Isto É Gozar Com Quem Trabalha: Regresso a 2020: "O povo está mesmo unido. Ninguém liga ao que o Costa diz. Nem o Costa liga ao que o Costa diz"
Joana Beleza 6/18/23 - Episode Page - 32m - PDF Transcript
Boa noite, boa noite, que estamos nas circunstâncias especiais que todos conhecemos, estamos
numa situação sem precedentes e por isso é natural que ninguém saiba bem como reagir,
parece haver um consenso científico à volta da ideia de que para atrasar o contágio é
importante ficar em casa e nessa medida já valeu a pena que eu tivesse saído de casa
para vos dizer a todos que não devem sair de casa. Parece-me sensato agora que penso nisso.
Há no entanto pontos positivos no meio distudo, neste momento quase não há nenhuma celebridade
que não tenha feito nas redes sociais o seu posto de Vangelis. O posto de Vangelis é um
texto em que o autor diz na verdade o seguinte, atenção, só porque estamos numa situação
extremamente difícil, não devemos esquecernos de que eu sou uma pessoa espetacular e chama-se
de postos de Vangelis, porque nós devemos lê-lo ao som daquela música.
PAM PAM PAM PAM PAM PAM PAM PAM PAM. Eu estou muito preocupado. PAM PAM PAM PAM PAM PAM PAM PAM.
Vocês também, mas eu estou um bocadinho mais. Pois já tirei um pouco do meu tempo para vir
educar o povo através do meu exemplo. Eu já, já estou em casa, não custa nada. Façam todos
o que estão. É uma oportunidade para vermos Netflix, nos nossos plasmas enormes. E se
nos aborrermos abrimos a porta e vamos até a pexina dar um orgulho de qual é o problema,
até lavamos as mãos com cloro. E eu vou ser o Churchill do Covid. Eu vou fazer o discurso
mais inspirador e moralista de todos. E no futuro todos vão perguntar onde é que tu
ganhas quando eu fiz aquele post a ensinar as pessoas a lavar as mãos no dia de São
Cristo. Também é importante não ceder ao cinismo, não é? Porque as pessoas em
princípio têm boa intenção. Mesmo que nesta altura querem vir esfregar-nos na cara à sua
presença de espírito. É, pai, então está tudo em pânico. Há Sambarcar, papel higiênico.
Tudo em pé, eu cá não. Sim, estamos em pânico, porque é realmente maldura para ter pânico.
Há pessoas que estão a fazer aquela figura do fujão, vem um tigre, fujão, que as pessoas,
não é um tigre, é um leopardo. Vê-se bem, porque o tigre tem umas riscas e o leopardo
é asmães. Não faz, tá bem pai, mas está tudo com medo, não interessa. É-se um grande
campeão e identificar grandes felinos, vai pouco a... Manteira calma, também é fundamental.
Também é muito importante. É difícil. Ninguém diz que não é difícil. Estar em casa
fechado com a família toda, ao fim de dois, três dias, dá muita vontade de ir até
um centro de saúde, lamber as maçanetas todas, a ver se apanhamos alguma coisa e nos internam
num sítio longe dali. Mas não convém, porque isso é uma coisa que é preciso distinguir.
Férias é uma coisa, quarentena é outra, as diferenças são claras. Férias, quarteira,
quarentena, quarto, é preciso, mas não é igual, não é de facto a mesma coisa. Férias,
o álcool todo postomo, tudo no bucho, quarentena, o álcool todo nas mãos, esfregar bem, esfregar
bem. Outra diferença, férias, comprar um barco, quarentena, a sambarcar, compras, parece,
mas não é, é parecido, mas não é igual. Férias, manta rota, quarentena, manta rote,
pode ser rote, ver um sofá com um álcool. E acho que o que vale é que nós, eu sinto
que estamos todos unidos enquanto comunidade. Há uma perfeita sintonia entre a liderança
e o povo. Os portugueses espontaneamente teriam aderido às recomandações que foram dadas
e acho que esse esforço tem sido um esforço muito importante, então como falamos, que
os voluntariamente se tenham disponibilizado a ficarem situações de confinamento.
A Prédio Carcavel se encheu em Polê no mês de março.
Os receios provocados pelo coronavírus estão a empurrar os portugueses para os supermercados,
como consequência as prateleiras das grandes superfícies ficam vazias.
