TSF - Minoria Absoluta - Podcast: O regresso de Pedro Nuno e a agitação americana, com João Maria Jonet e Guadalupe Amaro
TSF Radio Notícias 6/10/23 - Episode Page - 42m - PDF Transcript
Seis meses depois, Pedro Nunes Santos está de volta e com muitos autoelogios, espalho
meu espalho meu, algum ex-ministro melhor do que eu, pelo menos nos últimos cinquenta
anos, não, é a convicção de Pedro Nunes Santos.
E este é um dos temas do Minúrio Absoluta de hoje, com o João Maria Jone e a Guadalupe
Pamaro.
Vamos também falar do jogo de palavras de António Mendonçamentos, em mais um episódio
do caso Galamba.
Guadalupe, comece por ti e comecemos lá estar pelo Pedro Nunes Santos, pela audição
de Pedro Nunes Santos, já tinha as saudades do antigo-ministro, foi a pergunta que ele
fez aos deputados do PSD, curiosamente.
Eu confesso que sim, algo, mas confesso que talvez seja a figura política do PS, pela
qual eu tenho mais simpatia.
Porque o vejo perto da ideologia do PCP, daquela esquerda mais à esquerda do PS.
À esquerda do PS, sim, diria que sim.
Acho que foi a highlight destes últimos capítulos da Comissão de Inquérite, que eu devo confessar
que...
Ainda não foi a Comissão de Inquérite, só para a semana.
Ok.
Comissão de Economia.
Comissão de Economia.
Agora foi a Comissão de Economia.
Essa vai baralhar as pessoas.
Sim, sim, sim.
Comissão.
E deixou muitos assuntos para a próxima semana, quando for a Comissão Parlamentar de Inquérite.
A única coisa que eu tive então a assistir a novos episódios destas várias comissões,
é a pedra no santo.
Sim, devo confessar que no geral mostar a aborreceria e saturar cada vez mais.
Acho que é o maior feito, talvez do PS, mas principalmente da comunicação social,
é levarem a tal saturação, que as pessoas chegam a um ponto que já estão completamente...
Não quer saber do que acontecerá, pode qualquer coisa relativar a tal.
Há outro ponto que é isto que interessa mesmo as pessoas?
Claro que não.
E como foi... não sei, eu sinto que as pessoas demonstraram isso nas últimas fundagens que
fizeram sobre o assunto, que na verdade seria o que teria evitado tudo isto, todo isto
desenrolar e arrastar deste tópico, se Antonio Costa tivesse feito o que o povo, pelo justiço,
diz querer, o próprio presidente da República diz publicamente que queria e o próprio João
Galampa, que era ter demitido logo.
João Maria Jônia foi o regresso que esperavas, a de pedra no santo, com a mesma abertura
ou mesmo tom como houve alguém dizer numa grande forma física.
A forma física eu não estava, espero que por acaso não convive com ele e não sabia
aquilo, mas faz-me sentido, porque a política tem uma natureza algo exaustiva que não joga
muito bem como se fosse fazer exercício e ter uma vida saudável, por santo, ainda
bem que ele se sente bem revigorado, é sempre bom para qualquer pessoa.
Liberou-se a sua relação tóxica, tanto que ele pôs de break-up, depois de uma relação
tóxica.
Não se liberou, depois fez uma pausa, apresentado de volta a não estar em tão grande forma
física, mas...
Mas foi o regresso que esperavas, fizeram-se grandes emissões especiais à volta do regresso
de Pedro Nunes Santos e ele voltou exatamente no mesmo tom, com a mesma abertura enquanto
ministro, igual a si próprio.
Sim, acho que não seria de esperar uma coisa diferente, há bastante chiple na partidária
no PS, nesse sentido, e notou-se, notou-se até agrupando as três João Leão, Menosamendes
e Pedro Nunes Santos, que são pessoas que teriam motivações completamente diferentes
para dizer coisas completamente diferentes, do ponto de vista da sua ideologia, do ponto
de vista da sua relação com o primeiro-ministro, do ponto de vista da maneira como saíram
do governo, lá ficaram e estão todos mais ou menos com o discurso bem aluniado, se
ele afizaram uma reunião antes, uma reunião preparatória, vamos ver quem é que tem as
notas disso, que ainda há mais violência, mas achei isso, não me surpreendeu, até
fiquei mais surpreendido agora com o que eu vou dizer que está mais próximo do PCP, que
acho...
Acho engraçado, acho engraçado a maneira, quando é o Bloco de Esquerda são performativos,
quando é uma pessoa claramente performativa.
Eu não adoto, regra geral, esse hectarismo de ataque concorrente ao Bloco.
Eu sei, mas admitirás que poucas pessoas são mais performativasmente esquerda do que
Pedro Nunes Santos, o homem que trouxe o atrói capaz de podendo adotar.
Mas essa era mesmo a minha próxima pergunta, porque Pedro Nunes Santos entrou em confronto
algumas vezes com o deputado de Boron Diaz, do PCP, entrou também em confronto com o
Bernardo Blanco da Iniciativa Liberal, teve um extraordinário momento de men's planning
com Marina Martega.
Exato.
Devo confessar que na verdade o que uma alicia mais nas prestações do Pedro Nunes Santos
é considerar que ele proporciona algo caminho, falta muito quando tenta assistir a este tipo
de comissões que é entretenimento, portanto pelo menos em isso eu confiro.
