Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão: Olhe a cadeiraaaaaa, Erasmu!

Nuno Markl Nuno Markl 10/11/23 - 11m - PDF Transcript

Senhoras e senhores, o Homem que Mordeu o Cão vem aí e é uma oferta da Fnac e do novo

seate a Rona Wave.

O Homem que Mordeu o Cão traz do fim do mundo em cueca, com histórias marrecas, cabeludas

ou carecas, do nada das fontias pensadas.

Elecas!

Marco, boas histórias!

Estando boas histórias!

Fasting boas histórias!

Boa!

Boas histórias!

Isso tem boas histórias!

Vamos ao reedito outra vez ou não?

E não só!

O Homem que Mordeu o Cão traz do fim do mundo em cueca.

Tindo este episódio, olha a cadeira e irasmo!

Mas, antes de mais, tenho que dizer o seguinte, mais daqui a bocado, neste amanhã, eu vou

revelar um projeto de secreto que tenho estado a levar a cabo.

É hoje?

É hoje?

Eu acho que quase que apanhou algumas vezes o projeto de secreto a acontecer.

Foi um projeto que eu levei a cabo com a nossa crid Sonoplasta Mariou, para ir há dois meses,

que está relacionado com o Homem que Mordeu o Cão.

Nenhum de vocês sabe o que é.

Eu próprio, que o levei a cabo, não sei bem o que é.

Não sei se é cultura, não sei se é estupidez.

É possível que seja as duas coisas ou nenhuma delas.

Sei que talvez vos surpreendam a vocês aos nossos vídeos.

É algo que eu chamei secretamente o projeto C.

C de cão?

Não.

Podia ser de cão, mano.

Acho que estou a trabalhar pela calada.

O nosso produtor André Pinin está a par disto.

Eu sei.

Ele arrasou um slot na Emissão 2.

Acho que tem um slot para a revelação deste grande projeto.

Quer dizer, eu não sei se é um grande projeto.

É a prova que seja apenas um projeto mediano.

Ou pequeno.

Até.

Mas por alguma razão, estou implicado por mostrar.

Vai ser ali antes do resumo da manhã.

Ok.

Ainda falta tanto.

Ainda falta tanto.

É isso.

Não percam.

Não percam.

Bom, estou fascinado com isto.

Estou um grupo de Facebook chamado Share Watch,

em progues algo como observação da cadeira.

O nome não pode ser mais explicativo.

É um grupo, neste momento, com 8.400 membros,

cujo sentido da vida é precisamente esse.

Vigiar uma cadeira.

Não uma cadeira qualquer.

Uma cadeira muito específica.

A referida cadeira está na América.

Num sítio chamado Dennisville,

está no primeiro andar de uma casa abandonada,

um primeiro andar que já não tem telhado.

A cadeira está a beirinha de cair

do lado direito de quem está de frente para a casa.

Os membros deste grupo de Facebook assumiram uma missão,

que é a seguinte,

eles passam por aquele casebro todos os dias,

tiram fotografias e informam os restantes membros

se a cadeira,

que está em uma posição delicada e periculitante,

já caiu lá de cima,

ou se continua lá em cima.

A cadeira tornou-se um fenómeno tal

que pessoas vão de longe para ver a cadeira.

A cadeira não caiu.

Ainda não caiu.

Uma vez que diz este posto,

deixada há dois dias,

no grupo por uma senhora chamada Lori Weaver,

diz ela, passei lá duas vezes no fim de semana,

continua lá em cima,

ver a cadeira ao vivo tem todo um novo significado.

Esta cadeira está na antecâmara de fundar uma religião.

Fui certo, estou a perceber sim.

E atenção,

depois de mergulhar-nos fotos deste grupo,

eu consigo perceber o fascínio.

É muito fácil a pessoa olhar

com sobranceria e arrogância para isto

e pensar,

isto é todo mundo malucos.

Talvez, mas eu sou como eles.

Eu sou como eles.

Se eu estivesse lá na zona,

certeza que vezem quando ia ver como está a cadeira.

É que o fascínio aqui

está na maneira como a cadeira está quase aqui,

a mesma abairinha.

Mas passam-se anos e não cai.

Tem prestados, acontecem.

Estações do ano vêm e vão.

A cadeira mantém-se ali firme e no entanto,

aparentemente tão frágil.

Ver os postos das pessoas sobre a cadeira

neste grupo de Facebook

é uma experiência quase zen.

