TSF - Minoria Absoluta - Podcast: O estado da (jovem) geração, com Daniel Ferreira e André Abraão

TSF Radio Notícias TSF Radio Notícias 7/22/23 - Episode Page - 40m - PDF Transcript

O ano foi de polêmicas, casos e casinhos, 13 demissões no governo socialista, mas foi

António Costa, quem controlou o debate sobre o Estado da Nação.

Os temas quentes quase não foram um tema e houve até tempo, veja-se para falar sobre

o Estado da nossa geração, a geração jovem.

E qual é o Estado da Nação pelo olhar dos SUP35?

É o que vamos ficar a saber hoje em mais um programa do Minoria Absoluta, que faz lembrar

os tempos da geringonça, e isto porque de um lado temos o nosso jovem socialista, André

Ebrão, e do outro, o marxista, leninista, suportinguista, Daniel Ferreira.

Começo por ti, André, visto o debate muito atentamente, pelo olhar de um jovem, qual

é que é o Estado da Nação?

Bom, eu começava por cumprimentar-te ativo.

E ao Daniel, é sempre bom voltar aos estudos de ATSF para falar sobre o Estado da Nação.

Há-se também, portanto, de sermos um bocadinho do debate parlamentar, porque há um Estado

da Nação parlamentar e há um Estado da Nação que nós vivemos diariamente enquanto jovens.

Temos aqui uma curiosidade, somos os três trabalhadores, podemos ser empresários, podemos

trabalhar, mas precisamos trabalhar para viver, e portanto sentimos na pele aquilo que são

os grandes problemas da nossa geração e da Nação.

Dizer que eu sou incapaz de dizer que acho que como qualquer socialista, o próprio António

Costa também o referiu, que o Estado da Nação é um Estado da Nação perfeito, que o país

é um país das maravilhas, que corre tudo bem.

Muito pelo contrário, nós próprios vivemos na pele, percebemos o impacto que os impostos

têm nos nossos rendimentos ao final do mês, percebemos que são necessários para alimentar

um conjunto de serviços de Estado fundamentais, mas sentimos esse impacto, percebemos cada

vez mais quem procura casa, quem tenta comprar as dificuldades que tem à sua frente, tantas,

tantas outras áreas, os preços de aumentar, que agora têm assumido uma direção contrária.

Portanto, o Estado da Nação não é um Estado perfeito, não é um Estado das maravilhas,

mas dizer que o Estado da Nação não é um Estado perfeito, não é a mesma coisa que

dizer que o governo tem feito um mau trabalho, são coisas totalmente distintas, porque

esta arte de governar é uma arte de, não propriamente só de autoputos, de chegarmos

a um governo, de assumir pastas e, com base num programa político, aplicarmos medidas,

isso seria fácil qualquer governo fazer isso.

Mas como eu disse no início, houve muitas demissões, foram 13 ao longo do último ano

e meio, mais ou menos, isso também descredibiliza um pouco o governo, perante o olhar dos portugueses.

E não descredibiliza por duas razões, mas eu já vou lá, só para concluir esta ideia

que estava aqui a transmitir.

Dizer que governar não é só um conjunto de autoputos de medidas que lançamos, de projetos

que lançamos, de programa político que estamos a implementar, é também um conjunto de inputos

externos e o grande desafio normalmente dos governos é, com base nesses desafios que vêm

de fora externos, conseguirem adaptar e conseguir pôr em prato ao seu programa político,

nós temos que perceber a dinâmica e todo o contexto que está em volta dos espíritos

que vivemos.

Agora, as duas razões que eu aqui te queria dar, é preciso nós recordarmos que António

Costa, quando formou este novo governo, grande parte do seu ele em que mantevesse, foi mesmo

a própria ideia de António Costa, foi ver uma continuidade com o governo anterior.

Foi um erro logo aí à partida?

Eu penso que não foi um erro, eu penso que não foi um erro, porque também era importante

e nós temos que compreender que havia um governo que era suposto cumprir todo o mandato, foi

interrompido, de ponto de vista parlamentar, de presente da República, mas…

Caso do PCP?

