Isto É Gozar Com Quem Trabalha: Regresso a 2020: o primeiro Isto é Gozar Com Quem Trabalha uns dias antes da covid-19 fechar Portugal

Joana Beleza Joana Beleza 6/5/23 - Episode Page - 38m - PDF Transcript

Babe, o jantar foi top. O que achas de um garagem romântico for two para o nosso second date? Alinhas?

Não percas a oportunidade de dar resposta ao inglês. No Wall Street English aprendes ao teu ritmo alternando entre aulas presenciais e online com horários flexíveis.

Muito obrigado.

Muito obrigado, muito obrigado. Boa noite.

Estamos de volta, estamos na CIC. Vamos a isto.

Bom, exatamente. É isso mesmo, pânico. Pânico há um vírus à solta que contamina pessoas em todo o mundo menos aqui.

No momento em que estamos a gravar, dois portugueses apanharam lá fora, um escritor chileno apanhou cá. Portugueses em Portugal não apanham.

O Covid-19 é como o eléctrico 28. Acá, mas é mais para estrangeiros. Nós não falamos.

Esta maravilhosa relutância dos portugueses em contrair o vírus está, obviamente, a desiludir os meios de comunicação social.

Há um caso suspeito de coronavírus em Portugal, um homem que esteve recentemente na China, embora não tenha sido na zona onde surgiu o surto.

E o caso suspeito de coronavírus entrenado no Hospital de São João, o porto deu negativo.

Boa noite. São dois casos suspeitos de coronavírus em Portugal.

Surgiram os dois nas últimas horas e envolvem dois homens na casa dos 40 anos.

Dero negativo as análises aos dois portugueses suspeitos de terem um novo vírus da pneumonia.

Em Portugal há um caso suspeito, uma mulher que viajou de Milão para o nosso país e que está entrenado no Hospital de São João.

No Hospital de São João, uma vinha. Um outro caso suspeito, mas que deu negativo. Era uma mulher vinda de Itália.

Em menos de 24 horas, surgiram três novos casos suspeitos por infeção do novo coronavírus em Portugal.

Entre eles, uma criança, mas as análises laboratoriais deram resultado negativo.

Há neste momento cinco casos suspeitos de vírus da China em Portugal.

Direção Geral de Saúde confirma que não há casos positivos de coronavírus em Portugal.

Aguardam-se os resultados de sete novos casos suspeitos de coronavírus em Portugal.

É importante recordar que não há casos confirmados de coronavírus em Portugal.

E foi precisamente de Itália que regressaram os três últimos casos suspeitos em Portugal.

As análises aos dois primeiros deram negativo.

Entretanto, há outro caso no Hospital de São João no Porto.

Todos os suspeitos deram negativo nas análises.

Há mais um caso suspeito de coronavírus em Portugal. É o décimo, o sétimo...

59 casos suspeitos do vírus do nosso país tiveram resultados negativos.

É agora, é agora! Ainda não!

Notícias de última hora não há notícias de última hora.

São notícias que respondem rigorosamente àquelas perguntas essenciais de um texto jornalístico.

Quem? Ninguém.

O quê? Nada. Onde? Aqui não é de certeza.

Como? De maneira nenhuma.

Quando? Por quê? Por quê? Por quê?

Perguntam os jornalistas.

A cobertura dos jornais tem parecido um relato de futebol.

Olha o coronavírus, passa para um país, passa para o outro.

Já está em Itália, está em Espanha, vai infectar por cima!

Fui para o Brasil, o vírus é claramente como aqueles estrangeiros que acham Portugal e Espanha

é tudo a mesma coisa, é tudo, já estiver em Madrid, está a vez de ir para a América.

É muito provável, esta é minha perspectiva, é muito provável que já haja portugueses infetados

e estão valentemente em casa a dizer, eu vou dar cabo do bicho com as perinas de caixa,

eu não volo, eu não volo de já nada a serem, tenho que ver só para os lixarem,

vou esfrear em casa em silêncio e por isso está tudo calmo, está tudo calmíssimo,

quer dizer, relativamente calmo.

Desde o início do mês que corrida às máscaras respiratórias e aos gelos infetantes,

tem aumentado. A TVI sabe que há já farmácias em ruptura de estoque.

As máscaras esgotaram.

Compreendos que tenham esgotado, as máscaras são absolutamente essenciais na prevenção,

se calhar precisamente por usarmos tanto as máscaras é que nenhum de nós apanhou.

Espera, espera, o que é que diz a Organização Mundial de Saúde?

