Isto É Gozar Com Quem Trabalha: Regresso a 2020: “Politicamente, não sei se faz sentido que um liberal leia uma carta. Em princípio, é sinal que os CTT privatizados não a conseguiram entregar”
Joana Beleza 7/23/23 - Episode Page - 27m - PDF Transcript
O TT Help, ouça assim que te devo ao meu fide e faça like no meu posto para ganhar o giveaway.
Tá lá!
Não percas a oportunidade de dar resposta ao inglês.
No Boss Street English, aprendes ao teu ritmo alternando entre as presenciais e online com horários flexíveis.
Olá amigos, eu sou Isa, vou ser a vossa professora de português agora nas próximas aulas.
Não sei como é que vocês sentem em casa.
Eu, nesta primeira aula, estou um bocadinho nervosa.
Olá amigos, eu sou o professor Ricardo.
Não sei como é que vocês sentem em casa, eu estou um bocadinho nervosa, ok?
É sempre a mesma coisa.
Há sempre um pervinho que imita ao professor.
Desculpe, professora.
Desculpe.
Professora, não. Eu sou rainha das manhãs.
Tive mais audiência que a Cristina.
Desculpe, desculpe.
Rainha das manhãs, desculpe.
Ainda por cima ha falado o programa de português do segundo ano.
Podia fazer uma fortuna em calciterim e ter a minha própria ilhinha de unhas de gelinho.
Mas estou a dar rodimentos de gramática e tu agusares, Ricardo.
Não estava a agusar, professora. Não estava a agusar.
Na verdade, o que nós estávamos a fazer é uma homenagem.
A quem foi lançado para frente das câmeras sem experiência nenhuma, o que é muito difícil.
Exatamente. Tu, por exemplo, já tens anos de experiência e ainda fazes um trabalho como este.
Exato. Exatamente.
Bom, já agora, professora, já agora, ainda bem que podíamos apresentar o programa os dois.
Em formato até à escola, vamos começar com o português, professora, a sua disciplina.
Na aula de hoje, literatura e pistolar.
Hoje, dia 25 de abril, o mais novo dos meus quatro filhos faz 8 anos.
Por isso, tenho dois motivos bons para celebrar.
Para ele, é o aniversário especial, entrar na edade adulta,
e eu decidi escrever uma carta que, no fundo, se dirige a toda a sua geração.
E, com alteração do próprio, gostaria de vos ler essa carta.
Meu querido Miguel, hoje é o teu dia de anos. Muitos parabéns.
Dono, se satisfaz bastante esta composição.
Eu também gostei muito, professora.
Na cerimónia da celebração do 25 de abril, o deputado da iniciativa liberal,
Cotrinho de Figueiredo, leu uma carta a dar-os parabéns ao filho.
De facto, há 46 anos,
Salgueiro Maia e os Capitães de Abril protagonizaram um momento decisivo da história de Portugal.
Mas, há 18 anos, o aparelho reprodutor do deputado Cotrinho de Figueiredo
também esteve muito bem.
São os menos conhecidos embriães de Abril.
Castam eles.
Os embriães de Abril numa shy meet.
Os embriães de Abril.
É embriões.
Eu sei que é embriões, professora.
Isto é para rimar.
Comigo chumbavas.
Bom, politicamente, eu não sei se faz sentido que um liberal leia uma carta.
Em princípio, é sinal que os CTT privatizados não a conseguiram entregar.
E fica-lhe mal, acho.
Vamos à outra aula, professora.
Agora, filosofia.
Ir ou não ir à cerimónia do 25 de Abril é is a questão.
Começo por recordar que o CDS não só descordou desta cerimónia.
Decidiu e bem a Assembleia da República combrar a Revolução de Abril.
Não devíamos estar aqui hoje.
E se não fichou as portas no passado, não faria sentido que nós Abril fois 25 de Abril.
Deixar de evocar o 25 de Abril.
No tempo em que ele porventura, mas está a ser posto à prova nos últimos 46 anos,
seria um absurdo cívico.
