Isto É Gozar Com Quem Trabalha: Regresso a 2020: “Vai ficar mais quentinho e o calor mata o bicho da covid. No fim quem safa isto é o Borda d’Água”

Joana Beleza Joana Beleza 6/11/23 - Episode Page - 35m - PDF Transcript

Tô TT Help, ouça assim que pode avar o meu fide e faça like no meu posto pra ganhar o giveaway.

Tá lá!

Não percas a oportunidade de dar resposta ao inglês.

No Boss Street English aprendes ao teu ritmo alternando entre aulas presenciais e online com horários flexíveis.

Muito obrigado, muito obrigado.

Muito不過to.

Obrigado, é muita gentileza e é muita.

Muito obrigado, muito obrigado, Boa noite, bem-vindos mais uma vez.

O programa vai parecer a sala de espera de um consultório médico lá.

Vamos novamente falar de doenças.

Vai ser só doença hoje, sinroglitu.

Não, é coronavíris, é coronavírus na mesma e é coronavírus outra vez.

é coronavírus outra vez.

Depois de ter aparecido na China, em dezembro, o coronavírus chegou finalmente a Portugal

em março.

Portugal aprendeu com os erros da China, topou muito bem as falhas italianas e, beneficiando

dessa experiência toda, quando o vírus chegou a Portugal, não estávamos preparados.

Cá está, cá está.

SNS 24 não atendeu um quarto das chamadas em dia de pico de procura.

As pessoas também abusam, né?

O SNS tem um serviço para as pessoas ligarem para lá.

O que é que as pessoas fazem?

Diga-me para lá.

É páginha.

É claro que aquilo rebenta.

Claro que rebenta.

O SNS 24 é o sireste da saúde, no fundo, né?

É um serviço de emergência que funciona bem desde que não haja emergências.

SNS 24 quer dizer exatamente isso, sireste na saúde, SNS sireste na saúde.

24, depois o 24 é de 24 chamadas, dá para 24 chamadas e chega, e chega bem.

Cada uma dessas 24 pessoas liga para lá, liga depois liga para 24 amigos e assim sucessivamente

até Portugal todos estarem informados, não é?

Não é?

Vocês estarem todos a ligar para lá.

Os portugueses não se organizam e depois dão isto, devem ter ligado 10 milhões, todos

os 10 milhões ligamos para lá, ou 5, se calhar, 5 milhões, 5 demais também, devem ter ligado,

sei lá, 1 milhão de pessoas, 10% da população a ligar para lá e deu cabo daquilo.

Qualquer pessoa entende, nós tínhamos um serviço preparado para um determinado volume.

10 mil chamadas?

10 mil chamadas, contra atualmente, era necessário.

E isso não foi ultrapassado?

Isso não foi ultrapassado na segunda-feira.

Foram 10 mil a final, foram 10 mil chamadas, acima de 10 mil chamadas já o sistema estava

preparado para que, num caso de pânico generalizado, 0,1% da população ligasse para lá a saber.

Mais do que isto, Stoira.

Acima, não dá, não dá.

Acima de uns 10 mil, já ultrapassa o plafão que nós temos.

O SNS 24 é como aqueles adolescentes que dizem, oh pai, mete-lis, saldo no telemóvel,

que eu fiquei sem comunicações para fazer face a compromissos que eu se vi para entre

os portugueses.

Aquelas coisas que os adolescentes dizem.

Centeno, carrogo, carrega, não carrogos, centeno, carrega o pacote de dados do SNS 24,

acabou o dinheiro.

Acabou o dinheiro.

Isto não é a linha SNS 24, é o SNS 18, porque o centeno que ative o seis.

É sempre assim.

Talvez seja importante recordar que o SNS 24 se destinava a poupar dinheiro.

Não, venham ao hospital, ligue.

Agora é, não ligue à bruta, calma, espere fundo, consegue respirar fundo, então não

ligue, está bom.

Não consegue respirar fundo, está com falta de ar, então não ligue, não está em condições

de falar na telefone, ninguém vai querer ouvir, ninguém quer ouvir, e se são outras

chamadas, não são estas.

Este senhor, este senhor que falou no vídeo, que era o responsável do serviço SNS 24,

foi admitido.

Portanto, o balanço até agora do coronavírus em Portugal, 25 infetados, 0 mortos, 1 desempregado.

