Isto É Gozar Com Quem Trabalha: Regresso a 2020: “Eu já pagava para se deixar de ouvir falar de Covid! E o Centeno pagou. Oitocentos e cinquenta milhões”

Joana Beleza Joana Beleza 8/6/23 - Episode Page - 32m - PDF Transcript

Não percas a oportunidade de dar resposta ao inglês.

No Boss Street English aprendes ao teu ritmo alternando entre aulas presenciais e online com horários flexíveis.

Muito boa noite, bem-vindos.

E já se começa a retomar a alguma normalidade e a prova disso.

É que esta semana já falámos menos do novo normal, que é viver com o vírus e mais do velho normal, que é viver com os sucessivos empréstimos ao novo banco.

Ah, já tinha saudades, não é? Andava muita gente a dizer é pai, eu já pagava para que se deixasse de falar de Covid.

E o Centeno pagou, pagou mesmo 850 milhões, foi um bocado caro.

Mas valeu a pena para desenjuar um bocadinho, parar de falar sobre salvar pessoas e voltar a falar de salvar bancos.

Porque a pesada de pessoas, é pá, há muitas, há uns 10 milhões, agora bancos temos só 7 ou 8, é preciso ter cuidado.

E ficamos a saber deste novo empréstimo, porque Catarina Martins fez uma pergunta sobre o assunto a António Costa e ele disse o seguinte.

No que diz respeito ao novo banco, a resposta que tenho para lhe dar não tem grande novidade relativamente à última vez que me fez a pergunta.

Ou seja, a auditoria está em curso e até ver resultados da auditoria, não haverá qualquer injeção por parte de qualquer reforço do empréstimo do Estado ao fundo de redução para esse fim.

Mishara, acho que já falámos sobre isto, né?

Chata pá, então nós íamos injetar mais dinheiro no novo banco antes da auditoria, alguma vez, mas temos que há malucos, ok?

Como os preços também diz, já pedi desculpas ao Bloco de Esquerda.

Já está explicada na minha nota, não tinha sido informado que, na verdade, por misté das finanças, tinha procedido a esse pagamento.

Peço, realmente, peço desculpa, o Centeno não me disse nada.

Acontece, quando são quantias assim teninas, ele acha que não vale a pena informar, não é?

Tudo que seja abaixo de mil milhões, para não estar sempre a chatear, ah, olha, comprei o jornal.

Olha, fui muita gasolina.

Ah, é verdade, olha, fiz um empréstimo no valor de 1% da despesa do Estado, não vale a pena estar com estas teninas mini coisas, não vale a pena.

Até final, o Centeno não é exatamente o CR7 das finanças, é o 007 das finanças, não é?

Faz operações secretas e tem licença para esbanjar, não é?

A larga.

Talvez fosse melhor fazer uma conferência de imprensa diária, como há as da saúde, mas para impréstimos ao novo banco, não é?

Agora, bem, os números doze são só um bocadinho menos animadores, atenção, os números doze são menos animadores.

Nós diminuímos, atenção, diminuímos o risco do contágio aos outros bancos, mas ultrapassámos 2 mil milhões afetados ao novo banco.

Esta semana foram mais 850 milhões afetados.

Mas há quedados parabéns ao povo português, que tem mantido um bom distanciamento social em relação ao seu dinheiro, não é?

Ficam o mesmo longe, nunca mais o fim.

Não é que ele está mesmo, está longe.

Fica a ideia, fica a ideia.

Atenção, também não vamos exagerar.

Os portugueses ajudam os bancos, mas os bancos também ajudam os portugueses como garante do próprio administrador do novo banco.

O novo banco agora tem que ajudar.

O Miguel já respondeu a essa questão.

O António, que está, continua a ser ajudado.

O novo banco, obviamente, entenda-se, continua a ser ajudado pelo contribuinte.

Portanto, imagino que sua resposta seja assim, senhores, com o momento de ajudar.

Certo?

Certo.

