Isto É Gozar Com Quem Trabalha: Regresso a 2020: Depois de Churchill com “sangue suor e lágrimas”, Marcelo com “é mais uma dose de chouriço de sangue, que está de ir às lágrimas e eu até estou com suor do picante”

Joana Beleza Joana Beleza 8/20/23 - Episode Page - 31m - PDF Transcript

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Tá lá!

Não percas a oportunidade de dar resposta ao inglês.

No Boss Street English aprendes ao teu ritmo alternando entre aulas presenciais e online com horários flexíveis.

Boa noite!

Bem-vindos e confirma-se.

A covid veio transformar toda a nossa vida, que mudou para sempre.

O mundo nunca mais será o mesmo, as nossas prioridades são outras.

Pusemos de lado tudo o que é superfluo e concentrámos nas grandes questões.

Esta semana a grande questão foi esta.

Como é que está a água?

Está boa!

E a tranca catoríadas pode dizer como é que está a água?

Está boa.

Na praia como é que está a água?

Está gelado.

E tu também achas que a água está boa?

Olá Francisco, então como é que está a água?

Vamos então perceber como é que está a água.

Se está fria, se não está.

E realmente está um pouco fria.

É a primeira lição do curso de jornalismo.

O jornalista deve, com isenção e imparcialidade,

introduzir o meta Tarso no Oceano Atlântico

e reportar informação rigorosa e objetiva sobre a temperatura da água

usando a formulação, hoje está a fesquinha.

Ou, olha, por acaso até está a boa.

Mais uma gesta portuguesa ligada ao mar.

Depois da descoberta de caminhos marítimos,

a descoberta de temperaturas marítimas.

Lá a ver, a água está boa?

E o senhor, o que é que acha?

Jornalismo de investigação.

Como assim está a fesquinha?

Se ali em cima me disseram que está boa?

Confrontar fontes?

Reunir testimonhos?

Tirar dúvidas com o pé?

Fazer ali o teste do pé elígrafo.

Tá a faria?

Verdadeiro, mas o carinha estava muito quente.

Pode ser do choque térmico.

Se a reportagem ficasse por aqui, já era excelente informação.

Atenção.

Mas, felizmente, os jornalistas foram um pouco mais além.

Boa tarde.

Em direto para a CMTV, a senhora vem de onde?

É a primeira vez que vem à praia?

Então, e diga-me, é a primeira vez que vem hoje?

Hoje, este braço, né?

É a primeira vez que vem à praia, este ano?

A gente é a primeira vez que vem à praia.

E vem hoje pela primeira vez à praia.

Como é que está a acertar a ser o primeiro dia de praia?

E tu, como é que está a ser este primeiro dia de praia?

É a primeira praia que faço?

Este é o seu primeiro dia de praia?

Ele é a primeira vez que vem este ano?

Como é que está a ser este primeiro dia de praia?

A primeira vez que pôso pé na areia, enfim, qual foi a sensação?

Ah, bem, já tinha posto os pés na areia.

É a investigação minuciosa da virgindade balnear dos banhistas.

Foi a primeira vez, usou a proteção, o senhor ficou assado, costou muito entrar,

está a pensar fazer outra vez com outras pessoas, em grupo talvez, só com familiares.

Além da aplicação que diz quantas pessoas estão na praia,

será que podem fazer outra avisar que praias é que têm jornalistas?

Verde não tem, amarelo tem alguns, vermelho está cá sem MTV. Cuidado.

E não tem medo de estar tão próximo dos restantes grupos,

e não tem algum receio, tens receio, a senhora não tem receio,

aqui não tem algum receio, as pessoas estão aqui muito próximas.

E no seu caso, sente algum medo de estar tanta gente na praia ou sente segura?

Sentiu seguro?

Sim, sim, no campeão, tenho aqui a máscara, se for necessário, mas a verdade estou sozinha, estou bem, obrigado.

Mas hoje sentiu mais receio do que, por exemplo, no ano passado, quando vinha?

Um bocadinho, né?

Tem receio?

É?

Hum?

A sério, tem receio?

Tem receio de estar perto de outras pessoas, como, por exemplo, agora, quando deu uma próxima e-mail

para ele perguntar se tem receio, está com receio agora, por causa do receio,

tem?

Teve mais medo no ano passado ou agora, a meio da maior pandemia do século?

Hum?

