Isto É Gozar Com Quem Trabalha: Regresso a 2020: 'O que é isso que levais no regaço? É Covid?', 'São micoses, Senhor!'

Joana Beleza Joana Beleza 7/16/23 - Episode Page - 31m - PDF Transcript

Oh, meu Deus, mãe! Não sujas screens, ainda por cima mesmo à frente das minhas BFFs.

Oh, sério?

Não percas a oportunidade de dar resposta ao inglês.

No Boss Street English aprendes ao teu ritmo alternando entre aulas presenciais e online com horários flexíveis.

O Noite! O Noite, bem-vindos, ainda cá estamos, na semana em que finalmente se trocaram as

zaregatoas pelas zaregatas, até que em fim, até que em fim já estávamos todos aborrecidos

com tanta união. Não era tudo a concordar, olha que sim, Soutor, olha que sim, era chato,

o consenso é chato. E agora, começámos já a irritar-nos uns com os outros outra vez,

o que é ótimo. É a prova de que as coisas começaram a voltar ao normal.

Não se pode obrigar-se a celebração da Páscoa mantendo uma celebração do 25 de Abril,

que desrespeita no Parlamento tudo aquilo que são as normas que as entidades públicas

recomendam.

Soutor, uma das coisas que o 25 de Abril mostrou foi a vontade da democracia e da maioria,

e é uma grande maioria neste Parlamento que quer celebrar o 25 de Abril e vamos celebrar

o 25 de Abril neste Parlamento.

Que outra das coisas que o 25 de Abril nos trouxe é muito importante, é a liberdade

de expressão. E a liberdade de expressão tem neste Parlamento um lugar maior do que

em qualquer outro sítio, e portanto, mesmo havendo uma grande maioria, havendo alguém

que escorte, tem tanto direito de fazer ouvir a sua opinião, como aqueles que concordam

com essa maioria.

Um momento, um momento exato, que foi ontem.

Querias discordar do 25 de Abril, era o ontem, pá. 25 de Abril sempre, calma, depende,

quero a chão.

Ah, olha, era o ontem.

O povo desunido é muito mais divertido assim, sim.

É disto que a gente gosta.

Isto era Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, e João Almeida, deputado do

CDS, a discordarem sobre seciado ou não festejar o 25 de Abril.

Há um mês, quando foi para retirar a liberdade, ninguém votou contra.

Agora, para festejar o dia da liberdade, estou com dúvidas.

Retirar a liberdade é, pá, tudo bem.

Celebrar a liberdade, cuidar, que isso é perigoso, tá bem?

Então, nós não celebrámos a páscoa.

E agora, celebramos o dia da liberdade?

Bem observado.

Bem observado, porque o senhor ressuscitou ao fim de três dias.

Por isso é que se festeja.

A liberdade desapareceu há um mês e ainda não voltou.

Se calhar, só devíamos fechar quando ressuscitasse.

É pode dar as artes a fechar antes.

Seja como for, vai ser uma celebração do 25 de Abril com medidas especiais de distanciamento social,

o que torna difícil celebrar o 25 de Abril.

E também teria dificultado fazer mesmo o 25 de Abril.

Não permaneça na rua.

Não corra riscos desnecessários.

Proteja-se da pandemia e regressa casa.

Não permaneça no espaço público.

Se não por necessidade absoluta.

Fiquem em casa.

Teria sido muito complicado.

Marcelo Caetano, saia do convento do Carmo e entre nesta xeimite.

É pá, não posso, estou em isolamento social.

Ah, é verdade, é verdade.

Voltamos em junho, escalhar.

Dá-me teu abraço, saúde.

Tinha sido diferente, menos emocionante.

Há mais discussões agora.

Já há quem vota contra o Estado de Emergência,

mas Rui Rio continua uma rocha firme na ideia de união.

O líder da oposição não gosta muito da oposição.

Rui Rio escreve aos militantes criticar o governo nesta altura não é patriótico.

Estamos todos no mesmo barco, não se criticam.

Ou seja, se Rui Rio estivesse no Titanic,

olha, está ali um monte de gelo muito grande, parece-me,

e que ele parece esse rijo.