Certo.

Vamos ajudar imenso.

Vamos ajudar, olha, para o caso descobrimos agora que temos mais 850 milhões do que pensávamos.

E, portanto, podemos perfeitamente dispensar 1 milhão a larga.

Assim mesmo.

Contem conosco.

Porque quando o país precisa do novo banco, o novo banco diz presente.

E diz apresente, também.

Apresente 14 formulárias impossíveis de preencher, 4 fiadores, prova de esforço, uma amostradurina e um...

É mais ou menos isto.

Mais ou menos isto.

Com isto tudo, Centeno acabou por ter uma semana difícil, mas atenção.

Foi muito ilugiado lá fora.

Sim, sim.

É forte semelhante o Portugal.

Portugueses Galvair e NICE.

Isto é o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno.

Ele o gera o trabalho do nosso ministro das Finanças Português, Mário Centeno.

Atenção.

É Mário Centeno, digamos, a gratificar o Mário Centeno.

Não é bonito de ver, não é?

É por isso aliás que as pessoas costumam tapar a webcam quando se vão gratificar.

Que é para ninguém ter de assistir a este espetáculo, não é?

É o tipo de coisa que a gente faz, sei lá, com uma gabardim no metro.

Não é numa conferência destas.

Entretanto, a EGS está a definir as regras para a época balnear.

Há que manter distância, reduzir o número de banhistas e, portanto, é preciso adotar

um método que permita que o maior número de pessoas consiga apanhar vitamina D.

Tem-se falado de pôr seguranças, gerir as entradas na praia, se me permitem uma ideia.

Talvez o melhor seja contratar.

O especialista que eu prefiro, sinceramente, é um churrasqueiro.

Um churrasqueiro, não é?

Que está lá?

Peste aí.

Quando são para ir para a praia?

Três.

Eu vou virar estes três, que já estão tostadinhos.

Vão lá ver.

É para um dia só, para pincelar.

É?

Está bom.

Então, só um minuto que...

E aí isto processava-se, mais ou menos, com este tipo de dinâmicas.

Em relação aos salvamentos, também há novas indicações.

Cá está respiração boca a boca desaconselhada nos salvamentos.

O que parece-me...

Eu não sou especialista à atenção, mas acho que dificulta os salvamentos.

Por exemplo, a série Baywatch, se fosse feita em tempos de Covid, seria ligeiramente diferente.

Provavelmente até bastante mais curta a parte dos salvamentos, acho.

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Vem!

Não estou a ver que haja muito...

Quê?

Ah!

Ah, bom.

Não estou a ver que haja muito mais a fazer.

Só vejo uma hipótese.

Há uma única hipótese de fazer salvamentos, respeitando a distância entre o salvador

e o salvado.

Que é esta.

Não vejo outra hipótese.

Portanto, preparem as cordas e assim.

Sobre festivais de verão, atenção.

Muita atenção, porque também há novidades.

Este verão, em vez de termos os grandes festivais de verão, vamos ter os mini-festivais

todos os dias em todo o país.

Portanto, isso pode ser uma solução.

Ou seja, não podemos fazer festivais, mas fazemos mini-festivais.

Mini-festivais, porque não, um mini-festival.

Uma pessoa vai ao mini-concert, faz o mini-mosco, fuma a mini-broca, apanha o mini-pife,

vai para a mini-casa.

Acabou.

Está mini feito.

Ah, é preciso mais para quê?

Para quê?

O clara chega, num福 de audition, tem uma espac'illa boa, toque um accorde,

Bom... Fora um pulio fantástico até à próxima!

Assim, não é?

Reduz as possibilidades de contagi ride, em princípio.

E tá... Faz ou não se faz?

Um... Reéééééééé!?

Para comentar este assunto temos a sorte de ter hoje connosco

Robertamedina vice-presidente do Rockin'Rio.

Robertamedina muito obrigado por ter aceitado a nosso convite.

