Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: O pesadelo da tutela
Joana Beleza 4/8/23 - Episode Page - 50m - PDF Transcript
Esta semana, João Miguel Tavares declara-se sabotado.
Ricardo Barous Pereira sente-se loucaco
e Pedro Mexia confessa-se ao, como Al Capone.
Está reunido o programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.
Ora, mais uma semana, não é verdade?
Nesta, o Ronoeteca suma pasta de ministro de Etudá Grande, em homenagem a nós portugueses,
e a mania que temos de mostrar o nosso valor pelo tamanho das coisas.
Um género de síndrome de Napoleão, mas concentrado em trivialidades.
Por exemplo, fomos nós que criamos a maior omelete do mundo, sabia?
O maior lançamento de aviões de papel também é português.
Está no Guinness.
É cá que existe a maior coleção de recordações relacionadas com a princesa Diana.
Ah, pois é!
E foi na Lagoa da Albufeira que cresceu a maior couve de sempre.
Isto não é de nos orgulharmos.
Para nós tem de ser tudo a grande, como as peças de artes ou navaz-concelos.
E é por isso que o ecrã do Ronoeteca, com 772 centímetros quadrados,
é perfeito para nós.
Por causa desta nossa grande mania.
Em grande, vai ser também a tertulia que se segue.
Por isso, aproveite.
Bom programa.
Ora viva, sejam bem-vindos.
No final de uma semana de grande agitação parlamentar e cheia de revelações,
a semana também, é que pela primeira vez um antigo presidente dos Estados Unidos
foi formalmente acusado de 34 crimes.
Avemos falado disso daqui a pouco, mas o prato principal
é evidentemente a Comissão Parlamentar de inquérito atápico,
que vai roubar boa parte desta nossa reunião.
Hoje, com duas presenças à distância,
o Pedro Mexia e o Ricardo Araújo Pereira
deixaram uma sós aqui no estúdio, com o João Miguel Tavares.
Isto porque está com certeza que chega a unir a Covid-19, não é?
Está tudo distanciamente social.
Mas apesar disso, a reunião é pública.
Embora o Ricardo Araújo Pereira queira assumir a pasta de ministro da reunião secreta
e por videochamada, mais ou menos como esta, terá sido tão produtiva
como aquela que vamos ter aqui.
Ricardo, reunião de que quer falar?
Claro, Carlos. Eu acho que foi muito mais, muito mais,
não só porque as nossas não costumam ser produtivas todo,
mas porque esta foi, portanto, estamos a falar do seguinte,
de uma reunião que precedeu e preparou a ida da CEO da TAP,
a comissão parlamentar de inquérito, aliás, ao Parlamento da primeira vez,
ou seja, ainda em janeiro.
Justamente estamos a falar daquela reunião que houve na Véspera
da primeira audição parlamentar, Christine Weidner, em janeiro,
uma reunião em que estiveram a própria CEO,
elementos de dois gabinetos ministrais e pelo menos um deputado do PS.
Como é que ver Ricardo Araújo Pereira esta iniciativa,
que até agora ainda ninguém assumiu claramente a paternidade?
Não assumiram paternidade, mas dizem, isto é normal,
as pessoas reuniantes, as pessoas reuniantes, mas com o inquirido,
com o inquirido, reuniantes com o inquirido.
Eu isso não sabia, não sabia o que isso acontecia.
Isto foi, a maneira como eu vejo respondendo à sua pergunta,
Carlos, é eu vejo isto como um ensaio geral.
Foi um ensaio geral, as pessoas reunem-se,
cantam um estudo ao seu papel, fazem um,
às vezes nos ensais gerais é assim,
ou às vezes não sei se isto foi sentado ou se foi em pé.
Primeiro há toda a gente que está sentada e lê os papéis e tal,
e vê como é que aquilo funciona e depois então levantam-se
e movem-se no palco para fazer as marcações e tal.
Eu não sei qual foi este, a princípio que foi sentado,
porque depois o teatro em si também é sentado.
O ministro João Galamba garante que a reunião
aconteceu a pedido da própria CEO da TAP.
Sim, exatamente.
Ele disse que a iniciativa veio dela,
mas o certo é que ele aceitou,
mesmo isso sendo verdade, o certo é que o Governo disse,
está bem, está bem, vamos então fazer um ensaio geral.
Eu só tenho pena que eles não tenham chamado ensaio geral,
porque eu gostava de saber que no dia seguinte
estava a assistir uma peça de teatro.
Eu gostava de saber, eu gosto de apreciar,
se os atores estão bem, talvez até pagar o bilhete,
não me importa, não me importava ter feito isso,
mas gostava de saber para avaliar-se.
O preço do bilhete já está incluído na conta.
É capaz.
Já pagaste o preço do bilhete, é verdade.
Já, já, já.
3,2 mil milhões, parece-te um bom preço para um bilhete?
Sim, sabe que o teatro, a cultura custa dinheiro
e não podes por um preço na cultura.
O PSD, entretanto, já recreou
a Comissão Parlamentar de Transparência
que avalia a situação.
Considero ao PSD que a presença
de um deputado socialista na reunião,
o mesmo deputado que no dia seguinte
esteve na audição à CIA, ou a fazer-lhe perguntas,
que essa presença configura uma situação
de conflito de interesses.
Vê aqui um problema é ético, Pedro Mexia,
ou apenas uma forma de partilha de informações
para usar a expressão do deputado
em causa do deputado socialista.
Bom, aqui, coisas que podem ser nubulosas,
mas para as coisas clarinhas.
É nubuloso, pode ser nubuloso,
quem é que convocou, de quem é que se falou, etc.
Mas há duas coisas que são clarinhas.