E nós realmente estamos a dirigir-nos para lá.

Interessante.

Mas estamos todos no mesmo barco,

não votar agora a chatear o comandante, não é?

Que por acaso agora está a acelerar mais.

E ele lá sabe o que é melhor.

Olha, olha, o Leonardo Dicaprio já está na água.

Ele tem saltado assim, o rapaz gosta muito de natação.

Olha, uma cadeira passou.

Quando Rui Rio não é bem líder da oposição ao Costa,

é um pastor da Igreja Universal do Reino do Costa.

Naquele tempo, o senhor Costa estava a dirigir o país

e os fariseus criticavam, pois não tinham fé na sua gobernação.

E eu disse, calai-vos e deixai o senhor, Costa,

trabalhar para nos liberar do mal.

Vede, vede como ele está acerendo a guiar-nos.

Ainda há pouco me abeirei do senhor, Costa.

E ele disse, Rui, vou dar aos cientistas até junho.

Se até lá não conseguirem a vacina,

eu vou matar pessoalmente o bicho com as minhas próprias mãos.

Palabra do senhor, Costa.

E Rui Rio não é o único a identificar milagres.

Se isto é um milagre, como os outros lá fora dizem,

então nós, povo português, somos um milagre vivo há quase nove séculos.

Se isto é um milagre, o milagre chama-se Portugal.

Ah, lá fora dizem que nós somos um milagre.

Lá fora estão a dizer que nós, só que é capaz de não ser um ilugio,

ainda há portugueses vivos,

pavá alburde, isso que estuma a ser, é um milagre.

Acho que é mais isto o tom.

Até temos números, nós até temos números,

abaixo de vários países europeus.

Qual é a surpresa?

Nós sempre tivemos muito jeito para ficar à caída média europeia.

Não é um milagre, o Marcelo, Portugal é um milagre.

Não é.

era, se o coronavírus, no organismo dos portugueses, se transformasse em ômega 3,

e o fizesse até bem, ou se se transformasse em doenças menos graves. O que é isso? Que

lo vais no regaço? É Covid? São micoses, senhor. Isso era, isso era milagre, isso era

milagre. Quer dizer, há um ponto, atenção, há um ponto que é quase milagroso. Uma vez

que ninguém sabe bem o que é que está a fazer, é um milagre, a catástrofe não será

ainda maior. A incidência máxima da infeção ocorrerá, de facto, no final de maio. A data

prevista para a ocorrência do pico da curva epidemiológica situa a volta do dia 14 de

abril. É previsível que a curva epidemiológica aumente, pelo menos, até ao final de abril.

Os dados disponíveis à data e que eles permitem, continuam a permitir, estimar que o máximo

da incidência tenha ficado no passado, entre os dias 23 e 25 de março. O pico vai ser no

final de maio, ou a 14 de abril, fim de abril, assim é que é, não, ao final já foi.

Numa ministra da saúde, isto não é muito bom. E mesmo num alpinista, olha o pico, parecem

que já fez, já passou? Ah, já passou. Foi há duas semanas. Numa ministra não é muito

bom. Num empreiteiro, é excelente. Ui, esta sua obra só lhe conseguir ter isto por

onde daqui um ano e meio. Epa, sério, não, acabei anteontem. Está aqui a chave. Toma.

Com o pico da pandemia, estivemos um bocadinho às aranhas. O que vale é que, com as máscaras,

ai nós sempre soubemos bem para onde é que íamos.

Na uso de máscaras, tenha a contenção e o cuidado de manter distância social.

Dacordo com o princípio básico da precaução em saúde pública, e faça a ausência de

feitos adversos associados ao uso de máscara, pode ser considerada a sua utilização por

qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com um elevado número de pessoas.

Vai ser obrigatório no transporte público, na primeira fase, o uso de máscara de comunitária.

Não use máscara? Não use máscara que? Bom, use ainda determinadas circunstâncias que

aquilo mal não faz. Usa obrigatório de máscara!