Roberto, quando ouviu o PCP dizer que a festa do Avante não é um festival, ponderou convidar

o Jerónimo de Sousa para o palco-mundo para poder manter o Rock'n'Rio 2020?

Ah, nem sei se ele canta bem, mas eu acho que tem um bom ponto aqui em relação à

festa do Avante, que eles vão ter que pensar e a gente já teve a oportunidade de pensar

que a experiência muda, eu fico pensando, e aí vou aproveitar que recentemente o primeiro

ministro falou que os promotores foram pedir para cancelar os festivais e só para esclarecer

o que fora de contexto aquilo fica estranho. O que a gente foi fazer com o governo foi debater

com as eras condições para os festivais acontecerem. Acima de todo o mundo que é fazer, mas ninguém

quer virar ponto de risco de disseminação do que quer que seja. Então a gente, nas conversas,

foi se percebendo que a experiência hoje de evento salvivo precisa ser com distanciamento

social, tem que ter máscara, não tem que ter máscara, essas coisas que o governo está

definindo. E aí eu pergunto, imagina um festival, alguém quer ir de máscara para um festival?

Depois da terceira cerveja, quem é que está de máscara? Que garante está de máscara?

Para a experiência de um festival é junto. Então acho que um dos desafios que a festa

do Avante vai ter é repensar a experiência, porque a experiência da festa do Avante,

o que eu conheço da festa do Avante é uma grande festa com muita gente, muita alegria,

até que ponto dá para manter a mesma propósito da experiência dentro das regras atuais.

O que é mais stressante para você enquanto promotora de festivais? Um artista que cancela

o espetáculo em cima da hora, ou um vírus que confirma a presença com três meses dentro

de cedência?

Há o vírus com certeza, porque o artista que cancela em cima da hora é um artista dentro

de uma oferta enorme que os festivais têm. E a gente então consegue gerir ali com mais

estresse, menos estresse. O fato de pela primeira vez em 35 anos e de muitos outros eventos,

que a primeira vez que não se faz um rock'n'roll que a gente adia um rock'n'roll um ano, isso

é uma revolução e mexe acima de tudo com o tamanho da indústria. Eu acho que é bacana

e esperamos estar com uma receptividade do público brutal. Eu sei que muitos dos promotores

também estão com acolhimento do público, que ficaram felizes para a gente poder desmarcar

e não obrigar ninguém aí com medo a uma aglomeração de pessoas. E as pessoas que

acho que ainda talvez não compreendam o tema do não reembolso ou reembolso do bilhete

ser para o final do ano que vem, que é a lei que está sendo discutida, é a composição

do bilhete. O bilhete quando você calcula, quanto custa a entrada de um festival, tem

um pouco de palco, tem um pouco de caixa de artista, tem um pouco de mão de obra, tem

muitos fornecedores. Quando você recebe o valor do bilhete isso está na indústria.

E estamos falando de uma indústria que tem mais de 130 mil pessoas trabalhando segundo

o INEA. Então assim, o grande desafio agora é que mesmo não tendo festivais, e eu acho

que essa fase que a gente viveu de confinamento mostrou como a música e a cultura são tão

importantes para manter a saúde mental, para unir as pessoas, os vizinhos que foram cantar

nas varandas, assim, a gente para fazer exercício, para fazer um vídeo engraçado de TikTok,

quer que seja, a música e a cultura estão lá. Então acho que o desafio agora é que

tanto promotores como agentes culturais, governos, câmaras municipais, que a gente

as marca os patrocinadores, que a gente não deixe de fazer programação e que o público

não deixe de ir. Mas vá dentro dos critérios que são possíveis agora.

Tenho uma última curiosidade, não havendo Rock in Rio, de que é que sinto mais falta

ter aquela nostalgia de receber telefonemas de celebridades polintras a pedir convites?

Nenhuma nostalgia. Tenho a nostalgia de sorrisos, de alegria, de vibração, da energia maravilhosa

que traz. Mas de novo, a gente não vai ver isso nos festivais, mas que a gente viva

isso através da música e da cultura e de muita coisa boa que vai acontecer.