Uma delas é que foi uma reunião na vez
para dar a audição parlamentar,
o que já sugere que não foi apenas
uma partilha de informação, bela expressão,
mas talvez industriar as respostas
dadas à audição.
Mas, se isso ainda pode ser
com uma grande tolerância democrática compreensível,
repito, com uma grande tolerância democrática,
o que não há tolerância que permita
é que uma pessoa que vai no dia seguinte
escrutinar alguém no Parlamento
esteja na vez para numa reunião
de preparação deste escrutínio.
Isso é, eu não sei que seja um etrónimo, não é?
Não, mas não é, só seria etrónimo,
porque era o Carlos Perreira.
Exatamente, tinha que ser um etrónimo.
Ora, aí não há escapatória possível.
Não há maneira nenhuma de jogar com as palavras
e achar admissível que uma pessoa que escrutina
prepare, não dá, não há...
Tudo o resto pode ser, estas reuniões fazem,
se não fomos de nós convocamos,
dependendo do nosso grau de credibilidade
e de caridade cristã para estas explicações.
Mas, o deputado que escrutina preparar a testemunha,
preparar, no sentido de falar com ela na vez
para saber o que ela vai dizer.
E depois, no dia seguinte, evidentemente, fazer perguntas
pertinentes e muito agudas preparadas de véspera.
Isso não tem justificação possível.
Aliás, o deputado P.S., quando ele foi perguntado
como é que foi a reunião, quem convocou,
ele disse, pergunta, é a minha secretária.
Que também é uma forma interessante
de apurar responsabilidades
por parte de um deputado da nação,
a minha secretária que sabe.
Houve aqui, João Miguel Tavares,
a intenção de preparar a testemunha,
de amanhar a testemunha para a audição.
Mas como não?
Mas como não?
Às vezes, a linguagem não é verbal.
O como não é se tomarmos em conta
que, se levarmos a linha de conta,
a informação do ministro João Galamba,
que foi própria, e eu, que quis falar
com aquelas pessoas, com os membros
dos dois gabinetos ministeriais
do deputado P.S.
Eu acho que João Galamba, só para ser clarinho,
porque aquilo que se passou esta semana
não deve ser levado na audição da TAP,
não deve ser levado, eu acho, com a levez habitual.
Portanto, só para clarificar,
eu acho que João Galamba está
a mentir com os dentes todos.
Acho que, na cantarineamento, está a mentir
com os dentes todos.
Acho que, à espera, está a mentir
com os dentes todos.
E acho importante que, nestas alturas,
as pessoas, para menos que quem olha
para o fenómeno político, tenha capacidade
de se esfregar uma quantidade
de mentiras na cara.
E isso não é aceitável,
sobretudo porque há um histórico,
há um histórico destas pessoas,
que nos mentiram muito, durante muito tempo,
e não acham aceitável que nos continuem
a mentir atualmente.
Porque, João Galamba, esquece-se ainda
que nós achássemos muito piadosamente
que aquela tese era verdadeira.
E eu acho que estas testes são mentirosas
por várias razões, desde logo,
até pela linguagem não verbal.
Olhar para carros para era,
e depois, para o tempo que Galamba demorou
a responder a isto,
as várias versões de Anacatarinamentos,
tem aquele larzinho de
menino que foi apanhado
a meter a mão na caixa das bolachas.
E isso é uma coisa que é muito
difícil de esconder.
Agora, ainda que nós
tínhamos muita vontade de acreditar,
Nathés, João Galamba,
explica-me uma coisa.
Se o Datap tem acesso à agenda do Parlamento,
se é por uma ela?
Porque o João Galamba diz,
foi ela que pediu para se juntar,
mas como é que ela sabia que ia haver uma reunião?
Junte-se de que forma.
E, portanto, quando a tese é
que ela
se pediu para se juntar,
só se foi no mesmo sentido,
em que nós, quando temos uma reunião
por Zoom ou por Teams,
temos que carregá-la a aderir a reunião.
Só se for para esse sentido.
Se calhar, oh, o Ricardo de Agus
que está longe e está a fazer
esta reunião numa plataforma,
provavelmente também pediu para aderir a
esta reunião, só se foi nesse sentido.
Pediste para aderir, Ricardo, se calhar pediste.
Por acaso não,
eu acho que foi a própria SIC
que me ligou, eu só atendi.
Mas o que eu levo mais a mal
é o facto de...
é a perda de tempo,
que apesar de tudo existiu
naquela inquirição.
Eu preferia que Carlos
tenha errado, tivesse poupado o tempo
de toda a gente, e naquele dia tivesse dito apenas.
Agora pedi-lhe a resposta à pergunta
número 3, por favor.
Muito bem. Agora a número 7.
Até porque, em tribunal,
convém-se que vai ser as pessoas
que isto... em tribunal isto é
proibidíssima.
Pode-se dizer que aquilo não foi uma comissão,
foi só uma audição, mas tendo em conta o que estava
em causa, não parece que as diferenças fossem muito grandes.
Em tribunal, é
proibido, instruído, estimunhas. Os advogados
podem fazer isso?
Há um outro caso, que o João Miguel Tavares
se quer referir, o caso de uma
outra reunião que levanta questões,
mas, para abordarmos,
teremos de dar atenção a um momento
particular da inquirição
à CEO da TAP. A pergunta é do
deputado Bernardo Blanco, da iniciativa
liberal.
No dia 26 de dezembro de 2022,
os ministros Pedro Hernando Santos
e Fernando Nadina emitiram um
despacho a pedir esclarecimento
à TAP,
aquilo que podemos chamar
o despacho da fechada, porque já sabemos que Pedro
Hernando Santos sabia tudo e que o argumento,
como disse e também já vimos as mensagens
de gração públicas, esteve envolvido
em tudo.