Portanto, umas pessoas disseram, aproveitam o facto de estarmos todos aqui reunidos
para dizer que não devíamos estar todos aqui reunidos.
E outras disseram, é muito importante estarmos todos aqui reunidos
até para dizer que é muito importante estarmos todos aqui reunidos.
Sobre a razão pela qual estavam todos reunidos, não se falou tanto.
Como é que a vemos te explicar isto aos pequeninos, professora?
É como se fosse a festa de aniversário da Clutilde.
E ninguém fala da Clutilde.
Exatamente. Imagina, a Clutilde faz anos.
E alguns convidados dizem,
eu por acaso acho que não devíamos ter vindo da festa de anos da Clutilde.
E outros dizem, é muito importante vermos a festa de anos da Clutilde
para fazer a ver aos que não queriam ver a festa da Clutilde,
como é importante ver a festa da Clutilde.
E ele diz, quem faz anos no mesmo dia da Clutilde, é o meu Miguel.
Por isso eu vou dar os parabéns ao meu Miguel.
E outros dizem, nós nem sequer devíamos fechar o aniversário da Clutilde,
mas sim o da sua prima, que faz anos a 25 de novembro, a Norma Erta.
E entretanto, a Clutilde está muito triste.
Esquece-se de a nunca-ante, pois a Clutilde...
É liberdade.
Esquece a metáfora já foi longe demais.
É capaz, professora. É capaz.
Vamos agora à aula de história.
Quem foram as personagens mais importantes do 25 de abril,
há uma forma muito fácil de descobrir.
Vamos ver os nomes que foram mais vezes referidos na cerimônia do 25 de abril.
Meu querido Miguel.
Portanto, empatados em último lugar, com uma referência cada um,
temos Gandhi, Guterres e mais alguns nomes de personagens secundárias como Salgueiro Maia.
Os vencedores com o dobro das referências são o Papa,
Luís Sepulveda e o Miguel.
Como todos os heróis do 25 de abril têm sido esquecidos,
resta-nos esperar que se faça justiça em breve, por exemplo, no Montijo,
no Aeroporto Internacional, Miguel.
E agora, matemática.
São 12 zeros.
As nossas calculadoras dos telemóveis não dão para introduzir esses números.
Só calculadoras científicas conseguem lidar com 12 zeros.
Tem 12 zeros.
O montante que a Europa precisa de injetar para recuperar a economia.
É um número tão grande que nem cabe na calculadora do telemóvel.
Professora, temos aqui um problema de matemática.
O menino Mário governa as finanças do seu país,
mas no seu telemóvel só cabem números com 8 zeros.
Que complicada a operação matemática
é que o menino Mário tem de fazer para conseguir gerir números maiores.
Eu acho que é muito fácil, Ricardo.
Só tem que fazer assim, o telemóvel,
e a calculadora transforma-se logo em calculadora científica.
E ele já consegue operar números até 15 zeros
e ainda pedir mais dinheiro.
Mário Centeno, esta é uma dica da professora Isa
para o presidente do Eurogrupo.
Na horizontal, fatura-se sempre mais.
Não foi isso que eu disse.
Foi, foi mais ou menos.
E agora, ginástica.
E educação física.
Em tudo cidades me perguntam
que não haverá medidas de austeridade.
Hoje, na aula de ginástica...
E educação física.
Vamos falar da educação física
que o primeiro ministro vai fazer para...
Não funciona assim, professora.
Tem que ser ginástica.
É a ginástica que ele vai ter de fazer
para não dizer austeridade
quando estiver a aplicar austeridade.
Isso não é austeridade.
Isto é, vai lá, ser mais rico em emoções
designadamente na emoção
de não saber se o dinheiro chega até ao fim do mês.
É riqueza.
É um superávite de sensações
que nos é transmitido pelo sorriso
das nossas crianças.
Porque elas não têm comida na boca
e por isso vêm-se bem os dentinhos todos
sem alimentos a tapar.