Roberta Medina, muito obrigado por ter vindo, mais uma vez lhe agradeço.

Além da praia e dos festivais, também a vida familiar passa a ter novas regras a partir

de agora.

Cá está Direção Geral de Saúde, deixa a alerta contra reuniões de família mal organizadas.

Há que organizar a bandalheira, que costumam ser os jantais de família, por exemplo.

Nós queremos ajudar, obviamente, e fizemos alguns vídeos explicativos sobre o procedimento

a adotar entre os membros da família. Neste, vamos começar por ver como é que se deve processar

o momento em que um dos familiares deseja repetir as batatas.

Vou buscar as batatas.

Ah, esqueci-me do molho.

Ficou entendido?

Se o familiar levanta-se, a família bascula, toda a gente pivoteia, retira o molho, pivoteia

bascula, senta.

Tá bem?

É só memorizar, levanta, pivoteia bascula, pivoteia bascula, senta.

Tá?

Agora vamos ver uma situação em que a criança, por exemplo, a criança deseja ir à casa de

um homem...

Tenho xixi!

Tenho cocô!

O que é isto?

E agora é igual, né?

Tenho xixi!

Oi!

Tu vai para o quarto!

É isso, fecha a vó na dispensa, vai o puto, faz o xixi.

Ah, e depois bascula, pivoteia, senta.

Mais ou menos, é quase sempre igual.

Falar em crianças, as próprias creches, tensão, vão ter novas normas.

Ainda na reorganização do espaço, a maximização dos passamentos entre as crianças, que eu

pessoalmente acho que é um procedimento um bocadinho difícil, mas é de aconselhar,

assegurar os distanciamentos de dois metros entre crianças.

É um bocadinho difícil, mas é um bocadinho difícil a maximização dos passamentos entre

crianças, mas é perfeitamente possível maximizar os passamentos.

Quem é que nunca evocou as crianças assim?

Quem vai maximizar?

Quem vai, um menino, vai maximizar os passamentos?

Não vai?

Quem vai?

Quem é que não está cá?

Quem é que é que não está cá?

Cuidado, Gonçalo.

Ei, cuidado.

Estás a apenas um metro e meio do Felipe.

Ah, apostou, peço desculpa.

Não trouxe a fita métrica, mas vou imediatamente por causa da maximização.

Evitar a partilha dos objetos.

Esta particularmente também não é uma condição muito fácil, mas é importante garantir

que o material necessário seja unipessoal e intrasmissível.

Esta particularmente também não é fácil de implementar, mas convém que o material

seja todo unipessoal.

Carla, essa barbie é unipessoal?

Ah, não.

Esta é uma sociedade por contas com a Sofia.

Não pode se trazer.

Não pode se trazer.

Relativamente ao aerosamente da sala, se possível manter as portas e janelas abertas.

Exatamente.

Portanto, portas e janelas, não é?

Está acriançada toda, não é?

O que é que você acha?

Abrir portas e janelas que é panão?

Tô.

É mãe do Afonso.

Olha, uma coisa.

Temos boas notícias e mais notícias.

A boa é que o Afonso não apanhou Covid.

A máica, a gente não apanhou o Afonso.

Já não foi, já não consegui.

Mas isto também é só um premanandar.

Isto é o premanandar, ele está ali, está nos correga.

Não se preocupe, não...

O e-mail que poderão utilizar para o efeito

é reniciarponto-crechesroba-mt-sss.gov.pt

Fixaram?

Eu, por acaso, gostava de mandar um mail com perguntas.

Por exemplo, qual é o mail?

Duvidas relativamente ao coronavírus-peracaba-pt.gov.gov.

Por que é que o mail não é só p-pt-gov.id?

Barroba-gmail.

E tá feito?

Tá feito.

Ficava um bocado.