O que é que esta epidemia mudou sua vida? É como de alguma coisa?
Para já nada, faço tudo igual. Eu não vou mudar nada.
Eu fazia fácil o que tenho para fazer, continuo a fazer. Se tiver que apanhar, apanhe-se,
não tiver que apanhar, não apanhe.
Dez em dez anos, três em três anos, aparece sempre qualquer coisa para nós fazermos e
para nós mudarmos a nossa vida. Deve-me dar outras coisas. Os grandes borlões e os grandes
ladrões que ando a roubar o dinheiro às pessoas, isso é que devia ser mudado.
Pronto, este senhor não conta, porque em princípio responde a todas as perguntas com
isto dos gatunes. Queres que são? São horas destes gatunes serem presos por causa
das burlas que meteram. E mais, nos assores é menos uma hora. Porquê? Porque elas arranjaram
maneira de agamar. Desculpe, qual é o melhor caminho para sentarem? O melhor caminho é
ir direto ao alco-entre e passar à pé da prisão, onde viam estar os gatunes todos
deste país. Mas enfim, tirando este senhor, as duas
ou três pessoas que falaram antes dele, os dois mil e quinhentos que foram à praia e
aqueles trezentos que foram ao caixo de direia, toda a gente está a esforçar por cumprir
rigorosamente as instruções de saúde. Eu insisto, cada um de nós é o primeiro agente
para travar o processo de contaminação. E por isso, seguido, todas as instruções
da direção geral de saúde, é matéria de lavagem regular das mãos, de evitar mexermos
com as mãos nas nossas caras.
Pode não parecer, mas isto revela que o povo está mesmo unido. Ninguém liga o que
costa diz, nem o costa liga o que costa diz. Estamos juntos, juntos aqui, todos a fazer
o melhor que podemos. É difícil, às vezes esquecemos, mas o primeiro ministro, isso
é um descanso, tem um rumo bem definido. O que é importante esta semana e se ficou
bem claro. O que eu tenho dito ao longo destes dias
é que nós adotaremos aquela medida que foi recomendada pelo Conselho Nacional de Saúde
Pública.
Terça-feira, António Costa diz que adota o que o Conselho Nacional de Saúde Pública
recomendar.
Rumo a rumo, rumo, humildade, a subordinação da política a um parecer técnico ou científico.
Quarta-feira, cá está. O Conselho de Saúde diz que não há razão para fechar todas as
escolas. E agora, quinta-feira.
Quinta o princípio da prudência, que determinemos desde já e com efeitos a partir da próxima
segunda-feira a suspensão de todas as atividades letivas presenciais.
O melhor é fechar todas as escolas, porque eu tenho aqui um parecer de um Conselho Estrangeiro
que é melhor do que o parecer do Conselho Nacional. Gosto mais do parecer estrangeiro
porque vai mesmo ao encontro do que me estão a pressionar para fazer. É difícil, é complicado,
mas as pessoas fazem o melhor que podem e dão os melhores conselhos de que se lembram,
essa é a verdade.
Quer dizer, quanto mais não seja, enfim, cada um de nós que recorra a horta de um amigo,
quer dizer, não a Sambarque. Veja lá se encontra um amigo que tenha uma horta, porque a gente
já passou por tantas crises.
Não a Sambarque. Não a Sambarque vá à horta de um amigo. Simples, não é? Oita, não
é uma cova da tua horta. Estamos a morrer no sete e em esquerda, pá. Ah, é verdade. Esquecemos
por exemplo, em princípio as pessoas cujo vizinho tem uma horta, têm uma horta, né? Porque
vivem no campo. Portanto, entretanto, houve um desgraçado que de repente ficou famoso
em todo o país, porque antes de uma conferência de imprensa teve o azar de estar em direto
sem o saber.
Cá está ele, é o intérprete de língua gestual e teve o azar de estar a fazer, digamos,
o aquecimento das falangetas à frente de toda a gente, mesmo antes de a ministra da
Saúde e da diretora-geral de saúde entrarem para apelar a um reforço da higiene, é preciso
ter azar.
Acabou por ser didático, porque revendo as imagens com um filtro especial, vemos que
esta prática é bastante perigosa e comprometeu a sala. Cá está. Percebe-se bem o perigo,
tudo na altura da tradução para língua gestual foi uma eca-tumbe de contaminação.
