Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão: O regresso de Eduardo, o soldado vitoriano que não ficou pendurado.

Nuno Markl Nuno Markl 10/2/23 - 12m - PDF Transcript

Vamos para o Homem-Que-Mordeu-Cão, primeira edição da semana, uma oferta do novo seato

Arona Wave e também da Fnac.

O Homem-Que-Mordeu-Cão traz seu fim do mundo em cueca.

Eita, desde este episódio, o regresso de Eduardo Soldado Vitoriano que não ficou pendurado.

Descontente com a sua vida romântica e já a beira de perder a esperança e encontrar a pessoa certa,

um Homem de repente encontrar alguém que parecia fazer sentido.

Uma rapariga com quem teve um primeiro deito bem sucedido e com quem teve um segundo deito que estava a correr

incrivelmente bem. Ele contou esta história no Reddit e ainda não percebe bem o que de acha aconteceu.

Talvez nós consigamos aqui processar o insólito daquela noite.

Repare então o que ele contou no Reddit.

Ele diz, fomos a um bar e beijámos, abraçámos, dançámos, mantivámos de mãos dadas.

Isto é tudo lindo, isto é tudo lindo.

Bom, como apesar da felicidade romântica, a pexiga de um Homem não é de ferro e quando uma pessoa tem de ir,

tem de ir, o que aconteceu a dar da altura desta noite de romance e de felicidade foi que,

ele disse à rapariga, damos a um instante, tenho de ir à casa de bem de volta já.

E ele disse, claro que sim, claro que sim.

E ele assim fez, foi ao WC, aquela ida feliz ao WC, não é o xixi de um Homem,

de um Homem que sabe que a sua vida romântica entrou nos eixos e que quando sair dali de pexiga vazia e mãos lavaradas,

vai casar, vai ter que uma mulher que gosta dele, quem sabe se um dia não será a mãe dos filhos,

a mãe dos filhos se calhar.

Quando o que se passou foi que ele voltou do WC,

vai direto ao site onde deixou a rapariga e ela não está lá.

Mas calma, é um bar, não é? Pode ter ido ao balcão.

Pode ter ido a casa de bem também.

Pode ter ido a dar uma aprendida de dança, pode ter ido à casa de bem,

pode ter, assim, tanta coisa, as pessoas mexem, se tirem no sítio.

E não esperava com ela?

Uma pessoa que não podia desesperar pelo namorado despecada mesmo no sítio, não sei.

Ele olha em redor e finalmente descobre, diz ele e passa a citar o desabafleu,

ela se estava em outra mesa sentada com outro senhor, a falar animadamente com ele.

Fazemos contacto visual, eu e ela, mas estranhamente ela não me faz nenhum sinal,

não me assena, não me faz o gesto esquerdo de quem só parecia de cinco minutos.

Basicamente ela parece que fingiu que não o conhecia enquanto estava na palheta com o outro senhor.

O que que tinha acontecido cinco minutos antes?

Cinco minutos antes, eu tinha dado à casa de bem.

Antes da casa de bem?

Antes da casa de bem?

Beijos, abraços.

Beijos, mãos dadas, dançaram.

Ok.

Bom, o que é que o nosso senhor, o nosso senhor, o protagonista dessa história fez?

Ele decidiu esperar por ela, não foi ter com ela.

Diz ele, esperei cerca de dez minutos sentado, sozinho, naquela que tinha sido a nossa mesa.

Que tristeza!

E ela entrando sempre na palheta com o outro senhor.

Diz ele, passados dez minutos, finalmente decido levantar-me e ir-me embora.

Para que a dizer?

Dez minutos?

Dez minutos não é assim tanto tempo, não é?

Vistas bem as coisas, eu estava a esperar que ele dissesse,

e para esperar uma hora, finalmente decido levantar-me e ir-me embora.

A questão aqui é, qual é, legitimamente, o tempo que ele deveria esperar

até marcar a sua posição e ir à vida dele?