É um xedente!
É um xedente de pessoas
em nossa casa que não conseguem pagar a renda delas.
Vamos visitar a avó!
Não é preciso que ela está ali a dormir no sofá.
E agora, ciências!
Para nos ajudar a dar esta matéria,
temos connosco um cientista a sério,
o Dr. Felipe Freud, que é pneumologista.
Soutor, muito obrigado por ter vindo
e eu começava por chamar a sua atenção para estas imagens.
As linhas telefónicas de emergência em vários estados
foram inundadas com dúvidas sobre o uso de desenfetantes,
um pesadelo para as autoridades de saúde
que se desdobraram em esclarecimentos
de que se trata de produtos tóxicos
que podem matar-se injeridos ou injetados.
Soutor, duas questões.
Primeiro, o que é que ele parece
esta proposta científica de injetar desenfetante?
E a segunda,
Soutor, não tem vergonha de não se ter lembrado
deste método de combate ao coronavírus
através de transfusões de WC Pat.
Olha, Ricardo, o que eu posso dizer é que estas afirmações
dizem muito Trump e pouco do WC Pat.
Mas o pouco do WC Pat tem que ser referido.
É que a sua utilização em pessoas
é tóxica e potencialmente fatal.
E o aumento, como vem na peça,
de intoxicações por produtos limpeza
aumentou na sua sequência.
E, portanto, é para não fazer.
A segunda parte até ele possa dar uma inconfidência.
Eu conheço muitos americanos
que fazem parte da comunidade científica
e eles inspirados pelo Trump
já tinham chegado a essa ideia.
E, mais, tinham na dita brincar.
O problema é que o Trump o viu e o levou à sede.
Pois com certeza.
Obrigado, Soutor.
E espero que os seus colegas americanos tenham aprendido de lição.
Não se brinca com coisas sérias ao pé de crianças.
A segunda questão é a seguinte.
Eu queria confrontá-lo com esta notícia.
Reparem, dizem investigadores,
Nicotina pode ter efeito protetor contra a Covid-19.
Ora, Soutor, todos os pneumologistas que eu conheço,
e são inúmeros,
me desaconselharam ao longo da vida a Nicotina.
Primeira questão, está arrependido.
Segunda, aceita proteger-se comigo,
do coronavírus,
com o auxílio deste medicinal charuto, Soutor.
Olha, Ricardo,
eu, como pneumologista,
todos os dias vejo as consequências maléficas
do pulmão no nosso corpo,
em particular a destruição do pulmão.
Nunca fumei, não é agora que vou começar.
O que é que esses meus colegas encontraram,
provavelmente, circunstancial?
Uma diminuição do número de fumadores
em alguns trabalhos,
que pode ser completamente circunstancial.
E esta subdimensão do número de fumadores
em alguns trabalhos justifica que se valide isso.
Mas eu acho que é uma validação em termos de desespero.
Porque só quando uma pessoa está desesperada,
à procura de uma cura,
para uma doença que não sabe como é que atua,
é que pode ponderar sequer hipótese
de utilizar uma substância tão prejudicial
para o corpo humano como a nicotina.
E, portanto, o que eu espero
é que, um dia desde alguém encontre
que, por exemplo, quem tem mais de 1,90 m,
também esteja mais protegido contra a infecção Covid.
Eu também gostava disso, Soutor.
E, olha, é uma desilusão,
agradeço a seu esclarecimento,
mas é uma desilusão
que eu às vezes invisto nesses medicamentos.
Só mais umas imagens, Soutor.
De uma coisa, estou certo.
Portugal e esportuguês estão vacinados contra a austeridade.
A questão é se o Soutor
tem, por acaso, conhecimento desta vacina
e, mais, se não será perigoso
tendo em conta que a União Europeia
pode achar que, uma vez que estamos vacinados,
podemos suportar uma segunda vaga.
É uma pergunta, digamos,
política ou científica.