Ainda por cima, se de facto alguém foi infetado aqui, vai ser difícil sucorre-lo, porque
a linha SNS 24 continua com problemas, como esta reportagem da CMTV demonstra particularmente
bem.
Desde esta manhã, há registros que a linha de saúde 24 chegou a estar inoperável. O
governo já admitiu as falhas na capacidade de resposta e desde hoje também este é
o centro telefónico para fazer a triagem ao Covid-19. Vamos por isso testar a capacidade
de resposta desta linha de saúde 24. Eu vou marcar o 808, 24, 24, 24 e vou ficar à espera
para perceber quanto tempo é que demora até que esta chamada telefónica seja atendida.
A linha está inoperável, acabei de marcar, foi automaticamente rejeitada. Nem conseguimos
ouvir o sinal de chamada. Vou repetir mais uma vez para tentar perceber se agora sim esta
chamada telefónica é atendida e agora, depois de várias insistências, depois de mais de
20 minutos à espera, esta linha telefónica conseguimos ouvir agora o sinal de chamada.
Vamos então aguardar para perceber quanto tempo é que demoram até atender esta chamada
telefónica a longas filas de espera, desde que também tem sido confirmados casos positivos
de Covid-19 em Portugal.
Há uma hipótese que é a linha SNS 24 ter feito o mesmo que nós fazemos com aqueles
números das operadoras que ligam à hora de jantar a propor pacotes com mais canais.
É bem possível. Eles na SNS 24 registraram o número da CNTV como chatos no atender e
no atender. Mas também pode ser verdade, atenção, e a CNTV provou que uma linha que
está entupida, se nós ligarmos para lá, fica ainda mais entupida. E é importante.
Não perca já a seguir para testar o tempo de resposta dos bombeiros, nós pegámos
fogo a um orfanato. E agora vamos ver quanto tempo é que estes madrasos levam a chegar.
Bom, hoje conosco para esclarecer dúvidas, um cientista, o professor David Marçal, doutorado
em bioquímica. Professor, o professor é mesmo um cientista, sério.
A sério.
Por exemplo, 4x7.
28.
Incrível. Incrível. Mesmo impressionante.
Professor, diga uma coisa, eu gostaria de lhe colocar algumas perguntas sobre afirmações
que circulam na internet acerca do coronavírus. Para o efeito, eu vou colocar na boca um palito
e vou pôr aqui duas minis mesmo para replicarmos o ambiente intelectual em um prato de termoses.
O ambiente intelectual em que estas afirmações costumam ser proferidas na internet.
Portanto, se me permite, eu falo a primeira questão a partir de agora.
Pessoal, ó doutor, isto está sempre a lavar as mãos.
Para mim, é o óbito do indústrio do sabão, porque aquilo não faz nada, doutor.
Eu acho que, em primeiro lugar, no final desta nossa conversa, não partilho o palito.
Em segundo, de facto, a água e sabão é o que nós temos.
A água e sabão é o que nós temos e nós precisamos de fazer lobby pela água e sabão.
Não é apenas a indústria do sabão, porque a ciência pode dar muitos contributos para
resolver o problema deste novo coronavírus e avançar muito rapidamente.
Mas mesmo assim, para o momento que nós temos, é a água e sabão e ficar em casa.
Mas ó, doutor, uma coisa, por que é que o oito ficar em casa subis às tantas até
sabe a minha morada, porque eles na China sabem tudo?
Sabem tudo e até sabem ficar em casa, que foi assim que realmente se conseguiu conter
o surto do vírus na China.
Pessoal, é importante perceber que estes vírus têm características especiais e diferentes
dos outros, designadamente um período muito grande de incubação, parte do qual as pessoas
estão infectadas sem sintomas e são contagiosas, são transmissoras, por isso há um efeito
muito grande neste isolamento social, porque permite atrasar a propagação do vírus, permite
que haja um enorme número de casos acumulados em simultâneo e isto permite que os serviços
de saúde que consigam responder mais eficientemente ao vírus.
Doutor, uma coisa, o meu cunhado, peço desculpas para mim mal, eu tenho um cunhado meu que
diz que há um médico na China que anunciou que se um gajo comer um quilo d'alho por
dia e beber uma bagasseira, não apanha isto, é?
Eu acho que se comer o quilo d'alho não apanha vampiros talvez, não, acho que o alho é
mais pós-vampiros.