Caso do PCP do Bloco Esquerda também, é preciso dizer-lo, o PCP do Bloco Esquerda discordavam

da solução do momento, mas é preciso dizer que o povo português votou naquele governo

e deu uma ireia total àquele governo e, portanto, António Costa não podia fazer uma

remodelação autêntica e extrema, essa é a primeira razão.

A segunda razão é dizer que é perfeitamente o norte-natural a ver demissões e a ver remodelações

no governo.

O governo do Pedro Passo Esquerda, o grande governo da direita, o governo de salvação

nacional, o melhor governo de sempre, Salvador da Pátria, esse governo teve em 4 anos de

maioria absoluta, mais de 40 remodelações, 40.

Bom, se temos 13 em um ano, eu acho que estamos na média, portanto, acho que o governo

até tem se ensafado bem, são essas as questões e a grande ideia que eu queria deixar é

mesmo esta.

O Estado da Nação é um Estado de Ação difícil.

Mas aí, pelo menos, no tempo de paz, escolheram o governo de coligação, agora é um governo

só do Partido Socialista.

Sim, é verdade, não temos palo de portas com histórias irrefugáveis, não temos,

há aqui uma solidariedade dentro do governo, mas todo modo, quer dizer, acho, demonstrar

a naturalidade desses processos de revelação nos governos.

Daniel, como é que olhas, e tu eres mais novo até do que o André, como é que olhas

para o Estado da Nação?

Bem, olá Francisco, olá André.

É sempre um prazer vir aqui até a CF falar um bocadinho.

Relativamente ao Estado da Nação, eu acho que não vou dizer aqui nada de novo, quer

dizer, é um Estado da Nação que, da visão que costumava ser a visão da direita, até

há pouco tempo, não há grandes argumentos contra este governo quando se fala em retorno

da dívida, quando se fala em crescimento económico, o PS tem apresentado ali as

bons números, o PS adora falar de números que é uma coisa que, quanticamente a direita

dizia que o PS não sabia fazer, e também por já não haver argumentos nessa parte,

é que se explica um bocadinho, voltando um bocadinho atrás, o facto da direita não

tem ganho nenhuma de eleições desde que o Partido Socialista chegou ao governo.

Agora, há outra visão, há uma visão que deve ser a que é de facto da oposição real,

que é a que fala das condições de vida, e a verdade é que, embora tenha havido algumas

melhorias, estruturalmente nós mantemos com condições de vida e com várias problemas

de base que não são resolvidos, problemas que não são resolvidos, leis laborais de

tempo da troca, que à medida que o PS vai continuando no poder, insiste em não refogar,

insiste com a história de nunca dar um passo maior do que a perna, não é?

A expressão predileta quase da António Costa.

Exatamente, e tem sido a expressão desde 2015 para António Costa de alugar com os

partidos mais à esquerda, o problema é que se nas alturas de crescimento e de recuperação

não se dão os tais grandes passos, que não diria que são maiores do que a perna, são

apenas passos maiores, não sei quando se darão, porque nós vivemos num sistema económico

que tem crises cíclicas e que mais tarde ou mais cedo haverão algumas e se nestas alturas

não se avança, também não será certamente nessas.

Quanto à estabilidade, eu, se calhar vou me repetir um bocadinho, já falei isso algumas

vezes, as maioria absolutas, ao contrário do que muitas vezes se apregou, agora menos,

em termos de apregou-se mais, não trazem efetivamente uma maior estabilidade às pessoas nem aos

embora, claro, a questão das demissões, talvez por amorecer um pouco curta, se esteja

a falar mais ultimamente como se fosse algo inédito ter três demissões neste espaço

tempo, então faz a certeza que não é, mas a estabilidade nas condições de vida das

pessoas, a estabilidade na visão de futuro e aqui entrando particularmente nas condições

de vida dos jovens, no acesso à habitação, no acesso à cultura e tudo mais, não tem

vida efetivamente avanços suficientes e é nesses terrenos que se tem que conseguir

fazer avança e é nessa visão que o Partido Socialista não tem, não tem conseguido evoluir,

especialmente esta é a maioria.

