Isto É Gozar Com Quem Trabalha: Regresso a 2020: “O SNS precisa de investimento? Não precisa nada, precisa de uma pandemia para arrebitar”
Joana Beleza 7/2/23 - Episode Page - 27m - PDF Transcript
Oh, meu Deus, mãe! Não sujas screens!
Ainda por cima mesmo à frente das minhas BFFs.
Oh, sério?
Boa noite!
Boa noite, bem-vindos!
Espero que esteja tudo bem.
Aqui está tudo normal.
Tentei estar a comer um bocadinho mais do que era costume na área especial.
Fiz um bolinho.
Fiz várias, tenho que ter tempo.
E mandei ver pizza.
Desinfetei a toda da primeira.
Esta é pepperoni e extra-criolina.
É um travozinho até ajuda.
Mas está ótimo, tudo está fácil.
Manteira saúde mental está fácil.
Eu não estou a compensar qualquer espécie de frustração ou medo.
Com isto não é medo, nem é desespero.
Tenho um bocadinho mais de fome.
Do que é costume mais nada?
Não é nada, estamos todos bem.
Estamos bem.
Fundamental é que ninguém me apel a calma.
Está bem?
Isso é estúpido.
É estúpido.
Nunca na história da humanidade alguém ficou mais calmo.
Por lhe dizer.
Calma!
Nunca.
Nunca funcionou.
É pá, estou nervoso.
Calma.
Ah, boa ideia.
Nunca, nunca.
Está bem?
É mais um bocadinho.
Não adianta de nada.
Não adianta. É como dizer.
É pá, estou cheio de calor.
Ah sim, é refécio.
Pá, não funciona.
Não funciona.
É apelar a calma e ir rigite às pessoas.
E já era pânico também.
É que apelar ao pânico também já era pânico.
Tenho constatado.
O melhor é não fazer pelos nenhum.
Nenhum.
É o meu apelo a esse.
O ideal é ficar calado.
Também inquieta um bocado.
Estar com um caladinho.
O que é que o meu pai ia pensar?
Nós precisávamos era disto.
Era de uma garantia que fosse verdadeiramente tranquilizadora.
E agora não faltou nada.
E não é previsível que venha a faltar o que era que seja.
Ufa!
Isto sim.
Já estou mais tranquilo.
Não é preciso obrigada.
Obrigada, calma aí tudo.
Não falta nada.
Estamos bem.
É um fenômeno de hajs fácil de compreender.
Portanto, antes disto,
tínhamos um serviço nacional de saúde,
cheio de cariências.
Vem a maior pandemia de que há a memória e não falta nada.
Lógica, acaba-se a lógica.
Só tenho 20 euros no banco.
É pá, fizeram muitos falcos.
Estou milionário.
Sim, sim.
Anos e anos ao ouvir dizer.
É pá, o S&S precisa de investimento.
Não precisa nada.
Precisa de uma pandemia para arbitrar.
Não falta nada.
Não falta nada.
Os enfermeiros tentam proteger-se como podem.
Estão a levar efetivamente óculos de natação
e máscaras de mergulho que têm em casa.
Estamos a falar óculos de sol,
status, molas.
Até já foram comparados fatos de pintor
para serem utilizados pelos profissionais de saúde.
Viseiras que são comparadas em lojas de construção.
Sabemos de alguns casos de quem tenha tentado improvisar máscaras
com tecidos estérias usados para outros fins.
Também discordo da questão citada dos ventiladores
utilizados em veterinária.
Afinal falta.
Falta quer dizer.
Médico com óculos de sol é mau.
Ali, com style, a tratar doentes.
E com mais coisas de mergulhador,
mesmo como quem varaneia paciente até pensa,
para aí.
Estamos a torno de Corre Cabral,
a torno de Risorte em Punta Cana.
Se isso, senhor, a Lima.
A Lima.
Clube Médico.
Vem de Médico.
Pouco a gente sabe disso.
Mas bem bom, não é?
O que é o que?
Máscaras transparentes
para se ver as olheiras do profissional de saúde
que não dormem deste fevereiro.
Assusta as pessoas.
Além de que há máscaras,
há máscaras e boas.
Os médicos estão a arranjar máscaras com imaginação,
a usar as status.
Quando isto tudo passar,
a nota que quando está mais para entrar na medicina,
vai passar a ser trabalhos manuais.