E a bagasseira também não é muito boa ideia, porque se calhar com uma bagasseira nós nos
temos mais tendência a abraçar-nos e a ter uma certa proximidade social que não é
conveniente.
Tudo muito certo, Doutor.
Mas uma coisa é verdade que circula muita desinformação na internet, circula muitas
receitas e mesinhas, porque há realmente pessoas sem escrupulos que, de facto, nem
perante uma situação desta gravidade, isitam a vender a sua banha da cobra, mas de facto
o que nós temos são medidas muito simples de higiene e de saúde pública, como o isolamento
social e como a lavagem das mãos.
Doutor, uma última questão, também ela eminentemente científica, com isto de suspender tudo, é?
É, pá, quem é que vai ganhar o campeonato?
Eu acho que agora temos que nos preocupar mais com os sócios mais velhos, aqueles que
têm muitos votos nas assembleias gerais dos clubes e eu acho que esse aqui é a nossa
vitória, chegarmos com os sócios que têm 50 votos ao final do campeonato todos com
o seu poder de voto intacto.
Portanto, não sabe, né?
É, não sei.
O que é que, certo?
Você tem andado a estudar, amém?
No meu caso, no meu caso não serve para nada, não serve para nada, mas felizmente há muitos
investigadores e cientistas que pararam tudo o que estavam a fazer para se dedicarem a
estudar este novo coronavírus, esta epidemia e a nela, e é aí que reside a esperança
para o futuro.
Muito obrigado, doutor, agradeço-lhe que tenha vindo de ser submetido a isto.
Nós despedimos, vamos fazer um brevíssimo intervalo e já voltamos, até já.
Boa noite, mais uma vez estamos de volta, o nosso convidado de hoje é alguém que entrou
na lista dos 30 mais influentes com menos de 30 anos pela revista Forbes, mas na semana
passada na Madeira receou não chegar a entrar na lista dos 40.
Senhoras e senhores, o presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, sr.
Eu vou entrevistá-lo daqui, nem é tanto por causa do coronavírus, é porque tenho
medo de apanhar alguma coisa que me faça votar no CDS e isso, como sabe, é transtornável.
Obrigado, obrigado, repare que desliza a mãe para a esquerda, o que para mim não é
novidade.
Também dizer-lhe que agradeço-lhe esse seu comportamento preventivo, porque eu também
corrio ao risco de ser contaminado por si, imagino que seria o presidente do CDS na festa
do Avante a ter ánimes preais ou filmes que eu preciso no Norte, portanto, estou muito
agressivo.
Tenho assistência que seria muito bem recebido, tenho assistência absoluta, que ninguém
te fazia mal.
Ainda estou sendo tão novo, eles lá, o que se diz é que, se fosse a hora do pequeno
almoço, talvez, talvez corresse algum risco, mas assim, mas de resto acho que não.
Soutor, eu queria começar por aqui.
Desde que o senhor foi eleito, presidente do CDS, nós já tivemos um sismo e uma pandemia,
não sei se está a ver onde é que eu quero chegar, não é melhor demitir-se antes do
tsunami.
Ô Ricardo, eu sou sincero, eu sou um otimista por natureza, não vejo grande vantagem em
ser outra coisa, portanto eu prefiro agar-me sempre ao lado positivo das coisas e é por
isso que quero começar a pessoalá-lo pelo usadia de manter este programa, que eu acho
que é fundamental, em primeiro lugar, porque mantém as pessoas em casa a assistir, dadas
às audiências assombrosas que têm, depois porque é uma maneira de também informarmos
os portugueses e quando vemos que tanta gente continua a manter a sua vida noturno na diversão
e nas preas, é porque a mensagem não está a passar bem, e entreceiro porque é fundamental
nestas alturas que o seu humor devolve uma mensagem de esperança aos portugueses.
Por isso, quero dizer que não pode abrandar os comportamentos preventivos das pessoas,
das regras de isolamento, de evitar o contacto social, ganhos aglomerados, das pessoas que
cancelem tudo e fiquem nas suas casas e o governo não pode abrandar nas medidas que,
a minha opinião, têm que ser mais severas, mais drásticas e mais restritivas e musculadas
do que aquelas que têm sido, nomeadamente atendendo agora a escalada descontrolada dos
números como o feixo das fronteiras, a quarentena obrigatória nas zonas mais infectadas e a
supressão e eliminação imediata todos os serviços de atendimento ao público que
são considerados não essenciais.