Atenção, houve uma razão científica para estas mudanças. A razão é que no princípio

não havia máscaras. E, portanto, ficava esquisito dizendo, sabe aquela coisa que não há?

Epa, aponha! Não dava, não dava. Portanto, disseram para não pôr. Até porque se a gente

tivesse posto uma coisa que, por acaso, não havia, ficava com uma falsa sensação de

segurança, que é muito perigosa.

Só para ficarmos de larga, estas máscaras decidem a ser desbarrada.

Sério, para praticamente nada, só dão falsa sensação de segurança, só dão a segurança

de que, como tenho um pano à frente de uma risa e da boca, posso estar a falar para

alguém muito perto. É uma falsa sensação de segurança.

Resultados negativos podem dar uma falsa segurança. Nós já vimos países com diferentes

comportamentos das suas curvas e, portanto, nada nos deve deixar descansados nem baixar

a guarda, nem dar uma falsa... É como as máscaras. Uma falsa sensação de proteção.

Cuidado com falsas sensações de segurança.

O presidente do Instituto Ricardo Jorge considera prematuro porque podem dar uma sensação

de falsa segurança.

Uma falsa sensação de segurança.

Uma falsa sensação de segurança.

Uma falsa sensação de falsa segurança.

Tanto uma como outra.

Uma distinção filosófica e um trava línguas também.

Uma falsa sensação de segurança.

Em perso, eu tudo dá uma falsa sensação de segurança.

Eu, pelo menos, fiquei com essa sensação.

Se calhar falsa, às tentas.

Mas máscaras é, em perso, a minha ideia.

Máscaras dão uma falsa sensação de segurança.

Testes negativos, falsa sensação de segurança.

As curvas, falsa sensação de segurança.

O melhor, acho eu, é apalpar a segurança.

Porque apalpando, em princípio, a gente percebe ser falsa.

Normalmente a gente, embora haja trabalhos bem feitos, que...

O que dá uma verdadeira sensação de insegurança, na minha opinião,

é ter idosos muitos a beijar a mesma cruz.

É uma parte, digamos menos, conhecida do Evangelho.

Tomai e beijai todos.

Este é o meu vírus, e não é o colado, por vós.

Neste momento, bater com aquela cruz na cabeça dos idosos

é uma parte de mim.

É uma parte, digamos menos, conhecida do Evangelho.

Tomai e beijai todos.

Este é o meu vírus, e não é o colado, por vós.

Neste momento, bater com aquela cruz na cabeça dos idosos

seria menos perigoso do que isto.

Embora, atenção, haja uma funcionária a limpar galhardamente a cruz

com um paninho.

Ela vai, e com um paninho, tira o bicho.

O paninho, porque o bicho vai e diz...

Ah, lixaram agora, com o paninho.

Era moer este paninho, e tínhamos a vacina.

Moer-se o paninho, engertava-se o paninho.

Toda a procura em laboratórios, lá fora, e é um paninho.

De Barcelos, é o paninho em Barcelos.

A Bahia, entretanto, comprou este paninho.

Sobeu. 50 milhões de euros por este paninho.

Temos também um paninho, mas era encharcado.

Eram várias pessoas.

É por isso que eu acho que esta pandemia que existe

muito mais do que uma coisa má é uma coisa boa.

Nós, que se olharmos para o estado do mundo neste momento,

o Covid é um mensageiro de amor a dizer isto como está,

não pode continuar.

É por isso que a economia vai levar uma bala de brutal

e ainda bem que vai levar, porque a economia mata pessoas.

Uma trilhismo, sabes porque as pessoas passam 2 meses agora,

de repente, a ir aos restaurantes.

Eles precisam trabalhar, obviamente.

Mas sem grandes consumismos, ir às grandes superfícies,

comprar aquilo que nos aproveira,

aquilo que faz falta ou que não faz falta,

este consumismo desmedido,

que desvaloriza depois as relações entre as pessoas,

porque uma pessoa para estar 2 horas ou 3,

numa superfície comercial,

passear-se por 30 lojas,

é tempo que rouba a família.

Tu achas que depois disto passado,

nós vamos voltar a esse consumismo ou não?

Que não vamos voltar.