Há máscaras, rajas máscaras.
Bem, olha isto.
Isto não protege.
Quem é que lhes diz?
Contou?
Tu vires bada de dígito?
Volta para a China.
Não é mesmo?
Pomba!
Lembram-se ainda
como era a civilização humana.
Eu ainda me lembro, por acaso.
A gente tinha tecnologia de ponta,
carros que andavam sozinhos,
medicina avançadíssima,
e nisto há um senhor em Wuhan,
que diz, já sei,
pode jantar e vou avisar um pangolinho
que teve a fazer amor com um morcego.
Pomba, vim!
Vim!
Acabou essa civilização,
por causa de um petisco.
Era frágil, era frágil, era tudo tão frágil.
Tem havido uma preocupação constante,
de verdade.
De verdade.
Os portugueses que acreditam
que estes números não têm adesão à realidade.
Mas têm adesão à realidade?
Tem adesão à realidade?
Um ponto óbvio é que ninguém quer mentir a ninguém.
O Sr. Presidente, isso dos números oficiais
está tudo muito certo.
Mas,
num grupo de WhatsApp dos pais do 8 AC,
onde andam ao meu mais velho,
há um senhor que é amigo de uma enfermeira que lhe diz
que 90% dos portugueses já morreram.
E é por isso que não há ninguém nas ruas.
Obrigado, uma pisazinha.
A verdade é que,
perante um vírus que pode sobrecarregar o SNS,
Portugal ergueu uma unidade hospitalar
em apenas duas semanas.
O Hospital de Santo WhatsApp.
Não tem médicos,
mas tem gente que é amiga de pessoas que conhecem médicos.
Não tem tempo de espera,
tem tempo a mais nas mãos.
Não tem enfermeiros,
tem um gajo que me avessa como uma enfermeira.
Bem bom.
Não têm licenciados em medicina,
têm licenciados em pescolgia.
Aquela tipulina,
peço que me ocorre cabral,
o vírus sofreu uma mutação
e ficou tão forte
que saiu dos pulmões
e ficou do tamanho de um caniche
e anda pelos corredores a comer pessoal médico.
O certo é que o vírus está a gerar desavenças
em casa das pessoas
e mesmo na casa da democracia também.
Mas também concordo
com aquilo que o senhor presidente agora disse
porque o PSD disse que tinha 16
e tem aqui um conjunto de seus deputados
que aqui não deviam estar e estão
e eu vou ser o primeiro a sair
para dar um exemplo à aqueles
que estão e não deviam estar.
Rui Rio,
alimentar que há de demasiados deputados do PSD
na bancada do PSD.
Tenham combinado que estivessem apenas 18
e estavam 36.
Atenção, não deve ser fácil ser deputado.
Passe uma vida inteira ao ouvir
vocês nem aparecem lá
e agora então vocês aparecem aqui.
Isto é o partido de recorde
que tinha uma funcionária
que merecava as presenças dos ausentes
e foi um escândalo.
Agora tem um presidente
que lamenta as presenças dos presentes
e é um escândalo.
Decidam-se para, não é?
Também enquanto há dos homens.
Entretanto,
lembram-se que termos dito
que isto não era bem uma guerra
porque não tínhamos inimigo
e agora já temos.
O ministro das Finanças Holandês
dizia há pouco...
Aí ele sempre fala bem dos portugueses.
Acusava há pouco a Espanha,
não citou Portugal mas citava a Espanha
dizendo que a Espanha
parecia ser investigada
por não ter, nesta altura,
a margem orçamental
para fazer frente à crise.
Olha, esse discurso
é repugnante no quadro de mania europeia
e a expressão é mesmo esta.
Repugnante.
Dizem os holandeses,
então os espanhóis
que há sete anos estavam à beira da banca rota
não tiveram tempo para poupar
para fazer face à maior pandemia
de que há memória.
Aqui há gato.
São holandês, não é?
Gente cujo apelido é o que sai
quando eu fecho os olhos
e escrevo a bala no teclado
e andaram a gama de terra, o mar,
gatunos.
Nós tivemos conquistado o nosso território
amoros e espanhóis,
não foi a aguinha.
Eu recordo que,
depois da guerra
e de acordo com números
da embaixada americana,
na Holanda,
a Holanda pertença ao grupo de países
que mais recebeu a judo económica
dos Estados Unidos
ao abrigo do Plano Marshall.