Agora, tirando esta parte, vamos então responder à sua pergunta.
Olha, eu acho que o Ricardo tem que me estar agradecido, porque desde que eu fui leito
vocês teriam um programa na CIC, né?
Portanto, é bom sinal que a minha eleição trouxe coisas positivas para CIC.
Foi só catástrofe, já devei ter esquecido dessa.
Mas há outras coisas também importantes que eu queria dizer.
Olha, pela segunda vez na história, um doente infectado com HIV conseguiu uma cura completa
e, por proposta do CDS, os recrutas vão oferir agora o salário mínimo nacional e os idosos
que manifestavam da isenção do EMI por estar num lar, se forne viver com as suas famílias,
não perna a isenção do EMI.
E depois, para as novas gerações em Portugal, ter um jovem com 31 anos que assumiu a lenença
do partido, também é um fator de mobilização e prova da sua capacidade.
Agora, relativamente ao CIS na Madeira, eu percebi que nas redes sociais estamos seis
super-homes, né?
Eu vi um reportar da TVI, mal a terra começou a abanar, a ser disparada a sala e muitas
senhoras a ficar muito agitadas e a ter reações completamente desconcertantes.
Portanto, acho que até mantive-me firme e vacui a sala logo possível.
E gostava de ver o Ricardo nessa circunstância para também fazer um programa.
Não tenho dúvidas que eu fiz aqui pouco de CIC, como calcula, como é o meu dever
ou eu sou chamado a cumprê-lo e eu compro com denoso, mas na sua posição teria feito
certamente um bocadinho de xixi, de certeza, absoluto.
E, olha, e agora sobre a situação do coronavírus.
Eu tenho ficado bastante sensibilizado com os gestos de patriotismo e de autoroísmo
que temos observado na nossa sociedade.
Parece que vemos um tempo de unidade, de um por todos e todos por um.
Olha, notar que há médicos que neste momento estão a dar consultas nas redes sociais,
de pediatria às famílias em quarentena, padres que estão a celebrar missas online,
a ver a quantidade de profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e demais que têm respondido
à chamada do SNS e trabalhando de 24 ou 24 horas têm sido verdadeiros heróis nos
tempos de hoje, a ver um jovem português através do Twitter, a mobilizar meios e
de cientistas para conseguir desenvolver um novo ventilador, porque estão bastante
sem falta nos hospitais e a observar ontem, como se for aquele aplau generalizado às
pessoas nas suas casas, como o saudão de todos os médicos e profissionais de saúde
que se tem envolvido nesta casa.
Portanto, não posso deixar também notar mesmo, nas maiores calamidades, o sentido
comum do povo português que a mim muito se me senti surpresa, confesso.
Tem toda a razão, sotor, mas eu queria voltar a tornar a conversa um bocadinho desagradável.
Sim, vamos ver isso.
Vamos ver isso.
Tens-se falado muito da sua inclinação para uma direita, digamos, um bocadinho mais
dura.
Sim.
E eu queria qualificar essa inclinação.
Sim.
E portanto, o que eu lhe pergunto, está a ver, de zero a André Ventura contra o Gloditeu
sotor.
O Ricardo, eu percebo que estou a falar com uma pessoa de esquerda, quando utiliza estas
qualificações para a direita, quer dizer, eu parece que o estou a ver, numas planadas.
Ou seja, oh, chefe, traga-me aqui uma direita, a malzinha, tem a rinha que diz assim para
me estigar, não é?
Para triturar, quer dizer, eu confesso, não sei se o Ricardo conhece a escala de Moz,
na geologia.
É que você não conhece eu sei tanto sobre geologia.
A escala de Moz mede a dureza dos minerais, ou seja, a resistência que oferecem ao risco.
Sendo o diamante o mais duro, é que eu que rica a todos os outros e não se permite
riscar assim.
O que é que isso significa?
Que se o CDS representar esta direita mais dura, diminui completamente o risco, risca
a esquerda e, usando o vernáculo, risca também na vida do país, portanto, eu não me importo
nada que seja essa direita mais dura.