Já que falas de habitação, habitação foi até um tema ontem, no debate sobre o Estado

da Nação, o facto dos jovens não conseguirem sair da casa dos pais, muitos deles, antes

dos 30 anos, por exemplo, que é mais ou menos a média, isso mostra que o Estado

está a falhar perante da geração mais jovem.

Sim, na minha visão é o Estado que está a falhar ou não haver um investimento sério,

ou não se lidar a sério com a exploração da habitação, que mais uma vez, não é

agora, as bases já foram lançadas há muito tempo com o aumento do turismo, com a concentração

nas grandes cidades e com o aumento dos preços, já é uma coisa que vem mais de

trás, foi um problema que foi sendo empurrado com o Borrique, que agora está mais evidente

e obviamente tem sido tomadas algumas medidas e especialmente anunciadas, mas até do que

tomadas, mas essas medidas não têm mudado esta realidade concreta, apesar de toda a

propaganda que se tem feito.

O pacote mais habitação foi até aprovado na semana passada, no Parlamento, a invutação

final global, a verdade é que os partidos à esquerda do Partido Socialista já dizem

que é um autêntico falhanço, André.

Eu custo-me os partidos que...

A crítica foi até de Mariana Mortágua para António Costa.

Eu vou acompanhar um bocadinho a resposta que António Costa deu, eu não sei como é

que nós podemos decretar a partida, programas que ainda não estão no terreno, que nós

não conseguimos nem me dizer o impacto, que já são um falhanço.

Nós podemos discordar de opções, defender opções diferentes, explicá-las, mas dizer

que um programa que tem medidas tão interessantes como, por exemplo, a questão do subarrendamento,

que já foi anunciado, porque são 300 focos em Lisboa agora, que o Estado vai arrendar

para subarrendar as jovens, ou seja, permitindo que aqueles que com alguma legítima expectativa

compraram imóveis para arrendar e para delitirar em alguma renda, não estou a falar de grandes

empresas desse tipo de gestão de imobiliária, mas pessoas também querem ter algum proveito

desses imóveis e permitir que a população e jovens consigam ter acesso a preços mais

reduzidos.

Há propostas muito interessantes, a verdade, que o programa Mais de Habitação não é o

mesmo que foi apresentado há uns meses.

Houve muitas alterações, também o debate e a discussão pública também trazem isso,

algumas visões sobre os problemas, identificar novas soluções também, e o programa não

é exatamente o mesmo, mas eu não consigo entender como é que se decreta a partir do

falhanço de programas quando ainda nem sequer tocaram no terreno.

Alexandre Poço, deputado do PSD, falou também sobre isso ontem, no debate sobre o Estado

da Nação.

A verdade é que o PSD já propôs que o Estado avançasse com um apoio para ajudar a compra

de casa para os mais jovens.

Essa é uma medida em que te revês, ou seja, se calhar também faz falta ao pacote Mais

Habitação.

Quer dizer, é uma medida muito interessante, e para ser honesto resolveria algum problema,

mas nós temos que perceber, é ser aplicável, nós enquanto jovens, temos também o dever

de ser o tópico e de pensar em soluções um bocadinho fora da caixa, mas quando vamos

para o debate parlamentar temos que ser capazes de transformar a utopia na forma correta de

aplicar uma medida.

Bom, e a medida como está apresentada a JST, eu não vejo que mecanismo do Estado

tem desde logo os sementais para aplicar essa medida e de que forma é que irão responder

lá desde logo as intuções bancárias, e para ver um partido do PSD com esse tipo de medida

assim da utópica, bom, é dizer-lhes bem-vindos ao mundo da utopia para pensarmos um bocadinho

de fora.