Ah bom, a Organização Mundial de Saúde considera irracional usar máscara e gel desinfetante,

afinal as máscaras não fazem rigorosamente nada.

Bom, é realmente difícil saber qual é o procedimento correto a seguir.

Felizmente, felizmente o primeiro ministro deu instruções muito concretas.

Acho que, sobretudo, temos que nos concentrar em cumprir as instruções da Direção-Geral de Saúde,

levá-los com as vezes mãos e evitar a mexer nos olhos, o nariz, na boca.

Temos agora uma maior distância social uns com os outros?

Ora, aí está. Vamos apostar em maior distância social uns com os outros.

Por exemplo, agora, se um velhinho me acusar de não ter estado nos encendios,

eu sequer não me vou a ele, a ter-lhe um sapato, de longe ou assim, não vou.

Acho que não há dúvida nenhuma. A solução para isto é distanciamento social.

Essa pelo para que haja não direito distanciamento social, haja de mais.

Não tem nada de mais? De mais. Distanciamento social é mais.

Portanto, resumindo, põe a máscara, tira a máscara.

Afasta, anda cá. Cada um diz a sua coisa.

Presidente, aqui, a vetar a proposta de higiene do Primeiro Ministro.

Toma, crise institucional.

Pois, claro, põe-se, põe-se, põe-se, põe-se, põe-se. Acabam com 90% do meu trabalho.

Acabam-se.

Em alturas como esta, para contrabalançar o alarmismo e o pânico,

há sempre alguém que se chega à frente para mostrar a doença quem é que manda.

Apelar à calma e enfrentar à ameaça olhos nos olhos.

São, eu diria, são os forcados da maleita, não é?

São que bem...

Quem é que tem medo de ouvir-os?

Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh.

É assim.

Por exemplo, quando se receava que a doença das vacas loucas nos fosse matar a todos,

o Ministro Gomes da Silva foi e comeu miolera.

Não há qualquer dígito neste miolo,

para comer carne de vaca em Portugal ou em qualquer outro país.

E depois, quando houve casos de botulismo entre as montes,

o então diretor-geral de saúde Francisco Jorge foi comer alheira.

Comer alheira continua a ser seguro.

Foi isso que Francisco Jorge quis demonstrar nesta degustação pública

destinada a reconquistar a confiança dos consumidores.

O consumo desses alimentos típicos da região tem risco zero.

E agora, a atual diretor-geral de saúde também pegou o toiro pelos coronas.

Recorro frequentemente a restaurante dos chinês perto da minha área de residência,

frequento todos os dias uma loja dos chinês também perto da minha área de residência.

Tenho tudo aquilo que eu preciso.

Tenho tudo aquilo que eu preciso.

Tenho tudo aquilo que eu preciso aos melhores preços.

Experimente você também.

Atenção, eu confesso que me assustei.

Depois de um comer miolera e outro comer alheira,

pensei que ela ia comer um chinês à frente toda a gente.

Só para se perceber que não havia problema, afinal, não.

Ufa!

Ufa!

Esta intervenção de graça-feitas não tranquilizou a comunicação social,

que, frustrada por não conseguir encontrar doentes cá,

foi registrar toda e qualquer sintoma lá para fora.

Reparem isto, é uma notícia da CMTV...

PAPA TUSSIL!

PAPA TUSSIL!

Durante a missa!

O PAPA TUSSIL!

O Papa do céu!

Depois de termos debatido,

a ausência de um vírus em Portugal,

vamos agora debruçar-nos sobre a inexistência

de uma infraestrutura em Portugal.

Não temos o vírus, não temos aeroporto.

Não temos nada.

Só se falou de coisas que não existem esta semana.

Concentrem-se agora porque a história é complicada.

Primeiro o PS disse que o aeroporto não podia ser na margem-sul.

Na margem-sul não.

A Margençul é um deserto,

se os terroristas dinamitam uma ponte, ficamos sem acesso à Margençul,

na Margençul jamais é, portanto, na Margençul nunca.

E agora, querem construir no Montijo.

Que ó, como dizem, na Margençul.

Ora, a construção no Montijo foi uma ideia do PSD,

mas essa ideia não consegue ir para a frente

por causa de uma lei que dá direito de veto às autarquias.

De quem é essa lei? Do PS.

Quem é que está a contra-lei? O PS.

Porque quer construir o aeroporto onde?

No sítio onde nunca queria construir o aeroporto.

Quem é que não ajuda o PS a construir o aeroporto idealizado pelo PSD?

O PSD.

Eu vou explicar melhor todo o caso,

com o auxílio de uma infografia,

para fazermos uma maravilhosa viagem

pela inexistência desta obra pública.