Qual é que é que achou mais?

Veis que caiu por uma escada abaixo, foi pior do que o que aconteceu normalmente,

de grau a de grau, foi, por acaso, em princípio, não há razão para receio,

porque estão reunidas todas as condições para fiscalizar a distância social,

como aliás confirma a representante dos concessionários da Línea de Cascais.

Só uma última pergunta.

Quem é que vai fiscalizar se as pessoas estão a manter o afastamento ou não?

Quem é que vai fiscalizar?

Repare que estou a fazer a pergunta para ganhar algum tempo para responder.

Em princípio, quem deveria fiscalizar?

São todas as entidades a quem essa fiscalização compete?

Já todos chegaram à conclusão de que a fiscalização é praticamente impossível

e vamos ter de seguir as comendações, Sr. Primeiro Ministro,

que terá de haver autofiscalização.

Quem é que vai fiscalizar?

Repare que estou a repetir a pergunta para ganhar aqui algum tempo para pensar

e resultou, porque inventei agora esta resposta.

Quem vai fiscalizar, tome nota,

são as entidades que têm a competência de fazer a fiscalização.

Pau!

Já está.

A fiscalização essa aqui é impossível.

Já toda a gente...

Por exemplo, até cada um.

Ou seja, ninguém.

Vou estar para si.

Eu vou alinhar nisto.

Eu vou fazer a autofiscalização, mas é sério.

Eu vou andar em cima de mim com nenhum lobo,

porque eu sei que não sou de confiança.

Vou estar.

Pois é, que é isso?

Está demasiado perto do otopanhista.

50€ de multa.

É, para que já disse.

Ah, presta a paça.

Tá bem, me não repita.

Por que para a próxima não perdoou.

Eu vou andar direitinho.

Entretanto, todos os grandes dirigentes políticos

adotaram esta semana uma estratégia importante

para relançar a economia.

Primeiro Ministro,

vai almoçar com o presente de Assembleia da República.

Que venho aqui ao VAR, almoçar que se apresenta a República.

Eu almoçarei.

Boa, chefe da casa civil.

A primeira missa que pode responder

foi ele que me convidou para almoçar.

Eu estou aqui para almoçar

e prestar também a minha homenagem.

O que eu prometo, Ministro?

Vai almoçar ali, eu vou almoçar a colar.

Porque eu teria muito gosto de almoçar também a Lisboa,

no outro lado, qualquer.

Avemos a almoçar em conjunto.

Portanto, depois de estar em casa,

almoçar.

Os sacrifícios que o país nos exige

nesta altura, meu Deus.

É uma coisa...

Heróis do almoçar,

sobre o povo.

Sopa, educação valente.

E imperial.

É incrível.

É duro.

É duro.

Porque primeiro foi preciso ficar sossegado

para salvar a nação.

E agora que convém ir comer qualquer coisa

em nome da pátria.

Para ganharmos esta guerra.

Depois de Churchill,

com sangue, suor e lágrimas.

Marcelo com...

É mais uma dose de suor e sangue

que este está de lágrimas.

E eu até estou com suor do picante.

Igual, igual.

É igual.

Não perguntes o que o teu país

pode comer por ti.

Pergunte-o o que é que tu podes comer

pelo teu país.

E depois repete.

E mete-se a vermelha no fim.

Vamos todos incorporar

o espírito de Algeba Rota.

Atacaram os carapáus,

como olhá a Espanhola,

que aqui estão.

Cuá tá a taca do quadrado.

Trateu aqui.

Senhor Primeiro Ministro,

alê.

Presidente de Assembleia, alê.

E aqui o líder da oposição.

Azeite contestável,

em cima das batatas.

E a paléria atrás de duas broas.

Igualzinho.

Ah.

E é assim.

E é assim que vamos dar a volta por cima.

E nós vamos dar a volta por cima.

Por uma razão muito simples.

Porque somos os portugueses.

Porque nós somos especiais.

Nós somos especiais.

Não somos os responsáveis

de publicações especiais.

São iguais ao resto.

Portanto, é muito simples.

Os portugueses são especiais, né?

Não são os responsáveis políticos

que são especiais.

Os responsáveis políticos

são iguais aos portugueses.

Que são o quê?

Especiais.

Portanto, os responsáveis políticos

conseguem não ser especiais,

sendo iguais a quem é especial.