Pela hora da almoço, a TAP foi informada,
a comunicação social também foi informada
desse despacho e, à tarde,
começou o processo da TAP de responder
esse despacho e, a 6 e 45,
há também uma nota de calendário chamado
de despacho de discussion
com a CEO, o seu advogado da altura,
Manoel Assimões, Manoel Beja,
o governo do secretário do Estado
para decidirem como vão responder ao mesmo
e, durante essa tarde e pela noite,
vão editando um documento e enviando
várias alterações, incluindo
sugestões do próprio secretário do Estado.
Por isso que eu perguntei, o Governo
pede esclarecimentos à TAP
e, depois, o próprio secretário do Estado
do Governo está a responder
aos esclarecimentos que o seu ministro
pediu publicamente. É isso.
Muito bem.
Segura engenharia para responder.
Eu acho que, como você viu na apresentação,
o secretário do Estado
foi, você sabe,
bem consciente do processo
e, talvez, essa é a razão por que ele
foi envolvido, porque
esses fatos eram, você sabe,
quase um ano atrás
e, eu acho que precisamos entender
todos os fatos para fazer certeza
que ele foi consistente
com a realidade.
Assim, eu, na resposta à iniciativa liberal,
parece considerar que não houve
nada normal na reunião com a presença
do secretário do Estado. Qual é a sua opinião
a este respeito e por que é que isso
parece relevante, João Miguel Tavares?
Eu pedi muito para estas imagens passarem
no programa, porque, à medida que isto
estava acontecendo aquele dia, logo por
usar o Donald Trump, estava a entrar
em um tribunal em Manhattan, e muitas
vezes as televisões, várias televisões
foram a partir desta parte, a audição.
E esta notícia, até foi
o Paulo Ferreira que ele retou
para isto, na radio observadora
e depois eu tenho que pedir, olha, mas
onde é que estão estas imagens?
E, realmente, eu não tinha visto estas imagens
e fui ver, e não me parece que
estes certos estejam
a ter a atenção que merece.
As pessoas todas foram atrás do caso do Marcelo,
que é ótima, atrás do caso desta reunião,
que também é igualmente ótima, mas isto,
este episódio, é
auditável. Todos nós já desconfiavamos
que, ninguém acreditava
que o Ministro das Infraestruturas
e os Ministérios
mesmo das Finanças não soubessem da
identificação Alexandre Reis.
Isso ficou mais precúdico do que provado também
nesta audição, tendo em conta a maneira
como funcionava a ligação entre a TAP
e, nomeadamente, o Gmenos
o Secretário de Estado das Infraestruturas.
Ou seja, ninguém dava um passo
sem saber. Mas, a verdade é que
no dia 26 de dezembro de 2022, houve
um comunicado conjunto entre as
finanças e as infraestruturas
a dizer, por favor, TAP,
a administração da TAP.
Expliquem-nos lá este processo
de rescisão, como é que isto aconteceu.
E, portanto, isso aconteceu
no dia 26 de dezembro, a hora
do almoço, e, como está aqui a dizer muito bem
o Bernardo Blanco,
nesta mesma tarde estava a insistir
a despacho
de discussion.
Ou seja, o mesmo
governo que perguntou
a CIA, eu explico-me isto,
estava, horas depois, a discutir
que a CIA o qual a resposta
que devia dar à sua própria pergunta.
Quer dizer, isto é
o grau zero
do almoço
política. Evidentemente, todos nós
temos consciência que a política
não é uma coisa para meninos do couro
e que há sempre zonas de sombra, nem sempre
se conta a verdade. Quer dizer, mas isto
tem que haver um limite, não
pode valer tudo.
E, abaixo disto, não sei
qual mais é possível de ser.
Vê que um paralelismo o Ricardo Araújo Pereira
entre esta situação
e a situação de
amanhar a testimonia, de preparar a
testimonia que falámos anteriormente.
Vê que
há alguma coisa em comum.
Sim, parece-me
práticas semelhantes, embora
o que me parece que é importante
salientar aqui.
Queremos todos percebido porquê
que o João Miguel Tavares gosta muito
das postações deste deputado da iniciativa
liberal, porque ele não só é da iniciativa
liberal, como também não diz os erros,
quer dizer, é realmente uma pessoa
claro, uma pessoa a rever-se
em seu... uma pessoa vença a este
e este deputado representa-me.
Já repara-se que todas as pessoas que têm
esta deficiência na fala do modo legal são
pessoas extremamente inteligentes, fica.
Entregamos ao Ricardo Araújo Pereira
autor de Ministro da Reunião Secreta
e continuamos a tratar
do mesmo dossiê, que tem
da PAN para mangas, com o João Miguel
Tavares a querer ser Ministro
do Pior Pesadelo.
E de quem é o Mau Dormir,
João Miguel Tavares?
Bom, a que o Mau Dormir aparentemente era
do próprio argumento, do secretário de
estado das infraestruturas, mas também
do todo o governo, porque ele fazia tese sobre
a situação.
A expressão, o nosso Pior Pesadelo
é que propósito é que ela
vem.
Então, no meio destas trocas isso tem a ver
com a mudança, a famosa
mudança do voo, não é?
É hipotética, pois o voo
acabou por não mudar, mas portanto
era Marcelo Melsoza, dava-lhe jeito
de vir de Maputo, na Véspera
e portanto, a sua agência de viagens,
já se provou que foi a agência de
viagens que trata destas coisas, perguntou
à Tapa Hipótese, não dava para
antecipar esse voo um dia, 24 horas.
Portanto, lixando a vida, evidentemente
de 200 e tal pessoas
para o presidente da República poder
vir mais cedo.