Há aqui uma senhora que,

no dia 30 de setembro,

tirou uma foto da casa,

a porta estava uma escavadora.

Ela diz no post,

parece a ver alguém a trabalhar na casa.

Se calhar, é hoje que a cadeira cai.

Malta, estamos no dia 11 de outubro,

a cadeira continua lá no cima.

É incrível.

Isto tem a poesia das pequenas coisas.

É quase como o saco de plástico da banda

da ales americana, do filme CFR.

Sim, sim, sim.

Ao ler os comentários neste grupo de Facebook,

fiquei a saber que esta casa tinha telhado há poucos anos,

um temporal verrelo telhado,

deixou exposto os conteúdos daquele sótão.

Consta que foi aí que a cadeira ficou naquela posição

e consta também que houve um tempo

em que uma televisão que estava no sótão

ficou pendurada pelo fico.

Só que a televisão acabou de ir,

mas a cadeira mantém salido.

Mas isso, no fundo,

arranja mais uma preocupação, não é?

É, mas as pessoas...

Se calhar em alguma ansiedade.

É uma alegria ao mesmo tempo.

Eu estou fascinado com a cadeira

e com os posts das pessoas.

Olhem este que foi deixado há 15 horas.

Com fotografia, claro,

o texto diz,

ainda ali firme, hoje há uma e-dia.

Aí isto, outro seguidor da página diz,

obrigado, aguardamos a atualização

das duas da tarde.

Eu juro-vos, eu acho isto fascinante.

Acho até bonito, porque o mundo está,

como vocês sabem bem,

genericamente está a um lugar terrível e feio

e não parece que vá melhorar.

E, portanto, untar uma comunidade,

contemplar uma cadeira em equilíbrio precário,

no alto de uma casa abandonada,

tem qualquer coisa de esperança,

tem qualquer coisa de calor humano.

Um dos posts tem um cartoon,

um cartoon daqueles em que o cérebro está a falar

com a dona do cérebro que está na cama atentado-me.

E o cérebro diz,

estive a pensar na cadeira.

E a dona do cérebro diz,

pela milionésima vez,

que a cadeira ainda não caiu,

se cair o Facebook,

vai estar sem notificações do grupo

da preservação da cadeira,

a planear o funeral da cadeira.

E diz o cérebro,

não, não, não é isso.

A questão é,

se a força mais poderosa do universo

não for o amor,

mas seja o que for,

que está a segurar a cadeira lá em cima.

Isso é incrível, é incrível.

Chama-se, se quiserem inspirar,

chama-se Share Watch, o grupo de Facebook.

E, pai, é muito giro.

É muito giro.

Bom, e agora,

um acentlicado.

Só que a história é boa demais.

O conteúdo é adulto.

O desafio aqui,

se tem que falar disso,

sem usar,

sem usar a palavra fulcral.

Quer dizer,

a palavra fulcral,

não é a palavra fulcral,

é a palavra que eu tenho aqui para dizer,

que não é um palavrão,

é um termo científico,

mas pode levantar questões estranhas

e desconfortáveis nos carros,

enquanto os miúdos estão a ser levados à escola.

Por isso eu não vou dizer a palavra,

vou substituí-la por outra,

que rima com ela,

que é Erasmus.

Ok.

Sabe o que eu percebi.

Considerem isto uma homenagem

em Erasmus de Reterdão.

Boa.

O Erasmus, Carlos.

Eu vou contar as histórias,

sem dar mais explicações,

porque acho que as pessoas

já são capazes de ter percebido

o que estou a falar.

Foi um desafio deixado no Reddit,

na página MIDSOL,

o tal grupo do Reddit,

em que as pessoas explicam

o serilho em que se meteram,

e em que ofenderam outras pessoas,

e procuram uma condição

e um hombre-amiga,

e quando se questionam,

será eu a besta desta situação?

É o que diz esta senhora.

Recentemente me aconteceu

a festa de aniversário do meu marido.

Uma festa grande,

estavam lá todos os amigos do meu marido,

respectivas esposas,

não havia crianças.

Uma das mulheres na festa,

de quem sou amiga,

a da altura estava irritada

com o marido por qualquer razão,

disse, à mesa, com humor,

ah, os homens,

se não nos descem.

Erasmus.

Porque acharíamos de continuar

com eles.

E riu-se.

Eu rimo também,

diz esta senhora,

embora de maneira algo desconfortável.

Ela perguntou-me,

então o que é que se passa?