É preciso ser especialmente

nada de especial,

para não ser especial,

quando se é igual a quem é especial.

Hum?

E entretanto, não é uma cabeça.

Espetaculares são os portugueses.

São espetaculares no confinamento que fizeram.

São espetaculares na saída que estão a fazer.

São espetaculares naquilo que estão a produzir.

Nós somos muito bons.

E somos, como eu digo sempre,

somos dos melhores do mundo.

Porque somos.

Eu já não aguento, já não aguento.

Os bares e discotecas estão fechados.

Mas o presidente quer mesmo que a gente

possa ter a experiência de estar

ao pé do último bêbado ao fim da noite.

Olha lá, tu é espetacular, papá.

Olha uma coisa.

Tu é espetacular.

Ah, mas não, seu presidente.

Não!

Escuta!

Tu é espetacular a ficar em casa.

É espetacular a ser de casa.

E é o melhor do mundo.

E mais.

Tu é especial.

Eu não sou especial.

Eu sou igual a ti, que é diferente.

Ai, mais uma bagaça.

Presenta a câmera.

Eu chamo de herói.

Foi herói porque as suas agentes

são também heróicas.

Foi herói porque é um povo heróico.

Com muitos altarcas, foram heróis e heroínas.

E todo o povo tem sido heróico.

Todos heróis.

Todos somos todos heróis.

Quer ajuda que eu sou um herói?

Obrigado, também sou herói.

E o meu filho também.

Eu acho que sei o que é.

É capaz de ser confusão do presidente.

Porque, neste momento,

é fácil confundir os portugueses com heróis.

Porque parece que estamos em casa

com as nossas capas,

mas não é o roupão.

Estamos todos a começar a ficar desempregados,

mas não é o roupão em casa.

Parece mesmo, capa, mas não é.

É o herói a contemplar o infinito.

Mas é a ver, já chegou o dinheiro da Europa?

Ou não?

Ainda não.

Em princípio,

os portugueses não têm super-pederes,

mas o presidente tem.

A certa altura,

aconteceu isto, ela dizia

vou passar aqui para um membro da família,

mas o outro está a fechar lá dentro,

porque não quer estar

no mesmo quarto.

E nós só temos aqui dois quartos.

A certa família, num sítio,

está um sozinho no sítio.

Vamos lá ver se fazemos lá chegar o telemóvel.

Porque ele está tão embaixo,

tão desesperado,

com tanto medo,

que acha que morre hoje.

O presidente diga-lhe que não morre hoje.

Até eu passei o telemóvel,

para ele dizer que não morre hoje.

E ele, que é medo,

não abre uma porta, não abre uma porta,

dizia ele, abre uma porta.

E a história, um tanto confusa,

de um veto presidencial a um falecimento.

Não, não, não é o perdono.

Não, o senhor vai falecer a um, não é o perdono.

Não é o perdono para Portugal,

com a sua falheça agora.

Aguarde, aguarde um pouco, não é?

Que a minha casa civil

há de notificá-lo mais tarde,

para uma data ideal para falecer.

Pense que é parvo.

Vai agora, abre a porta, fecha a porta, abre a porta.

Mas os apredentes, eu estou no quarto,

estou de novo, não entrei as a abre a porta.

Não é? E não falece.

Faça a porta,

que eu dou, não andamos aqui.

Mas eu adava-me jeito de falecer, não falece.

Porque eu não quero.

Ah!

E agora, imagens politicamente

muito relevantes

que passaram despercebidas nos jornais.

No dia, peça a vossa especial atenção.

No dia em que saiu à rua para dar o exemplo,

António Costa

apresentou-se

em público com a briga ilha aberta,

mesmo para dar o exemplo.

Um cidadão, provavelmente

dos serviços secretos,

alertou a mulher do Primeiro-Ministro

que, por sua vez, alertou António Costa.

Vamos ver.

Em princípio, são imagens

que revelam alguma tensão

dentro do governo relativamente

ao grau de desconfinamento, não é?

Como é que é? É tudo já?

Ou, se calhar, as forças de segurança

mais cautelosas

provavelmente acham que é cedo

também para desconfinar tudo.

E, por isso, a gente alerta

a mulher do Primeiro-Ministro

a atenção da minha senhora, porque

há guia de segurança,

e, por exemplo,

o Primeiro-Ministro a atenção da minha senhora,

porque há guia 1,

tem o órgão de soberania de fora.