Em um único país em que a doença ataca também o desemprego.

Felizmente, felizmente a Ministra da Saúde tem uma estratégia infalível para desconstruir

a linha do SNS 24, o 808, 24, 24, 24.

Estamos a reforçar a linha de saúde 24, como sabe o SNS 24, 808, 808, como sabe isso

foi reflito.

Não, senhora, não, senhora, não, não, não, não, a linha do SNS 24, 808, 808, não,

não, não, senhora Ministra, não, isso são números à balda, não, não, não, isso

não só, não é o número da linha do SNS 24, como não é, se que era o número que

forne.

Faltam algarismos aí.

No máximo, 808, 808, é o resultado de um jogo de Bássica que durou três semanas.

O certo é que o 808, 808 atende mais depressa do que o do SNS 24.

Eu experimentei, reparem nisto, eu experimentei, atendo uma senhora muito simpática que diz

que o número para o qual ligou não está atribuído, perifico o número e tento de novo.

Por favor, perifico o número e tento de novo, sussinto, informativo, dá um conselho

prático, atende sempre, foi a minha experiência, foi a minha experiência e além disso faz

companhia esta senhora, mas isto somos nós com a nossa costumeira má à vontade, né,

só porque uma linha não funciona, é, fazemos logo um escândalo.

Estudávases conta hoje num artigo do expresso do caso de uma médica que ligou 44 vezes

para esta linha de apoio aos médicos e não obtive resposta.

E isso levou a que dois doentes acabassem por ficar isolados numa casa de bem de um centro

de saúde.

Explica-nos um pouco este caso.

Eu posso explicar.

Eu posso explicar.

Isto é outra linha que não funciona.

Portanto, a do público em geral não funciona bem.

Esta que é especificamente para os médicos também não.

Aqui a pós-pessoas não dizerem, ah, nossa linha não funciona, mas aqui a pós-doutores

não é?

Está impecável.

Não?

Também não presta.

Também não presta.

Somos todos iguais.

Portanto, a médica não sabia o que é que havia de fazer e a cautela fechou o doente

na casa de bem.

O que gera, gera ali algum alarme social, né, nomeadamente entre as pessoas que querem

fazer xixi e não podem estar lá uma pessoa, estar lá uma pessoa suspeita de ter corona.

Mas nem tudo são mais notícias, reparem.

Aqui está, tempo quente, pode enfraquecer vírus, ótimo, ótimo.

Venha aí a primavera, vai ficar mais quentinho e o calor mata ao bicho.

Portanto, excelente.

Séculos de avanços científicos, investimentos de milhões na mais avançada tecnologia e

no fim quem vai safar isto é o bordo da água.

A cerca de duas semanas da primavera, no hemisfério norte, volta a colocar-se a cristal.

Será que o tempo mais quente vai acabar por travar a progressão do novo coronavírus?

A resposta da OMS é não.

Afinal, não, afinal, não, afinal do calor não mata ao bicho, está tudo perdido outra

vez.

O que é que mata ao bicho?

Tudo para casa de banho.

Vamos, amor, não se cumprimentem, não se cumprimentem, é fundamental, não se toquem

nada de beijinhos, nada, nada, só um doido é que não segue estas recomendações.

As pessoas têm uma forma mais ou menos generalizada e adotando boas práticas de prevenção.

Lavar as mãos e evitar contactos.

Ter alguma distância social, não nos beijarmos tanto, não nos abraçarmos tanto.

A lavagem das mãos, o distanciamento social.

Também não é preciso todos nos beijarmos a todos os dias, a toda hora.

Não podemos andar hoje, beijinhos.

Para que fique claro, nós não aldrabámos.

Atenção, todos estes beijinhos são fresquinhos, são desta semana.

Isto não são beijinhos antigos do Marcelo.

Isto são beijinhos desta semana, são beijinhos frescos que o mar ofereceu.

Isto são beijinhos da Gora.

E portanto, são dois modelos de comportamento muito distintos que o Estado portuguesa

apresenta aos seus cidadãos.

Seguir o cumprimento das regras, ou seguir a regra dos cumprimentos.

Agora resta a saber.

O senhor é costo ao Marcelo.

É preciso perguntar a toda a gente.