Mas achaste que o Pedro Nunes Santos estava de alguma forma a piscar o olho ao eleitorado
do centro, cantando fugir um bocadinho daquela figura de eu sou um grande e o homem
de esquerda.
Sim.
Porque se sabe-se que se algum dia Pedro Nunes Santos chegar ao líder do PS e quiser
vencer em leções, pende de vencer ao centro.
Claro, claro, claro.
Não sei se começou já a fazer essa acipe de campanha, eu acho que não diria, acho que
se houve uma posição mais moderada é explicada provavelmente pelo facto do que o João disse
aqui de uma provável preparação com o objetivo de uniformizar as várias intervenções do
PS.
Foi portanto a João Maria Jônia, um Pedro Nunes Santos, com o guião de sempre para
ser líder ou tentar ser líder do Partido Socialista?
Eu acho que o guião de sempre não é necessariamente para ser líder, é postura confrontacional,
quem o confronta?
Ele confronta, a bruta, e para além da postura confrontacional notei a conversa do costume
que está, eu diria, na esquerda do PS, e que acho que foi importante que exista, porque
é bom que o PS não seja só uma massa amorfa de falta de ideologia da lógica, da defesa
da gestão pública e da defesa do trabalho feito, como disseste ao início, de que se
não conseguiu entregar a lucro, claro que lá está, isto é, narrativa de esquerda,
no sentido como é típico do Partido Socialista, aliás, narrativa de esquerda, a gestão pública
é muito boa, foi muito bem feita, não sei o que, mas na verdade provocada por um processo
de austeridade dentro destas duas empresas, que de esquerda não tem absolutamente nada
de neoliberal, tem bastante, mas pronto, eu acho que neste país resulta muito dizer
coisas de esquerda a vulso e fazer coisas de direita, as coisas que resultam da milheta.
Isso é o que justifica a minha antipatia, a minha maior antipatia por qualquer partido
político, honestamente, ser pelo PS, o facto de fazer essas promessas à esquerda e estética
de esquerda e políticas de direita. Dito isto, eu acredito que de facto existem pessoas no
PS a genuinamente iludidas, que de facto são de esquerda e se consideram de esquerda
e têm de ir à esquerda, e acham que estando em um partido de direita vão conseguir inclinar
o...
É o caso de Pedro Nunes Santos, está iludido no Partido Socialista?
Não, não acho que Pedro Nunes Santos seja iludido, acho que ele na verdade está bastante
consciente.
Mas voltando a questão, ou seja, ao longo destes últimos meses falámos várias vezes
Pedro Nunes Santos podia ou não ser líder do PS, porque ficou de alguma forma manchado
em todo este processo da TAP e da indemnização a Alessandra Reis. Pedro Nunes Santos mostrou
na terça-feira que as ambições dele se mantém intactas, ou não?
Ou seja, nesse sentido de eventualmente liderar...
Ser líder do Partido Socialista?
Honestamente, a minha opinião pessoal, meu desejo pessoal, espero que não, porque destruir
a qualquer sempre diga que eu sinto por ele, destruirá todo o charme de estética
da autosider, se assim ouvir, mas acredito que sim, acredito que agora tenha uma estratégia
mais definida, que este tempo fora tenha permitido isso e que talvez se mudare.
Pedro Nunes Santos acabou por defender o primeiro-ministro nas cascas de Bananda, que a oposição
foi atirando, mas a certa altura lembrou o célobre episódio do aeroporto, quando
o Pedro Nunes Santos quis, de alguma forma, a força e nas costas do primeiro-ministro
avançar com uma nova solução para o aeroporto, lembrou esse caso dizendo que o aeroporto
Humberto Delgado está a reventar pelas costuras, João Maria Jorné. Foi aqui também uma mensagem
para António Costa.
Sim, acho que até para matar um bocadinho essa narrativa de que foi nas costas é importante
nós formos em perspectiva que nós acreditamos sempre em tudo o que o primeiro-ministro nos
dizia, mas isso particularmente saudável.
Mas naquela altura António Costa nem estava em Portugal, estava em Madrid, em uma semana
danada.
Mas não sabe que ele quando não está aqui, não tem telefone.
Sim, está completamente natural.
Sabes que por menos durante aquelas horas em que Pedro Nunes Santos anunciou que havia
uma solução, António Costa não tinha um telé móvel porque estava numa reunião de
alto nível.
E não falo que era conversa sobre o assunto.
Nunca.
É isso.
A calha sempre que António Costa, apesar de ser a pessoa mais poderosa de Portugal
e o grande gênio político, controla tudo e todo, nunca sabe nada do que está a passar
e as coisas vão acontecendo.
Então acidentes de repente chamam os serviços de informações com a doença da República
e aquilo.
Mas o cheiro não é uma coisa que a tutela é só minha, como é que isso está a acontecer?
Fazem decisões executivas.
O casamento também estava fora de Portugal.
Está sempre fora de Portugal, é um alibi fantástico porque a gente sabe que isso do
roaming não perdoa ninguém, não é?
E pronto, eu tenho muita dificuldade, acho que o país tem um hábito pouco saudável
de reverência ao poder e leva-nos a acreditar muito no que as pessoas que têm o cargo mais
poderoso dizem.