Este pedido chegou a
CEO, logo isso, para mim, é muito
significativo, quer dizer, uma mulher que
devia estar preocupada em salvar a Tapa,
pelo visto que tinha que arranjar tempo
para decidir as marcações de agenda do
presidente da República. E depois, como se
não bastasse chatear a CEO, a CEO foi
chatear o momento de dizer
a minha tendência seria
dizer que não, mas tendo em conta que é
o presidente da República e o aumento
responde a minha tendência, seria dizer que sim.
O que é?
Loves, aliás,
a frontalidade
e também a ingenuidade
deste secretário de Estado, que é
um dos muitos sociólogos do
arquitecto do Governo, que é um
que nunca fez nada na vida
sem ser andar
e orbitar na
esfera do PS
e que depois acaba
com esta responsabilidade. Acaba
de ser o homem que gera
uma empresa, que gera
e que gera, na verdade, é mais do que
andar à distância e ver como é que as coisas corram.
Está mesmo metido com as mãos na massa
e, portanto, está metido com as mãos
em 3,2 mil milhões de euros
e, ao mesmo tempo, a decidir quais é que são
as viagens do presidente da República.
E, portanto, dentro daquilo que foi
a sua justificação
para aquele seu voluntarismo
para aquele seu voluntarismo
dizia, por favor, muda a viagem
está o argumento que ele é o nosso principal
aliado político e que pode transformar-se
no nosso pior pesadelo.
Marcelo Rebeldo, suas aparentemente
não gostou muito.
Isso parece-lhe um comprimento
governamental
em relação ao presidente
ou, pelo contrário,
carrega qualquer coisa
de problemático e insultuoso.
Ou seja, Marcelo terá ficado
vamos fazer a definição
e a especulação.
Este programa também serve para isso.
Mas Marcelo terá ficado
satisfeito por ver, bem,
sotido
com uma certa consideração.
Consideração que é
de crer em agradar
e de temer em-me.
Quer dizer, eu acho que Marcelo
não deve ter ficado muito contente
de ver alguma coisa daquela exposta
daquela maneira.
Ou seja, se desconfiam há muito tempo
e é bastante visível que tenha sido
aquele procedimento do presidente
da República. Agora,
se quer rapachar isso num maio
por parte de um secretário de Estado
dizer as coisas com esse tipo de transparência
é que esse é o grande problema
desta audição da TAP.
É, isto é Sina TAP,
que é, reparem, a empresa
em cima de qual estão todos os holofotes.
Portanto, imaginem como será
nas outras dezenas e dezenas
que também vão ser diferentes,
ou ainda são piores do que isto.
Eu votaria que ainda devem ser piores do que isto
porque as câmaras não estão
voltadas para lá.
Como é que entende este episódio,
Pedro Mexia?
É assim, todos nós temos amigos
que, de vez em quando, nos oferecem coisas
e dizem, acho que vais gostar.
Às vezes gostamos,
outras vezes não gostamos,
mas, em todo caso, esses amigos
não esperam de nós uma contrapartida.
Além dos atos de excesso de zelo
ou de liberalidade ou de amizade
na vida pública
e na vida privada.
E, portanto, uma pessoa ter
uma atenção, elas são a outra,
mesmo que presumida e mesmo que fictícia
é mais problemática
quando ela é feita
na expectativa de uma contrapartida.
Além do mais,
como já disseram,
há o facto de
antecipar um voo
para uma pessoa
estragando o voo a 200 pessoas
ou, lá, quantos eram os passageiros
desse voo. E, portanto, não parece
não sei se é
do interesse público, mas certamente
não era do interesse do público,
nomeadamente do público que poderia
eventualmente ficar
sem o voo que tinha
comprar. E, portanto, parece-me
toda uma gestão
bastante trapalhona
e bastante arrefante, digamos assim,
desta questão.
O Presidente da República, pelos vistos, nunca sobre de nada,
será a isto
que se pode chamar Ricardo Araus Pereira
a ser mais papista do que o Papa?
Sim, acho que sim,
querer agradar mais do que o próprio
queria ser agradado.
Mas, e, sobretudo,
porque isso é conveniente,
no sentido em que
se ele estiver desagradado
pode tornar-se o nosso pior pesadelo.
A questão é que
o successo só estava enganado, evidentemente.
Esse era o segundo pior pesadelo.
O pior pesadelo é agora
ter vindo a público
que ele achava que isto era o seu pior pesadelo.
Isso passou para o segundo lugar agora.
Mas, realmente, é isso.
Acho que é
a ideia de que
se a gente
conformar
o voo à vontade desta pessoa
prejudicando a vontade das outras duzentas,
ela
mantém-se como nossa aliada política, etc.
Isso é
demonstração clara, que eu já sabia,
mas que agora ficou mais
evidente, entre o modo
como a tutela da TAP
entende
o valor das opiniões do Sr. Presidente
da República e as minhas.
Porque, no caso, o Sr. Presidente da República,
quando ele vai viajar, se o voo
não lhe dá jeito, naquele dia
eles procuram mudá-lo para o dia anterior.
Já eu
comprei o bilhete na TAP
para vir para aqui
e vim numa companhia de Charterburgera.
Não sei exatamente porquê,
mas, provavelmente, a TAP
não tinha equipamento.
Outra população,
que é uma coisa que eles fazem muito,
é despedir gente e agora não ter
material humano.
E, então,
como isto não é
o pior pesadelo deles,
o facto de eu e mais
200 ou 250 companheiros de viagem
termos vindo numa companhia
de Charterburgera,
quando apagamos bilhete na TAP,
isto acontece.
É como pagar o bilhete para o Chera
e depois ir ficar no Parque Tempismo da Orbitura.
O João Miguel Rattabasso
fica entrando a documentária,
é um livro de reclamações.