Olha, esta mudança de ritmo para mim, para a nossa família,

parece que foi uma mensagem do universo,

ou da natureza, ou de Deus,

espero naquilo que acreditarmos,

que já estava na altura de desacelerarmos um bocadinho.

Isto é emocionante, sabe?

Isto é uma parte da nossa vida,

que nos deixa a pensar.

O universo que nós tivemos,

porque nós já tínhamos sido tão maus para ele,

ao longo da vida.

Porque temos poluído tanto,

temos feito tantas as manhas,

porque temos fomentado tanto o óbvio,

que temos tão filhos também às vezes as coisas.

É princípio foi isto,

o universo posta a pensar

e dizia tão eu,

não é que sou a totalidade do espaço e do tempo,

e tenho um diâmetro de 93 mil milhões de anos-luz,

estou para aturar,

que numa das minhas galáxias,

que a propósito são também milhares de milhões,

haja um pequeno planeta,

onde uns bichos estão para lá,

a emitir CO2,

e a consumir,

consumistas também,

sem tempo para as suas relações,

dizia isto o universo a pensar,

porque há pessoas lá no planeta,

queres ter uma relação íntima comigo,

não posso, estou no Nord Shopping.

O universo sempre é ele,

e o universo pensa,

ai é, ai é, então pera aí que eu já te digo.

Eu vou conceber um agente infeccioso,

microscópico,

e pessoas com problemas expiratórios,

porque os velhos,

e a malta da bronquita esmática,

são os piores da poluição,

é pai no próprio ódio,

e filhos da mãe,

e que portão sempre,

notam-se que elas são,

aquela coisa mesmo de ódio,

e depois metem a bomba,

que polui as tantas,

e isto,

para o universo,

não é um castigo muito óbvio,

porque a poluição, como por exemplo o Toy,

um cansonista de Setúbal,

pensa o universo,

é difícil,

é verdade que é difícil.

Todo agente andá procura do que dizer,

é difícil saber o que é que se há de dizer,

e é nestas alturas que os memes,

acabam por dar jeito,

porque conseguem

sem palavras,

resumir o essencial

de uma situação.

É o primeiro orçamento entrei a Assembleia da República,

da República com um excedente orçamental.

O Sr. Ministro da Educação, Thiago Brandão-Rodrigues, é o nosso convidado de hoje, a manhã

começa a telescola e, por isso, vamos procurar hoje obter uma telesplicação para ficarmos

a telesaber como é que as coisas se vão telepassar.

Sr. Ministro, muito boa noite. Mais uma vez, muito obrigado por ter aceitado o nosso convite.

A manhã começa...

Muito boa. Tela-noite.

Exatamente. Tela-noite para si também. Na verdade, é a Tela Eves para Tela Enoite porque

a manhã começa a telescola.

Eu diria-nos um da diferença do mundo, quando a RTP mora e muito certamente vai bater

a SIC, a TVI RTP-1, nos sedes televisivos.

Acredito. E é mercido. E é mercido porque estarão todos os alunos a ver coisas que valem

de facto a pena ver.

E as famílias.

Exatamente. Agora, a minha primeira questão é a seguinte. A manhã começa a telescola.

A minha questão é se o Governo se preparou bem para a telescola, ou seja...

Hashtag estudo em casa.

Hashtag estudo em casa. Eu vou alinhar com tudo o que o Sr. Ministro me diz, porque,

sim, Sr., quero que as crianças lá vão. Mas começa a telescola. O Sr. tem a certeza

que o Ministério se preparou bem, não se enganou outra vez nas colocações de professores,

não vai aparecer uma professora que, em vez de aparecer na RTP-Memória, aparece no

RTP-Memória?

Curiosamente, este Ministério da Educação tem ficado conhecido por isso, por acertar

nas colocações de professores. E, obviamente, nós temos um grupo de mais de 100 professores

preparados nesta nova telescola. E acho que amanhã o país vai estar todo em suspenso

para podermos sorrir, ver os mais novos lados de casa, a seguirem este Hashtag estudo em

casa, com RTP-Memória, a bater todos os recordes do que é a audiência. E temos que estar preparados

para isso, e também ser muito compreensivos com aqueles professores, que são professores

da vida toda, mas não são professores a enfrentar a Câmara durante a vida toda. E, por isso,

acho que vão ter o apoio também dos colegas e dos professores.