Bom, para ajudar a sensibilizar as crianças

nós criámos a nova e interessante série.

Joãozinho, o BB é consciencioso.

Joãozinho, o BB é consciencioso.

Senhoras e senhores telespectadores, muito boa noite.

Eu sou Joãozinho, o BB é consciencioso.

Confesso que ao longo dos meus dois anos e meio de vida

tenho vindo a babar-me para cima dos mais variados objetos.

Tenho babado em cima de carrinhos.

Tenho babado em cima de bonecas.

Tenho babado em cima de baba de outros bebés.

Tenho metidos chuchas que não são minhas na boca.

Tenho também borrifado 75% das minhas refeições para cima de mim,

das minhas educadoras e dos meus colegas.

Não entendo.

Tendo em conta as novas indicações da Direção Geral de Saúde

até inventarem a vacina, vou adotar rigorosos procedimentos

de etiqueta respiratória e passar a açoar o nariz

em vez de, como até aqui, ir lá com a língua.

Olha, interessante parece-me que tenho cocó.

Boa noite e até a próxima.

Joãozinho, o BB é consciencioso.

Para nos ajudar a compreender melhor este assunto,

temos em direto a partir do seu quarto o Miguel, que tem três anos.

Miguel, muito boa noite.

Eu começaria por te perguntar de que modo

é que crer que a partir de amanhã

vai tentar, então, maximizar o espaçamento

entre si e os seus colegas, Miguel.

Escuta uma coisa, Miguel.

Esse martelinho foi desenfetado antes de...

Apite duas vezes para si e uma para não.

Muito bem.

O Miguel consegue fazer com as suas mãozinhas.

Quanto é que acha que são dois metros, Miguel?

Pois, exatamente.

Que se é verdade, são...

É isso mesmo, são dois.

O Miguel anda na creche, é assim, Miguel?

Não.

Não anda na escola?

Não vai para a escola com os seus amiguinhos?

Não.

Não, pois claro.

O Miguel está naquela idade muito gira

em que responde todas as perguntas dizendo não, não é, Miguel?

É dos convidados mais difíceis que aqui têm tido.

Eu tenho muita gente do mundo da política, Miguel.

Um dos problemas é termos nas nossas creches

brinquedos unipessuais e intrasmissíveis.

É o caso desse nada irritante martelinho

que o Miguel não se cansa de brandir.

É.

É?

Esse martelinho é unipessoal e inútil.

É.

É?

Esse martelinho é unipessoal e intrasmissível, Miguel?

É.

Só o Miguel é...

Vamos aguardar que o Miguel regressa ao nosso contato.

A nossa convidada de hoje recebeu esta semana um pedido de desculpas

do primeiro-ministro por lhe ter inadevertidamente mentido.

Vamos saber o que é que ela tem de especial

para ser a única a receber esse pedido de desculpas.

É a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda,

a Senhora Deputada Catarina Martins.

Muito obrigado por ter vindo.

Obrigado, Eau Ricardo.

Ora, essa Senhora Deputada, eu começaria por-lhe perguntar,

se sente que o fim da jaringonça,

em que cada partido foi para o seu lado,

não foi uma medida de distanciamento social antes do tempo.

Vocês resolveram entrepor alguma?

Tenho pena que não tenha sido possível fazer um acordo,

o Bloco Propósito ao Partido Socialista.

Um acordo que, aliás, tinha dois objetivos, claro,

um era sobre o trabalho, combater a precariedade,

outro sobre a saúde, reforçar o Serviço Nacional de Saúde.

Eram os dois grandes eixos do acordo que nós propusemos.

O Partido Socialista não quis, foi pena.

Acho que há três milhões de eleitores

que gostavam de ter continuado a ter uma solução mais à esquerda

que reforçasse esse trabalho.

Isso não foi possível, mas nós vamos estar aqui todos os dias,

na mesma, a trabalhar para combater a precariedade

e para reforçar o Serviço Nacional de Saúde.

