Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão: Para não ficar para sempre isolado numa ilha de solidão, escute a passarada!

Nuno Markl Nuno Markl 10/23/23 - 10m - PDF Transcript

O Homem que mordeu o cão é uma oferta de Fnac e novesseates a Rona Wave.

Com histórias marreques, cabeludas ou carecas, do nada das fortias pensar, eléquias, eléquias, eléquias, eléquias, eléquias.

O Homem que mordeu o cão traz seu fim do mundo em cueca, eléquias.

De uma ri de uma coisa que aconteceu aqui sem querer no meu telemóvel.

Ele estava com aquela coisa com o microfone a captar o que eu estava a dizer e a escrever texto.

Ah, maravilha. E estava-te um certinho ou não?

E então, ele ouviu toda a nossa anúncia da Max Smart.

A sério? E pôs ipsis verbos?

E aqui na parte, sabe a mais a Max Smart que tu disseste, ele ouviu e pôs saiba mais, não me mata.

Não me mata.

Sabe a mais, não me mata.

Também qualquer loja não me mata.

Olha, fiquem a sua título.

Ah, boas. La Crime J.

Tidles de Visódio, para não ficar para sempre isolado numa ilha de solidão, escuta, passarada.

Bom.

Você está cansado?

A humanidade tem a capacidade para criar monumentos a partir de nada e até encontrar uma espécie de conforto, barra, sentido da vida, nesse tipo de coisa.

Por exemplo, falávamos dela há dias, a famosa cadeira, que está em equilíbrio precário,

num cilhado de uma casa em ruínas da América profunda e onde pessoas vão em Rumaria, só para a ver.

E para perceber se a cadeira ainda lá está, ou seja, caiu, e ainda lá está, a cadeira aguenta-se heróicamente naquela posição,

quase dando a sensação de que somos nós, a humanidade dela própria, que está ali, naquele equilíbrio precário.

Acho que o mundo está a um lugar tão feio que as pessoas, na verdade, olham para aquela cadeira, quase como uma esperança.

Se ela cair, está atlustragado, se mantiver ali, é ótimo, é uma luz nesses tempos complicados.

A parte mais giradista é que, desde que falávamos desta cadeira há uns dias e do grupo de Facebook que existe para celebrar essa cadeira,

Portugal invadiu esse grupo e houve malta a espetar com a minha imagem e do Vasco lá em cima, sentados na cadeira,

como se véssemos a apresentar o Taskmaster, para espanto da maioria das pessoas que saem em aquela página e que são cidadãos americanos,

que não fazem ideia que nós somos, mas fomos bem-vindos lá, as pessoas tratavam-se.

Gostaram-se.

Bom, mas depois da cadeira no telhado, tem mais um monumento bizarro improvisado, estranhamente poético para vos mostrar,

em Illinois, na América, não muito longe de Chicago, há uma zona campestre que tem um lago, no meio do lago,

pequena pequeníssima ilha, e em cima da ilha, sem que muita gente saiba como nem porque, está um carro isolado no meio de uma ilha,

que tem para aí o comprimento e a largura dele, e ali está o carro no meio do lago, é um velho Volvo S80 2001,

prateado, abandonado, numa ilha no meio de um lago. Volta a frisar este ponto, há pelo menos 8 anos.

O carro começou a tornar-se viral com o desenvolvimento do Google Street View,

aquele sistema que faz com que nós possamos dos nossos telemóveis ou computadores viajar por sítios capturados pelas imagens daqueles caras do Google,

surge em imagens de satélite do Google Maps e acabou por surgir listado na app do Google Maps com uma atração turística,

ou seja, se procurarem no Google Maps por Volvo Island, a ilha do Volvo, aquilo está lá registrado,

consegue chegar lá e malta, tal uma cadeira no telhado, aquilo é estranhamente bonito e pacífico e estranho,

porque é um carro no meio de um lago e é impossível tirar-lo do lado do lado do lago.

S60... S60 e VSA, viz?

Exato.

Educações!

Mas isto não é de brincar.

Olha, esse lago tem barquinhos, não.

Não tem, não tem ele.

Se não era tipo uma retunda.

É um lago e um carro lá no meio, no meio de um lago, e há uma explicação.

Apesar daquilo de estar acessível a qualquer pessoa para ver e tirar fotografias,

aquele lago é, na verdade, propriedade privada de um tipo local chamado Scott Mann,

proprietário de duas bem-sustidas oficinas de carros daquela zona,

e foi ele que, há anos, largou ali um carro, porque tinha a ideia de fazer um concurso

para que as pessoas adivinhassem precisamente como é que o carro tinha sido ali posto.

Ele pôs o carro, mas, de sentido do concurso, comede que as pessoas posessem a risca da sua vida,

já que aquilo fica numa antiga mina que não dou e ele achava que é mal de tentar lá chegar,

que desgracias iam acontecer.

E então o carro lá ficou envolto em mistério, embora na prática não haja grande ciência,

sobre a maneira como ele foi lá parar, porque a ilhota, há tempos era uma península,

e por isso foi fácil deixar lá o carro, e depois simplesmente o que ele fez foi baixar o resto do terreno da península

e transformou aquilo numa ilha.

E agora pessoas vêm de todo lado para ver aquilo fotografar e refletir.

E se forem ao Google Maps, as críticas que pessoas deixam à experiência são arrebatadoras

a uma senhora que diz, isto mudou a minha vida.