Olha, e ela?

Dez minutos é pouco, por isso só se pedisse um amigo,

diz um colega de trabalho com ele,

ela estava a ter uma conversa importante, não necessariamente romântica ou marota.

Mas este rapaz, ao fim de dez minutos, achou que era demais.

Sobretudo, dez minutos em que os olhos dele se cruzaram,

e ela não lhe fez nenhum sinal, nada, e então foi-se embora.

Um detalhe, ele diz, eu fui buscar-la à casa,

por isso não faça mais pequena ideia como é que ela voltou, para casa.

Também, não é muito importante, não é?

Eu nunca mais falo.

E a história termina aqui?

Não.

Ele diz, mande-lhe uma mensagem de texto no dia seguinte,

a dizer-lhe que fiquei magoado por ela ir falar com outro homem

enquanto estávamos num date.

Ela nunca mais respondeu.

Eu estou dividido com a dessa história no reddit,

ou várias pessoas dizeram ao rapaz,

fizeste bem, assim como assim era só um segundo date,

não perdeste nada, o lixo se leva-se para a rua sozinho.

É, menos, calma.

Calma.

Perdemos-te o controle muito rapidamente.

Mas se eu fuzeram dez minutos, não foram trinta, não é?

Dez minutos.

Ela não faz mais pequena ideia da razão de conversa,

não tinha sido mais normal.

Ele iria ter com ela mal-aviu,

em vez de ir para a mesa sozinha, a olhar,

e a criar um filme na cabeça dele.

Se ela apresentava-lhe o senhor, olha o meu irmão.

Olha o colega meu de trabalho, estamos a combinar uma greve.

Não, mas aí é um ponto que é ele,

ele dá para ela ver o contacto visual,

e ela não reagir a nada.

Senhor, estou aqui a pensar num pior.

Pois, claro.

Em vez dessa parte.

Pois, ela era...

Mas ela não estava a beijar, a abraçar,

ou dar a mão a outro tipo, estava só a falar.

Não, mas estava a se calhar ali, a começar...

Com dez minutos, quando dá contacto visual,

com a pessoa que ela estava...

Mas ele não devia ter ido lá.

Ele não devia ter ido lá.

Não.

Se calhar, ele percebeu logo.

Não.

Já estamos.

Ele percebeu logo.

Não, porque...

Pá, eu acho que as coisas estavam muito...

Ele devia ter esperado mais tempo.

Acho que ele devia ter esperado mais tempo.

Mais dez minutos.

Mas do lado dela, só um...

Pá, espera só um bocadinho,

ou apontar para o relógio,

espera só um bocadinho.

Imagina que a conversa era grave.

Então, ela chamava.

Ela chamava.

Acho que ela não devia ter ido.

Sim, sim.

Percebes?

Não, será que ela estava ali a tratar de negócios,

percebeu que ele estava abarado?

Vê, podia ser uma cena séria,

podia ser uma cena séria.

Ela apaixonou-se,

ele apaixonou-se,

e ela pensou, não posso, não posso ir em frente.

Eu gosto de acreditar no bem das pessoas.

Apesar, de facto, as pessoas serem todas horríveis.

Todas.

Sem exceção.

Eu próprio escalhar.

Mas...

Ela escalhar foi cuidadosa, pensou.

Ele está aqui...

Foi muito cuidadosa, sobretudo,

quando ela olhou para ela,

ele não lhe disse nada.

Foi muito cuidadosa.

Mas foram dez minutos.

Mais dez minutos.

Mais um bocadinho.

Mais um bocadinho.

Quando é que esperavas, Vas?

Mais uns dez.

Sete, talvez.

Não sei.

Não sei.

Não sei.

Mas a dela altura, pá,

eu acho que ele também devia ter chamado.

Ele percebeu, não, que estava a passar, Malta.

Se eu não posso ir,

já que tu não me chamas,

pá, anda cá para tu explicar o que é que se passa.