Senhores passageiros, fala-vos o comandante de E.U.S. Pereira,

nós estamos em 1971,

iniciaremos agora a descida para o 9º Aeroporto de Lisboa,

em Rio Frio, a temperatura à chegada é de 14°C.

E peço-te desculpas, senhores passageiros,

de lamento informar que vamos sofrer um desvio

no nosso destino devido à ocorrência de debate

para relocalizar o aeroporto.

Vimos agora para o 9º Aeroporto, que, afinal, é na OTA.

Assim, aqui é na OTA, vamos para a OTA.

Para a OTA até já.

As passageiros, novamente o comandante de E.U.S. Pereira,

vamos informar-te que, afinal, vão ser feitos mais estudos.

Vamos voar em círculos entre a OTA e Rio Frio,

até decidirem onde vão fazer a pista.

Vamos andar a roda, dar aqui um bocadinho à roda.

E, senhores passageiros, muito obrigado por aguardar

em 34 anos.

Estamos agora em 2005 e parece que vai ser, então, na OTA.

Vai ser na OTA, afinal, não.

Vamos tentar aterrar, o cavalo que está a dizer que, afinal,

é alcoxete, é alcoxete, vamos para alcoxete.

E não, não é.

Devido à banca rota, fomos informados que o novo aeroporto será.

Então, no montígio, que é a opção mais barata,

vamos para o montígio,

fomos informados que há autarcas e pássaros,

e até o socas, não quero o aeroporto.

Não quero o aeroporto daqui.

Portanto, vamos aterrar no aeroporto internacional,

de Badajoz, e depois os senhores apanhem um auto,

carro, assim, e venham a pé.

Entretanto, para resolver estes e outros problemas,

o comentador de futebol e, nas horas vagas,

também deputado André Ventura,

apresentou ontem a sua candidatura à presidência da República.

Fez um discurso de cerca de 40 minutos,

e nós fizemos um resumo do essencial.

É quase tão...

É vergonha.

É uma vergonha.

É uma vergonha.

É uma vergonha.

É uma vergonha.

É uma vergonha.

Isso sim é uma vergonha.

Isso sim é uma vergonha.

Vergonha.

É uma vergonha.

É uma vergonha.

Vergonha.

twins

Mas basicamente foi isto,

foram 40 minutos disto,

mas, atenção, não foi só,

também houve críticas muito acotilantes,

por exemplo, ao PS.

Chega a ser ridículo,

até em casos, pequenos,

como isto do aeroporto de Monte dízo,

reparem o partido artificialista como a lei,

não não lhe convenham o que tu se faz e mudem esta lei.

Mas estamos habituados a isso?

Aliás, é o momento do asymptoto,

Não descovém, muda-se a lei.

Isto é o quê? É uma vergonha.

Já agora é uma vergonha.

Neste ponto ele dá razão a lata que é preciso ter.

Para, mudar a lei, só porque a lei não nos serve, vamos mudar a lei.

Nada à constituição permite.

Então, se é assim, é a altura de mudar esta constituição.

É porque já não nos cheiro. Já não nos cheiro.

Menos à constituição.

Não é?

Se é para mudar a lei, que não nos serve.

Não que seja logo a maior, não é?

Portanto, se ele for eleito,

vai jurar solenemente defender, cumprir e fazer cumprir

a constituição da República Portuguesa, que é uma...

É uma vergonha.

Quando este candidato aprender outra palavra,

vai ser um caso sério, hein?

Além de vergonha, uma palavra qualquer.

Tipo, caga-te.

Então, toda esta situação, é um caga-te.

É uma vergonha e é um caga-te também.

Nesta intervenção, o candidato demonstrou ainda

que quer sempre mais e mais para Portugal.

Eu até vos confesso, no meio desta história toda,

os pedófilos da castração química e que podia ser

e que não podia ser, que era desumânica, era cruel, etc.

Graças a Deus que eu tenho pessoas que me aconselham,

chega-me a passar pela cabeça à castração física.

Imagina.

Imagina.

Imagina.

Ah, graças a Deus que eu tenho pessoas que me aconselham.

Porque a castração química dos pedófilos já não me chega.

Eu já começo a sonhar com a castração física.

Eu ali na minha bicicleta, pelas ruas,

uma gaita...

As pessoas a descherem dos prédios com os seus pedófilos

para eu capar.

E eu ali...

Ah, quero que faça escalopes ou é para guisar.

Maravilha.