Cuidado com isso, estou só...

e António Costa,

ela diz-lhe, e eu,

com chega e com fina, não é?

Se calhar, evitou-se aqui

uma curva ascendente, digo eu,

porque podia ter passado

realmente a mensagem errada

ao povo.

Entretanto, sem que se perceba bem,

porque aviões vão poder estar cheios

graças a feitas, ensaiou uma explicação.

Provavelmente

estes passageiros não terão

regras de embolação

dentro do avião

e terão...

em princípio, olharão em frente

e, portanto, menos que estejam

com o familiar ou com o habitante,

haverá aqui regras dentro dos voos

de certeza que as tripulações

estão em treino para

minimizarem este risco.

Exatamente, tantas pessoas, as pessoas

quem já viajou, sabe, as pessoas nos aviões

estão a olhar para a frente,

exceto quando não estão,

quando estão com...

mas não estão com olhar fixe na frente.

Então, o senhor o que quer tomar, não sei?

Porque desconhece o que está no carrinho.

Uma vez que eu tenho os olhos fixos no horizonte,

como sempre que viajo da avião, já no teatro não.

No teatro quase nunca o senhor irá para frente.

O senhor é artista, que é dos artistas.

Onde será o senhor?

Onde é que vai dar o...

diga, é ao mesmo tempo.

Isto é a solução

para restaurantes que estejam

à beira da felência, não é?

Parece muito evidente, se disserem

que são companhias aéreas,

já podem ter a sala cheia.

Que é, isto é um restaurante? Não, isto é aviação comercial.

Não parece porque que me der boa,

mas é um avião, isto é um avião, não tem...

Eu, se tivesse um restaurante, era assim que fazia.

Era a era francizinha,

ou a lufe tásca.

Ou a exigente.

Ou a tapas.

Um destes.

Diste muitas vezes que não há

caras novas na política,

pois esta semana apareceu uma

que é bem capaz de ser nova demais.

E, também,

temos muitas dúvidas

em relação...

Péssimo, essa desculpa, tenho aqui um júniar

a aparecer.

Em relação

a número de professores abarcados por circunstâncias,

isto é,

o trabalho é muito difícil.

Contamos.

O número de professores abarcados

por circunstâncias,

outras questões muito práticas

de funcionamento.

Péssimo, essa desculpa.

Isto é muito difícil, Vasco.

Desculpa lá, filho.

Isto é um bocadinho difícil

manter a linha de raciocínio nestas condições,

mas eu vou tentar.

Foram referidos

dentro das salas da aula.

É uma situação que nos deixa

com bastantes apreensões.

É sim, filho.

A questão que nos

também deixa algumas preocupações.

Muito bem. Muito bom dia a todos.

Bom dia, Sr. Presidente.

A todas as entidades convidadas,

e também ao Vasco.

Exatamente.

Isto era o Vasquinho.

Filho de uma deputada do PCP

a dar-lhe cabo da cabeça

no Curso da Comissão Parlamentar de Educação.

O que a atenção é perigoso

porque pode mudar

as posições políticas da deputada

na Comissão de Educação.

De facto, não, eu juro que é melhor.

É melhor manter as escolas fechadas.

Não, Vasquinho, agora não.

Pode ser a prematura abrir

e deixar a mãe.

E realmente, a solução de não abrir

talvez seja a mais sensada.

Não faças isso agora.

Conscieção, talvez, dos oito anos,

não é?

Todos os alunos da escola ficam em casa

menos os oito anos,

que vão para lá.

Não é?

E é capaz de haver mais um ou dois

problemas de educação.

É aqui que eu venho todos os dias

dar as minhas aulas.

No final da tarde,

ao ar de lá o almoço vai ocorrer a casa

para carregar o telemóvel e o tablet

e, inclusive, o hotspot da internet

para não me falhar nada.

É nestas condições que eu me vejo

obrigada a trabalhar,

valo pela paisagem,

pelo ar puro,

mas eu penso que é um bocado patético

aquilo que se está a passar.

É a história de uma professora

que está a ensinar em casa,

mas, como não tem rede em casa,

para mim é uma heroína,

é muito simples.

E duas árvores ao lado estão um senhor

também num carro, como é lá aberto,

a vender heroína, curiosamente.

A professora é heroína e está o senhor

ao lado a vender...