Então, não pouparam
para a eventualidade de uma guerra mundial
dos espanhóis holandês?
Não.
As tantas estavam entretidos
há tudo em tulipas e em socas,
o que é?
Já não é a primeira vez que os holandês
fazem considerações
sobre o caráter despesista
dos países do Sul.
Você não pode gastar todo o dinheiro
em bebidas e mulheres
e depois perguntar por ajuda,
falando sobre o Eurozone.
É seu raciocínio.
Apologize-se por isso.
Não, certamente não.
E você não tem que ler o meu raciocínio
porque eu sei o meu raciocínio.
Ele veio da sua boca.
Então você não tem que ler isso para mim.
É um novo século de história.
E para os holandeses,
em três anos passámos de um jovem playboy
que esbanja tudo em copos e gajas
para um velhote que gasta tudo na farmácia.
É um absurdo cronológico.
E é por isso que eu odeio os xenófobos,
principalmente holandês.
Ainda na rubrica palermas
dos outros países,
o presidente do Brasil disse isto.
Muita gente já foi infectada no Brasil
há poucas semanas ou meses,
e ele já tem um anticorpo
e não ajuda, não proliferar mais isso aí.
Não, no Brasil ele não pega nada.
A gente mergulha no esgoto e está tudo bem.
Aliás, é um dos motivos do orgulho
do país que eu dirijo.
O saneamento básico é de tal ordem
que as gotas acelam aberto
com gente ali a nadar,
ali a ganhar anticorpos,
a homem.
São termas, mas de cocó.
E é verdade, tudo isso já é
a Organização Mundial de Saúde.
Recomendo, aliás, esgotes gel,
um fresquinho, com água choca,
urina, molho de caca, tudo,
que é para estar ali.
O que ele é que protege?
Não é a samariquice do álcool.
O Bolsonaro é como aquele amigo
que liga a dizer,
ah, tu não pega nada,
tu és ruim,
alguma vez o bicho entra aí,
só que é chefe de estado.
É um bocado mais perigoso.
No meu caso particular,
pelo meio histórico de atleta,
caso fosse contaminado pelo vírus,
não precisaria me preocupar.
Nada sentiria,
ou seria, quando muito,
acometido de uma gripezinha,
ou resfriadinho.
Bem-vindos também.
Estou com o meu histórico de atleta,
o bicho faz mal uma coisa a mim,
nem percebi cancelar os Jogos Olímpicos,
porque era doos atletas,
não faz sentido,
faziam na mesma e mais
as provas de natação
numa piscina com água de roto.
Bom, felizmente.
No Brasil,
ainda há gente responsável.
Está confirmado o primeiro caso
de Covid-19
nas favelas do Rio de Janeiro, no Brasil.
Foi registrado na famosa Cidade de Deus,
na zona oeste das favelas cariocas,
e fez suar os alarmes.
O recolher obrigatório está a ser imposto,
inclusive,
é pelos traficantes
que controlam as diversas zonas das favelas.
Este foi o aviso que os traficantes
deixaram nas redes sociais,
com atenção todos os moradores
do Rio das Pedras, Musema e Tijoquinha,
toque de recolher a partir de dois 20 horas
quem for visto na rua após este horário
vai aprender a respeitar o próximo.
Portanto, em resumo,
o presidente é avantado
tudo para a rua, a trabalhar,
morrer pelo negócio,
o traficante não, tudo para casa,
que se lixe o negócio,
e o mais importante é a saúde,
saúde em cima de tudo.
Todos os melhores empregos no Brasil,
em princípio,
são os de quem trabalha na droga.
Tenho seguro de saúde,
tenho um plano de lay-off digno,
sinto-se cá,
a administração se preocupa
com os funcionários.
Já em Portugal,
estamos atentos a dar cabo do bicho
com lindas imagens
e figuras de estilo.
Por mais que me persigas,
por mais que digas
que me torces,
que me quebras,
que me rasgas e me cegas,
resistirei.
Lisboa,
não tem beijos nem abraços,
não tem risos,
nem esplanadas,
não tem passos.
O globo está debaixo de uma pandemia,
mas não deixa de rodar
à volta do sol.
Este primeiro dia de primavera
foi atípico,
as cidades estão desertas.