Mas esperemos não ser de utopias de choques fiscais, porque as utopias dos choques fiscais

nós sabemos onde é que nos levou, não é?

Daniela.

A oposição é utópica, como diz o André.

É assim, de certa forma...

O PSP apresentou muitas propostas para este pacote mais habitação, foram, eu creio,

que todas chumbadas.

Sim, isso quer dizer, não acho que seja uma grande novidade, porque as políticas propostas

pelo PSP, especialmente as que tocam em políticas de fundo, não são habitualmente aprovadas,

embora hoje outras que são, e especialmente quando existe uma maioria absoluta no governo.

Mas quer dizer, há sua maneira, todos os partidos, incluindo os que governam, têm

uma visão, um bocadinho de tópica na medida em que não me dizem que, ah, o nosso programa

tem falhas aqui e ali, e ninguém, nunca ninguém vai dizer isso, nunca ninguém disse

isso.

Mas, aqui, aqui, diferenças claras, por exemplo, obviamente a direita, especialmente

quando se olha para a prática daquilo que têm sido os governos de direita, e as políticas

de fundo de direita, e aquilo que é proposto, nota, se não diria tanto, uma visão utópica,

mas uma visão um bocadinho turva daquela que é a realidade que...

Mas o PSP tem até comparado o governo de António Costa a políticas de direita?

Tem, efetivamente, porque estruturalmente existem muitas políticas dos governos do

Partido Socialista, que são iguais às da direita, especialmente para não tocar em

problemas de fundo, como o problema da dívida, o problema dos constrangimentos impostos

pelo euro e pela União Europeia, muitas outras políticas estruturais, como, por exemplo,

com as leis laborais também, e por isso não adianta entrar para aí, porque efetivamente

nas políticas de fundo, o PS tem muito poucas diferenças para com a direita.

Descordo.

O André estava aqui a dizer que não, mas é...

Descordo.

Mas é...

Eu já dou dois tragisêmpos que desmontam, é certo?

É verdade.

É fácil dizer, quer dizer, nós tivemos duas grandes crises no nosso tempo de vida.

A crise 2011 e esta agora a crise panêmica.

É verdade.

A nossa dívida em relação ao PIB subiu para valores parecidos, 130%.

Só que hoje estamos no 107% da dívida, como fizemos depois também em 2015, esse caminho.

Só que a receita foi bastante diferente.

Nós não podemos dizer que hoje aplicamos a austeridade quando a nossa ideia nos enquadramos

no segundo lugar.

Também houve um apoio de bruxelas diferentes em relação a 2011, e António Costa tem

falado muito sobre isso.

Precisamente.

Isso foi uma remodelação também que fomos capazes de fazer, e uma reflexão que fomos

capazes de fazer do ponto de vista europeu.

E é importante também dar credo a António Costa, mas não só vários outros partidos

que foram capazes de trazer essa vertente para a União Europeia, de que a resposta

dado em 2011 foi uma resposta completamente errada, e já mudámos isso.

E portanto, e também é preciso dizer que eu acho que nós temos uma memória muito

curta, apagamos a memória muito facilmente, porque nas últimas eleições, nos grandes

debates, a direita não tinha vergonha de dizer que não era preciso subir salários

que tínhamos de ter muito cuidado de aumentar o salário mínimo, porque podíamos aumentar

o desemprego.

O Rui Rio disse isto, o Rui Rio é uma pessoa que até está enquadrada no ponto de vista

ideológico, no centro, mas o Rui Rio disse isto num plano de debate para as desrelativas,

quer dizer, e dizer que o PSD, no plano do PSD, se nós temos a falar da integração

europeia, é isso sim, tirando do PCP, eu acho que não é só.

E estamos de acordo.