Às vezes, quando a Malta não comunica.

Pá, comunica, falem pá.

Eu ia até lá, nem que fosse...

Ah, estás aí.

E ela...

Olha, este é o nosso equilíbrio.

Eu não sabia.

E ela virava-lhe a cara e era unilhante.

Mas qual era o grau de intimidade dos dois?

Acho que não era grau de intimidade,

nem o que estavam a falar só.

Não, não, não.

Dela e do rapaz que foi a cada...

Ou seja...

Ah, e dos dois, dos dois...

E eram namorados?

Não.

Estavam quase.

Estavam bem, já havia beis,

já havia abraços,

já havia dança,

já havia dança,

já havia convívio.

Calma.

É muito grande a separação entre.

Já havia um beijo e uma dança para,

eram quase namorados.

Segundo date,

era o segundo date,

era o segundo date.

Não era assim.

Eu acho que era.

Eu acho que era.

Ele estava cheio de esperança,

ele percebeu,

é pá, é isto,

é isto.

Eu acho que acima de tudo,

a grande cena foi essa.

E ele esperava que aquilo fosse a mulher da...

que aquela fosse a mulher da vida dele.

E puxou-te-se um bocadinho,

ele estava num ponto,

em que ela não estava.

E ela pensou,

vou abandonar o arco,

abandonei,

mas ela podia ter esperado um bocadinho.

Uma casa de banho.

Ok.

Sim, sim.

Olha ali o...

Vou usar aquele velho truque do

deixar um rapaz na casa de banho

e quando voltar já estou com o outro.

É isso, é.

Bom, já é agora que estávamos

a saber também a opinião dos nossos ouvintes.

Não sabemos como é que essas coisas funcionam.

Acho que isso mecia,

isso mecia uma sondagem no Instagram,

Pedro.

Acho que isso mecia uma sondagem...

Faz,

escuta,

coloca lá as alternativas,

as bolinhas suas estarem.

Bom, mais razões para estar

realmente chateada,

diria que está a cantora

e compositora britânica,

que dá pelo nome

de Brocard,

e nós já falámos de lá

uns tempos felintes aqui no Homem

que perdeu o cão,

o nome deve-vos soar familiar,

e ela agora está de volta,

porque a bonita história

da mortela deu ser ilha.

Não sei se vocês lembram disso,

mas Brocard,

eu dá dizer isto,

o nome nem percebi bem porquê.

Brocard foi notícia

ao anunciar que ia contrair

matrimónio com aquele

que ela considerou o homem

da sua vida.

O que fez deste caso material

para o homem que mordeu o cão

foram dois detalhes,

o homem da vida dela

ser um soldado

do tempo da rainha vitória,

e, portanto,

segundo o facto,

o homem da vida dela

já não está no mundo dos vivos

há muitos, muitos anos.

Pois.

Mas isso não entendiu

que o amor flucia-se.

O amor flucia-se entre ela

e o sujeito que,

neste caso,

segundo Brocard,

é um fantasma.

Foi isto que foi notícia

em 2021,

que esta senhora se tinha

apaixonado

e ia casar com um fantasma

e um soldado vitoriano.

E nunca mais sabemos

nada dela até agora

em que ela volta às notícias

e, com este título bombaste,

e que passa a ler.

A notícia diz

cantora que se divorciou

do marido fantasma

acusa-o de estar a persegui-la

por ciúmes.

Pois.

Isto vem no correio da manhã.

O subtítulo da notícia

também é bom,

porque pode ler-se o seguinte.

Britânica diz que o ex-marido

está a fazer tudo

para seduzir.

Eu preciso que esta história

esteja a ser tratada

com a seriedade que merece.

Porque estes fantasmas

não podem vibar

armados em bons.

Achei que podem tudo

sobre não ser corpórios.

Vale a pena ler a notícia

a notícia diz o seguinte.

Procardo, cantor

e compositora britânica

apaixonou-se por Eduardo.