A professora está lá,

a terça é uma das poucas escolas

do país que não tem amianto

e em que o aquecimento funciona.

Essa aqui é a verdade.

Mas também é das escolas que gasta mais

aos 100, a dela.

A professora tem um furo.

É não ser que a professora tenha um furo.

É?

Policemias.

Da palavra furo.

Falta apenas falar sobre um tema delicado.

Os apoios do Estado

à comunicação social.

Foram conhecidos esta semana os números

e o grupo de que este canal faz parte

foi o que recebeu mais dinheiro.

Nós queremos garantir

que a nossa independência se mantém

e que é ridículo ensinar

que o Governo pretende assim

comprar a nossa boa vontade.

Como se um Governo tão maravilhoso como este

precisasse de pagar

para que nós o tratássemos com a simpatia

e até o carinho que ele merece.

Claro que há alturas

em que as coisas correm mal.

Não há dúvida, como nos incêndios,

em tanques, aquela palhaçada

do desconselamento na carreira dos professores,

o ciréspio, o facto de ele serem todos

familiares uns dos outros, as cativações

que eram boas,

que foram boas para termos

um superávite histórico

que foi um orgulho ou não foi.

As pessoas também têm de pensar

preferem um grande orgulho no superávite

ou ter saúde e educação.

Não é, eu digo superávite,

mas é, e por cento estamos firmes.

Vamos agora fazer um curtíssimo intervalo

de 30 segundos pago por um privado

e voltaremos com um convidado

que sabe o que é gerir economia

em tempos de crise.

Bem-vindos de novo

numa semana em que se tentou resolver

os problemas da economia comendo.

Temos um convidado que há uns anos

também quis salvar-nos por via dos pastéis

de nata, é o antigo ministro

da economia, Alvaro Santos Pereira.

Senhor, estou muito obrigado por ter vindo.

Muito obrigado ao convite.

Tenho aceitado o convite.

Eu como quero que se sinta em casa,

como é óbvio, tenho umas iguas

e eu também tenho um convite.

Eu também tenho um convite.

Eu como quero que se sinta em casa,

como é óbvio, tenho umas iguarias

que sei que eu aprecia

e portanto, mesmo à distância consigo...

Muito obrigado, Ricardo.

Não tardou muito, estamos a obrigar

a comer o bolo rei aqui no estúdio.

Lá está.

Só para ver porque eu percebo

que em televisão comer nunca dá bom resultado

e as natas em especial imaginam.

Sem dúvida.

Talvez são boas para exportar

mas para comer na televisão e ficarem

na economia num período de crise

é a seguinte, sobre esta crise que se avizinha

quais acham que são as principais diferenças

entre o coronavírus,

que está a empobrecer o país

e a fazer aumentar as insolvencias

e o desemprego

e o governo de paz escolhe que o sr. integrou

e que deixou uma obra muito semelhante, não foi?

Acha que no fundo o coronavírus

não veio criar uma crise

exatamente com a receita da troika

para resolver a crise anterior?