Exatamente, já agora,
uma vez que estamos a falar
de acertos de voos, etc.
Porque, acaso, é só o Presidente
da República ter direito a fazer
ajustes nas suas viagens na TAP.
Mas as Senhores Bulgars não eram simpáticas,
Rican?
As Senhores Bulgars não só não eram simpáticas
como passaram a metade
da viagem a dormir.
Sendo que o voo não era exatamente
um daqueles voos noturnos,
de que às três da manhã estamos no ar.
Não, não era isso.
Se calhar, as senhores já vinham
de três ou quatro viagens anteriores,
mas o certo é que estavam a dormir
na TAP.
Bem, no chão.
O João Miguel Tavares fica, então,
o Ministro do Pior Pesadelo
e ficávamos aqui com o
livro de reclamações
do Ricardo D'Arnau Espreiro
e uma situação concreta.
Agora, é a vez do Pedro Mechia
se tornar Ministro do Beliscão.
Aqui já passamos
das revelações na audição
para lamentar a CIA,
para as novidades que saíram
de mil euros de humanização
que desencadeou todo este processo.
Onde é que entra aqui o Beliscão,
Pedro Mechia?
Porque, Alexandre Reis diz na
audição parlamentar, que as divergências
entre ela e a CIA não
beliscaram, já não sei exatamente como é a formulação,
não beliscaram o interesse da TAP
ou qualquer coisa desse gênero.
Ora, o que acontece é que houve
sucessivos neste processo.
Não há só um problema,
aliás, não é o único processo, infelizmente.
Não há só
beliscões, enfim,
ao interesse público,
aos contribuintes, etc.
Há muitos beliscões
entre as pessoas
que precisamente estão do mesmo lado.
Temos visto na questão da TAP
que muitas vezes
estes processos são conduzidos
com base
nas rivalidades
pessoais que, na alguns casos, são
inevitáveis, enfim, em qualquer organização,
mas mais do que isso,
mais do que as incompatibilidades pessoais
que são, de certa forma,
não há como evitar que
elas aconteçam por vezes,
mas
ajustes de contas entre fações do
PS,
tomadas de posição, nós temos visto que
certas
intervenções
públicas de membros do Governo
desagradam profundamente
a outros membros do Governo
que, supostamente, estarão
irmanados na mesma
estratégia global,
nomeadamente a relação à TAP
e a relação a outras áreas.
Faz-me a impressão
que, além do beliscão
que toda esta,
começamos com o patriotismo
das caraveelas,
não é que os aviões da TAP
eram as novas caraveelas
e que, portanto, esteira nosso, etc.
Vamos acabar na privatização
de palperando
o valor
da empresa, embora até com
resultados
da anterior CEO positivos.
Este também é um aspecto interessante.
Depois, evidentemente, houve aqui esta
troca de acusações
de
um momento muito interessante
do depoimento
da audição da Alexandre Arrejo-Madela
diz,
eu não vou dizer que
se eu não era, não tinha o perfil adequado.
Não vou dizer isso.
Diz-se...
sobreniou bem que não ia dizer isso,
portanto, dizendo várias vezes.
Portanto, estes beliscões, isto é,
este lado conflituoso,
este lado pior ainda
do conflito, no caso das pessoas,
marcação de posições
e marcação homem a homem,
no caso das várias fações
do PS,
é particularmente
responsável numa matéria tão
importante como a TAP,
que tem este tutorial tão
complicado, que não tem
um bom fim, sequer, à vista, por nada aquelas
coisas. Está a ser mal, mas há uma maneira
ótima de resolver isto, não há uma maneira
ótima de resolver isto.
Uma maneira ótima neste momento.
O que você oferece dizer, Ricardo Arroz Pereira,
ainda continuando com a audição
Alexandre Arrejo-Madela, sobre os casos
referidos
pela antiga administradora relativos à tentativa
de despedimento de um turista
que estará falado demais,
e à oposição firme
que ela própria, Alexandre Arrejo,
manifestou relativamente a possibilidade
de vir a ser contratada à empresa
do marido da CEO, o senhor
Weidner.
Venindo isto, Ricardo, as razões
que podem ter levado o Cristine
Weidner a crer
Alexandre Arrejo fora da empresa
e a gerar um conflito
entre as duas?
Sim, mas antes
de isso, Carlos, vejo nisto mais
uma demonstração
de que o FMI de José Mário Branco
é quase sempre a ilustração
da vida pública portuguesa.
Há sempre uma parte do FMI
que explica isto. Neste caso, a parte
do FMI que explica o que aconteceu
é aquela em que José Mário Branco diz,
entretente, filho, entretente
o delegado sindical trata da saúde aos administradores,
entretente
que o Ministro do Trabalho trata
da saúde ao delegado sindical,
entretente que a oposição parlamentar
trata da saúde ao Ministro do Trabalho,
entretente que o IA nos trata
da saúde à oposição parlamentar, e foi isso.
O que aconteceu foi, por exemplo, os deputados
fazendo perguntas incómodas sobre
a organização da Alessandra Reis,
trataram da saúde a Alessandra Reis,
a Alessandra Reis contando alguns
desses episódios membrançosos para a CEO,
tratou da saúde a CEO,
a CEO
falando, por exemplo, de reuniões secretas
preparatórias dos depoimentos dela,
tratou da saúde ao Governo
e o Governo trata
da saúde a nós.
O final é sempre igual.
O final, na verdade, é sempre igual.
Mas isto,
mais uma vez,
esta,
quer dizer, estas revelações
da Alessandra Reis
sobre
em que ela está a tratar da saúde a CEO
são interessantes,
podem justificar aquilo que o Pedro estava a chamar
em compatibilidades pessoais.