Voci, donc,
les longures,
lumière,
amour,
délire.
Voci, le printem,
mars, avril,
au dou sourire,
mes fleurie,
juim brulant,
tous les beaux mois amis.
É isto.
Temos assistido ao surgimento
dos marios piegas,
dos fernandos boas pessoas,
dos covides de morão ferreira,
todos salvando o mundo,
trasceto a trasceto,
estrofe a estrofe,
rodom de ilha maior a rodom de ilha maior.
O ideal é que a rima seja sempre cruzada,
porque se for emparelhada,
em princípio há contágio.
Sim, sim,
com média do programa do oitavo ano.
Sim.
É possível que depois do surto
e com a crise económica que se segue,
todos os poemas que forem declamados
sejam de rima pobre,
tudo em ar,
encerrar,
desempregar,
arruinar.
Bom,
e é nesta nota alegre
que terminamos a primeira parte.
Damos um brevíssimo intervalo.
Até já.
Boa noite, mais uma vez estamos de volta.
O nosso convidado de hoje é contra
assambarcamentes de papel higiênico
e também contra assambarcamentes de capital
que ainda moem mais.
É o senhor secretário-geral do PCP,
Jorânimo Tsoz,
eu vou afastar-me de si
para não contaminar com algum bicho
que possa ter.
Esperamos que não.
Senhor secretário-geral,
senhor deputado,
muito obrigado por ter vindo.
Interessa.
Obrigado, eu.
Um prazer recebe-lo.
Eu queria começar por lhe perguntar
em que medida é que esta quarentena
pode mudar o discurso do PCP?
Ou seja, porque...
Imagino que seja diferente
defender os direitos dos trabalhadores
e os direitos dos teletrabalhadores.
Isso vai gerar alguma alteração
na chamada K7?
Não.
Em primeiro lugar,
em relação a qualquer mensagem,
é o seu conteúdo e os seus objetivos
que devem prevalecer.
E, em segundo lugar,
seja trabalho independentemente,
seja trabalho com vínculo precário,
seja trabalho ou teletrabalho,
seja trabalho,
são sempre trabalhadores.
É evidente com características novas,
contando em conta a evolução,
a ciência, a técnica,
há uma coisa que...
É verdade,
é que independentemente
dessa forma de teletrabalho,
esses trabalhadores não poderão levar,
sei lá,
um navio patroleiro
que está nas instalações telegenáveis
para ser reparado.
É difícil, sim.
Tal como levar,
tanto a produção da alta Europa,
tanto para a casa de jantar.
O peixe não vem
na caminho da doca de Sezimbra,
tanto para podermos
desfrutar do peixe.
É preciso pescadores.
Ou seja,
sendo uma realidade
não valida
nem substituindo o papel que o trabalho
e o trabalhador têm
no processo de produção.
Com certeza.
Diz-se, Sr. Deputado,
que está a chegar à altura da sua substituição
como secretário-geral do...
Não estou a convidar-lhe a seguir, atenção.
Estou a só dizer que é o que se diz,
é o que se diz.
Chegar à altura da sua substituição
como secretário-geral do PCP,
entre, digamos, aquelas canidades
de que se fala,
o João Oliveira tem 40 anos,
o João Ferreira tem 41.
Isto tem anos de marxista-lerinista,
são crianças, não é?
Acha que tem de esperar mais uns 30 anos
para os deixar amadurcer
e ficarem no ponto para ser secretário-geral?
Então, o João Oliveira,
o João Ferreira,
eu acho que uma de si satisfazer a sua curiosidade
pensando que,
a parte destes dois excelentes camaradas
podia jantar dois, três, quatro, cinco
outros dirigentes do partido
que têm condições para assumir nova responsabilidade.
Mas, na fase em que estamos
da transcussão coletiva, posso garantir
que a questão do secretário-geral
não vai ser um problema do congresso,
não vai ser um problema do gesto do congresso.
Muito bem.
O Sr. Presidente da República
disse aqui no nosso programa
que o achava sempre muito preocupado.
Diz que achava que o Sr. Deputado
estava sempre muito preocupado.
A minha pergunta é,
o Sr. é preocupado por natureza
ou fica só preocupado quando
tem de ir a Belém?
Porque pensa,
este presidente é afilhado do Marcelo Caetano
com algumas áreas ainda saindo
aqui direto para a prisão de Coniche.