O senhor é costo ao Marcelo.

É marcelo.

É costo.

É prostitiva daí, fichei para trás.

Entretanto, é verdade que isto na saúde está um bocadinho, está lá confuso.

O que vale é que na justiça está bom.

Salão Nobre do Tribunal da Relação de Lisboa, com quase 200 anos,

é usado para sessões solenses e julgamentos de recurso.

Mas Vaz das Neves fez dele palco de um julgamento privado,

pelo qual recebeu 280 mil euros.

Os três juízes são suspeitos de abuso de poder,

num caso que passa pela viciação na distribuição de processos do Tribunal da Relação de Lisboa.

Portanto, resumindo, uns juízes usam instalações públicas para fazer justiça privada

e outros juízes arranjam maneira de atribuir os processos aos juízes

que mais convém a certos argoídos.

E agora deixem-me frasear isto exatamente da maneira que o meu advogado me recomendou.

Qualquer dia, eventualmente, chegaremos a uma situação em que,

hipotéticos Juízes, nenhum dos quais concreto usarão o seu martelinho

para este efeito.

Vamos então, à decisão de esta sentença, estar em inocente por increíblejos,

5 mil euros, 5 mil euros, 5 mil euros, 5 mil euros, 5 mil euros, 5 mil euros, 5 mil euros,

duas, vinte mil euros, três, arrematado por aquele argoído.

Já a seguida um perca um caso de brancamente de capitais em que a base de licitação são

umas férias em hipanema para mim e para a minha esposa.

Só sublinhar que tudo isto é imaginário.

Bom, há de facto confusão na saúde e na justiça, mas verdade é que as obras públicas

estão uma maravilha.

A semelhança do novo aeroporto, esta obra é discutida há várias décadas e foi até

considerada prioritária pelo governo de António Costa.

Na verdade, não é apenas este facto que liga estas duas obras, mesmo que o novo terminal

do barreiro fosse para a frente, a dimensão das gruas que ali fossem construídas entrava

em conflito direto com o novo aeroporto.

Portanto, não sei se ficou claro, uma obra pública de que necessitamos há muito,

em birra com outra obra pública de que necessitamos há muito.

Estudou-se bem, muitos anos a pensar, vários parceiros, vemos por isto tudo no mesmo sítio.

Foi um aeroporto, um estaleiro ao lado, se calhar uma ponte por cima dos dois, uma

barragem a aconchegar, um túnel por baixo de onde sai o TGV e tudo forrado a painéis

solares.

Curiosamente, descobriu-se depois, é pá, não cabe, não dá, não dá.

E por isso tem de ser, se calhar, esta é a nossa, basicamente foi isso que aconteceu,

foram as infraestruturas a resolver isto lá fora, entrou no, uma contra a outra.

A margem sul é pequena de mais para nós, as duas, vamos a isto.

Foi isso que aconteceu.

Aliás, está aqui, foi exatamente isto.

Era uma vez na margem sul, é de facto o nome de Western, isto é o aeroporto.

O aeroporto começa a se irritar quando descobre que querem construir um terminal de barcos

ao pé dele, nota-se que ele começa a armar-se com os aviões e dirige só o estaleiro então,

e vê-se que vai decidido.

O problema é que o estaleiro não se fica, né, começa a reunir uns contentores e é

óbvio para toda a gente que vai a ver Zaragá tem termos de infraestruturas.

E lá começa, mas que é isto, ai vale pontapés na pista, tome lá esta mesmo no contentor.

E pronto, e foi isto.

E o grande vencedor desta contenda é de facto o aeroporto, o estaleiro vai ter de aguardar

mais 30 anos em princípio.

No próximo episódio de infraestruturas a abulha na margem sul não perca o centro cultural

do Feijó, vai às ventas do TGV do Samouko.

Ontem o presidente do CDS estava a discursar na madeira inisto ovo um tremor de terra.

Ele não percebeu imediatamente o que estava a passar, por isso foi mentir.

Por recusar e inserir nos seus programas eleitorais, é a legalização.

Por que realmente não se queve a legalização?

Não, não querem a legalização?

Não está bem, não volta a falar nisto, não é caso para começar tudo aos gritos também,

acho que não é caso para isto.

Mais tarde percebeu-se então o que era, era de facto um sismo.