Mas achas, num sentido, assim, de uma forma geral da população?
Sim, eu acho que as pessoas acreditam muito...
Acho que as pessoas acreditam muito em político.
Não, acho que as pessoas acreditam pouco em políticos, mas dentro do que acreditam
em políticos, acreditam sempre mais no que tem o cargo mais alto.
E isso é extremamente útil para quem tem o cargo mais alto.
Não sei se concordo.
Descorre-se.
Desculpe-se.
Porque imagina, acredito que parte da população que responde a essa descrição, a esmagadora
maioria, acho que nem sequer está a ligar absolutamente nada.
Não, não, não.
É mais por aí.
Eu estou a dizer da população politizada.
Exatamente.
A população quer saber...
Sim.
A população politizada tem uma série de casos, no mandato de António Costa, seja
que a famosa crise dos professores, que foi, pronto, ele fingiu ali uma coisa que
não existia e uma crise institucional e uma queda para o abismo orçamental que não existia
e as pessoas ficaram tipo, ah pronto, mas o primeiro-ministro diz que o país vai acabar,
logicamente vai acabar.
Apesar de todos os outros partidos dizerem que não, ele é o primeiro-ministro, então
tem o lado de saber.
E com isto é assim com o Frederic Pinheira, é assim com o aeroporto, nunca o primeiro-ministro
é sempre apanhado de surpresa por coisas que podem eventualmente acabar com o futuro
da nação e salver-nos à última da hora, porque afinal descobriu e apanhou os bandidos,
parece um bocadinho policial e eu acho que as pessoas gostam disso e gostam de comparar
isso.
É uma ótima estratégia.
Eu sou incrível.
A máquina de propaganda do PS é fantástica.
Mas voltando à audição.
Não nos prendem aqui, aqui ninguém nos calma.
Voltando à audição de Pedro Nunes Santos.
Não está com o André.
De alguma forma, de alguma forma o Pedro Nunes Santos deixou grande parte das questões para
a comissão parlamentar de inquérito da próxima semana, ou seja, isto foi apenas um aperitivo?
Foi, acho que também por isso nós estamos aqui entre desviar do tema e fazer este truque
a António Mendonçamentos de falar imensas e dizer imensas palavras, mas não dizer absolutamente
nada.
Estamos aqui um bocadinho.
Isto não é bem comentável, porque não aconteceu nada e eu acho que essa estratégia de...
O Papino Nunes o regresso, vale por si próprio, na verdade.
Sim, sim, sim.
Acho que vale por si próprio e é comentável a ideia de que a hora de grande líder forte,
a hora de grande líder forte capaz de liderar o Partido Socialista e fazer frente à direita
à esquerda e na CG, acho que devemos comprovar que se mantém intacta, mas para além disso,
nós já estamos aqui running on films, como dizem os ingleses, estamos já tentando destrinçar
um bocadinho de interesse numa coisa que leva meses, anos até a questão da TAP.
Eu até tenho alguma dificuldade em...
Eu percebo a necessidade de uma comissão parlamentar de inquérito, mas até tenho alguma
dificuldade em perceber porque é que se dá tanto peso politicar a questão da TAP quando
foi, provavelmente, um dos três principais temas das legislativas de 2022 e as pessoas
disseram, ok, porra era uma maioria absoluta no PS.
Tão de dificuldade em perceber porque é que continuamos tanto nesta tecla e, perante,
não gosto dela.
E o que é que esperas, Guadalupe, da audição de Pedro Nunes Santos na Comissão Parlamentar
de Inquérito?
Não tem nada...
Espera entretenimento, eu espero sempre de Pedro Nunes Santos, é a primeira vez de
confessar que tem algum entusiasmo sobre essas comissões, tem um aburrecido imenso,
tem...
É, o Galambé e a Eugénia foi... foi giro, foi, ok?
É muito... é muito um monte de nada, eu sinto...
Sim, o dia foi horrível, ou seja, ver foi horrível, mas a perspectiva da Guaravão aqui
os três que andaram a batatada foi muito divertido, é um contexto divertido e caótico,
mas no geral do conteúdo que tem apresentado, que é muito, pelo menos para mim, da minha
perspectiva pessoal, que é sido muito difícil conseguir despremer algo que me interesse,
e algo que seja de facto concreto, não sei, sinto que são só muitas danças...
Vamos então a algo mais concreto, ou então não, isto é o mais concreto do mundo.
Isto porque na audição que aconteceu curiosamente na tarde do dia do regresso de Pedro Nunes
Santos, a Torna Mendonçamentos confirmou o telefonema com o Jogo Alamba, algo que
ainda não tinha feito, não entanto, não confirmou essa alegada sugestão para a intervenção
dos serviços credos.
Daquilo que eu ouvisse do secretário de Estado do Junto do Primeiro-Ministro, Guadalupe,
ficaste... ficámos um passo mais próximo da verdade, ou ficámos exatamente no mesmo
sítio?
Isto não ficámos exatamente no mesmo sítio, no sítio em que...
Quando você conseguir estar ouvindo o Guadalupe do secretário de Estado, do secretário
de Estado, gente, o primeiro-ministro, é que há um desafio, ele está...
Teasers.
Teasers no Twitter.
É que aquilo é um...
Não ouvi-te na TSF?
Não.
Devo conversar que não ouvi na TSF.