Bom, em relação
à primeira questão,
hoje quem não estiver preocupado
está distraído, naturalmente.
Tendo em conta a conjuntura que estamos a viver,
esta situação intiatante.
Portanto, a preocupação
é um sentimento natural
que não deve ser substituído
pelo estipício do medo, naturalmente.
E por isso mesmo,
em relação ao Presidente da República,
acho que
não era homem para fazer uma coisa dessas.
Aliás,
lá no fundo ele reconhece
tanto que este partido comunista portuguesa,
um partido indispensável à democracia.
Portanto, independentemente
de opções ideológicas
que tenha,
basta ele cumprir e fazer cumprir
a Constituição
para mudar um descanso.
Agora, portanto, nos encontros com ele,
tanto,
é sempre um regalo
assistir
ou reavivar do analista político
de um pensamento fulminante
dar ali um tratado
o que é acontecer nos próximos 5 anos.
Mas, portanto, acho que não é desses.
Estiram um momento
em privado de grande análise política
com que ele o brinda, é isso?
Sim.
Claro que sim.
Não quer dizer que esteja sempre de acordo.
Mas gosta de ouvir.
Entretém.
No 17º Congresso do PCP
o Sr. Deputado disse
consideramos que a questão da luta de classes
continua a ser a grande questão
da nossa época contemporânea.
Não acha que agora que há empresários
que têm fatidos liberais
a pedir ajuda ao Estado,
não parece que eles estão a ficar mais sensíveis
em relação à questão de redistribuição da riqueza
em vez de luta de classes
podemos ter uma confraternização de classes.
Pois.
Poderíamos todos
criar a ideia
de que isso existe e se é assim
mas depois é realidade.
Portanto, desmente.
Estaremos todos de acordo que hoje
ao fim de muitas décadas
o mundo está
mais desigual
mais perigoso
mais injusto
em que bastaria pensar
que 10 indivíduos
têm uma fortuna superior
a, por exemplo, a 1.000 milhões de habitantes.
E esta é uma marca
que desmente
qualquer teoria de colaboração
porque há interesses antagónicos.
Claro.
E admitir
um social proerismo entre
o capital
e o trabalho
era dizer que o capital estava a negar a sua própria natureza.
A sua natureza, portanto,
que o seu objetivo é o lucro.
Não é nada à solidariedade
nem à redistribuição
mas, nesse sentido, isso é uma mistificação.
Eu concordo consigo, Sr. Deputado
e eu espero que compreenda que as perguntas
são feitas para eu irritar.
Eu concordo consigo.
Na sua qualidade do operário metalúrgico
como é que o Sr. vê
tecnicamente a qualidade
da soldadura da Jeringonça?
A minha sensação é que tendo enquanto eu aconteci
na literatura passada e nesta
aquilo estava feito como à qualidade.
Bom,
eu acho mais que
uma opinião metalúrgica
isso precisava
de uma opinião
de um construtor civil
no trabalho da Constituição Civil.
Na medida em que a primeira obra
foi demolir, portanto,
a maioria absoluta do PS DCS
deixar-los em minoria
como se verificou através de eleições
uma obra que teve
continuar,
portanto, na medida em que, como se lembra
o presidente
da República de Antão,
do Cabarro Silva, existiu
que era preciso um papel, um papel,
um papel, um papel
que teve o papel,
que era uma base mínima,
mas não um programa
de partido, nem de uma aliança de partido.
E,
também não desvalorizámos aqui,
já demolido o edifício,
que se encetasse
a construção através
da reposição de rendimentos
e direitos dos trabalhadores,
de reformados pensionistas,
da Escola Pública,
do Serviço Nacional de Saúde,
do Iço, mas
uma obra interrompida.
Interrompida porque
o governo,
tanto neste caso concreto, podíamos dizer,
tanto o arquitato
deixou a obra a meio
e entregou-se as imposições
designadamente da União Europeia,
não indo tão longe como a situação justificada.
E aqui,
digamos,
poderia, em relação
à imagens que deu,
podíamos dizer
que o governo não foi capaz
de encontrar o cimento necessário
para a construção de uma política alternativa.
Numa recente sondagem do jornal
de negócios,
revelou-se recentemente que
o Sr. Deputado
é o líder partidário,
ao qual os portugueses mais facilmente
comprariam um carro em segunda mão.