Mas deve-te dizer que a minha escala começa, olhe, em Fretas do Omanal, em Essos São Cristas,
depois passa por José Ribeiricans, do Professor Adriano, e termina com, olha, Lucas Pires,
Paulo Portas, Manuel Monteiro, e se quiser, a nível internacional, podemos colocar um
Toucher, um Ronald Reagan, um de Gol, enfim, eu gosto mais destas coordenadas.
Muito bem.
Ainda assim, desde que o chega apareceu, desculpe insistir neste tema um bocado desagradável,
mas desde que o chega apareceu, o CDS foi, lá está, endurcendo um bocadinho o discurso
securitário, o conservador, mas sem se comprometer demasiado, lá está, não receia que CDS
passa a significar o chega dos sonsos, para que dá mesmo CDS, este deu algum trabalho.
Deu o reparei, esteve bem, nota artística, que tem faltado o resto ao seu clube, mas
deixe-me dizer outra coisa.
Estamos abanhe aqui.
Olha aqui esta.
Deixe-me dizer, eu também o meu, passa-se exatamente um mês.
Isso é verdade.
Olha, eu espero que o CDS signifique, olha, um chega de sonsos, um chega de discursos
de ódio, um chega de demagogias, um chega de populismos e um chega de radicalismos.
O CDS quer construir uma história de uma direita que é moderada, que observa valores
que são transversais na nossa sociedade e que por essa mesma razão quer liderar-me
esse movimento, porque se não fizermos as franjas de protesto, vão fazê-lo por nós.
Portanto, eu acho que o Ricardo daqui a uns anos ainda nos vai agradecer o trabalho de
sermos um tampão e uma fronteira aos extremismos.
Muito bem, eu queria pegar uma coisa que você sente, que é, que tem a ver com bola.
Sim, vamos dizer isso.
Porque o soutor foi do Conselho Diretivo do Sporting antes de ter sido eleito presidente
do CDS.
Isso significa que o soutor tem uma fixação por quartos lugares, é isso?
Instituições que fiquem em quarto, ah, eu quero potenciar.
Bem, Ricardo, em primeiro lugar, eu acho que o Ricardo está um pouquinho atrevido.
Eu sou o souto bem-fica, não me devia fazer humor nessa altura do campeonato.
É, acredito que eu acho que tem toda a razão.
Ainda assim, ainda assim.
Estamos todos, estamos mesmos, está tudo mal, não é?
Está tudo mal.
Dizemos de rir ou menos disso.
Choraríamos nos braços um do outro se não fosse o mal de ir te vir.
É verdade.
Mas olha, deixa-me agora reposicionar na questão como que eu...
Ah, se eu tenho uma fixação por quartos lugares, eu tenho uma fixação por valores.
E acho que o esforço, a dedicação, a devoção e a glória é uma forma de sucesso em qualquer
atividade, não é?
Olha, o Leão continua a ser o rei da Selva.
O verde, a cor da esperança.
E, olha, eu gostava de dizer o seguinte, que esta raça leonina, eu também consegui
transportar para o CDS, ou seja, que nós fôssemos daquela raça que nunca se fregará.
Sempre que o CDS cair, mais forte renaxerar.
Outra coisa que eu podia dizer que é, me lhe tanto o CDS, só baixar a cabeça, se for
para beijar o Cindo e a Bandeira Nacional.
Portanto, olha, Ricardo, o CDS espere que seja um partido que dispute campeonatos e que
seja titulado.
E, ter uma missão, eu também é realista, não é aí, não seja desmedida, para conseguirmos
levar o barco a Bom Porto.
A Direção Jalto de Saúde desaconselha neste momento a realização de eventos públicos
com muita gente.
Portanto, em princípio, comícios do CDS podem-se.
Olha, Ricardo, é curioso, eu primeiro venho a este programa e tenho a platéia vazia.
Pois é, eu acho que o CDS, o Ricardo sabe bem, tem 45 anos e eu olho aqui algumas informações.
Tem 40 mil filiados.
Se estes 40 mil solámos os 20 mil das ventas do plágio, estamos em 60 mil.
Seis 60 mil somarmos os 500 novos filiados, que aderiram ao partido deste que nós tomámos
posse no Congresso, já estamos em 60 mil e 500, o que prova que nós não temos dificuldade
em encher para os milhões de restos do nosso último Congresso, teve 1.500 pessoas e foi
o mais participado de sempre.
Agora, o CDS é uma coisa que faz, é um partido que é de dar um exemplo aos portugueses.