São crises muito distintas

foram crises que foram provocadas

por políticas irresponsáveis

que nos levaram à bancarrota nos anos anteriores

portanto não teve nada a ver

com o que se passou agora

e portanto, houve, nós tialvamos sobre a influência externa

é justamente externo

e portanto não tem nada a ver com o coronavírus

O coronavírus neste momento é um choque

para toda a gente

neste momento somos preocupados e bem com a parte da saúde

mas não tenho mínimo dúvidas

que este vai ser o principal

choque económico

que todo mundo vai ter

no que tem tido nas últimas décadas

pelo menos desde a grande depressão

estamos a falar de só nos países desenvolvidos

mais 100 milhões

ou 150 milhões de novos desempregados

estamos a falar

em muitas insolvencias e muitas bancarrotas

estamos a falar em crises de dívida

muito graves para os países subdesenvolvidos

para um aumento de pobreza

portanto estamos a falar numa crise

como já não viamos há muitas, muitas décadas

sem dúvida nenhuma preocupante

e tenho uma preocupação adicional

que é mesmo que como diz o primeiro ministro

a Europa nos deu uma bazuca

para ajudar a resolver a crise

como é que acha que nós vamos arranjar

maneira de como sempre dar um tiro no pé com a bazuca

eu acho que só vamos dar um tiro

no pé com a bazuca

se nos pesamos com as quimeras antigas

que tivemos há uns anos atrás

que é pensar que o investimento público

vai curar todos os nossos maus

que vamos gastar acima das nossas possibilidades

para dar um tiro no nosso próprio pé

agora com a ajuda da bazuca europeia

e com as nossas próprias políticas

e com a ajuda das pessoas e as empresas

acho que é fundamental

conseguirmos dar a volta a esta crise

portanto nós temos que apoiar as pessoas

há muitas famílias já em dificuldades

há muitas empresas já a entrar em dificuldades

os próximos meses vão ser muito difíceis

os próximos anos vão ser muito difíceis

e portanto tanto a ajuda europeia

quer seja a bazuca

quer seja o apoio do estado

é fundamental para sermos esta crise atual

quando o sotor saiu do governo

na altura o que foi dito foi que

o passoscoelho tinha cedido a interesses

isto não é uma maneira desagradável

de sugerir que o sotor não tenha interesse nenhum

o sotor conseguiu perceber

se quem intrigou

para o expulsar do governo

manobrava o doutor passoscoelho

com os fios, como as marionetas

ou se mentia mesmo a mão no enchimento

com os bonifratos

eu não tenho nenhum segundo interesse

eu estive no governo com muito orgulho

e com muito gosto

esteve lá para defender o interesse nacional

não estava ali para defender o meu próprio interesse

como muita gente às vezes faz

eventualmente poderá fazer

e portanto saí numa crise política

o que foi lamentável é que a crise política

aconteceu no momento em que estava

o país fragilizado

o país sobre resgate internacional

podíamos ter caído um segundo de resgate internacional

não caímos graças à ação

penso eu decidida

para o primeiro ministro na altura

e portanto isso é que me interessa o resto de interesse

quando o seu secretário de estado da energia

Henrique Gomes se admitiu

houve presidentes de produtoras

de energia elétrica a celebrar com o champagne

isso foi falado na altura

eu se empatizo com isso porque

normalmente eu também sinto que o momento

em que agrado mais as pessoas é quando me vou embora

quando elas ficam mais contentes

o sotor o que se passa é

não teve energia suficiente para combater

o lobby da energia

o sotor critica as rendas excessivas

da nossa eletricidade

a sensação que eu tenho é que a nossa eletricidade

deve ser mesmo boa porque é mais cara da Europa

não é mais cara das mais caras da Europa

o sotor tem contra eletricidade de luxo

vamos lá saber

eu tenho tudo contra eletricidade de luxo

aliás eu fui o primeiro

e o governo onde eu estive foi o primeiro a ir contar

rendas de energia foi o primeiro a falar da renda de energia

e fomos os primeiros a cortar a renda de energia

3 mil milhões de euros que foram cortados na altura

a mim acusaram na altura

fizeram morrer bastante

acusaram na altura de estar

a favor dos lobas de energia contra a EP

o que era extraordinário sabendo

o que estava a passar

o que nós fizemos foi

quer na energia, quer nas PPPs

quer nos casinos, nós cortamos rendas

que nunca ninguém tinha cortado

nunca ninguém tinha cortado um céntimo

nós cortamos mais 3 mil milhões só na energia

mais 7 mil milhões nas PPPs

se isso não era contra os lobas

o que é que será?

assim como em vez de

fui despedido, se lhes disse agora

eu fui envolvido num processo de downsizing

ser remodelado

que é o que lhe aconteceu

é a maneira delicada de dizer

eu estava a ser chato e por isso escorraçaram

basicamente é isso que quer dizer

quando a minha dúvida é

quando o primeiro ministro o remodelou

disse-lhe oh Alvaro, não seja piegas

não disse isso mas de qualquer maneira

certamente o piegas é a coisa que eu não sou

e com a minha família várias vezes

de país, sempre pela minha

própria irmão e pela minha família

na altura do governo

nós fomos como disse contra os lobas

da energia, contra os lobas das PPPs

e outros lobas como nunca ninguém tinha ido

e fizemos reformas como ninguém tinha ido

então Paulo, Ricardo, saber um pouco

do que foi feito para ver piegas

certamente coisa que eu não sou

reformamos e reformamos sem medo

e portanto do olho meu livro autografado

para o Ricardo

mas tipicamente português

o pastel de nata ou a corrupção

é que a sensação que eu tenho é que a gente

produz a segunda e muito maior quantidade

e talvez a pudesse

exportar

eu era bom que se nós conseguissemos

pelo menos livrarmos da corrupção

pelo menos diminuir bastante a corrupção

eu não tenho grande dúvida

obviamente agora a crise da pandemia é a prioridade total

mas o combate contra a corrupção

conta-me deve ser a política número um

de qualquer governo

o futuro continua a ser a política número um

de um governo que

quer ter um país mais justo e mais solidar

e um país para todos, não é?