Opa, volto a repetir que é um tema que me tem causado bastante desinteresse, tem
sido muito difícil, por isso é que fiquei tão feliz pela possibilidade de haver alguém,
opa, pelo menos mais carismático e que possa, não sei, que possa dizer algo que seja de
facto interessante de comentar.
Mas tudo este jogo de palavras de António Mendocamento sobre o caso João da Lamba leva-te a concluir
o quê?
João Maria Jodem.
Nada.
Leva-me a concluir...
Mas, ou seja, alguém está a mentir?
É a minha teoria dentro do nosso policial, não é?
É isso, é isso já.
É um conceito sério, porque eu não quero saber quem é que está a mentir, o que custava
que alguém admite isso, um erro, e que apresentasse uma solução para isto não se repetir, para
não poder ser perfeitamente fazível, uma chefe de gabinete do Ministro Ligar e dizer
aquele senhor está a trair a pátria, trago-me o computador, ou melhor, até...
Isso até poderia acontecer, nem acho isso mal, aquele senhor está a roubar uma coisa,
nem a chefe de gabinete, nem o SIS sabem que se for um roubo não há o SIS para ir,
e ninguém admite que isto é um erro, isto é muito preocupante.
Então, entanto, o Tonho mandou-se a menos, disse, na Comissão...
Que que era a abordagem correta.
E que era a abordagem correta, e não só que ligar para o SIS não é a mesma coisa de
pedir a intervenção do SIS.
Sim, sim, sim, bela, não pode pedir a intervenção do SIS, a única pessoa que pode pedir a intervenção
do SIS é, de facto, o Primeiro-Ministro.
Eu queria perceber se alguém, e acho que isso fica mais ou menos arrumado, eu não sei
que ele está já a mentir, mas fica mais ou menos arrumado que...
Muito bem, é possível também.
Se alguém tinha, de forma imprópria, pedido uma intervenção do SIS, não tendo essa
competência porque só o Primeiro-Ministro é cateria.
Parece-me que isso não estará acontecido, o que eu suspeite que estará acontecido
é, ou um, a chefe de gabinete do Ministro das Infraestruturas mentiu na chamada que
faz o SIS sobre a gravidade do caso, e por isso o SIS quis intervir, ou dois, para
mim menos provável, a chefe de gabinete contou exatamente o que aconteceu e o SIS
decidiu erradamente intervir.
Nos dois lados há um erro e há um problema, ninguém quer lidar com ele, é o típico,
não é?
Vamos fingir que não aconteceu, isto foi a abordagem, o que estava a ter tido este
truque quando era mais novo, que era, riscava uma parede, e em vez de, de pronto, a minha
mãe me pôde castiga, eu dizia, não, mas isto era a abordagem certa a ter esta parede,
e seguia com a minha vida como se nada fosse.
Mas ou seja, tu estás a passar para uma visão que é um pouco a mesma do partido
se eu listei nesses últimos dias, que é a realidade ou não da intervenção do SIS.
Portanto, todas estas questões de quem ligou para quem sugeriu o que, para ti, não fazem
sentido já nesta altura.
Para mim já é novela, o ponto para mim essencial é, houve um erro, não houve, eu gostava
que tivesse havido, eu espero, se não houve um erro, a lei está mal feita, porque eu
espero que o SIS não tenha descreacionalidade total para ir atrás de um roubo, não é
suposto, se é para a PJ.
Portanto, eu espero que tenha havido um erro, ou seja, se não houve, alguém corrigir isto,
posso SIS não andar a fazer o trabalho da PJ, se houve, alguém corrigir isto para
não voltar a acontecer, e era isso que eu queria estar a discutir, não é?
Quem é que ligou, isto parece coloês, não é?
Não me interessa muito.
Sim, sim, sim.
E a questão sobre se nós estamos a seu sinto, pelo menos que nós estamos a aproximar da
verdade, primeiro eu teria que acreditar que algumas das pessoas está a ser sincera,
que é algo que eu tenho encontrado, ou seja, a oposição está...
O que é que é que é a suposta de eu acreditar?
É porque nenhuma das pessoas parece credível para mim, pelo menos pessoalmente.
Isto ia dar uma boa discussão sobre o que é que é verdade.
No santo, também não parece credível, parece, lá está mais uma vez, a virtude
que confia é proporcionar entretenimentos, pelo menos interessa-me.
Mas deixa-me me perguntar-te, a oposição onde está a alimentar uma novela, como eu
perguntava há pouco, os vão em relação às chamadas, quem se prossegiu aqui?
Creio que partes da oposição sim, não é?
Claro.
Estão partidos?
Claro, não tem mais nada para dizer.
Para os outros.
Para os outros.
Para sempre.
Ao PSD, ao CHEGA, à iniciativa liberal, não tem...
A direita acima de tudo é quem está a alimentar isto?
Sim.
A iniciativa liberal, ainda dos três, estaria a ser injusto se tivesse que a iniciativa
liberal não tem nada para dizer, porque a iniciativa liberal apresenta de facto propostas
bem estruturadas e o PSD, através dos seus deputados exilados, também através da liderança
do grupo parlamentar, não é?