Bom, o nosso convidado de hoje,

talvez também se candidata à presidência da República ainda,

não é certo, é lá agora,

mas o que se passa é o seguinte,

como ele é funcionário público para não estragar o fim de semana,

nós fomos ao seu local de trabalho na sexta-feira

e o resultado, então, foi esta.

Sr. Presidente, antes de mais nada, deixe-me agradecer-lhe

para o nosso convite.

É muito gentil, não é todos os dias que se pode assistir

a uma conversa entre a figura mais querida dos portugueses

e o Sr. Presidente.

Se lhe sem quiser tirar uma selfie e a tanto todo gosto,

estarei todo prazer.

Este é o seu regresso ao comentário político de domingo à noite.

Já tinha saudades de ter poder a sério outra vez?

Primeiro, tem sua casa, esta casa é do povo português,

durante tão sua como minha.

A diferença é que eu estou cá durante cinco anos,

não é? Estar-se afonsois, mas a casa é sua, a minha e a dos outros.

Bom, depois estou a ver que a sua modesta é contínua.

Permita-me discordar, certo? Posso discordar?

Pode, pode com certeza, claro.

Eu acho que é a segunda figura mais querida dos portugueses.

A primeira é a Cristina Freira.

Pois é possível.

Estou a conseguir tomar uma volta às vezes, não é?

Conseguir agora. Eu nunca consegui.

Selfies.

Tá bem, mas então sugiro com a Cristina Freira.

Exatamente. Com o trabalho era a mesma casa.

Combinamos.

Combinamos com ela, fazemos certo?

Combinamos.

Com a relação ao poder.

A menina era, quando era comentadora,

que o poder documentador era porventura muito superior ao poder.

De facto.

Um presidente ou um primeiro-ministro, um ministro.

Últimamente tenho pensado as coisas.

A primeira é que quem está, nestas são as histórias.

Presidente, primeiro-ministro, ministro do exterior, ministro das finanças,

tem uma informação que mesmo o comentador,

mais bem informado do mundo, não tem.

E, portanto, como a informação é a poder,

há uma parte de poder que existe no poder formal,

que não há no poder mediático.

A outra é a questão.

Alguém me dizia no dia quando eu vá escolher Doran Morel

e a propósito dela uma coisa que me ficou a prioritar,

um carinho, não é?

Não é prioritar, é assim.

Eu dizia, depois disso tudo que é a nossa vida,

quando só olhar para trás, para a vida de uma pessoa, o que fica, o que é.

O que foi escrito e o que foi feito, não o que foi dito.

E eu pensei em mim, podia aplicar-te assim,

na parte, não nos livros, nem nas cronicas,

mas na parte que não foi livros,

provavelmente os programas televisivos acabam para não ficar.

Eu, antes de começarmos com a entrevista propriamente dita,

eu queria te perguntar.

O senhor quer dizer-nos já o que é que congiminou,

introduzir na conversa de forma aradilosa,

subrepeticamente, para ser nas manchetes dos jorneis

ou deixamos para o fim para ser surpresa?

Não, eu acho que vamos deixar para o fim.

Enfim, dirá.

Mas acho que, como diziam os meus filhos,

só desses anos, está muito careta.

Porque essa coisa de aparecer à manhã nas manchetes dos jorneis,

já não existe.

Já não existe.

E o online, né?

Pois, claro, é isso.

É visão.

Aliás, não dará, porque a hora em que estamos a falar,

já não dá, está tudo fechado, em termos de jornal de papel.

Mas no online, vamos ver o que é que dá no final.

Tem toda a razão esquecindo do online,

se for uma pessoa do século XIX.

Eu agora vou fazer umas perguntas que o senhor presidente

quer por razões estratégicas,

quer por causa daquilo do sentido de estado,

ou como é que se chama,

vai, enfim, chutar para cá,

respondendo de forma vaga,

mas pode ser que possa dar um ou outro recado nas entrelinhas.

Eu vou valorar, por exemplo,

valorar a pena vetar a lei da eutanásia.

A minha perspectiva é,

há pessoas, mesmo as pessoas que se inscrevam para a eutanásia,

que requisitam a eutanásia,

em princípio ficam na lista de espera tanto tempo,

que acabam por morrer de outra coisa.

Portanto, faz haver lei como não haver é igual.

Por que é que não disse isso

aos subscritores dos projetos?

Quando eles tiveram de optarem de fazer uma lei nova,

não fazer uma lei nova.

Podia ter ditórios, pensem bem,

há aqui um argumento que me ocorreu,

e que é isto, que vou dizer ao presidente.

Bom, mas em razão à eutanásia,

eu acho que os humoristas,

de uma maneira geral,

pensam que o humor pode cobrir tudo na vida.