Mas
em toda a cadeia
de tratar da saúde,
eu não sei
se o
meu favorito
não é o
o antigo secretário de Estado,
porque o Gomenes
consegue, uma vez em 1966,
no Portugal-Brasil,
o Eusebio marcou o canto
e depois marcou o golo.
Ou seja, o canto que ele
próprio marcou,
ele depois é o autor do golo
que resulta desse canto.
E eu acho que o Gomenes
é igual,
já agora fica
essa nota, porque ele
faz o mesmo,
contribui
para o processo de indemnização,
depois
faz perguntas sobre como é que a final
é possível esse processo de indemnização
e é um artista muito
completo, tenho vontade
de saber mais sobre ele.
Só mais umas pinceladas breves,
temos aliás que acelerar,
ainda não ouvimos o Primeiro Ministro
a respeito destes últimos desenvolvimentos
apesar do reto que ele foi lançado
pelo líder do PSC nesse sentido,
acredita que
que costa virar a falar sobre estes casos concretos
revelados na audição parlamentar
ou vai deixar
vazar.
É assim, se dermos
uma hipótese a António Costa
ele vai com os aviões
búlgaros do Ricardo para qualquer
sítio do planeta
para não ter que responder a isto.
E se não tenha a menor dúvida agora,
ele já disse o essencial,
que é a verdade
do Ackendwer,
essa frase é extraordinária
sobretudo tendo em conta
aquilo que é o histórico de António Costa.
O Primeiro Ministro disse a propósito
dos trabalhos da Comissão de Inquérito
que é a verdade do Ackendwer,
pelo que já vimos,
quem é que poderá vir a doer mais
tudo isto?
Deixe-me dizer,
se verdade nesta circunstância
quer dizer responsabilidade
ou responsabilização,
o que se pode dizer é uma coisa,
faltam ainda três anos,
para o governo acabar o seu mandato,
mas os livros de história
poderão dizer o que quiserem sobre
os governos de António Costa
e até coisas positivas, se quiserem,
mas não dirão que foi
o momento aúrio
da história da responsabilização
política.
Isso não foi um momento em que
as pessoas que tomavam decisões
contestáveis foram chamadas à pedra,
emitidas a tempo,
afastadas por
indescente e má figura.
É para ter certeza que o Primeiro Ministro
a não ser que esteja que se
que renaixa na sua filosofia
política de governação,
não se vê onde é que ele vai buscar
essa entusiasmo pela verdade, isto é,
pela responsabilidade política.
Ah, porque todas as ministras que ainda não passaram pela comissão
de inquérito, o Folhetinho vai
continuar, algum deles
se suscita a particular interesse,
quem é que tem mais curiosidade
de ouvir ainda, Ricardo Araus Pereira?
O Carlos, o governo está em primeiro lugar,
mas eu não sei se
Pedro Munozantes ainda tem,
eu não sei se ele tem
digamos, uma carta,
uma daquelas cartas de
como há no monopólio
de sair do,
sair da comissão,
sair da comissão parlamentar de inquérito
se ele não tiver
e for levado a ir, também gostava muito
de assistir a esse, porque eu creio
que Pedro Munozantes
também tem
uma participação
divertida neste processo.
O Pedro Mechia fica
sem ministro do Beliscão, estão entregrados
as pastas ministeriais por esta semana
todas, à volta
do caso Tápidas, audições
parlamentares desta semana.
Vamos agora saber, mudando de assunto
e traduzindo tudo muito
rápido, porque o Pedro Mechia
se declara ao, mas não é
ao de Alberto, nem de Albino,
nem de Albano, é ao
de Alfonso.
O que é que o fez evocar
esta semana? Alfonso Gabriel
Capone, Pedro Mechia.
Já se falou até no programa passado, falámos
sobre o Al Capone e a sensação
que muitas pessoas têm
que o
Donald Trump está a ser
acusado
de um
crime
comparativamente menor, digamos assim.
Bom, há
duas coisas diferentes sobre isso. Bom, se
o crime deve ser investigado
e quando nada se for culpado
seja mais grave ou menos grave.
E não é o facto
de
o crime de que ele é acusado
o poder beneficiar, como aliás vimos
que beneficiu em termos de salto nas
chondagens das primárias
republicanas e ao aumento dos
donativos. Isto também não é um bom
critério para não avançar
com essa investigação, mas
estamos a falar
de dinheiro para mandar calar
uma senhora com que ele, alegadamente,
teve um caso,
dinheiro que veio da campanha, que, portanto,
implica
falsificação de documentos
e que implica
desvio de dinheiro e que implica
no fundo mentiros americanos
na autoapresentação da sua vida, etc.
