais
pelo mundo fora.
Eu não sei se vocês sabem que existem maménfis nos Estados Unidos e também no Egito, para
além de ser o nome de um hotel no Porto, onde eu e Pedro Rivera ficámos há muitos
anos.
E eu, até o momento.
E ainda havia uma senhora que dizia, senhora que tinha a recepção diz que era um táxi,
eu soubem um táxi, não preciso para a rua chamar um táxi, ela passa pra banhar um táxi,
eu não quero um táxi, eu disse que era um táxi.
Se é um táxi eu chamo um táxi, se é um táxi, se não vai num táxi.
Isso já foi para há 30 anos e ela ainda o lasca esta hora.
É um táxi.
Chama um táxi.
Lembro também que o Duque tinha muito fraco a pressão.
Tinha, tinha aí e aí a comunicação visual com um teto do teto de um quarto, um dos quartos
sem o buraco.
Vias o quarto de cima.
Sim, sim.
Foi nesse hotel que vocês ficaram um quarto de cima das portas automáticas.
Olha, era, era, era tempos em que esta rádio se fazia a manivela.
Não havia de empanada.
Era.
Ah, empanadas não havia.
Mas não me lembro bem o que é que temos.
Bom, há também uma corda de banado argentino em uma em Espanha, uma granada em Espanha,
outra na Nicarágua, uma ação para o Trasburgo nos Estados Unidos e outra na Rússia, já
para não falar na París que há no Texas, não é, e também há Lisbon aluguros na
América.
E há muitas terras brasileiras que têm nomes de terras portuguesas.
Sim, sim, sim.
Há Porto Alegre.
É verdade.
É verdade.
Não é Porto Alegre.
Também há Porto Alegre.
Mas há Porto Alegre mesmo.
É tão chato como repetire nomes de rúas na mesma cidade.
Isso é que me chateia muito.
Porque já me aconteceu-me ter uma morada no GPS, eu chego ao sítio, linko para as
pessoas e elas dizem, ah, não, não, tu estás na Avenida Frederic Simões em Algeas, nós
estamos na Rua Frederic Simões no Estorilo.
Eu nunca expliquei o que é que fazem isto quando ativoem nomes a rúas.
Variem.
Há muita gente fallecida, cujos nomes estão livre para ser mudados a rúa.
Não apita.
Já agora, não faça ideia se existe uma rua Francisco Simões.
Nem sei quem é Francisco Simões.
Evento aí agora.
Agora vais pesquisar.
Para isso.
Eu trato isso.
Uma vez mais temos ouro no Reddit do Homem-Que-Mordeu-Cão.
Lembro-me que para pertencerem a esta linda comunidade trocando histórias frenéticamente
basta ir em reddit.com ou instalarem a app Reddit nos vossos aparelhos e depois fazer
busca por HKMC e aí está o grupo vibrante de ouvintes desta rubrica.
E um desses ouvintes que assina no Reddit, tem Alexandre, traz-nos uma história de
crime nas ruas da cidade.
É a prova que já todos nós tínhamos sido assaltados.
Não sei se isso aconteceu com vocês, na minha juventude era quase uma tradição.
Em meifica, eu saía da escola e entregava o dinheiro.
Em alguns casos o relógio também.
Já era assim mesmo.
Não, as pessoas não estavam a assaltar.
É lá isto.
Alguém esticava à mão e eu falei, ué, ué, vou se ver, vou assaltar.
Isso é a tua imitação do voz de Marcos enquanto jovem.
Mas o ar era assim quando o jovem.
E era verdade, era verdade.
Basta ouvir a famosação da rádio voz de meifica, que te dizem que quando o jovem é.
Mas reparem o que aconteceu aqui ao Alexandre.
Contei ao dezembro de 2005, tinha eu 22 anos, estava de regresso à casa após uma noite
de festa em Lisboa, estava sóbrio.