Eu não sou humorista.

Não tenho talento para isso.

Não tenho.

Mas percebo que o humor

possa cobrir o processo,

o processo legislativo, o processo político.

Já tenho mais de fico igual em matérias como esta.

Tenho que possa chegar ou cobrir,

pelo menos, e eu não me sinto muito à vontade,

muito à facilidade para cobrir questões

com uma vida à morte e o sofrimento.

E, portanto, eu aí paro, paro,

e cá está, como dizia,

com, não sei como é que se chama,

a razão de Estado ou a densidade

sobre a intubação política.

Mas é, sobretudo, porque são valores

muito sensíveis para as pessoas,

que eles vivem de maneira diferente,

com, legitimamente,

com pontos de vista muito diversos.

E que eu, como apresentarei à polícia, tenho de respeitar.

Com certeza.

Eu acho que tenho razão.

O meu ponto é só que,

se o humor não serve para falar

da morte e do sofrimento,

não serve para a coisa minha.

Então, entanha, talento para falar

com o humor dessas maneiras.

Pois eu consigo.

Se eu não consigo falar.

Claro, claro.

Nem como cidadão, nem como de Zanderburga.

É um problema meu.

Vamos falar de um tema mais leve e pouco polémico.

Tancos.

O senhor acha que esta polémica de tancos

vai desaparecer e, na eventualidade de desaparecer,

acha que pode reaparecer 30 quilómetros ao lado,

ainda pior?

Eu acho que tenho de se aparecer.

E qual é a única maneira de se aparecer?

É haver responsabilidades e culpados,

pois se não não desaparece.

Portanto, tenho de se apurar responsabilidades e culpados.

Eu, na primeira hora, disse e repito,

e repitirei aniversos,

da alta baixa,

do aquendo doer, custo custar,

cair a quem cair.

Cair a quem cair.

Do topo até à base.

É assim.

Porque se não tem razão.

Se não ria parece.

Da lia 30 quilómetros,

60 quilómetros, 90 quilómetros, 120 quilómetros.

Ora, isto não é possível.

Até não é possível converter,

em normal e em banal, o que é patológico.

Quem que o Sr. Presidente acha que ficou mais irritado

com a hipótese da Ana Gomes se candidatar à presidência?

O Sr. Presidente ou o António Costa?

Eu não posso falar pelo Primeiro-Ministro,

neste caso, como líder de Partido Socialista.

Posso falar por mim.

E o por mim, como Presidente da República,

é o contrário de estar irritado.

Acho que é positivo.

Acho que é positivo por isto,

porque o valorizado democracia

é, precisamente, entre outras coisas,

a importância das eleições.

E a eleição, a tanto mais importante quanto mais vasto,

foram o leque de escolha dos portugueses.

Se há quem entenda,

falou agora o demaixador a Ana Gomes.

Podia ser qualquer um.

A hora que nós estamos a ser vistos pelos portugueses,

já se lançou o deputado André Ventura.

Quanto mais amplo for o leque,

melhora se alguém pensa.

Eu tenho condição para ser o melhor Presidente.

Para ser o melhor Presidente da Portugal,

tem que avançar-se.

E essa escolha mais ampla,

como Presidente da República,

acho que é a enriqueça democracia em Portugal.

Mas vamos imaginar que eu sou candidato.

Vamos imaginar.

Aí também pensaria exatamente o mesmo.

Quer dizer, para qualquer candidato,

só valoriza o papel da eleição.

Ou a ver o maior número de portugueses e portugueses

que acham que eu sou o melhor.

Ou o melhor para este lugar.

E é para ser, não é?

Acho que sim.

Agora se me permita uma matéria política

pela qual eu tenho especial interesse.

Depois do seu Presidente ter beijado,

os portugueses todos estão em condições de dizer

em que distrito do país é que se beija melhor.

Tá bom.

Sabe o que eu acho que acaba por ser menos beijado

do que é o Ricardo Araújo.

Certo.

Eu digo isto porque também já tive a experiência televisiva

antes da experiência presencial

e era beijado também.

Os beijos não começaram no dia da tomata de posso,

no dia 9 de março de 2016.

E imagino,

pelo que tenho visto,

que é mais experiente do que eu nessa matéria.

Foi beijado por mais senhoras

e pode dizer qual é o distrito

em que a beija é o melhor.

O beijo é o melhor.

Você pode me causar interesse

em casa sem ser presidente.

Não continuemos esta conversa.

Afinal estou arrependido de puxar do assunto.

Não se arrependem, é vida.

Sabe como é a figura pública e a figura pública?