O fantasma de um soldado vitoriano

em 2021,

segundo o artista,

o casamento entre os dois

ficou marcado

por acusações de traição.

Mas dos dois lados

um fantasma

trai com mulheres vivas

ou com mulheres mortas.

Com larvas.

O fantasma vai e vai todas

trai com larvas.

Vai com larvas.

Após o divórcio

e as palavras que seguem

explicam aos leitores

ávidos de informação

como se processam divorce

entre uma viva e um morto.

Após o divórcio

consumado através do exorcismo

ou seja,

não precisa de advogados

nem de notários

não basta um padre.

Mas há trabalho.

Dá.

Claramente dá.

Após o divórcio

consumado atrás do exorcismo

Brocardo se teve

com outros homens.

A notícia nos clarece vivos

ou mortos.

Mas alegue a que o ex-marida

persegue disfarçando-se

de outras entidades.

Pai, isto é maravilhoso.

Ou seja,

ela está na cama

com um soldado novo.

Com um soldado novo.

Um namorado novo.

Não necessariamente soldado.

Ela acaba com um namorado novo.

E de repente

imagina, surge no quarto

Elvis Presley.

Só que é cantar mal

e ela sabe logo

é pai Eduardo não me enganas.

Isto não é o Elvis.

Ok, ok.

É Eduardo não me enganas.

Isto não é o Elvis.

Vamos prosseguir

com a leitura da notícia

porque isto é uma dádiva

que não para de dar.

A notícia diz assim.

Ele tem ciúmes

de que uma envolva

com outros homens

atira.

Eu adoro ver-me atirar aqui

porque sugero que ela

está mesmo a explicar

o falecido para o irritar.

Eu tenho que dizer

que adoro a maneira como

eu rei da manhã lida

com esta história.

Vamos à próxima citação

do Brockard.

Ela diz o seguinte.

Ele sabe que eu já

não acho o uniforme

dele atraente.

Então está a fazer-te tudo

para me seduzir.

Mas esperem,

mas é tudo uma questão

da farda,

dele,

de soldado vitoriano.

Isto parece-me

uma base muito fracinha

para um divórcio.

Eu compreendo

a desilusão do fantasma.

Esta razão consegue ser

menos corpória

do que o próprio.

É tipo,

eu já não gosto

da tua farda.

Quero o divórcio.

Ainda por cima de acordo

com o que a gente vê

os vestidos com a roupa

que tinham quando falecer,

ou não é?

Não é que o pessoal

é um guarda-roupa

que possa variar?

Bem, que não é este

tanto de um blazer?

Não tem.

Passou um soldado vitoriano.

Morri assim?

Morri assim.

Tem esta farda cheia de sangue.

Estaria que tenhas

a hora de ter morrido

na guerra com um blazer.

Tudo que ele,

se calhar,

consegue é fazer-se

passar por outros mortos.

Mas quando volta a ele,

deve estar

outra vez com a farda.

Isso massa.

Mas atenção,

que esta frase toda

é melhor,

eu só li uma parte.

Ela diz,

então está a fazer

tudo para me seduzir

e até se chegou

a apresentar

como um boneco Ken.

Mas esperamos,

um boneco Ken físico

que possuiu

e começou a andar

e a falar

o fantasma de um boneco Ken.

Seja como for,

eu acho que isto mostra

que mesmo um soldado vitoriano

consegue acompanhar

o espírito dos tempos

e aparecer-me num Ken.

Eu provengo que

tento também

de Opanheimer.

O próximo passo.

Esta história

é toda incrível.

Sim, sim.

Dizeste tudo,

bom para o Brocardo.

Acima de todas as minhas.

O nome da vontade de...

Acima de todas as minhas.

O nome da vontade de...

O nome da vontade de...

O nome da vontade de...

O nome do Brocardo.

O Homem Gordelucão

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A história de um homem que foi traído pela sua bexiga... e um divórcio do além!