Na altura morava em Vila Franca de Chira e apesar de não ser muito longe, reparei que
tinha o carro na reserva e precisava deparar no posto de abastecimento.
Era um 4 ou 5 da manhã e parei então num posto de abastecimento no Parque das Nações
na altura.
Ainda um local apresentável com prédios novos e não cheirava a xixi em cada canto como
atualmente.
A parte de onde você cheirava?
Não, cheira na estação.
Na estação.
Na garra do Oriente?
Sim.
Na estação.
Eu antes cheguei no alfa.
Mas está a falar genéricamente do parque das nações?
Pois não ando lá a cheirar, não sei.
Não ando lá a cheirar, não sei, é a frase da manhã.
Bom, por seguida história do Alexandre, a bomba estava em pré-pagamento e portanto
dirigimos à janelinha para pagar antes da abastecer.
Quando já estou a ser atendida, aparece um indivíduo vindo por trás e tira uma nota
de 20 euros que estava prestes por trás e tira uma nota de 20 euros que estava prestes
a dar a empregada da bomba para pagar o combustível.
Foi rápido em matrair este gatuno, não é?
Não puxou de navalha, nem seringas para ameaçar.
Foi só vlog, tirou a nota, o nosso vinte Alexandre não quis que a coisa acabasse esta
maneira dramática e decidiu agir.
Diz ele, o indivíduo, portanto ladrão, começa então a caminhar para longe da bomba e eu
digo qualquer coisa como, opa, não tenho mais dinheiro e não tenho combustível no carro,
não tenho como voltar à casa.
A clássica técnica é como ver o bandido.
Já tentaste isso?
Tentei, claro, uma a duas vezes, nos meus jovens anos de vítima da salto sem bem fica.
Ele tem muita experiência em uma estária.
Posso ter comovido uma vez ou outra, porque era bom a fazer olhos de bambi, mas nunca
consigo como vê-los ao ponto de me devolver em outra, não deu.
Eles ficam sensibilizados mas com o guite na mesma.
Sim, sim, sim.
Quando muito pode ser concido que um delo soltasse um coitadinho, bom que tenho de ir.
E lá eu bandido e o guite.
Mas voltemos à noite do nosso vinte, ele diz que vê uma nota de vinte e horas sem
lhe arrancar das mãos pelo bandido e quando o bandido se afasta ele grita de forma pungente,
olha que não tenho mais dinheiro e não tenho combustível e tenho de ir para casa.
O que é que aconteceu a seguir?
Bom, o ladrão dá meia volta, começa a avançar para ele, diz o Alexandre, o ladrão volta
para trás e eu penso, pronto, já vou levar uma facada.
Deu de dez horas.
E, surpreendentemente, o ladrão saca da carteira e deu dez euros.
Vou jogar no aeromegóis.
Deu-lhe dez horas para ele avastecer e vai-se embora.
O ladrão deu-lhe troco.
Já visto.
Isto está a partir da primeira vez na história do crime que aconteceu, o ladrão ficou-lhe
com uma nota de vinte, sacou da carteira e passou-lhe dez horas para a mão.
E diz o Alexandre, com maior arte parvo digam-tão ao senhor do posto combustível, olha-lhe
são então só dez euros em vez de vinte.
E se calhar ainda ele disse, ficamos os dois a ganhar.
Regresso ao meu carro bastante nervoso, diz o Alexandre, mas não vou-se porquê?
Para o ato-boa-fé do ladrão, em mim, iria restaurar uma certa fé na humanidade.
E para um ladrão que dá troca é maravilhoso.
É maravilhoso.
Regresso ao meu carro bastante nervoso, começa a pôr gasolina no carro, eis que vejo de novo
o ladrão direito a mim.
E parece que esta vez o tipo tinha mais agressivo, tanto assim que o Alexandre diz, obviamente
tinha se arrependido do ato-boa-fé e vinha resolver o assunto.