Pois claro, pois claro.

Mesmo em casa tem que perceber que é a figura.

É, isso é verdade.

Vamos esperar que isso aconteça.

Agora, a questão é o seguinte.

Eu devo dizer de que o sítio onde encontrei

os abraços mais fortes,

os beijos mais intensos,

as relações mais vivas,

foi nas comunidades imigrantes.

Que eu acho que tenho uma explicação

que é a distância,

a saudade da terra e a distância.

Minha pergunta era porque normalmente os candidatos dizem

que a campanha eleitoral é muito cansativa

e como é que o senhor presidente aguentou

passar estes últimos quatro anos

nessa campanha eleitoral?

Primeiro, eu pensei nisso

quando eu lancei a minha cantatura

e prometi que estar no terreno todo o tempo,

durante cinco anos,

eu pensei que era prespo tecão, prespo não ter.

Era por um lado, disse os portugueses

e disse aí todos os povos,

lá vem ela para a campanha eleitoral.

Está aqui, durante 15 dias,

depois desaparece, vai para o palácio,

vai para o gabinete, vai para onde deve ser,

não, nunca mais aparece.

Para quem aparece?

Está aí, em campanha eleitoral sempre.

Eu prometi, de facto,

mesmo tendo pensado isso,

eu prometi estar sempre no terreno.

Bem, tenho cumprido.

Mesmo eu queria ver-me fazer estar de mais no terreno,

apostado de menos, aparece de mais,

fala de mais, está de mais no terreno.

Estou feliz por ter cumprido aquilo que prometi,

porque, no fundo,

quem cumpre o que promete,

acaba a percorrer por gosto.

Quem corre por gosto não cansa.

Então, eu não canso.

Queria perguntar,

precisamente se me permite fazer algo,

dois ou três reparos ao seu mandato.

Eu acho que houve dois ou três erros,

porque a sensação que eu tenho,

neste último quatro anos, houve duas ou três vezes

em que havia câmeras de televisão ligadas,

e o senhor presidente não foi a tempo

de aparecer à frente dela.

Já que é que se devia ser lá por algum assessor,

o que é que se passou?

Olha, eu acho, então, ao contrário.

Hoje não conseguimos acertar.

Bom, acho ao contrário.

Eu acho que às vezes em que correu mal,

não foi quando eu corria atrás das câmeras,

foi quando as câmeras,

estando eu a falar informalmente em privado,

cobriam, gostava a dizer,

se eu ter a noção, gostava o cobrir.

Portanto, foi exatamente o contrário.

Aí é que houve vezes em correu mal,

ou muito mal, porque eu estava distraído

a dizer mais cinco, qualquer coisa.

Olha, eu gosto daquilo, não gosto daquilo como isto,

eu não vou me colocar.

Olha, eu vou pensar que aquele está, não sei quando,

os atacadores estão desatados,

e a câmara,

com uma coisa felpula à distância,

apanhava, apanhava.

Claro, apanhava.

Eu acho que aí me ferrou pior,

de vez em vez em que eu outro sempre.

Eu agora proponho-lhe um exercício rápido,

mas que eu acho que vai ser muito proveitoso,

é eu apelava, por um lado, o presidente afetuoso,

por outro, ao comentador malicioso,

para se pronunciar sobre todos os líderes partidários,

se calhar a parte afetuosa nós depois cortamos,

porque é menos interessante.

Agora, eu na maliciosa, gostava que sempre tenhasse a sério,

por exemplo, o Antonio Costa,

se calhar uma coisa positiva, e depois até...

A primeira tem a fazer um brimo explicativo,

daquilo que vou dizer.

Certo.

Já vão quatro anos convívio com os líderes partidários

e parlamentares.

E, portanto, e com muitas reuniões,

muitas reuniões com o primeiro-ministro,

convívio praticamente diário.

Bom, e, portanto, aquilo que eu vou...

talvez tentar escolher, são características pessoais.

Muito bem.

E não política.

Não vou dizer, eu gosto disso,

eu não gosto aquilo,

eu quero estar sendo ser dívidado.

O que é que eu penso do primeiro-ministro?

Eu acho que o primeiro-ministro,

aquilo que impressiona, favorávelmente,

é o otimismo.

É o otimista.

Isso é bom.

Embora irritante, um otimismo.

E já lá vamos.

Isso é o áudio negativo.

Bom.

Acelera.

Bom.

É o otimismo.

E o otimismo ligado a uma coisa que é a capacidade da resistência.

Tem uma grande capacidade de ciência física e psíquica.

As pessoas muitas vezes não percebem isso,

mas tem situações complicadas, difíceis.