E o que acontece é o seguinte, senhoras e senhores, perante uma ocorrência comum,

um sismo, um dirigente político tem à sua disposição várias opções.

Uma é não dizer nada que eu recordo que é uma opção que podem usar,

ou fazer declarações e não a ocorrência, não estamos todos bem,

está tudo bem madarenças, sim, ninguém se magoou, sim senhor,

ou armar-se em esperto.

Felizmente o chicão optou pela terceira.

Reagindo com um pouquinho de humor, é bom sinal quando o discurso do CDS faz agitar um pouquinho a política,

agora, regressando a seriedade que este tema exige,

de facto foi a primeira vez na vida, foi confrontado com uma situação sísmica.

Ora, bom, eu com o Morin deglisto, né?

Agora, com a seriedade deglho aquilo.

Com o lirismo, executo-lhe uma dança do segundo ato do Lago dos Cisnes.

Tudo boas escolhas, tudo boas escolhas.

Aí eu vanto a moto, olha, é bom ver com o CDS agitar as coisas,

tem o que é um incêndio, é bom ver com o CDS a questão do ambiente político.

O que é que se passa cheias? É bom ver com o CDS, rastam mar de gente.

E agora, o tema da semana.

A sentença de Rosa Grilo.

Importa também referir que foi ontem à meia-noite,

por volta das 11 e meia-meia-noite, que começaram a chegar as primeiras pessoas aqui ao tribunal,

passaram aqui à noite fora do tribunal.

Um grupo de pessoas passou à noite à porta do tribunal

para dar lugar para assistir à sentença na primeira fila,

como se fosse um festival de música.

Não é, neste caso, o Nota Live.

É o Rosa Enriu.

Ah, fãs, fãs, curte sentenças.

Tive no Mata 7, em 1987, Boé da Bon.

Tive no Manel Palito em 2015.

Tenho ido a todo, ah, acordam.

Somos aqui com uma senhora que tem seguido de perto este caso.

O que é que acha que vai acontecer às 4 da tarde?

Duas condonações, uma absolvição, qual é que é o seu palpite?

O meu palpite é, na minha maneira de ver, acho que isto já é uma brincadeira.

Acho que deveria ser condenado os dois, porque os dois é que são compre-se.

Olha, então...

Estamos prestes a assistir à sentença quando é o seu palpite.

Eu cá aposto nos dois, culpados os dois com inocente ao intervalo.

Depois diga-me, então, se ganhei e onde é que eu vou levantar o prêmio?

Escusa de dizer, meus amigos, que a CMTV cobriu o caso, cobriu todos os ângulos do caso.

Sofia, estás precisamente junto à pessoa que foi a primeira a ver o cadáver do triatleta

como recorda este dia de julho de 2018.

Boa tarde, Jeanette.

Estamos a final com a esposa do homem que fez a Descoberta do Corpo de Luís Miguel Grilo.

Não pode estar aqui conosco, o tal, como prometíamos.

Estás aí com a pessoa que descobriu o cadáver, não é assim?

Não, é a esposa.

A esposa.

Mas ela dorme com o senhor que descobriu o cadáver.

Até ela sabe, é igual, mas sabe tanto.

Tenha a cablareira de uma prima a seguir também.

Está ali a cablareira de uma prima que, espera, não é.

Não é a cablareira da prima, é a esposa da cablareira da prima.

Assim é que é.

São do S.

Foi aí que foi encontrado o Corpo de Luís Miguel Grilo a 24 de agosto de 2018.

Precisamente pelo esposo da senhora que tenho aqui perto de mim.

Mas há pouco já falámos sobre isso.

Sabemos que foi uma grande surpresa.

A Descoberta de uma Vida dizeste ao homem.

É isso mesmo, é...

É a Descoberta de uma Vida.

Tecnicamente não é.

É a Descoberta de uma Morte, na verdade.

Mas é uma mensagem de esperança para todos.

A minha vida não fazia sentido.

Eu respirava e comia, mas sentia que faltava qualquer coisa.

E isto só prova que não devemos desistir.

Porque um dia também vocês podem estar a passear numa mata.

E de repente encontrar um cadáver em adiantado estado de composição.

É isso.

Vamos a um bravíssimo intervalo e já voltamos até já.

Muito obrigado, mais uma vez.