Vou trazer a minha família de volta aqui todos os anos, isto vai tornar-se uma tradição que vai durar por gerações,

visitar este volo encalhado no meio de um lago, uma experiência de altíssima qualidade.

Ficamos a uma distância perfeita, nem muito perto nem muito longe,

a medida certa para que o mistério flua no ar.

Outra crítica, nunca encontrei nada mais bonito do que isto em toda a minha vida.

Achei que já tinha visto tudo, mas este carro majestoso na ilha foi tão inspirador para mim e para a minha vida.

Agora sinto-me limpo.

Olha, está aqui o João no WhatsApp a dizer,

esse carro não devia constar naquela página do Instagram, você estaciona como imbiata.

Plasta, era possível.

Também há umas análises mais desencantadas, como é um senhor que diz,

depois de esperar cinco horas na fila só conseguir ver o tchadilho, por causa de todos os outros turistas.

Sei que algumas pessoas venderam familiares para pagar esta pregrinação,

mas de que adianta se depois não conseguimos ver o carro?

Mas a minha favorita é esta, porque é muito bonito.

Este é o local onde pedia a minha esposa em casamento e onde o meu primeiro filho foi concebido.

Recomendaria este local a qualquer pessoa.

Isto é sublime, isto é sublime.

Eu daqui a pouco pongo no meu Instagram lindas vistas do carro abandonado no meio da ilha,

porque é mágico e vai fazer o vosso dia.

Bom, atenção a este método de previsão sobre o futuro risonho ou triste de relações.

Isto foi trazido ao Instagram por um tipo chamado Abraham Piper.

Ele autonomina-se pintor, escritor e entertainer pseudo intelectual da internet.

São palavras dele.

E o que diz ele que está a fazer furor por este dia?

Que é possível saber se um casal vai durar ou não, levando a cabo o chamado teste dos passos.

Que não foi ele que inventou, mas foi ele que na era da internet foi repescar esta invenção de um psicólogo

chamado John Gottman.

E isto é fascinante.

Em 1990 este John Gottman decretou que tudo o que é preciso para perceber se uma relação vai durar ou não

é apenas o canto de passos.

O que é que ele fez?

Ele montou uma espécie de um pequeno hotel bucólico de charme dentro de um laboratório.

Porque isto ao fim de contas era uma experiência, não é?

E então instalou lá casais que ele esteve a observar.

O que dito assim, sou absolutamente sinistro.

Mas foi por uma boa causa.

Ele disse que a conta disto e desta experiência ele encontrou um método para prever a durabilidade de um casal

com 94% de precisão.

É muita precisão, 94% de muita precisão.

Bolas?

Basicamente o que aconteceu é que ele deixava os casais confortávelmente dentro daquele hotel laboratório

e punha o encantador som de um pássaro a cantar no exterior.

E era tão encantador que era inevitável que uma das pessoas do casal acabasse por comentar.

E o comentário era, inevitavelmente, qualquer coisa como

olha que lindo o pássaro a cantar lá fora.

E era a resposta a isto do outro membro do casal que ditava o sucesso ou o fracasso da relação.

E ele percebeu, analisando depois o que expressou na vida e no futuro destes casais,

que os casais em que a outra pessoa respondia a ele como

uau, é mesmo lindo.

Ficaram juntos muitos anos.

Enquanto que os casais em que a outra pessoa não ligava sobre maneira a chamada de atenção do parceiro

ou parceira para o canto do pássaro.

Ou até ficava inervada, não é?

Ficaram-se não muito depois.

Ou seja, os casais em que a resposta a olha que lindo o pássaro a cantar lá fora,

fosse qualquer coisa como uma dessas três,

aham, ou silêncio, não ia durar.

Isto fez este psicólogo perceber que o método do canto dos pássaros é bastante inevitável.

Agora, o que eu temo,

é que depois desta edição do Homem que perdeu o campo,

vários ouvintes ponham os seus conjugis a teste,

levando-os ao campo,

preferindo as palavras olha que lindo o pássaro a cantar lá fora

e se eles não responderem,

uau, é mesmo lindo,

vão preferir-se sempre associadoras palavras,

então temos de falar.

Ou Marco,

e se a primeira frase fosse logo uma frase de disdain para com a amagáve?

Logo aparentemente,

não posso com este pássaro.

Eu exporto o pássaro.

Mas aí também iria funcionar, porque se a outra pessoa disser,

podes querer,

poça, que é grande a besta de pássaro.

Foi-se um por outro?

Sim, sim.

Exatamente.

O amor é isso.

O amor é odiar,

se você não conhece o pássaro.

E se um é besta, o outro também.

Agora, a parte interessante disto,

é que o facto de uma pessoa não responder,

ou encolher os hombros, ou dizer um básico,

esse tipo de observação sobre canto de pássaros,

não significa que essa pessoa não gosta do outro,

pelo contrário,

podem apenas ser algo desatentas,

e é por isso que o tipo que revivo esta teoria,

ele levou agora para a internet, o Iran Piper,

disse que a grande lição a tirar da tese dos pássaros,

é só uma.

Se a pessoa que é, mas te chama a atenção para um pássaro,

tu olha para a filha da mãe do pássaro.

Isto pode não soar super romântica a partida,

mas na verdade é.

O melhor é não fazer o teste.

O homem que me mordeu o cão,

foi uma oferta Fnac.pt,

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agora com uma oferta aliciente,

pelo seu carro usados.

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Um carro no meio de um lago... E um canto de pássaros!