É o vazio de ideias que se vê cada vez que abrem a boca e, portanto, nesse sentido,
eu percebo que prefiram ter o holofote de outra pessoa e num assunto que não lhes
exige trabalhar, porque isso, para a liderança da bancada do PSD, seria um desastre terem
de voltar a trabalhar, porque eles não sabem fazer-lhe.
Mas isso era a mesma pergunta.
Que não são questões estruturais, não é?
Que são só polêmicas que podem, de alguma forma, afetarem a imagem do PS, não é?
Mas dá muito jeito, porque lá está.
Depois, se eles tivessem...
Dá muito jeito de não trabalhar, não é?
Se eles tivessem de começar a trabalhar, tinham-me de começar a gerir o facto de terem
escolhido 12 vice-presidentes de bancada e terem uma amálgama de ex-reuistas com um
monte de negristas que funciona muito mais ou menos e, sei lá, tinham-me de começar
a lidar com as consequências das ações deles, e assim, pronto, chutam, chutam, fazem
um jogo de pinhata, não é como o Ricardo Araus, para fazer aquela graça de pinhata
no galamba e, pronto, não tem que discutir políticas e então para o chega, que cada
vez que eu vejo uma sequência de propostas do chega a darem entrar na Assembleia de
República, parece que o meu irmão e o meu primo têm uns 2, 11 anos se juntaram para
decidir que é que era a proposta mais estúpida para escrever e escrever, e mandaram para
ali.
Portanto, eu percebo que eles não tenham interesse em voltar ao trabalho legislativo e que era
um foco.
Mas essa era a mesma pergunta que eu tinha para ti.
Isto, o Procurso Chega já pediu o prolongamento da Comissão Parlamentar de Enquérito.
Claro.
E às vezes, para que o João Galamba voltasse ao Parlamento, à Comissão Parlamentar de
Enquérito, ou seja, é uma jogada do ponto de vista da André Ventura inteligente para
prolongar estes casas e casinhos?
Claro, porque se for para apresentar o trabalho, não há condições, não há condições
intelectuais, não há neurónios para bater uns com os outros e, portanto, é normal que
queiram prolongar e chamar João Galamba e se calhar até chamar o João Suárez por causa
das bem-galadas e chamar o Teixeira do Chante por causa do FMI e chamar o Sócrates por
causa do Freiporte e, assim, sucessivamente, porque, quanto menos aos estivessem discutir
política e mais casos e casinhos, mais felizes, seria.
É só dar a base de campanha e de estratégia do Chega e que retrata a relação simbiótica
entre o Chega e entre o PS, na verdade, não é?
Ou seja, o Chega e a comunicação social.
Ou seja, o PS também quer que o Chega continuo como um papão para ter ganhos eleitureiros.
Claro, PS. Eu sinto que o Chega serve, tem servido bastante ao PS, como se revelou nas
últimas eleições. É assim, talvez o Chega não fosse tão útil ao PS, se houvesse alguém
à frente do PSD? Há.
Acho que sim.
Há uma pessoa qualquer, não é?
Lismo de Negros, isto é alguma coisa, João Maria Jânia.
Serão-me que sim.
Mas, tendo em conta a falta de liderança do PS, atualmente, eu acho que o PS pode se
manter-se num poder tanto tempo quando quiser, só instrumentalizando o medo que as pessoas
têm de Chega eventualmente se associar à direita e formar o governo com a direita.
Enquanto que o Chega puderá continuar a crescer enquanto o PS for partido de poder e de governo
e continuar a não servir ao povo e responder às suas necessidades.
Mas, já agora, nós vamos ter eleições em Espanha, no próximo mês, em julho. Caso
tenhamos um governo pp com o Vox, acho que o PSD não vai ficar de alguma forma mais
descansado caso no futuro tenha de fazer um governo com o Chega.
O PS?
Não, não, o PSD.
Ah, o PSD.
Eu sinto que eu não sei se o PSD está muito preocupado com a ideia de eventualmente ter
que fazer um governo com o Chega. Eu acho que não precisa desta validação espanhola.
Talvez, talvez legitimize mais essa opção, mas acho que se preciso fora, acho que o
farão, sim.
Também acho que sim e acho muito interessante seguirmos Espanha por uma série de razões
que agora esta última sondagem nos deu a perceber, que é o peso relativo da direita
não PSD, em relação ao PSD. Podemos estar a viver uma espécie de Espanha com atraso.
O que aconteceu em Espanha foi que essa altura o Pp valia 16, os cidadãos 15 e o Vox 10.
Isso pode virar a acontecer em Portugal com a troca de tamanho entre o Partido Liberal
e o Partido de Disturma de Direita, não é? Porque a Espanha, cá, parece que não é
o Chega, é a maior que a Iniciativa Liberal até prova, em contrário.
Portanto, são sinais interessantes, que acho que normalmente levam a que se adaptenem
muitas coisas de Espanha cá. A Gobernação de António Guterres segue muito uma lógica
de terceira via de Filipe González, o Governo de Rarrói e do Passo Escolho são super parecidos,
o Desapatero e do Sócrates também. Normalmente costumamos rimar nos nossos caminhos, na
alguma coisa dos nossos sistemas políticos nem por isso. Nunca houve uma coisa tão renovadora
e transformadora como a Cidadãos. Nunca houve, a meu ver, infelizmente uma evolução
não sectária da nossa esquerda para uma união de todas as esquerdas à esquerda do grande
Partido Socialista. Em Espanha o Podemos, que é o equivalente ao Bloco de Esquerda,
acabou por se coligar com o Partido Comunista Espanhol, que é a esquerda unida. Apesar da
primeira relação de poder ter sido, o Podemos muito maior que o PC, agora parece que vai
ser ao contrário. Aí Holanda Diaz, que é do PC, é que vai liderar toda a esquerda.