Mais uma vez, muito obrigado.

Obrigada.

A nossa convidada de hoje foi...

A nossa convidada de hoje foi contactada pelo nosso programa em 2015.

Mas devido à lentidão do sistema judicial só aceitou esta semana.

As senhoras e senhores, a Ministra da Justiça, Francisca Van Dunen.

Eu não me vou sentar enquanto a senhora não se sentar.

Você já mudou.

Muito bem.

Muito senhora Ministra, muito obrigado por ter vindo.

Eu é que agradeço o convido.

Ora essa.

Hoje ainda é a próxima dia internacional da mulher.

E por isso eu queria começar para fazer uma pergunta precisamente sobre isso.

O que é a seguinte?

A senhora Ministra faz parte do governo com algumas mulheres em lugar de destaque.

Normalmente as pessoas dizem, ah, que bom, eu acho que é machismo, sabe?

Porque, repare, a senhora Ministra tem a pasta da Justiça.

Outra Ministra, o Costa de Olha, a Pasta da Saúde.

Portanto, duas das áreas do governo mais desarrumadas...

Metas as mulheres para lá.

Parece-me evidente do meu raciocínio, não é?

Não sei, Ricardo.

Sabe, eu lido um pouco mal com a exposição.

Mas vim aqui hoje por duas razões.

Primeira, de internacional da mulher.

Segunda, a muita consideração que lhe tenho.

Via ser a primeira, é, sabe?

Devo dizer-lhe com franqueza que eu acho que isto começa mal.

Isto.

A pergunta está errada.

Falar de machismo.

Num governo que tem 36% de mulheres,

quando a média europeia são 30%, errou.

Meu Deus, vem-me com estatísticas e tudo.

Ah, não tenho dúvida.

Por que que eu trago isto?

Neste momento está desligado, mas parece-me.

Isto liga-se, isto liga.

E depois, repare.

Nós somos... o governo tem oito mulheres ministras.

Oito mulheres ministras que, obviamente,

as outras sete senhoras, como quem tenho o prazer

de compartilhar as funções governativas,

são pessoas extremamente inteligentes,

competentíssimas, são mulheres dedicadas à causa pública

e, sobretudo, profundamente determinadas

em arrumar a nossa casa comum.

É o problema da arrumação que falava a bocadinho.

Certo.

Mas, em verdade, que nessa arrumação

nós contamos com os nossos colegas-homem.

Não só na arrumação, como também,

depois ao nível das remunerações,

porque graças a Deus, nesta matéria,

as coisas são paritárias.

Ou seja, no governo não temos aquele problema

que a maior parte das mulheres portuguesas tenham,

que é, depois do mesmo trabalho,

ganharem menos 14% do que os homens.

Nós aí estamos em completa paridade.

Muito bem.

O senhor Ministro, devo dizer,

só avisar que é o segundo número que avança,

só tem direito a mais um, tá bom?

Ah, tá bem.

Mas eu queria perguntar-lhe, repare.

O grande drama, Ricardo,

é que o Ricardo está preocupado com os números.

Sabe por quê?

Portanto, quanto eu consigo perceber,

o Ricardo foi alinhando ao longo deste tempo

no óbvio lulante, nas perceções.

E, portanto, quando nós confrontamos

as perceções com os números,

começa a dar um passo atrás.

Ainda assim, o senhor Ministro,

eu queria-lhe perguntar se não há rivalidade

entre as ministras.

Há pessoas que dizem,

ah, porque às vezes as mulheres,

depois eu não, porque eu sou como sabe,

mas dizem.

E a questão é esta, por exemplo,

costuma competir com a Ministra da Saúde

para ver onde é que os portugueses

perdem mais tempo à espera, sério?

Ah, é, nos hospitais,

não é, não é, nos tribunais.

Vê quem é que ganha.

Ah, é?

Outra vez, má pergunta.

Eu não faço uma que se aproveite.

Mas te parece comigo que está com as áreas,

diga-me lá quais são as suas fontes.

Relativamente, aos tempos da justiça.

Despeça as suas fontes, não errasas.

Mordilho.

É de nós, atualmente, na justiça

e não vem outra vez com as estatísticas.

Nós temos, na justiça,

a cidade, tempos médios,

que são exatamente equiparáveis

aos tempos médios europeus.