Como é que o Sr. se sente com este fenómeno que é, pela primeira vez, há muitos alunos

sem aulas na escola e, por uma vez, a culpa não é do Ministério da Educação?

Bom, o Ministério da Educação aqui está a trabalhar com as comunidades educativas,

para que a culpa, de uma vez por todas, não seja do Ministério da Educação. Isso,

o Ministério da Educação é complexo. Nós temos sempre a culpa de tudo, as costas

muito largas. Eu ouvi uma vez um colega do Ricardo da dizer que o pior na vida pode ser

ser Ministro da Educação ou Hárbito de Futebol. Eu nunca fui Hárbito de Futebol,

sou Ministro da Educação e tento passar as etapas de ser e estar Ministro da Educação

e não ter todas as culpas. Eu sei que amanhã vamos ter um conjunto de alunos a olhar para

a caixinha mágica e a culpa vai ser acima de tudo dos professores, do sistema educativo

e daqueles que têm trabalhado para que isto possa correr bem.

Ainda antes da telescola, que começa amanhã, já houve aulas por Skype. Eu ouvi algumas aulas

por Skype e fiquei com uma sensação estranha, que foi...

Lá em casa? Lá em casa, eu...

Mas com um mirón de...

Com um mirón.

Com um mirón.

Não há nada para fazer e, por isso, vou ver algumas aulas em Skype. E o que acontece

no Skype é uma coisa às vezes inquietante, que é a imagem congela.

E quando eu vejo um professor com imagem congelada, eu lembro-me que a carreira dele também está congelada

e fico com medo que a imagem fique parada durante, sei lá, 9 anos, 4 meses e 2 dias.

Está vendo onde eu quero chegar?

Mas se bem se recorva, se voltarmos a...

Quando é que foi? 2018, o problema não foi o congelamento, foi o descongelamento.

E agora o que nós temos que fazer e já estamos a trabalhar é para que em setembro

possamos ter, como todos os novos, possamos ter internet cada vez mais rápida

e a banda cada vez mais larga para ninguém congelar durante 9 anos, 9 meses e 2 dias,

mas 9 anos, 4 meses e 2 dias, mas nem sequer os 2 anos, 9 meses e 18 dias,

que o Ministério pôde também recuperar as pessoas do tempo que tinha estado congelado.

Mas temos que trabalhar entre todos.

Para cada vez mais, os professores possam fazer o seu trabalho,

os pais possam ser menos mirones e, acima de tudo, para os que estão lá em casa,

poderem fazer o seu trabalho, porque também isto também é trabalho.

Durante essa polémica, lembra-se essa polémica,

em que o próprio Primeiro Ministro ameaçou demitir-se

se a devolução dos rendimentos aos professores fosse para a frente.

Mas qual delas?

Um momento exato em que o seu Primeiro Ministro anunciou ao país...

Anunciou ao país que se demitiria se a oposição se unisse para devolver os rendimentos.

O seu Ministro já estava a treinar para a quarentena,

porque ninguém o viu nessa altura.

Nessa semana em concreto...

Estamos passando agora à Páscoa, não é?

Recorda-se que, na Páscoa agora, o Papa faz aquela benção urbida e atórbida.

Conheço o Cardial Tolentino.

Conheço-te perfeitamente.

Viu dizer alguma coisa?

O Papa já tinha falado, não é?

Quando o Papa fala, os Cardiais respeitam o que o Papa diz.

Por outro lado, as palavras são de prata,

conhece bem esse ditado de falar, e o silêncio é adoro.

E na música, aqueles que gostam de música, eu sou o Milóvano.

Sabem que muita cacofonia é complexo na música.

Por outro lado, às vezes, o silêncio na música também é o que marca a diferença entre uma grande sinfonia e outra.

Recorda-se desse tempo.