E foi o primeiro a cancelar a agenda do Presidente.
Suspendemos todos os atis naturais, encerramos a nossa sede, enviamos os nossos fascinares
para casa trabalhando em teletramalho e fomos um partido que ao longo das últimas semanas
tem estado muito vigilante na monitoriação do problema do coronavídeo.
Olha, nós requeremos a audição da Ministra da Saúde do Parlamento, da Ordem dos Médicos
e dos Informeiros.
Há uma semana que tivemos um encerramento imediato aos estabelecimentos de ensino, convocámos
um debate protestativo com caráteres de ensino no Parlamento para a última sexta-feira.
Eu sugiri também a criação do gabinete de crise e achamos nós que devem ser adotadas
de medidas muito mais musculadas do que aquelas que têm vindo a ser feitas do governo, porque
não há tempo para perder e devemos fazer tudo o que tiveram no nosso alcance, porque
a nossa primeira prioridade tem que ser as pessoas.
Por isso, acho que da parte do CDS estamos a ter uma atitude bastante responsável.
Mas o soutor sente-se seguro, porque a Organização Mundial de Saúde diz que o vírus é mais
perigoso para os mais velhos, só que eles não especificam se é pós-velhos de idade,
se é pós-velhos de espírito.
Acho que pode ser...
Ricardo, eu acho que ninguém se pode se sentir seguro, essa é a primeira regra.
Portanto, adotar todos os comportamentos preventivos, o isolamento, cancelar eventos
sociais, contactos físicos, portanto, é melhor a esposa dar uma quarentena voluntária.
Pronto, agora diz-lhe outra coisa.
Há um autor francês, que eu sei que o Ricardo é um homem lido e culto, que se chama Henri
S.T.A.N., que um dia escreveu um livro chamado Les Permisses, que era um compêndio entre
provérbios da origem na poesia latina, e há um que dizia assim, se a juventude soubesse
e a velha se pudesse, portanto, olha, eu sou uma pessoa que espero complementar a autenticidade,
a irreverência, a energia da juventude, com alguma maturidade, experiência e prudência
de um velho espírito, mas não num espírito velho.
Porque olha, eu vou dizer uma coisa, eu fui educado muito dos meus avós, são pessoas
que eu muito amo na minha vida.
Tenho um avô que vai fazer 99 anos, o outro tem 77 e minha avó, a única que está viva,
tem 78.
E eu aprendi muito com eles, eu creio que os jovens hoje, se devolverem esta solidariedade
intergeracional a aqueles que são mais queridos, teriam muito a ganhar ou vir com aqueles
que têm muitas mais experiências que lhes podem transmitir.
E olha, é por isso que o cd, essa primeira bandeira política que vai abraçar, é precisamente
o apoio social à terceira idade, Portugal é um dos cinco países da Europa, que pior
trata a população senior, e nós queremos começar por ir cuidar de quem cuidou de nós,
portanto, acho que é um bom passagem.
Agradeço a sua resposta, a sua terria, assustei mamãe quando disse, deixe-me dizer-lhe
esse propósito que ia parecer que a frase seguinte ia ser, velho espírito é a tua tia,
mas não é, não é.
Embora o Ricardo seja mais velho do que o grupo, e nota-se, e nota-se.
Exatamente.
Mas a final era para citar uma autora francês e cantar, veja bem, veja bem.
Obrigado.
Vamos para uma área mais política, o sr.
considera fazer alianças com partidos de esquerda, tipo o PSD?
Então é assim Ricardo, o CDS considera fazer alianças com partidos à esquerda do CDS, desde
que estejam à direita do Partido Socialista, portanto se for claro para nós que o PSD
não está, efetivamente, à direita do Partido Socialista, eu creio que nós podemos
nem carregar da direita e o PSD a tratar do centro, podemos ter uma aliança de largo
espectro que pode ajudar a levantar o nosso país e a retirar a esquerda do poder.
Outra questão, também iminentemente política, o sr.
tem um estilo de liderança diferente da Assoção Cristas, a sua antecessora, na Assembleia
da República.
A Assoção Cristas pegava-se com o costa, o sr.
como se viu nisto do apoio ao aeroporto no Montijo, pega no costa o colo, é ligeiramente
é parecido, mas é diferente.
Acha que isto é uma boa estratégia?