Agora, qual é a outra face dessa legalidade?

O irritante.

Agora, você já não sabe o que estás a ver.

Eu acho que, poluencialmente,

o primeiro-ministro diz-me,

já viu bem que o sol está despontando ao fundo,

daqui por meia hora só há sol.

Eu digo, não leva guarda de jogo.

Não é preciso.

Não é preciso guarda de jogo,

porque saíram, saíram,

chegam lá, não moem.

Ou seja,

massimiza os cenários favoráveis

e minimiza a hipótese cenários desfavoráveis.

É sim, malandro.

É sim, malandro.

Estou tentado.

Estou como se...

Tô tentado gerar as tais manchetes.

Pois já percebi.

Eu estava esperando que o senhor sendo um constitucionalista

e uma vez que o António Costa diz,

que embirrasse com ele por causa disso,

mas essa embirração também está boa.

Ruirio, por exemplo, tem algo que parece.

O Dr. Ruirio.

O que é que eu acho, Dr. Ruirio?

É uma grande determinação.

Ele tem certas ideias,

que considera fundamentais na sua vida.

Na sua visão da vida, na sua visão da sociedade,

na sua visão, por exemplo, da intervenção na sociedade.

É sim.

Mas é assim,

conheci-o sempre assim,

será sempre assim.

Isto tem vandagens,

tem aspectos positivos,

porque não flutua nessa matéria

e aí é previsível nessas temáticas.

Quem entender que pode infleti-lo,

modificar o alterado,

engana-se.

Qual é a outra fase da realidade?

A cada determinação,

pode ser uma termosia.

Não digo uma obstinação, mas uma termosia.

Temoso.

Não estou muito entusiasmado, sabe?

Estava esperando uma coisa mais berrinosa.

Vamos avançar.

Catarina Martins, o que é que ele parece?

O que é que é, é macheta.

Quem era isso?

Já foi que eu subi.

Já foi que eu subi.

Catarina Martins.

Catarina Martins, aquilo que impressiona mais,

que querem conversa privada,

querem público,

é a eficácia da comunicação.

Comunicamos-te bem.

Comunicamos, provavelmente,

com razões de maneira de ser pessoal

e até da atividade por si não.

É muito clara, é muito incisiva.

A mensagem passa e passa com gratificação.

Qual é a outra fase da moeda?

É que essa facilidade de comunicação

e essa eficácia de comunicação,

muitas vezes,

pode dar aparência de fereza,

de dureza, de respidez.

Aparece?

Daqui do que aparece,

a mensagem é muito curta,

muito direta, muito incisiva,

muito assardeiva.

Para algumas pessoas,

apareceu como dura demais,

dura, rígida demais, rígida demais.

Geronimo de Souza.

Geronimo de Souza.

Geronimo de Souza,

eu acho que

talvez a característica pessoal mais positiva

seja o seu afeto.

É uma pessoa muito afetuosa.

É afetuosa em tudo,

em pequenos perumenórios,

afetuosa no trato com as pessoas,

afetuosa no tratamento das pessoas mais brindosas.

Está muito ligado à forma simples de ser.

Não é simples de ser,

muito direto, muito como é,

muito genuino, muito genuino.

O que é que eu penso que, às vezes,

me impressiona

ao falar com o deputado Geronimo de Souza,

ou com o estágio geral de Geronimo de Souza,

que eu conheço lá,

desde o tempo da constituente,

é muito preocupado.

Mas não diria ao possivelmente preocupado,

às vezes, a sensação de ter o peso do mundo

em cima dos hombros.

É uma pessoa que vive preocupadamente

e vê-se isso na maneira de ser

e de agir,

que vive preocupado com as pessoas,

com os tempos perunólogos,

com os grandes perunólogos,

não como encontrei,

poucas vezes tenho encontrado uma pessoa na vida,

não exatamente da vida política tão preocupada,

talvez tenha encontrado um antecessor meu

que também era muito preocupado,

mas o presidente de São Paulo,

também era um bocadinho assim,

cada vez que estava com ele,

e dizia, então, como é que está?

Entraram para os olhos da realidade,

como é que está?

Porque era, de facto,

uma pessoa preocupada, e tinha razão,

depois explicava, tinha razão,

mas era geral de PCP.

E o chicão, o presidente já conheceu o chicão.

Eu conheci o ainda líder da JAP,

porque agora este período

era um periodo muito recente de liderança.

A sensação

que colhi

desse primeiro conhecimento,

e das conversas que teve,

4 ou 5,

algumas delas fugais em ceremonias,

foi de que é uma pessoa bem intencionada,

bons propósitos, umutariusas,

e isso é positivo.