Mas, se nós pensarmos
que Donald Trump
é pelo menos
suspeito
de ter
tentado arranjar, forado do lentamente
os votos, pifaltam na Géorgia
e certamente culpado,
aqui não há possibilidade
honestamente brincar com as palavras,
certamente culpado de ser o autor moral
do ataque ao Capitólio
andar calar
uma atriz pornográfica, não parece uma coisa
escandalosamente
quer dizer, ainda por cima, uma pessoa
para quem a gente diz
o Trump com uma atriz pornográfica
não é exatamente assim uma coisa
a Breaking News
e por isso, como eu digo,
se é crime é crime
seria mais
proveitoso para a América
que o Donald Trump
pudesse ser acusado e condenado
se for culpado
de coisas muito mais graves
e muito mais corrosivas
da política americana
como essas duas que eu citei
parece-lhe que a acusação
do perucador de Nova Iorque
contra o Donald Trump tem pernas para andar
João Miguel Tavares
pernas para andar, certamente ela tem
a solidez suficiente
para ter pernas a andar
contra qualquer pessoa
o que é que ao mesmo tempo é Donald Trump
e portanto é evidentemente perigoso
ainda para mais porque os procuradores
são eleitos nos Estados Unidos da América
portanto há uma eleição
há acusações de proximidade democrática
e vai continuar a jogá-la
neste momento eu acho que ninguém
pode saber se aquilo vai beneficiar
ou prejudicar
Como é que entende Ricardo Araújo Pereira
a comparação que está a ser feita
por apoiantes indefectíveis
de Donald Trump entre
o antigo presidente agora acusado
e figuras como Nelson Mandela
ou mesmo Jesus Cristo
Acho natural Carlos
sou um leitor atento do Novo Testamento
e lembro-me
como acho que todos nos lembramos
daquele episódio em que Jesus
tenta calar uma testemunográfica
com quem esteve por via do seu advogado
fazendo concursos fundos
que realmente dá
ao seu advogado
me escapem aos impostos
e às vezes até com dinheiro da própria
respeita-se que dá campanha
de Jesus Cristo para ser eleito
para o sinévrio
Estás com o sentido então porque
o Pedro mexia Clara Al
quanto aos homigaltavares
diz sentir-se sabotado e há indicios de sabotagem
homigaltavares
Há indicios de erro humano
Eu descovi a palavra errumana
O que está em causa é o apagão
voltamos a este assunto
é o apagão no navio
que já falámos aqui na semana passada
e agora depois disso a garantia
desta semana do chefe do estado
melhor da armada
o que aconteceu teve causa humana
a única coisa que eu posso dizer
era que a amarela não mente
e que o problema
o último incidente
não teve origem
em problemas mecânicos
ou problemas da plataforma
foi um erro humano que nós estamos a investigar
O material
tem sempre razão, costumam dizer os militares
parece que alguém se esqueceu de ria
basta de ser o navio
Veste como uma situação
propícia a boas teorias da conspiração
homigaltavares
Sim, porque na verdade nós não podemos passar aqui tudo
mas há mais declarações
e depois há uma enumeração
para mim é muito significativa
a causa da paragem súbita
de 4 motores diesel
2 geradores elétricos
e 2 propulsores
resultou de baixos níveis de compostível
no tempo de serviço
e portanto esta enumeração
é que é como quem diz
mas isto não parava tudo assim
portanto alguém se esqueceu
de dir a bomba de gasolina
e isso é muito estranho
portanto embora ele não diga
que a gente quer me lixar
ou mostrar que os marinheiros tinham razão
é isso que fica no ar
depois destas declarações
Parece-lhe credível Ricardo Araus esperar a ideia
de que anda alguém a querer tramar o Almirante
É cada vez mais claro Carlos que sim
e que em princípio tal como o Almirante
desconfiava há duas semanas
ainda o suspeito esta semana
mas é o PCP
em princípio foi o PCP que se esqueceu
de abastecer
o tanque de lá
de compostível
de lataforma
de barco
comentaria que este novo desenvolvimento
lhe merece Pedro Mexi
em duas frases
a primeira frase é que
é diferente a ver avarias
e problemas e ter havido
as pessoas de segurança
que é uma coisa que está na origem
da questão da desobediência
e a segunda lugar é possível
que é admissível que estejam a tentar
tramar o Almirante
mas não que veem que seja o Almirante a dizer essa frase
Já sabemos por que o João Miguel Tavares
se anuncia sabotado
agora vamos tentar perceber por que o Ricardo Araus
declara Lukaku
o jogador de futebol do Inter Milão
Sim, o Lukaku é muito rápido
contasse muito pressa
quer dizer, o caso em si é bastante
quesinho, porque é um caso
que tem a ver com futebol e
para seu segundo estado de futebol italiano
Lukaku é um jogador do Inter Milão
que ia marcar um penalti
e enquanto está a tentar
marcar o penalti está a ouvir insultos
racistas vindos da bancada
marca o penalti
e depois leva o indicador
aos lábios
fazendo o gesto de
agora os inorgumos
vão fazer pouco barulho
e o árbitro
dá-lhe o segundo amarelo e expulso
atenção, as regras
dizem que
quando um jogador, digamos
provoca a bancada
fazendo gestos como esse
deve levar a amarelo
e neste caso era o segundo
o problema é que quando as regras
aplicar as regras, quando as regras não fazem sentido
é mais selvagem
o cartão amarelo devia ter sido
bancada em primeira instância
exatamente, é mais desumano
do que não haver regras nenhuma
e portanto
foi um momento
de desumanidade
apesar de estarem a cumprir
diligentemente as regras
as vezes acontecem
esperemos que os nossos espectadores
e ouvintes anotem que nós
não fazemos referência
a jogos do campeonato português
e portanto passamos
com isso que vinha vindo eimada
como é que entende a expulsão do locaco neste contexto
Pedro Mechia
a expressão
o gesto é um gesto que cusponda
um insulto e portanto
entre todos os gestos com que se pode cusponder
um insulto por delicadamente
o dedo nos lábios
é o mais gentil que se possa imaginar
a bancada do estádio das juventos
onde vieram os insultos racistas
foi encerrada e a direção do clube
está tentando perceber quem foram os infratores
sem essa identificação resultar
que pena defender