Eu acho que a resposta e esta pergunta
já foi dada pelo Sr. Primeiro-Ministro
na entrevista ao expresso da semana passada
quando disse a propósito da austeridade
não dou hoje uma resposta que, amanhã,
não possa garantir.
Mas eu sou perito da Comissão Técnica de Vacinação,
por acaso.
E nós, no PNV, temos muitas vacinas polivalentes,
ou seja, contra várias doenças.
E, nesse contexto, fazia todo o sentido
uma vacina contra a austeridade
englobada numa vacina, por exemplo, pentavalente.
Contra a austeridade, contra o desperdício,
contra a corrupção, contra a mais-estão
e contra a falta de planeamento.
Mas, se há uma vacina importante,
todos nós aprendemos agora neste momento
e que vai ser fundamental para o futuro,
é a vacina contra a destruição
do Serviço Nacional de Saúde.
Exatamente.
O ultima questão, os profissionais de saúde
e os pneumologistas em especial estão hoje
com grande exposição mediática,
vão a programas de entrevista,
vão até a programas mais reales como este.
Mas, em grande medida,
esses profissionais de saúde,
pneumologistas em especial, são os nossos heróis.
A questão que está na cabeça de toda a gente,
é o que todos queremos saber.
Quando a quarentena acabar,
o soutor vai sacar tanto, não vai?
O que eu posso dizer é que
estes heróis não são exclusivos da pneumologia,
são de um conjunto profissionais
que englobam todas as facilidades médicas,
todos os grupos profissionais,
os enfermeiros, asistentes técnicas, asistentes operacionais.
Em relação aos pneumologistas,
posso-lhe dizer que mais de 80% são mulheres.
E que neste momento,
não é difícil dar um ar sexy e investir no futuro,
quando a maior parte de nós,
quando está na linha da frente,
é a nossa taxa de astronautas.
E, no dia normal,
utiliza no mínimo um máscara cirúrgica
que está para a metade da máscara.
Portanto, isto não é sexo.
No meu caso, digamos assim,
com o aumento de trabalho,
diminuição do tempo disponível,
respeito da distância social,
respeito do confinamento e um cabelo
que não vê corte há mais de dois meses,
não vi diferença nenhuma.
Agora, a grande safa,
é se você quiser ir para a pneumologia.
Vou-lhe dizer que, mesmo com máscaras improvisadas,
com fardas feitas de sacos do lixo,
a sensualidade das pneumologistas todos
e do setor em particular,
faz-me sempre, sempre tremendo os joelhos.
Está bem? É bem-vindo.
E quero agradecer-lhe na sua pessoa,
quero agradecer a todos os profissionais de saúde.
Muito obrigado, setor.
E agora, estudo do meio.
Por causa da quarentena,
os animais começam a aproveitar a ausência
dos seres humanos para invadir as cidades.
Nas ruas, por exemplo,
há também golfinhos a arriscarem,
vir até a margem,
aviados no meio da estrada.
E, portanto, é uma espécie de jardim zoológico,
ao contrário.
Os animais, ah, então é isto.
É assim que eles vivem, olha, está interessante.
Olha o que acontece às 10 da noite, olha.
Vem à janela e imitam as focas
em homenagem ao SNS.
E isto significa que, mesmo quando saímos de casa,
continuaremos a correr perigo.
Há uma posse das minhas filhas,
papá, nunca mais chega do trabalho.
Não, o papá foi comido por uma pantera
na Paragem do 28.
Então agora, a Bútreza...
a dedicar-lhe à carcassinha.
Professora, primeiro estivemos a defender-nos do bicho
e depois, pelos vídeos, vamos ter-nos
a defender dos bichos.
Isto será um caso de ironia, professora?
Não, eu acho que é só previso.
Exato. Bom, professora Isa foi um prazer
para mim apresentar estas aulas consigo.
Também me senti em casa.
Estou muito habituada à gente
com a tua idade mental, Ricardo.
É, exato.