Ricardo, você está hoje está desatento, você já olhou para a minha completura física,
acha que eu tenho porta atleta e que manda aguentório que costa o colo, não tenho maneira
nenhuma, ainda para mais quando já tenho o maricenteno às costas, não é, quer dizer,
eu vou ao supermercado, levo cuiva do maricenteno, eu abro uma empresa, levo com os impostos
do maricenteno, ao final do ano, quando imita minha lucração de RS, lá tenho o saco fiscal
do maricenteno e compro uma casa que agora vou casar, porque em casa quer casa, levo
cuini agravado do maricenteno, quer dizer, recenteno às costas, costa o colo, quer dizer,
não tenho maneira de sobreviver, já estaria no chão.
Ora, também deixe-me dizer outra coisa, a questão do Montijo, foi uma decisão tomada
por o Ministro do CDS, como sabe muito bem, António Peres Lima, portanto, quem andou aqui
com a direita ao colo foi o Primeiro Ministro que decidiu reconfirmar uma decisão do
governo anterior e olha, também quer dizer uma coisa, eu só estou disponível para andar
com o meu país ao colo, sempre que estiver em causa o interesse nacional, portanto, eu
espero que a política velha consiga mudar com novos políticos, e isso faz com que
os partidos não digam há quatro anos uma coisa e depois agora vêm não defender completamente
diferente, só porque estão na oposição.
E foi esta portura de coerência de partido confiável que eu decidi adotar.
Obrigado, sra.
Uma última questão sobre o nome pelo qual é conhecido, sendo o sra.
Um chicão não é um desperdício vir para a vida política abandonando o que poderia ser
uma carreira de sucesso nas cobranças difíceis.
Olha, Ricardo.
É bem esse o tipo de nome de pessoa que nos vai estar à porta para, porque falhamos
uma apostação.
É verdade.
Ricardo, você está a substimar-me, então você acha que eu vim para a política e não
vou fazer cobranças difíceis?
É que as cobranças mais difíceis são aquelas que nós fazemos ao Estado, se os portugueses
trabalham seis meses e doze dias para pagar impostos ao Estado, então garanto que eu vou
fazer a cobrança desses impostos que nós pagamos, que temos uma elevada carga fiscal.
Olha, vou cobrar que, com os impostos que nós pagamos, as forças de segurança tenham
todos os meses necessários para cumprir a sua função.
Vou cobrar que os jovens desse país possam ter acesso ao elevador social em uma escola
de qualidade que possa ser sua escolha e não do Estado.
Vou cobrar ao Estado que não roube 50% dos rendimentos do trabalho a muitos portugueses.
Vou também cobrar ao Estado uma democracia de qualidade que combata a corrupção e dignifica
a vida pública.
Vou também cobrar ao Estado o sistema de justiça seja-celer e acima de qualquer respeita.
E vou cobrar também ao Estado que os mais jovens possam ter um vínculo profissional
com estabilidade, adquirir suas caças a presos razoáveis e também possam constituir família
por uma nossa presospecida de natalidade para inverter esta curva demográfica.
Portanto, vou continuar nessas mesmas cobranças e qualquer dia posso lhe bater a porta.
Já estou com medo disso, Soutor.
E é nessa nota que termine o programa.
Não se assuste, eu não vou tossir para cima de si.
Vou despedir-me.
Muito obrigado, obrigado, Soutor, por ter aceitado o nosso convite nesta estreia de
constancias difíceis.
Boa noite a todos.
Até para a semana.
Em princípio, vamos ver se conseguimos.
Muita saúde para todos.
Boa noite.
Até para a semana.
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Continuamos a fazer uma viagem a 2020, neste terceiro episódio do Isto é Gozar Com Quem Trabalha. Recorde os primeiros dias da pandemia com Ricardo Araújo Pereira: “Parece haver um consenso científico à volta da ideia de que, para atrasar o contágio, é importante ficar em casa. E nessa medida já valeu a pena que eu tivesse saído de casa para vos dizer a todos que não devem sair de casa. Neste momento quase não há nenhuma celebridade que não tenha feito, nas redes sociais, o seu post Vangelis: Um texto em que o autor diz: ‘atenção, só porque estamos numa situação extremamente difícil, não devemos esquecer-nos de que eu sou uma pessoa espectacular.’ Chama-se post Vangelis porque devemos lê-lo ao som daquela música ‘pan pan pan...’”
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