que lhes seja aplicadas
não sei bem
se os grunhos forçarem todos afastados
dos estádios de futebol
não sei
há muita gente sente
e também há gente que agrunha
durante um tempo
muito específico
acho muito bem que as pessoas reajam
isso também aconteceu cá em Portugal
os atingidos
os atingidos
que seja
que se perceba como aquilo é
inaceitável, inadmissível
e
mas também
esperar que as bancadas dos campos de futebol
se transformem
digamos assim
num sítio cheio de boas maneiras infelizmente
aqui não é
aqui o que está mal
e isto vai ser
impossível impedir
que as bancadas façam este tipo de coisas
acho que deve ser combatido
mas vai ser impossível agora
o que é que não pode acontecer
o que lhe aconteceu por reagir
a aquele tipo de barbaridade
é tão impossível como impedir que atirem
varie lights outra coisa a qualquer
claro e continuam a atirá-los
mas isso não há dúvida
isso não há dúvida nenhuma
como é evidente
continuam a atirar varie lights
continuam a ser racistas
continuam a insultar a mão do árbitro
esse autor dizia que é para não se ter expresso
é que algum dia isso aconteça
porque vai continuar sempre a acontecer infelizmente
chegamos à altura dos livros
e esta semana eu trago poesia
a geração de poetas
bit
o termo foi usado inicialmente
pelo escritor Jack Kerrack
e passou a designar um movimento
literário inconformista
a seguir a Segunda Guerra Mundial nos anos 50
do século passado
entre as figuras que mais se destacaram
na poesia e bits tão nomes como
Laurence Ferlinghetti
que foi o dinamizador do grupo
também como editor
não só como poeta
e também como livreiro na famosa
livraria City Lights de São Francisco
outro nome importante é o de Frank O'Hara
talvez o mais emblemático seja
Alan Ginsburg que chegou
aliás a ter
problemas judiciais
por causa de um poema
publicado pela editora de Ferlinghetti
estes e outras poetas
são uma dezena autodo
estão reunidos nesta antologia breve
é uma
pequena seleção de poemas
com a tradução e a apresentação
de Adolf Locheria Cannibal
que é também o responsável
pelas introduções
valiosas a cada um dos autores
aqui representados
por uma panorâmica
desta geração de poetas
norte-americanos
bit é uma edição
do lado esquerdo
o João Miguel Tavares propõe um livro
sobre a pesca da sardinha
sim eu gosto de dizer de vez em quando
livros improváveis que eu encontro
por ele nas livrarias
e este é o caso sardinha
o sem fim da pesca do cerco
de Elder Louis
o Elder Louis fotografa
e desenhou o próprio livro
e este livro é uma consequência
de uma residência artística
que foi apoiada pela Câmara da Pova do Varzim
e é de facto um livro muito completo
e fascinante sobre
aquilo que o Alvaro Garrido no prefácio
chama A Pesca das Pescas do Mar Português
há uma tradição
muito nobre e antiga de livros
sobre a pesca na literatura portuguesa
e há até um clássico
do estrangeiro Alan Villiers
chamada Campanha do Arcos
e é fascinante perceber
que embora hoje em dia a pesca esteja muito fora dos nossos radares
ela continua a acontecer
e que haja gente que se diga a ela
e que a documenta
com o brinatismo do que o Elder Louis faz
neste livro
o Pedro Bichia traz
nos ficção científica de pendor filosófico
esse independor muito filosófico
mesmo é um livro do
Stanislav Lehm
que é autor de um comando muito conhecido
chamado Solaris
que é também sobre este tema
o Solaris é de 1961 e este livro é de 1968
a voz do dono
editado pela Antigona
e que é sobre o mesmo tema do Solaris
que é sobre a inteligência alienígena
é um grupo de cientistas
que está a tentar descodificar
uma mensagem vinda do espaço
e é um comando filosófico
é um comando muito denso
em que esse grupo
de académicos e intelectuais
ao tentarem descodificar
o que é que pessoas
de outro planeta
ou de outra dimensão do cosmos
nos querem dizer
faz as perguntas que nós fazemos
sobre nós próprios que é
o que é que isto quer dizer, o que é que isto significa
para onde é que isto vai
e portanto a vez de filosofia, biologia
física, metafísica
todas as perguntas que nós fazemos
na história do pensamento ocidental
estão neste livro de ficção científica
O Ricardo Oroes Pereira
recomenda um ensaio de Jorge Sena
publicado agora pela primeira vez
de forma autónoma
Exato, o Carlos
chamou-lhe ensaio e é, na verdade
mas isto que estamos aqui a ver é um verbete
de um dicionário, o que se passa
é o Jorge Sena
escreveu um verbete
amor para o grande dicionário
da literatura portuguesa e teoria literária
a questão é que o verbete
tem 100 páginas
entre as moças e ainda vêm para nós
porque o que se passa é que
é uma reflexão
sobre a ideia de amor
na literatura portuguesa
mas é também uma espécie
de história da sexualidade humana
porque evidentemente o amor foi para o sexo
e a seguir ao sexo
foi também para o obsceno
por isso também há aqui
uma espécie de panorâmica
do obsceno
na literatura portuguesa
tudo coisas que me
entre literatura
amor, obsceno
e sexo, talvez a que eu gosto
menos seja o amor, veja bem
mas estou aqui todas, aqui tudo
Amor de Jorge Sena
a edição é da Guerra e Paz
e assim se conclui mais uma reunião
semanal, reunião pascal
dois ou oito dias, a mesma hora
ou qualquer hora, como sempre, em podcast
Pedro Mestias, João Miguel Tavares
e Ricardo Araújo Pereira
Boa Páscoa
Música
Machine-generated transcript that may contain inaccuracies.
Reuniões secretas, preparação de testemunhas, troca de acusações, emails e ésseémeésses. A inquirição à crise na TAP fez do caso um folhetim que está a expor zonas de sombra perigosas nas relações da tutela política com a administração da empresa pública. Até o Presidente da República, à sua própria revelia, já foi convocado para o turbilhão do “pior pesadelo”. E tudo indica que isto ainda poderá ser só o início. A reunião desta semana tem o alto patrocínio da “comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP”
See omnystudio.com/listener for privacy information.