O Dr. Rui Rio, presidente do PSD,
é o nosso convidado de hoje.
Talvez se lembrem que ele era,
durante algum tempo, líder da oposição,
até ter decidido que isso era antipatriótico.
Senhor deputado, muito obrigado.
Boa noite. Obrigado por ter aceitado o nosso convite.
Vou, mais uma vez, afastar-me
dos meus eventuais miásmas.
Eu queria começar precisamente por este tema,
que é, não os miásmas, mas a oposição.
Quando o senhor afirmou que,
enquanto líder da oposição,
não ia criticar o governo durante esta crise,
não acha que o senhor foi
o primeiro trabalhador português
ao autoclocar sem lay-off?
Não. Primeiro...
Isso tem aí dois erros.
Dois erros graves.
O primeiro é um erro de interpretação.
Ou seja, o Ricardo e não só
portaram daquilo que eu escrevi,
que eu que disse que não era patriótico
acusar o governo, criticar o governo.
Eu não disse isso.
Eu disse que não era patriótico
agravar as críticas ao governo
por causa da fragilidade
em que o governo está.
Outra coisa é criticar. Eu tenho criticado.
Portanto, tem que ir por uma interpretação
que eu resolvia da seguinte maneira.
Aconselhava, a ver as aulas
de português até à escola.
Tenho agora até à escola,
há muitos outros jornalistas.
Há comentadores a ver até à escola.
Em minha defesa senhora, deixe-me dizer
que quando há duas interpretações
e uma torna às suas palavras
digamos, mais folclórica
ou engraçadas, eu opto sempre
por essa interpretação.
Optoito não vai até à escola, mas os outros
têm que ir até à escola.
E lay-off, que é o segundo erro.
Quer dizer, não faz nenhum...
Não faz nenhum, não é lay-off.
É lay-on, lay-on da bad,
lay-on da bit, lay-on da sofa.
Ou seja, deit-o-me
e não levanto-me, não ando
em lay-off, em lay-on.
Muito bem. No entanto,
ainda assim, apesar disso
eu tenho uma sugestão que é
no sentido de tornar a oposição
mais patriótica, que é...
Então o que é que acha disto?
Criticar o governo
cantando o internacional ao mesmo tempo.
Ou seja, será que
alguma coisa desagradável sobre o primeiro
ministro que possa ser dita
ao fundo da música do internacional.
Logo à cabeça, que é.
Eroes do mar.
António Costa não é um herói do mar,
não é pescador, não é marinheiro.
E eu
sou quase um herói do mar.
Mais doce, sou rio,
mas desaguro no mar, certo?
Depois, eu olho Paulino
e levantar o esplendor...
Eu não levanto a esplendor nenhum.
Acho que ele levanta o esplendor.
E eu acho
que é fundamental levantar o esplendor.
Quem não levanta o esplendor
não consegue, naturalmente,
gerir um país.
Não me peça para validar o seu raciocínio
e responder a questões como
o superministro levanta ou não levanta
o esplendor.
E, portanto, quem não levanta o esplendor
não tem condições de exercer o cargo
com a devida
firmeza, digamos assim, que o cargo exige.
Por outro lado,
pelas brumas da memória,
o que o PS fez de governação
com o engenheiro Sócrates, que atia o país
para a banca rota,
vejo logo que posso acusar o PS.
Portanto, entre falta de ser herói do mar,
não levantar o esplendor,
brumas da memória...
Eu estou com medo
de continuar a fazer perguntas, porque sinto
que a Sica tem um opositor
que estava adormecido.
Exatamente. Não é criança
que está escondida em mim, é opositor
Sator, Sr. Deputado, no debate
do prolongamento do estado de emergência
o Sr. atacou os bancos.
Diz-se que se a banca apresentar
este ano lucros avoltados, isso será
uma vergonha e uma ingratidão
para que os portugueses...
Eu sinto que nas legislativas de 2023
têm mais hipóteses
como cabeça de lista pelo bloco
de esquerda.