Ou seja, nós temos a fazer, por exemplo,

os processos civas que uma média de um ano,

que terminaram com uma média de um ano,

o que responde mais ou menos

às médias europeias.

Tenha certeza, o nosso não é um ano

em anos de cão, senhor Doutor.

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

Não é?

O que nós temos,

é muitos lobos ao IVAR.

Nós temos, é muitos lobos ao IVAR.

Muito bem.

Vou acreditar em si.

É incrível.

Ainda...

Eu não quero, quer dizer,

alongar-me sobre o machismo,

mas há certas sentenças sobre

casas de violência doméstica.

Não sei se isto tem visto,

que tem causado alguma perplexidade.

A sensação que dá é que,

além do centro de estudos judiciais,

há um outro SES,

que é a caverna de estudos judiciais,

onde há uns juízes que vão estudar,

senhor Ministro.

E o realmente tenho ideia,

tenho um espírito conspirativo,

mas o Ricardo vai muito mais longe do que eu.

Bate-me as palmas.

Ou seja,

uma caverna clandestina,

onde há uns juízes a estudar e tal,

tenho caverna do libabá.

Bagdá está muito longe.

Não vamos para a caverna do libabá?

Não.

Senhoras...

É que esta não era bagdá do libabá,

era de uma pessoa menos evoluída do que o olebabá.

Uma capacidade caramiana menor e tal.

Uma capacidade caramiana menor e tal.

Com cuidado,

com essas terças lombrosianas.

Com cuidado, com essas terças lombrosianas

que podem levar a mais resultados,

sobretudo nos tempos que correm.

Agora, também, devo dizer uma coisa.

A Escola de Formação de Mastrados

é uma escola que faz um trabalho,

que procura, de alguma maneira,

moldar as pessoas,

moldar aqueles que virão a ser as pessoas de Mastrados,

no respeito pelos direitos fundamentais.

Agora, acontece que cada uma dessas pessoas

tem uma multidividência própria,

tem um percurso próprio que fez

até chegar à Escola de Formação.

Porém, sempre, a Escola de Formação

consegue retirar de nós as cavernas

porque nós fomos passando ao longo da nossa vida.

Cada um tem suas próprias cavernas, não é?

Não se consegue tirar a idade média de dentro deles.

Às vezes, não se consegue.

Mas há uma coisa que também é clara,

que é esta,

e que costumacemos a vez referir

até por um jurista muito...

porque eu gosto muito,

que é meu chefe de cabinete,

que é as sentenças.

As sentenças não são diários íntimos.

As sentenças são atos da República.

O que significa que a República

não pode ter certo tipo de concessões

e também não pode ter certo tipo de formulações,

não pode exprimir certas coisas.

Donde é preciso, obviamente,

que os seus Mastrados tenham cuidado

com aquilo que escreve,

com a forma que escreve.

Pois claro.

Outro assunto.

Que tipo de jogos de azar

é que a senhora ministra acha

que prejudicam mais os portugueses?

A raspadinha

ou estes sorteios dos processos dos juízes

na relação dos...

Ricardo Araújo Pereira.

O Ricardo...

Não diga que se vive mal outra vez.

Não, não, não, não.

Agora só vou pedir a sua ajuda,

sabe porquê?

Eu não percebo nada raspadinha.

Estou conhecida que o Ricardo

será especialista nessa matéria.

Agora, percebo que a raspadinha

tem problemas,

gera problemas da adição,

ultimamente tem-se falado

muito problemas da adição.

Não registo diferente.

A questão da distribuição dos processos

nos tribunais da relação

não é um problema generalizado da adição,

é, pelo contrário,

uma questão perfeitamente localizada.

Se me perguntarem,

é mau?

Não tenho dúvida.

É mau?

Acho mau.

Agora, devo também dizer

que todos os anos

há milhões de atos de distribuição de processos,

milhões de atos.

Aquilo que está em causa

serão eventualmente,

tanto, obviamente,

quando se conhece,

a realidade é apenas aquela

que nós temos a perceção

através da comunicação,

que estarão em causa

três atos de distribuição.

Gravo.

Indiscutivelmente grave.

Há problemas de ideontologia,

há problemas de ideontologia,

há problemas de natureza penal,

há problemas de natureza penal,

mas há uma coisa

que é preciso também

termos em consideração.