Quando já estava há pouco de metros de mim, eis que aparecem três indivíduos que rapidamente
colocam o ladrão no chão e o algemam, acontece que enquanto tudo isto acontecia, três agentes
da PSP estavam dentro da bomba, vestidos à civil a tomar um café.
Pai, isto é uma noite e peras.
Mais insólito diz o Alexandre, foi que no meio disto quando o ladrão já estava no
chão, para o meu lado, outros carros babas de ser, e vejo uma das minhas melhores amigas
a sair do carro com o namorado da altura, com o ar despanto ver aquela cena, pergunta-se
se estou bem, eu respondo que sim, que a polícia já tinha tomado conta da situação, mas
ao mesmo tempo lembro-me que já tendo passado da meia-noite, era o dia de aniversário da
minha amiga, não faço ideia como me lembrei no meio disto de tudo, mas o facto é que
me lembrei e ainda lhe diga, então parabéns.
Muita informação, nem a mesma história, muita, não é?
Seguindo depois para as quadras do Partizenações, no meu carro, já com combustível, atrás
do carro da polícia que seguiu à frente com o ladrão no banco traseio.
São muitas emoções na mesma noite.
Agora, por que é que o ladrão voltou atrás?
Nunca vamos saber isso.
Isso nunca vamos saber, mas se calhar, o próprio ladrão da altura pensou, isto foi estúpido.
Vou alivioscar o telemóvel.
Ele disse depois disso, encontrou várias vezes um dos agentes da polícia que o ajudou na
quela noite, num bar que ambos frequentavam na zona do Partizenações e que a gente ria
sempre e apresentava aos amigos e colegas como o rapaz se tinha recebido troco do ladrão.
É ótimo.
Há vários comentários interessantes nessa história, o meu favorito talvez seja este,
e esta técnica parece mótima para evitar o assalto.
Vem de uma pessoa que no reddit assina fc-c-c-14x, ok?
Isto passou sem guimarães e dizeu, uma vez estava a vir do café, geram para i2 da manhã
e um indivíduo chegava à minha beira sem arma branca, sem nada e diz, passa-me tudo
para cá.
Agora reparem no sangue frio que é preciso e na velocidade de raciocínio necessária
para que o nosso ouvinte soltasse a resposta que soltou.
O que é que ele faz?
Ele diz ao assaltante, mano, estamos aqui uns dois para o mesmo, e agora como resolvemos
isto?
Passa-te-o para cá tudo.
E o assaltante responde, oh mano, eu não tenho nada aqui comigo.
E o nosso ouvinte termina dizendo-te, eu disse-lhe boa noite e fomos cada um à sua vida.
Paz estranho.
Mas eu quis dizer, curagem.
Bravo, extraordinário.
Eu não sei.
Bravo.
Como é que eu nunca esmentei isto?
Eu com esta cara de bandido que tenho.
Puuuuh.
Marco.
Passa-me a cá tudo.
Não, não, passa-me a cá tudo.
Marco.
Francisco Simões.
Sim.
Escultor português.
Ok.
E as ruas não, deve haver ruas que eu não me deu.
Não, mas não é Francisco Simões, é Frederico Simões.
A bola se pá.
Frederico Simões.
Não vais encontrar um médico.
Frederico Simões.
A bola se pá.
Frederico Simões.
Não vais encontrar um médico.
Tenhar, não é?
Dr. Frederico Simões.
Frederico Simões.
Neurocirurgião.
Frederico Simões do Coto.
Ok.
Do Fernando.
É o do Coto.
Havia o outro de Pastas e Dois Mãos.
O de Pastas e Dois Mãos.
O Homem Corteu Ocão fez uma oferta Fnac.pt, uma janela aberta para todas as vidades e também
uma oferta novo 7 de Arona Wave, agora com uma oferta de mais 3 mil euros pelo seu carrozado.
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A história do Alexandre e de um ladrão que dá troco.