Muito bem, o teatro, neste momento,

para falarem para a precariedade,

o teatro vive momentos extremamente difíceis,

a Senhora Deputada é atriz.

A pensar nos seus colegas-actores

vai promover a farsa do ensinador António Costa,

chamada não vai haver austeridade?

Primeiro lugar, de certeza, que o Ricardo respeita tanto o teatro como eu.

Com certeza.

E a arte e a seriedade do que é feito.

Mas há outra coisa chamada fingimentos e farsas deslocadas, etc.

Podemos falar desses.

A taxa vai ser uma diferença entre teatro e fingimento, sabe?

Não gosto muito.

Eu sei onde é que está a querer chegar. Perceba.

O Ricardo faz teatro também.

Exatamente.

Mas na minha vida privada também finge,

e por isso percebo exatamente onde é que...

Acho complicado, por exemplo,

esta farsa de 850 milhões de euros para o novo banco,

sem a auditoria,

depois de se ter dito que não havia dinheiro para o novo banco,

antes de se conhecer os resultados da auditoria.

Acho complicado.

Porque...

O que é austeridade?

A austeridade é sempre tirar dinheiro a quem vive de seu trabalho,

seja desvalorizar salários, desvalorizar pensões,

para permitir que o capital financeiro não sofre nenhuma perda.

E, portanto, para não haver austeridade,

não é preciso não dizer, só que não sequer austeridade,

é preciso políticas claras.

Por exemplo,

proibir despedimentos e distribuição de dividendos

em empresas que andam a despedir trabalhadores.

Isso era uma forma de combater a austeridade.

Esta é uma boa medida.

Falar nos 850 milhões do novo banco,

a última injeção costou, lá está, 850 milhões.

E, em persominha,

ou estas injeções são, de facto, a maior despesa

do Serviço Nacional de Saúde?

O Serviço Nacional de Saúde

agora tem um arceamento de 11 mil milhões de euros.

Temos lutado bastante para aumentar,

mas é verdade que é incompreensível

que um banco continua a receber tanto dinheiro,

um banco que é gerido por privados,

que faz o que quer,

e ninguém sabe o que está lá dentro.

E isso é mau para a saúde da economia.

A saúde da economia precisava mesmo

de parar com estas injeções.

Ainda a propósito do SNS,

os portugueses têm vindo à janela

homenageada de profissionais de saúde.

Podemos dizer, batendo palmas,

às 10 da noite,

achar que podemos dizer que os profissionais de saúde

são como os atores de teatro.

Ou seja, ganham pouco e alimentam-se

do carinho do público.

Eu acho que toda a gente paga contas

ao fim do mês,

portanto, toda a gente precisa de um salário digno.

E das coisas que acho mais inaceitáveis

é ver tanta gente que está na linha da frente

com salários tão baixos,

seja nos hospitais,

seja nas forças de segurança,

seja quem trabalha nos lares,

e não basta bater-lhes palmas,

é mesmo preciso pagar-lhes subsídio de risco,

porque eles estão a correr riscos

em nome da segurança de todos nós.

Também achei até porque,

outro dia, tentei pagar uma conta com palmas

e não me deixaram.

O subsídio de risco dava mais jeito

às pessoas que neste momento

são a arriscar por todos nós.

É possível, Elé.

O bloco estava preparado para a Covid,

ou é a impressão minha,

a Senhora Deputada,

porque a ideia que dá

é que o bloco já andava de máscara

há cinco anos.

Acompanho o meu raciocínio.

Reparo, portanto,

no Parlamento aprovou os orçamentos

que fizeram as cativações na saúde,

mas depois mascarava-se

da defensor do SNS

e vinha para a rua protestar.

O que é que ele parece a este raciocínio?

Acho que o Ricardo se teve um bocadinho distraído.

É, certo.

Por proposta do bloco de esquerda

acabaram as cativações na saúde.