Portanto, isso é das coisas que eu acho, se for para tirar exemplos de Espanha até
acho que o mais giro era para o Bloco e para o PCP, ver se se entendiam.
Menção menos expectável. As outras previsões são tão expectáveis, quase que nem precisamos
dar para a política aqui do lado, porque claramente a iniciativa liberal em enxiega
são partidos em extension e o PSD está estagnado para não dizer de crepe.
Sem nossa, se tem um senso da iniciativa liberal tem o potencial de crescimento por ser tão
ideológico, não sei se tem o potencial de crescimento que o cidadano esteve. O cidadano
era muito mais participativo e abrangente do que a iniciativa liberal, talvez por isso
chega, tenha mais tamanho que a do que o Vóxela e ao menos do que o cidadano.
Mas sendo o menos expectável acho que era o mais interessante.
Sim, claro que sim.
Vamos então sair de Portugal e rumo.
Já saímos agora um bocadinho.
Já saímos em Espanha, mas vamos sair da Península Ibérica para os Estados Unidos,
porque vamos falar sobre as eleições presidenciais que são só em 2024, não entanto as primárias
já mexem principalmente no Partido Republicano, que é o partido que não está no poder
e João Maria Jônia comece por ti, porque é um especialista quase nestes assuntos.
Já temos vários candidatos republicanos, são nove, penso eu, mas há três que se
prefilam como os favoritos. Donald Trump, Ron DeSantis e também Mike Pence, que na
verdade são todos.
Mike Pence.
Mike Pence.
Está mais acima do que, sei lá, a Nikki Haley.
Também iguais.
Por acaso eu aponho a não mesmo...
Alguém que não vê o Mike Pence como só um bíblo que existiu durante a Administração
do Trump?
Não, mas a minha pergunta e mesmo nesse sentido, ou seja, todos estes três nomes de que falei
são produtos de Donald Trump.
E mesmo a Nikki Haley foi a embaixadora das Nações Unidas de Donald Trump, a única
pessoa que fez um percurso, ou as únicas duas pessoas que fizeram um percurso separado
de Donald Trump e mesmo assim foram apoiantes, são o governador da Cota do Norte, a Bárgame,
que se candidatou ontem, e o senador da Carolina do Sul, Tim Scott, que é o primeiro
senador afro-americano-republicano sul desde 1876, desde a altura em que houve uma transição,
porque a seguir a guerra civil os afro-americanos do sul podiam votar e isso durou cerca de
20 anos e depois arranjou-se uma maneira de fazer segregação racial que impedisse o
voto e deixou de haver republicanos negros a representar no Senado e na Câmara dos Representantes
as populações do Sul, e pronto, mas Tim Scott não tem nada a ver com os chamados republicanos
radicais dessa altura, não é um homem de esquerda nem pouco mais ou menos, aliás,
esses republicanos radicais na altura eram muito iligiados por Karl Marx, que se fartava
de mandar cartas a Abram Lincoln de apoio, e pronto, agora é engraçada esta, um dia
com mais tempo até podemos falar mais disso, mas é engraçada essa transformação, para
de repente estamos aqui a falar de gravações de extrema direita, no fundo, são todos,
como dizem os quais, todos os produtos do Donald Trump e não cento, são produtos do
populismo do Tea Party e de uma maneira de ver a política hipertribalizada, hipertradicalizada
contra o papel do Estado, mas um libertarianismo que eu acho sinistro nos Estados Unidos que
é um libertarianismo muito cristão e muito evangelico até, que o slogan do Tim Scott
é Faith in America, o Mike Pence está a pensar a fazer uma campanha completamente confecional,
tipo, este homem é um pagão, é um falso ídolo, não sei o que, que é porreiro,
por uma pessoa que foi vice-presidente dele, isso tu, Mike Pence diz, o Donald Trump obrigou
a me escolher entre ele e a Constituição, eu escolhi a Constituição e vou sempre escolher
a Constituição.
Sim, sim, no 6 de janeiro, no fundo, Donald Trump obrigou o Mike Pence a escolher entre
ter pessoas a querer enforcar-lo à porta do congresso, ao fazer o que ele dizia e
ele de facto arriscou-se a serem forcados, que dentro de todas as atitudes cubardes
e idiotas que ele teve na vida foi provavelmente a menos, mas é isso, é um mínimo denominador
comum de decência, que a Nicky Healy, se calhar até é que está mais salvaguardada
nesse aspecto, porque é mais próxima de uma candidata do tempo de George Bush, metade
das frases que ela diz têm a ver com o Bombardiar ou o Irão para mudar o regime iraniano.
Mas não é tanto de acordo com as fundagens que está muito, muito longe de poder.
Sim, sim, sim.
Para contextualizar as pessoas, o Donald Trump neste momento está a volta dos 55%, o Ronald
Santos está a volta dos 26%, Mike Pence e Nicky Healy, 7, 6, 7% e o resto, 1%.