Agora, até no plano laboral, nós não podemos tirar de valor a agenda do trabalho digno,

as medidas foram apresentadas, não podemos ter a valor a um aumento de 50% do salário

mínimo desde 2015, nós não podemos tirar a valor ao facto, agora, mesmo com esta crise

inflacionista, nós temos sido o segundo país da OCDE, que menos reduziu os rendimentos,

o salário real das famílias, e são todos os fatores que nós temos de ter em conta,

de comparações com o PSD, eu percebo que nos queram colocar todos no mesmo sexto, ajudando

naturalmente, mas somos completamente distintos.

Já que falas sobre isso, o António Costa voltou a colar o PSD ao empobrecimento, diz

que o PSD é o pai do empobrecimento.

Às vezes que os portugueses passaram a estes anos, desde o fim do governo de Passos

Coelho, ainda tem essa imagem, tal como o António Costa, até depois deste último

ano, que foi bastante difícil para a vida das pessoas.

Também tem por aquilo que eu já referi, a receita que foi aplicada na altura, de ir

além da troika, as coisas que podemos todos acordar, que se for além da troika com a

questão das privatizações, o aumento dos impostos, tantas outras questões, mas a

direita falhou em algo que o Partido Socialista não se pode apontar neste momento, que foi

o crescimento económico.

Entre 2000 e 2015, nós tivemos um crescimento absolutamente anémico, aí sim podemos utilizar

a expressão anémico, que a iniciativa liberal gosta tantas vezes de utilizar.

Hoje, quando nos comparamos muito bem e convergimos sempre, terá no ano de 2020 com a zona euro.

E agora em 2023, para crescermos o dobro da média, esta é a grande receita que no Partido

Socialista funciona, mas que o PSD na altura não conseguiu pôr em prática.

E só dizer-me algo, que o que falta ao PSD, e acho que é por isso que nas chondagens,

e são intenções de voto, não são votos, são intenções de voto, que é algo um bocadinho

diferente, não conseguem descolar do PS, mesmo depois de períodos tão difíceis que

as pessoas têm que nós temos vivido, com a sociedade.

Mas a verdade é que há pouco mais de um ano o PSD teve maioria absoluta.

Mas é o que eu digo, há intenções e há votos, é caneta pesa no momento de votarem,

portanto não esqueceram disso.

Ou a carteira.

E a carteira também, portanto a carteira eu acho que o Partido Socialista era o PSD,

mas o que eu queria dizer é que não há propostas, não há uma solução para o crescimento

económico de um lado da direita.

Daniel, o André fala em bons números, pergunte-se se esses bons números já caíram na tua carteira.

Na minha carteira confesso que não me tem que ir muito, até porque durante a altura

em que mais foram repórtes de direitos e mais foi ajudada a carteira dos portugueses,

eu ainda era um estudante do ensino secundário e por isso não sentia bem essas coisas.

Embora tenha sentido, efetivamente, em minha casa essa diferença.

Agora, se me permites faltar aqui um bocadinho atrás, quer dizer, quando se fala em políticas

estruturais, nós não estamos aqui a falar se o PS se bate mais no União Europeia por

X ou Y, se criticar a seleção que foi adotada na crise de 2008, que a direita aliás subscreveu

o Portugal era o bom aluno, não era que se dizia na altura, não se está a falar disso,

quer dizer, está a falar do não combate aos lucros e até a previsão do seu aumento

como algo positivo, quando se vê uma confederação paternal a defender as propostas de orçamento

de Estado de um governo, quando se vê a entrada progressiva dos privados, muitas vezes nos

serviços públicos, quando se vê a lógica das PPPs, tão defendida não só pelo PS,

mas também pela direita, quando se vê a lógica de mercado adotada para muitas das

soluções tomadas a partir do Estado, aí estamos a falar de políticas de fundo, aí

estamos a falar de políticas estruturais, onde a lógica do PS não muda em relação

à da direita.

Evidentemente que há diferenças políticas, não haveria um PS e não haveria um PSD

e não haveria um PSD que se alinha com partidos a direita ou muito mais a direita do que do

calma vez o PS seria aliar.

Agora, não podemos controlar o facto das políticas de fundo do PS divergirem e muito

desde os partidos mais à sua esquerda, que não estou a falar só do PCP.