Ao que eu respondi,

ah, é que eu não consigo bem

identificar-me com essa frase,

pois nunca tive um Erasmus.

Pois.

O que se passou a seguir,

diz-ela,

é que para aí uma dúzia de cabeça

virá uns para ela em silêncio,

em espanto e em pena.

A minha amiga perguntou-me,

de maneira à alguém vergonhada,

mas está tudo bem,

aí na zona?

Ao que eu respondi,

sim, sim,

eu acho que simplesmente,

nunca ninguém esforçou

suficientemente.

Impressão minha,

a informação a mais,

está a ser despedida,

pelo protagonista desta história.

Sim, sim.

Conversa-se na mesa.

Na mesa do restaurante.

Sim.

Se o senhor não estava desabafado,

abriu-se uma caixa de padora aqui.

Mas era rápido,

não foi?

Foi.

O que aconteceu a seguir

foi angustiante.

Diz-ela,

nos 10 minutos que seguiram a isto,

todos os amigos do meu marido

estavam a insultá-lo,

a ver sobre este assunto.

Várias donhares presentes na festa

disseram que nunca seriam capazes

de estar casadas com alguém,

que não conseguisse levar a cabo o trabalho.

Que belo final de festa.

Estão-se-se de alegria.

É um bom final.

Diz-ela,

meu marido,

pedimos para sairmos mais cedo do restaurante.

Quanto?

Quando chegámos à casa,

deu-me um...

Não foi um era...

Deu-me um respaneto sobre o quanto

eu tinha humilhado.

Eu respondi que

a nossa amiga tinha feito uma pergunta

e que simplesmente respondi

porque a tendência é para ser sincera.

Nos últimos dias...

Demasiada intimidade para te dar.

Nos últimos dias,

ele se estava de rastos,

disse que nunca mais foi capaz

de falar com amigos,

porque eles agora acham

num miserável sereia besta

por ter sido sincera aqui.

Quer dizer,

possivelmente isto era

coisa para ter falado

com o outro primeiro.

E talvez a festa de aniversário

dali a mesa do restaurante.

Ou talvez ela quer falar

com as alias.

Talvez não diga-me se diga

que seja imprivado.

Pois, mas...

Na mesa, basicamente.

Não foi o melhor sítio.

Não é?

Nunca foi nem na mesa,

nem na câmera.

Não foi o melhor sítio

para tirar esse senhor do armário

enquanto amante egoísta.

Ela fez uma atualização da história

onde explica.

Este assunto já foi falado

entre nós, na verdade,

vezes sem contar no passado.

Ele diz-me sempre

que não é importante.

Não é nada do outro mundo

que não me consiga levar

a um eraspo.

Espera, ele diz que não é importante.

Ele diz que não é importante.

Portanto, diz ela,

eu acho que, como não é importante,

não é nada do outro mundo,

não vejo por razão

mesmo de manter isso escondido.

É boa resposta.

É boa resposta.

Está bonito este casamento está.

Este casamento está com uma cadera

da prima história.

Está ali.

O casamento vai acabar

e a cadera vai continuar.

Os comentários,

os comentários estão do lado dela

das pessoas que leram esta história.

Esse tipo é um egoísta

que só pensa nele

e suspeitos de compra

de determinado equipamento

capaz de terminar o trabalho

que o senhor é incapaz de terminar.

Há um comentário de uma senhora que diz

conseguiria eu estar com alguém

que nem sequer tenta

e que ainda apresenta diz

que isso não é importante.

Não, senhora.

E, com este termino,

dizendo malta,

a comunicação é o mais importante,

conversar

e dar ouvidas

é uma coisa bonita

porque, se não,

o ressentimento chega

e faz doer.

Podíamos falar mais sobre isto,

mas às nove da noite,

não é?

É isso.

É que agora...

Eu tenho um sonho...

Tem que ter algo em cuidado, não é?

Eu tenho um sonho de termos

uma versão para adultos

deste...

Desta rubrica,

que só acontece em podcast

e em que podemos dizer tudo.

Vamos todos pensar no mesmo.

Somos uma comunidade.

Não sei se essa versão

teria o patrocínio Fnac Pt,

uma jornal aberta para todas as novidades

e também do Novo Seate,

Zero na Wave...

Podíamos patrocinar o primeiro episódio

e depois tirar a voz.

Depois apeniou-se.

Patrocínio, coisa de adultos.

Patrocínio, coisa de adultos.

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A cadeira mais aleatória do mundo, a dona do cérebro e ... os "erasmus"!