Ele entrestante entre a JAP,

e agora largou as fraudas,

já que estava um adulto,

e esse comentário político,

naturalmente, já era o nosso.

Quer uma manchete, mas...

Desculpa, desculpa, desculpa.

Mas eu percebo,

porque já tive desse lado.

Exatamente, saiu-se o humor,

mas já tive desse lado.

Portanto, percebo, agora,

o que é que, obviamente,

é um problema que tem

na experiência.

Estava no espaço,

e tal como eu no início do mandato,

e qualquer pessoa no início do mandato,

aí na experiência significa,

estar todos os dias,

para antecipações no avós,

e que têm de, pela primeira vez, equacionar,

ver como é que me coloco,

para ante isto.

E o André Silva do Pem,

daquilo que parece.

André Silva,

aquilo que talvez,

ter formação,

por uma maneira de viver,

por uma maneira de ver

a vida dos outros, e da sociedade,

ter

um núcleo duro de problemas

que não são construídos,

não são artificiais, não há uma coisa inventada

para tirar proveito de uma determinada situação.

É assim mesmo,

mas o problema é que é monotomático.

Quer dizer, diversificar a realidade

de monotomático é um desafio inárum,

por que tudo se reconduz,

ou durante um tempo se reconduz, e aí isso.

Falta no Joacim de Catarmoreira,

pois,

em relação, a sra. deputada Joacim

de Catarmoreira,

como é relação ao Sr. deputado André Mendora,

como,

com o Sr. deputado João Coutrinho Figueiredo,

é diferente para o que eu conheci na TVI,

é eu, comentador, e era ele, o gestório.

Mas isso é que era um bom gestório.

Mas os três, como políticos,

eu confesso que não tenham,

ainda, nesta encarnação política,

os dados suficientes

para apontar as características pessoais,

porque falei duas vezes

com eles,

foi uma forma para a indigitação

do primeiro-ministro, e eu estou suportamente estado.

Portanto,

trei certamente, ainda nos próximos meses,

até ao final do mandato,

a oportunidade de falar com eles

e perceber exatamente

quais são as características.

Mas não tenho à vontade

de falar, são quatro anos,

de convivimento,

e de conversa muito frequente,

não estou a dizer.

E assim sobre o André Aventura,

é possível perceber que ele cumpriria muito bem,

por exemplo, quando é que é fora de jogo,

quando é que é final,

é isso, em princípio,

e também tem o seu valor.

Sim, mas

eu devo dizer que entretanto

não tenho muito tempo

para ver os comentários desportivos.

Não dano,

admito, é um laposmeu

que eu sou noctivo a trabalhar

e fico aqui até à metade

e depois tenho coisas programadas até à metade

e, portanto, não acompanho.

Mas vejo que acompanha.

E qual é a sua opinião?

São sempre fascinantes.

Os comentários desportivos.

Gosto muito,

gosto muito de ver gente inavada

por coisas de nenhuma.

É um gosto pessoal.

Também eu.

Eu vou complementar-lo com algum receio

porque eu vejo o vigor dos passoblenhos

que o senhor garota.

Exatamente.

Foi um gosto, vou então a Hortop Vista,

depois eu vi,

vou agora a Hortop Vista resolver isto

para estar uma plata.

Obrigado, senhor presidente.

Eu vou só para o programa.

Não preciso.

Obrigado.

E foi isto é tudo por hoje,

agora a semana e agora a inflagrante violação

das recomendações de António Costa.

Vou aproximar-me destas 400 pessoas

para me complementar a todas.

Beb, o jantar foi top.

O que achas de um garaway romântico

for two para o nosso second date?

Alinhas?

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Sim, isto é um regresso ao passado muito muito passado: "Pânico. Há um vírus à solta, que contamina pessoas em todo o mundo. Menos aqui. No momento em que estamos a gravar, dois portugueses apanharam lá fora; um escritor chileno apanhou cá. Portugueses em Portugal não apanham. O covid-19 é como o eléctrico 28: há cá mas é mais para estrangeiros. Esta relutância dos portugueses em contrair o vírus está a desiludir os meios de comunicação social." Assim aconteceu a estreia do programa Isto É Gozar Com Quem Trabalha a 1 de março de 2020, pouco tempo antes da pandemia de covid-19 levar Portugal para um período inédito de confinamento. E porque recordar é viver, nas próximas semanas vamos recuperar os episódios da primeira temporada até a equipa de Ricardo Araújo Pereira voltar ao campeonato televisivo. 

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