Ou...
ligou-me o Francisco Loçante
no outro dia.
Roialto
pedia direitos de autor.
E ele disse, esta crítica
é propriedade do bloco de esquerda.
Manda eu entender-se que o PCP
mas é propriedade do bloco de esquerda.
De maneira que eu tenho fama de fulreta
a não pagar,
aquilo que eu vou fazer para a semana
e aqui tenho uma caixa
em primeira mão, que é para o seu programa
também entrar em competição dentro da Sica,
como outros que são coisas em primeira mão.
Em primeira mão, eu para a semana vou dizer o contrário.
Eu vou pagar o bloco de esquerda e vou dizer
a banca tem de ter grandes lucros,
deve aumentar as comissões,
deve aumentar as taxas de juros,
só deve dar crédito a aqueles
que não têm risco nenhum.
E com isto, olhe, livre-me de pagar
direitos de autor.
A proposta que isso acabou de dizer
sobre outros programas
é uma referência muito subtile
e difícil de a gente perceber.
Quem é que está a referir-se mais?
O soutor disse que o PSD
é a oposição ao vírus.
Eu confesso que pessoalmente
eu preferia a vacina, com todo respeito pelo PSD
mas eu gostava mais da vacina.
Só que de vez em quando
o soutor leva, digamos, umas bocas
do marques menos, de facto.
E portanto a minha pergunta é como é que se sente
estar nesse combate, por um lado
estar a combater o vírus, por outro
às vezes apanha de um micro-organismo.
Bom, eu estou
nasci
e sou uma pessoa bem educada
e como sou bem educado eu não vou
aqui atacar um colaborador
da CIC.
Porque se eu atacasse aqui um colaborador da CIC
o que é que eu estava a fazer?
Eu estava a gozar com quem trabalha.
Isso é coisa que eu não vou fazer.
Muito bem, muito bem.
Ontem nós celebrámos
o 25 de abril
e há pouco mais de um mês
o soutor admitia a possibilidade
de se constituir um governo
de salvação nacional.
Você contrasta com a última vez
que o PSD esteve no poder
em que, se bem se lembra, foi criado
um governo de salvação nacional
porque as pessoas comiam um pouco, salivavam muito.
Não.
Olha outra caixa.
Eu, para a semana, vou anunciar isso
e portanto ele já está a engenhar
o 0 ao outro. Vou anunciar isso.
Eu não acho que a gente precise
de um governo de salvação nacional.
Tive a pensar melhor. Nós precisamos
de um governo sombra.
Só com três elementos.
Não é que é para se poupar
algum dinheiro.
Um elemento, um ministro, com algum humor
para a gente ficar bem disposta.
Quer me perguntar se eu conheço alguém?
Um outro...
Sim, eu sou o primeiro.
Um outro que diga mal de tudo
e de mais alguma coisa
que julgue que sabe tudo e que os outros não sabem nada.
E depois um outro, assim, com um ar
um pouco mais intelectual
que é para dar um ar cosmopolita ao governo
e mais ou menos isto que eu vou anunciar para a semana
e vou ficar aí já em primeira mão.
Muito bem. Vou tomar nota.
Vou tomar nota e acho que vai ser
uma notícia recebida com muito agrado.
O senhor também parece ter tentado resolver
um problema sanitário dentro do seu próprio partido.
Tinha lá um problema.
Primeiro tentou evitar, digamos,
a transmissão comunitária afastando
os infetados.
Depois entrou na fase de mitigação
excluindo-os das listas as legislativas
e finalmente conseguiu alcançar
a imunidade de grupo
vencendo as eleições diretas.
Veja que isto deu algum trabalho.
Deu bastante trabalho.
Tanto assim como a nós de fazer
todos estes paralelos muito inteligentes
sobre, digamos...
O que ele perguntou é,
depois do êxito nesta luta contra o vírus do pacismo
o senhor pode garantir
que não vão surgir novas
e mais mortíferas estipes no futuro?