Toda a gente com muita dificuldade em atacar o Donald Trump, porque aquilo não é um
partido neste momento é um culto, aliás, em 2020 não houve programa eleitoral, o programa
eleitoral era a cara de Donald Trump.
Não quiserem votá-lo em convenção, não aconteceu, foi a primeira vez na história
que não aconteceu.
Portanto, parece-me que vamos assistir a um passeio no parque para o Donald Trump, cometendo
o Partido Republicano os mesmos erros que cometeu em 2016 de não se conseguir unir
à volta de uma alternativa não completamente chamfrada, que é a gradação que eu vou
escolher aqui.
Mesmo que isso neste caso, 55% é inultrapassável, ainda possivelmente primárias, em que a
maioria das vezes basta só ganhar por um, para ganhar os delegados todos no estado.
Donald Trump está a ser investigado por posse ilegal de documentos classificados, obviamente
dos documentos classificados, no meio de toda esta polícia, não é só em Portugal.
Mas concordas com o João Maria Jônia, apesar de toda esta investigação, de tudo o que
se diz de Donald Trump, que é o mais forte candidato, é sim, realisticamente falando,
nenhum dos candidatos sem ser Donald Trump e o Decentis, passarão além das primárias,
não é? Serão Trump e Decentis?
Ou as primárias estarão decidindo entre um e outro, mas aqui nesta fase ainda há muita
coisa de quem é que chega a ir a votos, porque se elas tiverem muito meses em 1%, não há
financiamento que os agachos mais querem ir a votos, mas tem que ser e endossar, entrando
com o Decentis.
Você está apenas em janeiro, ou seja, embora já campaña nesta altura?
Sim, basicamente quero dizer que nenhum desses outros candidatos terá setamina para chegar
mais além, será sempre entre Trump e Decentis, honestamente.
As pessoas que gostam de entretenimento têm entrado do Chris Christie em corrida no anterior
dia, que é uma pessoa conhecida por destruir a 300 debates e que está particularmente
revoz, contar a Trump pode dar uns debates.
Pode ser fã, pode ser fã, e o pai, eu estou sempre, lá está uma das minhas principais
ideologias, é o entretenimento e o caos, portanto, nesse sentido, na verdade interessa
muito mais acompanhar estas eleições e os candidatos republicanos do que os comissões
que temos tido por cá.
Eu não tenho uma simpatia pelos Estados Unidos da América, eu pessoalmente devo confessar
desejo o seu colapso, neste sentido, até diria que talvez não ironicamente parte destas
a atorcer pelo Trump.
Parte destas a atorcer pelo Trump?
Sim.
Contra o Allen?
Ou contra as pessoas?
Sim, tenho uma perspectiva muito aceleracionista quando falamos de Estados Unidos da América,
eu diria até contra o Biden, tenho que confessar.
Já agora deixe-me perguntar-te.
Também tenho uma versão para além do entretenimento e do caos de desejo ao Estados Unidos e honestamente
nós teremos que ter a conversa de que, sim, mas quanto pior foram os candidatos, quanto
mais dá a direita, este é o debate que temos à esquerda, pior será a vivencia das pessoas,
mas eu acho que para haver uma verdadeira mudança na sociedade americana precisa muito
mais do que lições.
Tem que ter uma mudança que parte de facto das pessoas e não só de colocar em um democrata
ou um republicano, como temos visto agora, o Biden está no poder, eu acredito, tu sabrás
muito melhor e acredito que tenha feito algo de bom no tempo que tem lá estado, mas muito
mal tem acontecido, não é?
Vejo um retrocesso da sociedade americana bastante assustador, nomeadamente em direitos
LGBT.
Retrocesso?
Retrocesso?
Eu acho que os Estados Unidos, o Partido Democrata é possivelmente e até nas questões trans
que têm dominado a agenda das guerras culturais, o Partido Democrata é o Partido de Centro
da Esquerda Mundial mais pro-trans que existe.
Mas acho assim que consegui travar em imensos sítios, nos sítios em que não tem maioria,
não, mas nos sítios em que tem, tem vindo uma disciplina de voto que há 10 ou 15 anos
metade do grupo parlamentar do Partido Democrata no Congresso seria contra o casamento entre
pessoas do mesmo sexo, aliás agora com a mama uma das coisas que quis fazer para se
distinguir de Hillary Clinton foi dizer que era contra o casamento entre pessoas dos
mesmos sexos.
Hoje em dia uma pessoa pode vir do Estado mais conservador e ser democrata na mesma,
que é eleito por outras razões, e nas questões trans o Partido Democrata não hesita, enquanto
por exemplo o Partido Trabalhista em Inglaterra que seria uma coisa...
Pelo contrário.
Pelo contrário.
Pelo contrário.
Está a adotar todas essas...
Não hesita, o Inuma Lógica é muito simples, se tu fizesse interessantes os membros mais
conservadores do Partido mesmo o Biden tem aquela famosa frase nas eleições de 2020
de perguntar-lhe o senhor vice-presidente quantos géneros é que aí ele diz, pelo menos
3 e passa em frente, e mesmo o Biden, mas até pessoas mais conservadoras que o Biden.
Sim, acredito nisso.
Tenho tido imensa disciplina partidária.
Eu acredito nisso porque do que tenho visto a questão sobre direitos trans e identidade
do género é das maiores guerras culturais que está a ser travada agora, não é?