Eu percebo o seu ponto

a questão é que quando jogou ao governo

vem com ideias modernaças

como é pai não me chama esse autor

eu temo que esta sua nova mania

de querer acabar com a corrupção

não seja também uma tentativa de introduzir

ideias modernas de mais no nosso país

não, eu acho que não

estava a falar de exportar produtos portugueses

o que temos que fazer é importar

as boas práticas da anticorrupção

e as boas práticas de

as pessoas que andaram

literalmente a roubar o país

e os interesses de muita gente

as pessoas que andaram a lesar

milhares de famílias

com os seus negócios financeiros

na maior crise financeira do país

e outras crises que nós tivemos

essas pessoas têm que ser jogadas

o mais de pressa possível

e tem que haver consequências

que vão de recurso sem recurso

depois de finalmente chegar no jogamento

vão de recurso sem recurso até morrer em de velhos

e depois não temos justiça

isso não é um país que nós queremos para Portugal

eu certamente não é o país que eu quero

acho que o Ricardo também concorda comigo

e portanto todos nós temos que nos aliar

para combater a corrupção

e os interesses instalados

na altura em que foi ministro o soutor

sugeriu a exportação

dos pastéis de Nata já falámos disso

seria uma exportação mais lucrativa para Portugal

do que a exportação de antigos ministros

para grandes organizações internacionais

e económicas e da alta finança

eu acho que sinceramente

não sei de nisso a que está a falar

eu posso dizer da minha experiência

certamente a minha experiência

a melhor organização internacional não é da alta finança

é uma organização internacional

para ajudar os governos a reformar

e saber como reformar

partilhar as melhores práticas

e eu consegui o meu emprego como fixe

que é por mérito

ou seja candidata em meu emprego

seguia um processo de recrutamento

foi um painel de entrevistas e finalmente

ofereceram um emprego

muito estranho e até vergonhoso eu diria

eu acho que sem dúvida

pode ser vergonhoso

mas é assim que eu penso e acho que é fundamental

que cada vez mais o mérito seja

aquilo que nós, seja o principal

objetivo de todos nós

para batermos o país melhor

muito recentemente o soutor criticou

a direita portuguesa dizendo-lhe

que falta a direita portuguesa uma visão

para o país sinto falta daquela altura

em que estava no governo e a direita

tinha uma visão para o país que era

polo a ganhar menos e a pagar mais impostos

não, repara, essa situação é uma situação muito particular

foi uma situação de bancarota

e quando as pessoas entram aos

os empresas entram em bancarotos, as empresas

ou as pessoas ou os países

tem que se apertar o sinto infelizmente

e foi o que aconteceu agora posso dizer

que o objetivo

é claramente de conseguirmos sair de uma situação

de salvação nacional

tentamos salvar o país

e foi por isso mesmo que até os próprios

parceiros sociais ajudaram o governo

a seguirmos a situação atual

atual também mas a anterior

e é fundamental que

hoje em dia também é o mesmo acontecimento

uma crise enorme que temos pelas mãos

soutor foi um grande prazer tê-lo aqui

agradeço-lhe novamente

que tivesse aceitado o nosso convite

lá para casa boa noite

muito obrigado

e até a próxima

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Depois da pandemia, o mundo nunca mais seria o mesmo. As nossas prioridades passaram a ser outras, pusemos de lado tudo o que é supérfluo e concentrámo-nos nas grandes questões: “A água está boa?” “Como assim, está fresquinha, se ali em cima me disseram que estava boa?”. À entrada para o primeiro verão condicionado pela covid-19, lições regulares de autofiscalização e jornalismo de investigação: confrontar fontes, reunir testemunhos, tirar dúvidas com o pé. Todos em Portugal eram heróis, espectaculares a ficar em casa, espectaculares a sair de casa. Assim eram as prioridades em maio de 2020.

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