Falaram-vos há pouco sobre a geringonça, e tu, era estudante apenas, mas ves passado

há alguns anos, que houve ganhos dessa altura que agora já foram por abaixo?

Bom, alguns deles estão a ser perdidos, por exemplo, na recuperação do valor real

dos salários, houve efetivamente uma grande diferença entre o que aconteceu nesse período

e o que aconteceu mais tarde, o que acontece atualmente.

Agora, obviamente que há coisas que ficam, há políticas que também podem ser vistas

como sendo mais debaixo, por exemplo, quando foi a questão dos passos sociais, a questão

dos manuais escolares, que foram efetivamente políticas que beneficiaram diretamente os

portugueses e que, nesta altura, ainda estão em vigor.

Agora, obviamente, esses avanços só foram conseguidos porque houve uma exigência forte

para que o PS e ainda assim não se releveram muitas das políticas de fundo, e eu até

poderia pegar aqui, por exemplo, na questão da habitação, na lei Cristo, que tanto mal

se fala, muitas vezes, a tenoria política do PS, mas que se insiste em não se refogar.

Agora, efetivamente que houve ganhos, o fim da política mesmo de destruição que estava

a ser feita em Portugal e que obrigou a que se arranjasse uma fórmula inédita no fundo

para tirar o país do buraco, onde estava cada vez mais enterrado, e efetivamente o

que se passou nesse período não pode ser esquecido.

É sempre interessante ver esse exercício de sherry peaking, do que foi bem feito,

fomos nós que fizemos, e o bispo a pão do PS lá permitiu, conseguimos, e conseguimos,

com muita luta.

Com muita luta.

Não, só não é problema.

O que é mal feito foi partido socialista e não nos permitiu, bloqueou-nos e precisá

que seamos das ringões.

É, tem uma visão um bocadinho diferente.

Agora, respondendo àquela questão do sistema e do PS e PS T, nesses planos estão próximos.

É o Bloco Central.

Sobre a questão dos privados, é verdade o PS governam um país, e governar um país

significa governar para trabalhadores, governar para empresários.

A oposição não conhece a realidade, como dizia António Costa.

Depende da oposição, eu não consigo pôr todos no mesmo saco, é impossível ouvir

a própria CP, dizer que não conhece a realidade dos trabalhadores, porque vive, tem uma grande

presença junto de um movimento sindical, mas não sou capaz de olhar para a Inicível

Liberal e dizer que conheço o mundo real, porque quer dizer, basta em falar com trabalhadores

na rua e perceber que grande parte dos serviços que querem de palparar são utilizados por

milhões de cedãos semanalmente, imensalmente, mas a grande alta queria deixar é que quando

nós governamos, governamos para todo um país, e não podemos abrir guerras contra privados,

contra empresários, e quando falo com empresários não estou a falar de apenas de empresários,

de multimilionários e de grandes empresas, estou a falar do pequeno e médio empresário,

o pequeno e médio empresário que faturam 5 milhões, 10 milhões por ano, e que cria

um emprego que exportam, que ajudam a nossa economia a crescer, eu nunca sou incapaz

de abrir guerras, porque também são portugueses.

André, sobre o debate em si, foram quase 4 horas de debate, um jovem ainda tem, diria,

paciência para estar a ouvir na Rádio, ou a ouvir na televisão um debate deste género,

até porque foi um debate, eu não queria dizer fraquinho, mas...

Interessante.

Sim, pelo menos isso.

Eu vou ter coragem e vou dizer, ele foi exigente.

Nós também não sou propriamente uma pessoa boa para fazer essa questão, porque...

É politicamente ativo.

É politicamente ativo e todos nós aqui somos, mas temos uma geração que é cada vez mais,

isso é interessante, é interessante perceber e há estudos nesse sentido, mas sim foi um

debate interessante.

O primeiro nódo que eu ia deixar é que não apara para António Costa.