Há três anos,

o João Simeio e o António Arnaud

fizeram uma proposta

para uma nova lei de debatos da saúde,

que salva a seu serviço acionado de saúde,

e nós passámos todo esse tempo

com o Partido Social de História Criera.

Eu não queria dizer que,

sim, depois voltava atrás,

recuava-te, eu não sei quantas caballotas,

a lutar por uma lei decente,

e acho que a lei que hoje temos

é mais decente.

Conseguimos, no último orçamento do Estado,

aumentar, em mais mil milhões,

o Orçamento do Serviço Nacional de Saúde

e contratar mais 8.400 profissionais.

Se não o tivéssemos feito,

como estaríamos agora a responder à Covid?

Nós não estávamos preparados para a Covid,

mas há uma coisa que nós sempre tivemos a certeza,

é que reforçar o Serviço Nacional de Saúde

era a nossa maior responsabilidade.

Preferia que não tivesse ficado à vista

desta forma tão cruel.

Preferíamos todos, exatamente.

O Sr. Deputado ainda sobre saúde

e sobre as propostas do bloco para a saúde,

uma coisa que me surpreende sempre

é que o bloco apoia as medicinas alternativas.

Não acha que era melhor esperar pelas doenças alternativas

e depois, então, investir nas medicinas alternativas?

Eu não sei de medicina.

Eu não quero saber.

Não quero saber.

Não sei dizer que eu não sou cientista,

não vou estudar,

não me cabe a mim ter opinião.

A psicanálise, quando surgiu,

era considerada uma medicina alternativa.

E aquilo que o bloco lutou

e que está agora na lei de Bases da Saúde,

é que as medicinas que são científicamente provadas

devem ter o seu espaço.

Para quê? Para se regular.

E para se afastar o que não tem provas científicas

do que tem provas científicas.

Colocar a ciência no centro das escolhas.

Por um momento eu assistei-me.

A psicanálise pensava que ia levantar a psicanálise

para dizer que o meu amigo precisava de uma boa sessão.

Não, porque eu sou uma pessoa muito bem educada.

Bem sei.

Bem sei, tive sorte.

Embora compreenda que no confinamento

isto é difícil para todos.

É difícil para todos em termos de saúde mental.

Não há dúvida nenhuma.

Na semana passada,

eu acompanhei este caso

e fiquei surpreendido porque na semana passada

o bloco retirou a confiança política

à deputada municipal de Salva Terra de Magos.

Que foi eleita pelo bloco em 2017.

A minha questão é,

saiu alguma lei que obriga todos os partidos

a terem a sua joacina?

O que que é isso?

O bloco, quando foi criado.

Foi criado a união de vários partidos

de esquerda e de vários movimentos.

Movimento feminista, movimento anti-racista,

movimento pelos direitos as pessoas pela igualdade.

E eu acho que isso é muito bom,

porque a esquerda deve unir-se

e é esse movimento que foi tão importante

e que acho que tem permitido fazer lutas

que são tão importantes para o país.

E, portanto, a união é o que me interessa sempre.

Dito isto, naturalmente,

os partidos têm uma coerência política

que deve ser mantida.

E quando alguém tem posições

arbitrárias ou essa capacidade de sermos todos iguais,

de combatermos a discriminação,

de combatermos o racismo,

não tem um lugar no Bloco de Esquerda.

É por isso também, por exemplo,

que esta semana eu acho que é tão bonito

a forma como o Ricardo Quaresma

ao ter dado uma resposta tão bem dada

contra o racismo,

explicar que os homens e as mulheres

são todos iguais e quem se meio ao ódio

só quer ter proveitos próprios e ambição

e conseguiu com isso chegar a tantas pessoas

num tema que é tão difícil às vezes,

mostra como é bom ter princípios

e como é bom unir todas as pessoas

que têm princípios sérios

em nome da igualdade, da solidariedade

e da emancipação.

Vamos terminar com um tema,

talvez ligeiramente recentado,

mas nós, por exemplo, no micro-ondas

e cheirámos e ainda estava bom.