E uma questão interessante nos Estados Unidos é uma aposição importante...
Mas é um bloco super disciplinado e se fiz em outras questões.
Isto é, para os Estados Unidos é interessante a coisa da maneira como a narrativa de liberdade
individual que nós muitas vezes criticamos para a questão das armas, por exemplo na
questão trans funciona lindamente, que é uma pessoa que pode ser o que iser e o Estado
não tem nada a ver com isso.
E mostra muita hipócrisia do Partido Republicano, não é?
Sim, completamente, mas da parte dos democratas é fácil de vender neste aspecto, tipo o
vosso filho pode ser o que ele quiser e dá para um moderado do Partido Democrata vender
esta narrativa com facilidade.
Isso, claro que a questão de ser guerra e a questão da polarização leva a que os
lados se feixem à volta de uma aposição, mas acho que...
Lá são nossas que também é por isso, pelo lado do mais conservador republicano, estar
a tomar essa questão como um dos tópicos principais da sua campanha, que por oposição
os democratas também estão a bater mais o pé, mas ainda bem, que bastante.
Em vez de nas sondagens, as pessoas concordam que o Partido Democrata tem grande maioria
e nesse sentido acho que para esses direitos e tantos outros, porque o Joe Biden está
a ser, em muitos aspectos, o presente mais eficaz legislativamente e no gestão do poder
executivo nos últimos 50 anos, a coisa está a correr bem agora.
Há sempre o problema que a imprensa faz muita questão de vincar, ou seja, em Portugal
nunca passa e na CNN lá nunca passa, ou passa pouco, o impacto positivo que tem as leis
climáticas do Joe Biden, ou a defesa dos direitos trans, ou a defesa da indústria
americana, o que passa é o Joe Biden a tropeçar, e isto lá está, volta no início e a comissão
de inquérito era bom que a nossa política fosse menos sobre a estética e mais sobre
os resultados.
Em termos de currículo e em termos de posicionamento ideológico para a identificação com o americano
médio tem com ele, acho que sim, acho que, se calhar, ele criou uma expectativa errada
nas pessoas, que seria um presente de transição, que faria um mandato de normalização, e eu
nem sei se ele próprio não queria fazer isso, mas que a recandidatura do Trump, porque
acho que ninguém estava a contar há 3 anos, quando acontece a questão do Capitólio,
acho que é capaz de ter mudado o cálculo dele e, nesse sentido, as pessoas também
podem sentir um pouquinho de falada das na questão, então isto não era só transição,
agora vai ficar aqui até os 86 anos, mas, em princípio tem que ser, para ligar a NER
tem que ser.
Embora Donald Trump vá vencer com a seguramento do Partido Republicano, tem força para vencer
o país novamente.
Donald Trump nunca venceu o país, primeiro perdeu por dois, e depois perdeu por quatro.
Mas venceu as eleições, ou seja, pode vencer novamente as eleições.
Eu duvido que a pior coisa que podem fazer a Donald Trump é escrutínio, quando os holofotes
estão todos nele é quando ele desce nas sondagens, eu duvido que, com esta questão
toda judicial que o assombra, juntar a mais gestão que fez enquanto presidente, juntar,
mais gestão até do espírito do povo americano, de divisão que provocou, a juntar aos chamados
fundamentals de uma pessoa que concorre pela terceira vez, em princípio perde votos, as
pessoas estão fartas, já perdeu uma vez, a época vai perder outra vez, eu diria que
a coisa mais cherta que vai acontecer é que o Joe Biden vai ganhar por mais do que ganho
anteriormente, na teoria, na prática depende muito das dinâmicas de campanha, porque
é fácil falar da saúde de Biden como uma possibilidade para dificultar a campanha
e é, apesar de ele ser saudável, é uma pessoa mais velha, mas o Donald Trump também
é uma pessoa mais velha, só tem menos dois anos do que ele e tanto o ano de cocaína
e a droll, como diz o outro, não pode ter feito bem a neve.
Demonstra mais vitalidade, mas talvez seja para continuar a consumir essas substâncias.
Mas agora faço a mesma pergunta que fiz ao Johnny, Donald Trump parece que pode novamente
vencer as eleições, trai-se a força depois de aqueles quatro anos.
Também já criou, assim, também do que tenho visto, eu sei que quando começam a
desistir muitas dessas figuras, quando começam a desistir das suas candidaturas, facilmente
esquecem todas as críticas que tiveram a fazer no início aos seus rivais e acabam
por endosalos.
Mas dito isto, continua a achar que criou imasiados inimigos ou descrentes, não é do
seu culto, acredito que várias pessoas tenham afastado do seu culto desde então e que mesmo
sendo o candidato republicano que acredito que será, que não tenha força para vencer
a Joe Biden, se bem que sim que Joe Biden apresentará essas fragilidades muito facilmente
atacáveis.
E é um assunto que provavelmente vai voltar à mesa de menoria absoluta nos próximos
meses, porque como dizia as eleições são apenas em 2024, é assim que terminamos mais
um episódio da menoria absoluta, desta vez com o João Maria Jone e com a Guadalupe
Amaro.
O episódio está disponível entre SF.pt e nas plataformas habituais de podcast.
O trabalho técnico hoje foi do José Manuel Cabo.
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Edição de 10 de junho 2023