É que foi o sistema de justiça

que identificou esses problemas

e o sistema de justiça

que está a lidar com eles.

O último é que estão.

Os deuses ficaram no Olimpo

e deixaram a justiça terreno

conosco com os homens.

E, obviamente,

os homens têm as suas fragilidades.

E, por isso,

é que as coisas...

E as mulheres também,

e agora...

Menos.

Menos.

Menos.

Menos.

Menos. Menos.

É que às vezes,

só por ser o dia pronto,

não.

Por dizer,

na justiça,

a reparação que nós fizemos

foi uma reparação

muito feita com mulheres.

E, o ano passado,

tinha um gabinete

que era um verdadeiro

destacamento feminino de mulheres.

Eram de três mulheres,

uma ministra

do secretário-estado,

gabinetos majoritariamente femininos.

Estas nas coisas

mudaram um bocadinho

para não parecer mal.

Pronto.

E em qualquer caso,

o trabalho que foi feito

de recuperação de processos,

nós tenhamos um milhão

e 300 mil processos em 2015.

Temos 850 mil processos

em 2019.

Foi um trabalho

que foi muito feito

por mulheres.

Por mulheres,

obviamente,

não ao nível do Ministério,

mas mulheres magistradas

nos tribunais,

mulheres oficiais de justiça.

Porque hoje,

majoritariamente,

as mulheres magistradas

são mulheres.

Tem já cerca de 80%

mulheres na primeira instância,

40% dos tribunais da relação,

28 números outra vez,

28% no Supremo Terminal de Justiça.

As advogadas

também são

majoritariamente mulheres

e as outras versões jurídicas

são quase todas femininas.

Portanto,

quer estar a ganhar esta batalha,

quer estar a arrumar isto,

são efetivamente as mulheres.

E eu estou a favor,

sou a majoritariamente.

Muito bem.

Eu estou a favor.

Eu sou a favor

porque tenho duas filhas

e isso dá muito jeito agora.

Eu fico dentro de cá para favor.

Mas,

eu parece,

não sei se foram,

certamente foram alguns dos homens

que ainda estão,

são a areia no engranagem do sistema,

porque me parece que há um engano,

devem ter sido eles,

há um engano na página

do Ministério Público,

porque lá,

aparece descrita a hierarquia

do Ministério Público e diz assim,

portanto,

procurador-geral,

vice procurador-geral,

muito bem,

procurador-gerais adjuntos,

procuradores,

procuradores adjuntos,

em que lugar desta estrutura

que estão os reportas da CMTV,

eu não os encontro mais.

Eu não os encontrei,

senhor ministro.

Olha que,

olha que eu não sei,

assim,

eu fui maestrada

do Ministério Público

durante 30 anos,

conheci e julgava a conhecer

o estatuto.

De facto,

no estatuto não encontrei

as reportas da CMTV.

Havia um estatuto que foi,

o estatuto foi alterado

entretanto agora,

no final do ano,

há um estatuto novo este ano,

também não encontrei lá

essa categoria.

Não me lembro de ter colegas

que fossem,

fossem,

ao mesmo tempo,

jornalistas ou reportas.

O estatuto,

por aí,

uma acumulação de funções.

Portanto,

não posso,

não sou capaz de perceber

como é que,

como é que chegou essa conclusão.

Mas uma ideia era,

Poulos,

os reportas da CMTV,

tratar das buscas judiciais,

porque eles são sempre os primeiros

a chegar ainda antes,

os inspectores,

eles já lá estão.

Já agora?

Ah,

mas sabe,

Ricardo,

o problema da justiça

não é bem chegar primeiro,

o problema da justiça

é esclarecer melhores,

esclarecer rápido.

Primeiro questão.

Então, e se eles fazem?

É, fazem,

a segunda,

a segunda questão,

é que por jornalistas

na canal,

televisão,

a trabalhar

com as minhas estruturas,

ir aos locais,

chegar primeiro,

fazer as investigações,

tinha vários problemas.

Um primeiro,

desde logo,

de natureza,

de natureza de respeito

pela privacidade das pessoas.

Depois um segundo,

obviamente também

do segredo da investigação.

Mas há um terceiro,

que pode ser mais grave,

na sua perspectiva,

na perspectiva comunicacional.