O que é o seguinte?

Ricardo Robles.

É sobre o Ricardo Robles.

O problema é o Bloco sempre se bateu

pela defesa daqueles que são mais afetados pela crise.

O que é que aconteceu ao Ricardo Robles agora?

Tinha um excelente negócio de alojamento local?

Ficou com um barracão vazio.

A pergunta é,

vai voltar a convidar o Robles para o partido

agora que ele perdeu esse emprego no alojamento local?

Eu acho que está enganado sobre o Ricardo Robles,

mas pode falar com ele,

que eu sei que ele não tem alojamento local.

Mas, em todo o caso,

o que nos interessa é unir todas as pessoas,

fazer maioria,

em nome do que é preciso construir próprio país.

E já que fala da Câmara de Lisboa,

eu gostava de chamar a atenção para o que está a acontecer

e para o que está a fazer o Bloco na Câmara de Lisboa,

o Manoel Grilo, o Vereador e toda a equipa,

que eu acho que é por um lado extraordinário

e por outro lado mostra-nos a tarefa

que temos tão complicada no país.

Neste momento há abrigos que foram criados,

possibilidades de acolhimento

para 200 pessoas sem abrigo,

além das mil que já estavam em Albergues.

Há 100 pessoas que já têm em casa,

há um mecanismo de housing first,

espera-se que as outras a seguir vão,

se está tudo resolvido não está,

mas nunca houve tanta gente com resposta como agora,

mas também nunca houve tanta gente a precisar.

As refeições que estão a ser distribuídas,

às pessoas que perderam tudo e não têm nada,

distribuem cerca de 300 refeições

e agora estão a ser distribuídas 10 mil refeições.

É um milhão e meio de euros todos os meses

para garantir alimentação básica a quem perdeu tudo.

Eu acho que é extraordinário

o trabalho que o Vereador do Bloco,

o Manel Grilo, toda a equipa têm feito na Câmara,

têm feito um esforço de fermento

para que toda a gente tenha resposta,

mas acho que isto também nos dá a imagem

da profundidade da Cria Social

que temos e das escolhas muito sérias

que temos de fazer no país

em nome da dignidade de cada um,

de cada uma, para que ninguém fique para trás

nesta pandemia.

Muito obrigado, senhora deputada.

Agradeço imenso que tenha vindo,

sacrificando o único fim de semana familiar

que tinha em muito tempo.

Lá para casa, boa noite,

até para as minhas e suas.

Obrigado.

VALTA

O deadline é amanhã.

Se criemos o funding para fechar este deal

preciso me diz o pit exterminado, whatsapp.

Percebeste?

Não percas a oportunidade de dar resposta ao inglês.

No Boss Street English aprendes ao teu ritmo

alternando entre alas presenciais e online

com o ararico.

O que é isso?

O que é isso?

O que é isso?

O que é isso?

O que é isso?

O que é isso?

O que é isso?

O que é isso?

O que é isso?

O que é isso?

O teu ritmo alternando entre alas presenciais

e online com horários flexíveis.

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2020 não foi só Covid. Na semana assinalada por este episódio de Isto é Gozar com Quem Trabalha, já se começava a falar menos do novo normal, lidar com o vírus, para se falar mais do velho normal… os sucessivos empréstimos ao Novo Banco. Para quem dizia que já pagava se parasse de ouvir falar do Covid, Centeno fez-lhes um favor e pagou mesmo. Pagou oitocentos e cinquenta milhões. “Um bocado caro, não?”, questiona o humorista. Não faz mal, porque os portugueses ajudam os bancos e quando os portugueses precisam do Novo Banco ele é o primeiro a dizer ‘presente’. E também ‘apresente’… 14 formulários impossíveis de preencher, quatro fiadores, prova de esforço, uma amostra de urina. Com o programa de Ricardo Araújo Pereira recorda com muito humor as polémicas que marcaram 2020, ouça agora em podcast. 

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