Tinha mostido, o Presidente do PSD, uma espécie de quê?

Opus Bluff, número 1.

Presidente do CDS, uma espécie de Opus Bluff, número 2.

E depois, o que aconteceu, verdadeiramente, uma semana depois,

sem qualquer intervenção do Ministro da Educação,

que tentou preservar, como todos no governo, o papel dos professores,

o que aconteceu foi ali um régimen Opus Mortis bem complicado.

Por isso, às vezes, é importante mantermos em silêncio para respeitar também o tempo das coisas.

Estou impressionadíssimo, Sr. Ministro, com a capacidade que teve de justificar,

aliás, magnificamente, o facto de não ter feito nada nessa altura.

Não temo que os alunos digam.

Eu antes ouvi o Ministro da Educação dizer que não fazer nada é ótimo o opusor.

É muito importante, volto a dizer, não é não fazer nada.

É muitas vezes não mostrar na montra do escrutínio público aquilo que se faz

também para proteger aqueles que trabalham todos os dias conosco,

neste caso dos docentes, que agora mostram o quão também importantes

são todos os dias como já eram naquela altura.

Eu não tenho nenhuma dúvida disso como Ministro da Educação.

O Ricardo é conhecido por ser o defensor morro do reino dos professores.

Que susto, eu pensei aqui a dizer outras coisas para as quais eu sou conhecido.

Não, não, não. Essas deixamos para logo no off the record.

Mas é conhecido e bem, e eu congratulo-me sempre quando tenha essa possibilidade.

O Ricardo disse e nós somos os dois da mesma terra,

os nossos genes estão ali no mesmo quilômetro de quadrado.

Muito provavelmente um dos meus tétar-a-vó roubou uma petativa.

Tétar-a-vó do Ricardo ali entre Rubiães, que fala tanto de Rubiães,

com esta terra tão característica lá de cima.

Mas o importante é que o Ministro da Educação também respeita aos professores

e eu estou umbilicalmente ligado aos professores desde sempre.

A minha mãe é professora e o meu respeito pelos professores começou desde cedo.

E continuam a ser. Nem sempre posso transparcer esse respeito,

nem posso doce e farar e escrever crónicas na visão,

com o mesmo humor que escrevo o Ricardo.

Mas eu asseguro-lhe uma coisa, e acima de tudo asseguro aos professores que estão lá em casa.

O meu respeito é imenso.

Não poder sempre acompanhar as vicissitudes e tudo aquilo que os professores querem.

A minha, tenho que lhe dizer, a pena muito.

Transforma-se em pena e muitas vezes em tristeza.

Mas ser decisor político às vezes é isso.

É não poder dar todos os passos que gostávamos de dar,

se não tivéssemos essa responsabilidade.

Acredito. Mas o senhor é que se meteu nisso, por isso.

É verdade.

É verdade.

Sabe que eu fui noticiado a ver as notícias que,

durante uma destas aulas feitas através de Zoom,

entram lá um youtuber.

Entram um youtuber só para causar distúrbios,

depois por um vídeo no YouTube.

Eu, no meu tempo...

Viu as últimas notícias.

Entretanto, a Polícia Judiciária fez o seu trabalho,

em coordenação com o Ministro da Educação, e já o apanhou.

Pois é que no meu tempo, quando entrava um plombo,

a professora enxutava com o livro de ponta.

Agora, é a judiciária que se...

Atissa essa judiciária a este tipo de animal.

Mas a minha pergunta era se não haverá hipótese da gente

para impedir a entrada de youtubers,

colocar lá uma pergunta que constitua um obstáculo inultrapassável

para o youtuber.

Uma coisa de género 7x3.

Uma coisa que seja impossível para eles ultrapassarem.

7x3, 7x3.

E eles ficam a fazer isso?

7x3.

Mas haverá certamente, pelo menos, imagino eu,

mais do que 20 razões, até 21 razões,

para dizer aos youtubers para não estarem lá.

Os youtubers não são todos eles pessoas de mal.

E de mal.

Nós sabemos bem.

Agora, sabemos bem que bandidos de eurofias

existem na internet, fora da internet,

e nós temos que os combater.