António Costa vem, e atenção, eu, enquanto socialista, um dos grandes erros que partiu

socialista com o teu foi acabar com os debates 15 nais, porque se o António Costa tivesse...

Vou regressar.

Vou regressar.

Se tivessem 15, 15 dias no Parlamento, aí não tínhamos oposição de certeza.

Bom, António Costa sobe ao palanque, fala...

Estás confiando com o meu meio e absoluto em 2026.

Bom, quer dizer, agora vou evocar aqui um bocadinho...

Para cá partida teremos debates 15 nais até lá, não é?

Metaforicamente eu acho que podemos dizer que estamos agora numa bonança.

Temos uma traficia muito complicada com esta questão da guerra, não sei como é que...

Portanto, estamos a falar de uma guerra, estamos a falar de algo absolutamente linear, mas

acho que agora chegámos a uma bonança.

Temos contas públicas saudáveis, temos crescimento económico, temos exportações.

Agora, o grande desafio do Partido Socialista, e se vai editar, se há vitórias aqui em

2026, se o Partido Socialista continua a ser um Partido Governo, é a resposta que vai

dar agora nos próximos próximos anos de estado.

E são essenciais esses.

O próximo ano de 2024 é, na tua opinião, fundamental?

Para mim é absolutamente fundamental.

É fundamental porque nós já temos os números, e o Partido Socialista tem bons números,

isso é impossível escamotear esses números, mas nós temos que aliarem esses números,

uma melhoria real das condições de vida das pessoas, porque se não o fizemos, ninguém

perceba o que é que nós estamos a fazer ao governar o país.

É um, certamente será um dos temas para a nova temporada da minoria absoluta, quando

se começar a discutir o orçamento do Estado, mas sobre o debate do Estado da Nação.

É caso para dizer que António Costa meteu quase toda a oposição a dormir.

Isto porque foi um ano com muitas polêmicas, ao longo dos últimos meses, houve muitos

casos e casinhos, como diz António Costa, e a verdade é que praticamente não foram

tema.

É verdade, quer dizer, eu acho que ninguém questiona aqui, nem em outras áreas políticas

mesmo, o dono de António Costa para falar exatamente.

E para defender as suas ideias em cima de tudo, porque nota-se que ao contrário de

outros políticos, especialmente o que vieram antes dele, que acredita, efetivamente, na

quilo que está a dizer, isso é sempre lovável, mesmo que seja com uma visão diferente.

O problema é que falar bem e lançar grandes bangers no Parlamento continua sem resolver

os problemas concretos.

E aqui se me permite voltar um bocadinho atrás, a verdade é que quer dizer, agora o André

de praticamente, a Jiu como soubesse uma oposição que viu os empresários como loprosos, especialmente

tuas pequenas e médios empresários e micro também, que obviamente é uma visão que

está a longe da realidade, até porque... e são conhecidas propostas do PCP, efetivamente,

para ajudar os micro ou pequenos e médios empresários, que são muitas vezes propostas...

Que é de médios, nem tanto.

Nós falamos de lucros, quer dizer, falamos de explotações, são pequenos e médios empresários,

que são empresas que faturam milhões por ano, e o discurso do PC não é um discurso

favorável para essas empresas, infelizmente.

Bom, o PCP tem um discurso efetivamente a favora dos falários e contra os lucros, acho

que isso não é novidade para ninguém, mas essa visão do lucro como algo positivo lá

está em mais uma questão de fundo.

Mas ainda voltando um bocadinho atrás, efetivamente existe uma oposição que vive numa bolha

e que vive longe da realidade concreta, e também de certa forma a perda da direita

política, falando aqui à direita do PS, tem mostrado com a diminuição do seu eleitorado

e dos seus resultados, mesmo após anos do partido se ilustrar no poder, seja com mais

do que um partido a apoiar no Parlamento, seja só com um, seja com maioria absoluta,

porque, quer dizer, são partidos que falam para quem usove, para a camada social a quem

atendem, normalmente para algumas classes intermedias ou mesmo para classes médias

altas, onde efetivamente a taxa de IRS que pagam é aquilo que mais tem influência no

rendimento tem ao final do mês, e obviamente que o PS aqui, ao contrário de outros partidos

à sua direita, consegue fazer um discurso mais abrangente e abrangente de mais outras

classes, e também é efetivamente por isso que esses partidos, por muito que tenham crescido

agora, tenham uma certa margem de onde nunca passarão. Agora, claro que isto não faz

com que o PS esteja a ter as classes que favorecem todos os meus questiones.