Não.
Os vírus estão em mutação
e os vírus no PSD se repararam
sempre em mutação.
Eu estou presidente do PSD há dois anos e pouco
e eles já sofreram para 20 mutações,
permanentemente.
O que é que eu tenho feito isso?
Eu, no fundo, o que eu tenho feito
é achatar a curva.
Vou achatando, achatando
e achatando para quê?
Não é para o Serviço Nacional de Saúde responder.
É para a comunicação social
que tem de acolher esses vírus contra mim
poder ter capacidade de resposta.
Portanto, aqueles que estão pior,
que estão assim...
A necessidade de tratamento mais pesado
estão todos internados no observador.
Estão lá todos internados.
Depois, há uns outros que estão internados
por outro lado.
Isto aqui nasci que também há íons
ventiladores, há íons ventiladores também.
E, portanto, se eu achatar a coisa
eu controlo isto.
Agora, eles estão sempre em mutação, como já viu, não é?
Pois, claro, bem, vejo.
Mas parabéns porque, de facto,
tenho achatado a coisa.
Soutor, há umas semanas
o soutor
abandonou o emiciclo porque estavam presentes
deputados a mais
no seu partido.
No fundo, aquilo, eu senti que foi o cumprido
de um sonho.
O soutor, liberar-se da assembleia, deixar isso para outros
que têm mais entusiasmo
pela função.
Eu olho contar,
que ninguém nos ouve,
que não se pode dizer isto.
Eu estava lá sentado à frente,
não é?
E estava abastraído, não estava a ligar
nenhuma o que os outros estavam a dizer.
E estava a pensar em que?
Nas sondagens.
Eu pensava nas sondagens, antes das eleições,
alguns vírus que também tinha dentro
do meu partido a dizer, o PSC não vai ter
20%, PSC vai ter 17%,
vai ter 18%, não chegar aos 20,
vai ser uma desgasta. E diziam tanto que até parecia
que queriam o que acontecesse, até parecia.
E eu estava naquela coisa
e olhei para trás e vi muitos deputados
do PSD.
Isto não podem ser tantos deputados do PSD
porque com os resultados das sondagens,
eu elegi meia dúcia.
E eu não participei em vírgueres.
Levantei-me para a porta fora, como viu.
Quando chegava fora,
que aí em mim, mas eu não concorria
sondagens, eu concorria em lenções.
E nós tivemos muito mais e elegíamos
esta gente toda. Pois mas o mal já estava feito.
Agora não conta ninguém isto.
O que eu estava distraído e não estava a pensar
nas sondagens, nas sondagens.
E é uma coisa que posso dizer,
nunca mais concorra a sondagens.
Só em lenções.
Isto pode ter a certeza de dar-me o melhor resultado.
Não me passou pela cabeça que tivesse uma justificação
tão boa
para este
para este incidente.
Dr. Rui Rio, Sr. Deputado, mais uma vez,
muito obrigado por ter vindo. Foi um prazer
lá para casa.
Saúde,
ânimo
e para a semana voltamos a encontrar.
Muito obrigado.
Legendas pela comunidade Amara.org
Machine-generated transcript that may contain inaccuracies.
Acompanhado por uma professora a sério, o “professor” Ricardo analisa as várias disciplinas dos políticos portugueses. Na disciplina de Filosofia, análise à polémica cerimónia do 25 de Abril em plena pandemia: Umas pessoas disseram: aproveito o facto de estarmos todos aqui reunidos para dizer que não devíamos estar todos aqui reunidos. E outras disseram: é muito importante estarmos todos aqui reunidos, para dizer que é muito importante estarmos todos aqui reunidos. Sobre a razão pela qual estavam todos reunidos, não se falou tanto. Como é que havemos de explicar isto aos pequeninos, professora? É como se fosse a festa de aniversário da Clotilde e ninguém fala da Clotilde. Este episódio foi emitido a 26 de abril de 2020.
See omnystudio.com/listener for privacy information.