E acima de tudo, criar todas as condições para que a segurança

e principalmente a cibersegurança possa servir também

os nossos professores e os nossos alumnos

quando eles estiverem a fazer essas video conferências.

Este momento em que estamos todos com...

Enfim, com esta eventualidade do ensino à distância,

não é uma boa altura para o senhor fazer um brilharete

e vir dizer aos professores.

Então, a ver, veem porque é que são destacados para as escolas,

a 300 km da vossa casa, para estarem preparados,

agora põe ensino à distância.

Bom, isto agora é o momento em que eu fico nervoso

e fico aqui titubiante.

Bom, é uma pena alguns dos profissionais

ou os familiares da educação, ou não,

terem que estar longe de casa.

Os avós do Ricardo foram imigrantes,

eu tive que andar aí por todo o mundo,

e muitas vezes o sítio onde vivem as pessoas

não se coaduna com as necessidades que existem.

Nós no Ministério da Educação temos tentado

arranjar formas de aproximar cada vez mais as pessoas

do sítio onde gostavam, efetivamente, de viver

e onde têm as suas famílias.

Mas às vezes é muito complexo, temos muitos professores do Norte

e temos muitas necessidades aqui na zona da Grande Lisboa.

E esse ajuste, mas isso acontece com os PSPs,

acontece com os GNRs, acontece com um conjunto de trabalhadores.

Agora o que temos que continuar a fazer

é criar condições para as pessoas estarem cada vez mais perto de casa.

Agora é difícil, tem que dizer que é difícil.

Esse é um dos grandes desafios.

O Sr. Ministro é, na verdade, um cientista investigador na área do Câncro.

A minha questão é-se isso, não o ajudou no seu trabalho enquanto Ministro,

porque o Câncro...

Isto é um leigo a falar, o Sr. Ministro é o Corrigir Miá,

mas o Câncro são células que atacam o seu próprio corpo.

E segundo os sindicatos...

São células anómalas.

Pois, mas que atacam o próprio corpo.

E os sindicatos o que dizem é que o Ministério

ataca os próprios funcionários.

Bom, isso é dizer muito, isso é dizer muito.

O Ricardo vai receber aqui a medalhador.

Agora, se ele falta falar do sindicalista Amor do Reino

para ganhar a medalhador,

de um sindicalista do ano por parte dos...

Os dois defenderemos muito os professores,

mas dizer-lhe uma coisa.

É sobre o Mário Nogueira.

Eu sabia que íamos chegar aí.

Mas dizer-lhe uma coisa,

o Câncro é realmente um conjunto de células que são anómalas,

tem um crescimento muito exponenciado,

e acabam por, não digo atacar o próprio corpo,

porque não há uma doença auto-imune,

mas o que os professores sabem fazer muito bem,

e neste caso em concreto souberam fazer muito bem,

foi entender que tínhamos aqui uma situação também anómala.

Nós x0, entre todos,

trabalhamos para fazer o diagnóstico,

e tendo o melhor diagnóstico,

os da medicina sabem isso bem,

conseguir o melhor diagnóstico,

com o melhor diagnóstico ter o melhor prognóstico.

E é isso que estamos a fazer,

para que este evento, este surto epidemiológico,

não seja no mundo das escolas e da educação

tão duro como a partida de todos pensáveis.

Isso vai acontecer porque os professores

têm trabalhado muito,

as escolas têm trabalhado muito,

e o Ministério da Educação tem estado aqui para coadjuvar o trabalho

que eles fazem em cada uma das nossas escolas.

Sr. Ministro, estamos a chegar ao fim?

Já.

E em nome do facto de sermos ambos de paredes de cora,

vou fazer ali uma assistência para o golo.

Posso, Sr. Ministro, brilhar no final.

Minha pergunta é essa.

Todas as outras eram um passo atrás para eu estar para a frente.

A pessoa a trazer é para o senhor aliviar lá para a frente.

Agora, na semana passada,

o Sr. Ministro protagonizou um episódio caricato,

que foi o Primeiro Ministro.