Por que o senhor acha que o povo português
é tão grande de conduzir um lado?
Não, nem eu conduzo um lado,
mas
em relação a essa questão
dos carros de segunda mão,
tanto eu não tenho patroca,
só tenho tanto um
pequeno carro
contribuído pelo partido,
moro no
Clio,
aliás deixe-me contar-me uma história,
porque é um carro que faz um sucesso
tremendo aqui na cidade.
Eu ia para umas comerações
do 25 de abril,
subi ali à rua
e tudo ainda mais, e estava feliz
e manda-me parar
e manda-me seguir para o voo de sondagem.
Eu disse, não, mas eu vou para aí,
não vai, não,
vá-se para ali. E foi o meu próximo imanto,
com o cartão deputado na mão,
e ele conhece, oh, homem,
então estou aqui
para dar passagem
às limuzinas, aos mercedos
e sempre em conchaço desse,
lá faz o voo, e aqui vem
para passar, mas com
todo o sucesso do
Clio, tanto que
da bem-paz em comendo.
Duas perguntas muito rápidas,
eu queria perguntar-lhe o seguinte, como é que um partido
que tem origens na clandestinidade,
que foi essencial no combate a um regime opressor,
tendo como militantes homens
e mulheres que foram presos,
torturados pela PIDE, por não
adicarem dos seus valores antifascistas,
vem-em esta situação de gente
que é adetida por desobediência civil
por ir beber um labatanado?
Eu acho que
é a pergunta mais séria que fez.
Aqui só estão de graças, né?
Porque
eu acho que tem que haver aqui um incrível
entre a responsabilidade
particularmente
a que tem das medidas,
das instituições responsáveis
no plano
do Serviço Nacional de Saúde,
da República,
sem, naturalmente,
forçar ao cortar tanto
as liberdades.
E eu acho que o povo português tem dado
uma resposta notável.
E por isso mesmo,
em relação a sua pergunta, eu quase que me apetece
fazer um movimento
que vale a pena a prevenção,
vale a pena o aconselhamento,
resolvendo assim
qualquer problema de conflitoriedade
que possa existir designadamente
de uma forte segurança
que tem de cumprir,
que são ordens.
Isso é um equilíbrio difícil
de obter.
Esperemos que o povo português
continue a corresponder
como está a corresponder
para esta situação dramática.
Última pergunta, Sr. Deputado.
Há quem compare este período
do estado de emergência ao PREC.
Mas o PREC era muito mais animado,
não é?
Você estava entretido
a fabricar bombas artesanais.
Agora, coitados, eles não têm nada para fazer
até andam muito caladinhos.
O Sr. Tem alguma dica de bricolage
para faixos que possa dar?
Não tenho um desejo.
É que
essa extrema direita
que aí está
deveria ser castigada
por usar três espadas de nossa
ideias à bem-marias
por andar a querer destruir
e imagina o que aconteceria.
Se tivessem levado a sua avante,
agora estaríamos numa situação ainda pequena.
Muito bem, Sr. Deputado.
Agradeço-lhe muito que tenha cá à vinda
e, infelizmente, não posso cumprimentar-lo.
Posso mandar um abraço lá para casa,
desejar saúde como todas as semanas
e desejar também que para a semana
continue a ser possível castarmos
enquanto for castarmos.
Muito obrigado. Até para a semana.
Boa noite.
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Oh my god, mãe!
Não se as screens!
Ainda percebi mesmo a frente das minhas BFFs.
Oh, seriously?
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“Ainda se lembra de como era a civilização?”, questiona Ricardo Araújo Pereira nesse bizarro ano de 2020 em que um petisco de um senhor em Wuhan mandou toda a gente para casa. E nós? Ainda nos lembramos de como foram esses estranhos anos de pandemia? Óculos de natação, máscaras de mergulho, acetatos, e, acima de tudo, muita imaginação, talvez ajudem a recordar. Estas foram as condições com que os nossos profissionais de saúde enfrentaram o desafio. “O SNS precisa de investimento? Não precisa nada, precisa de uma pandemia para arrebitar”, sugere o humorista. Hoje, sabemos que nem isso ajudou. Recorde o ano das máscaras e do álcool gel com o programa Isto é Gozar com Quem Trabalha em podcast
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