É o problema da concorrência.

É que se autorizava,

que se fossem da CNTV,

e que fossem da CIC,

o que é que diziam?

Isso da TVI.

Isso da RTP.

Era uma dificuldade,

e portanto, obviamente,

isso não nos passa pela cabeça.

Mas agora, passando um registro mais cedo.

Que é de facto no registro?

Essa questão é, de facto,

uma questão importante.

Eu pensaria que,

no que diz respeito,

essas aparições,

junto de locais de crime,

onde se está praticando

atos processuais,

não são importantes,

na perspectiva do direito de informar.

Não se pode ter.

Ah, que é um direito de informar?

Não.

Eu diria que tem mais a ver

com a polução,

polvoeirismo,

e as lutas por audiências.

E portanto,

e nessa perspectiva,

acho que os responsáveis

pela investigação criminal

devem ter a máxima atenção

a esse tipo de fenómenos.

Devem tê-la,

não só para aquilo

que eles podem prejudicar,

a investigação criminal,

como também.

Porque, em última análise,

nós não podemos excluir

que por trás destes comportamentos,

ou seja,

eu recordo-me com o Ricardo,

a certa altura,

fazia um professor,

um adivinho,

um adivinho,

uma bola de cristal.

Eu estou convencida

de que as senhores

não têm uma bola de cristal,

ou seja, o CNTV.

Portanto,

ou da CNTV,

ou da outra estação qualquer.

O que significa

que, quando vão esses locais,

houve alguém que les deu

essa informação.

Eu suspeito que sim.

Para bem.

A ser verdade,

que assim é,

nós, no limite,

podemos estar aprendo situações de vinalidade,

situações de improbidade,

de comportamentos incorretos

do ponto de administração e de disfusionário.

E esses comportamentos

têm que ser investigados,

e têm que ser obviamente abolidos.

Vou fazer-lhe uma última pergunta,

e esta é das polêmicas,

senhora ministra,

que é a seguinte,

costuma dizer-se,

eu é o que dizer,

é vos corrente,

que em Portugal há uma justiça

para ricos

e uma justiça para pobres.

A questão é

de qual destas é que irá

usufruir o Sócrates,

rapar,

e ele, por um lado,

não tem dinheiro, não é?

Por outro.

Vivo folgadamente.

E, portanto,

é muito difícil

estabelecer o estatuto

socioeconómico dele.

Quer dizer,

será que também há uma justiça,

se querer uma coisa nova,

uma justiça para quem tem

amigos ricos,

uma justiça para quem tem

amigos pobres?

Sabe,

a justiça,

essa pergunta,

uma pergunta muito séria,

a justiça não é de amigos,

não é de ricos,

não é de pobres.

O que eu posso dizer

é que,

quer eu,

quer a minha equipa,

trabalhamos cotidiano e afincadamente,

no sentido de assegurar

que a justiça é igual

para todos independentemente

da sua condição,

da sua condição financeira,

das relações sociais,

das relações de amizade,

do que quer que seja.

É por isso que trabalhamos

todos os dias

e acho que conseguiremos

um bom resultado.

Muito obrigado,

senhora ministra.

Eu vou,

dentro de segundos,

cumprimentá-la a Marcelo.

A vocês,

vos adeus de longe,

a António Costa.

Nós voltaremos para a semana,

no mesmo dia,

mesmo a hora,

até para a semana.

Obrigado.

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Depois de ter aparecido na China, em dezembro de 2019, o coronavírus chegou finalmente a Portugal em março de 2020. Portugal aprendeu com os erros da China, topou muito bem as falhas italianas e, beneficiando dessa experiência toda, quando o vírus chegou a Portugal... não estávamos preparados. “SNS 24 não atendeu um quarto das chamadas em dia de pico de procura”, dizem as notícias. Talvez seja importante recordar que o SNS se destinava a poupar dinheiro. “Não venha ao hospital, ligue.” Agora é: “Não ligue à bruta, calma. Respire fundo. Consegue respirar fundo? Então não ligue, está bom.” Recorde aqui o segundo episódio do Isto é Gozar com Quem Trabalha, emitido na SIC a 8 de março de 2020, com a convidada especial Francisca Van Dunem, na altura ministra da Justiça.  

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