Chegou a péssida, deu-lhe um grande vacalhau,

e depois, mais tarde, teve que pedir desculpa,

porque parou as regras do contato social,

e até tiveram os dois a desinfetar as mãos.

A minha questão é a seguinte.

Se o Primeiro Ministro, naquele momento,

o tiver contagiado com o Covid,

traz-se-lhe da pior coisa que ele passou com um aperte de mão,

ou continua a ser a pasta do Ministério da Educação a pior?

Desde que o Sr. Primeiro Ministro não me convide

para ser árbito de futebol,

eu acho que podemos ficar aqui,

porque eu acho que não tenho nenhum jeito,

e é muito difícil ser árbito de futebol.

Agora, acho que naquele momento,

que tivemos a oportunidade depois de,

com um pequeno toque de humor, pedir desculpa,

acho que fomos demasiado humanos os dois,

estávamos no momento, necessariamente,

de pressão, de alguma tensão,

e surgiu o aperte de mão de forma muito natural,

de forma muito humana, diria-lhe.

Agora, o que nós temos que fazer

é aprender com as lições e não voltar a fazê-lo.

E hoje, o Ricardo, certamente,

tinha muito a vontade de mudar um aperte de mão,

e eu evitei.

Exatamente.

Eu evitei, tipo, vários metros de distância,

para que isso não acontecesse.

Agora, amanhã é um dia importante,

temos esta nova tela-escola,

acredito, eu venho que o Governo me sombra,

porque já não é o Governo sombra

que traz grandes audiências, é a tela-escola,

se calhar vamos ter uma tela-escola sombra

no futuro, com o Ricardo a dar,

poderá ser um turboprofessor

e dar várias matérias.

Depois eu sei tanto de tudo, Sr. Ministro.

Exatamente.

O seu colega, Pedro Mexia,

digo eu, o que é que poderá fazer?

Literatura, hora do conto, essas...

Educação física.

Ele é muito forte.

O outro colega, João Miguel Tabares.

Certo.

Talvez, sei lá...

Filosofia, Nielis, tem 20 crónicas.

Pode ser, a senhora, uma coisa.

E digamos...

O Carlos Vaz Marques.

Inunciação correta de palavras com R's,

talvez.

Isso eu também tenho, posso dar lições

com este R, estamos com o Espanhol.

E o Carlos Vaz Marques.

Em princípio, o coordena só,

é mais aquele, ele só organiza.

Sabe que lá há muitos anos

já tinha experiência no pessoal e transmissível.

E ele já foi professor,

por isso, tem experiência disso também.

Sr. Ministro, estou há demasiado tempo,

junto do si, veja como responsavelmente,

não vou cumprimentar,

ao contrário do primeiro Ministro.

Mas tenho vontade.

Tenho vontade,

mas não o farei.

Primeiro Ministro aqui,

eu caio em silencio.

E lá para casa,

muito obrigado mais uma vez.

Não percam amanhã até a escola.

Veja, Sr. Ministro,

como estou a fazer publicidade.

As 9h da manhã,

eu farei um teste de fesquinho,

a ver logo as primeiras aulas.

Muita saúde.

E até a próxima.

Muita saúde.

Oh, meu Deus, mãe.

Não sou as crins.

Ainda por ser a mesma frente

das minhas BFFs.

Oh, sério?

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No Isto é Gozar Com Quem Trabalha de 2020, Ricardo Araújo Pereira interrogava os portugueses como seria possível que Portugal fosse visto lá fora como um milagre na luta contra as infeções por covid-19. "Qual é a surpresa? Nós sempre tivemos muito jeito para ficar aquém da média europeia. Não é milagre. Milagre era se o coronavírus, no organismo dos portugueses, se transformasse em Omega 3. Ou se transformasse em doenças menos graves." Nessa altura, o milagre das micoses tardava em acontecer, por isso na Assembleia da República punha-se de lado as zaragatoas para dar tempo de antena às zaragatas a propósito das celebrações do 25 de Abril. Mesmo sem a promessa da presença de Lula da Silva. Assim se debatia o dia da Liberdade, com a dita desaparecida há mais de um mês.

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