Mas voltando a questionistas trabalhadores, são quem voltam no Partido Socialista?

Olhe que não, olhe que não.

Mas voltando a questão de há pouco, sobre uma possível vitória do Partido Socialista

em 2026, apesar das sondagens, como dizia o André, intenções de voto nesta altura

são favoráveis ainda que ligeiramente, ao PS de, acreditas que se estivéssemos próximos

de eleições o PS iria conseguir vencer?

Bom, as sondagens há que levá-las sempre assim, de uma forma um bocadinho distante,

porque especialmente quando estamos longe dos atos eleitorais nem sempre tão muito próximas

da realidade. E por isso, obviamente, que havendo um empate técnico entre o PS e o PSD,

não sei se são três anos, né, que faltam para as eleições, nós não podemos ter a

certeza que seria exatamente a mesma coisa se faltasse um mês e estivéssemos exatamente

nesta realidade. Agora, eu acho que a realidade não mudou muito

faça aquilo que era antes das eleições, ou pelo menos antes destas eleições anticipadas

que tivemos. Portanto, não consigo mesmo prever. Agora, efetivamente, não tenho...

André, António Costa, no debate, falou várias vezes em preparar o futuro para as próximas

três sondas legislativas, o que eu quero dizer, que nesse caso o governo vai manter

até 2026, fica-se totalmente convencido que António Costa já fechou a porta à União Europeia.

No sentido de um carga europeu.

Ok, pensei que fosse no sentido.

Bom, o Henrique Alves Conte já se mato por problemas distantes.

Não. Sim, e aí também, acho que pegaste num ponto importante que este estado, o debate

do Estado da Nação serve, que não só para analisar o Estado da Nação, os grandes números,

fizeram também o recaldo daquilo que foi a sondata legislativa e preparar a próxima,

sobre a sondata legislativa que passou a uma frase de António Costa que me ficou do debate

ontem.

A oposição não foi capaz de trazer um problema, um desafio que o governo não esteja já enfrentar

com medidas em concreto. É interessante, com formas diferentes, com formas diferentes,

a oposição, em vez de dizer que devíamos ir por aquele caminho, que devíamos ir para

o outro, mas os desafios, os problemas, estão todos ali linkados. A oposição não elencou

nenhum novo.

São dados interessantes antes de continuar, Daniel.

Pronto, é verdade que o PS tem anunciado soluções para os problemas praticamente

todos que o país vive. Agora, o problema é se essas soluções de facto serão implementadas

e se forem implementadas, se terão sucesso.

É grande dúvida de um governo.

É grande dúvida de um governo, sim, mas não acredito mesmo que estas soluções que

o Partido Civilista tem apresentado, que são feitas na mesma base, que têm sido outras

soluções anteriores, que vai correr bem. E cá estaremos, obviamente esperemos que

as coisas corram bem e que o país melhora, mas eu duvido que os problemas estruturais,

mesmo com as medidas anunciadas, estejam resolvidos em 2026.

Retumando. Sobre a próximação legislativa e as próximas, houve muito pouco debate.

Poderia ter sido interessante. Eu não sei tal vez o Rui Tavares, que introduziu a ideia

de...

Não é oposição, certo?

Que não é oposição?

Não é oposição, não é? Foi uma pequena provocação, não é?

Eu, António Costa, percebemos que aquilo que ele queria dizer é coaquilo, é uma oposição

diferente, tem mais de propostas e acho que todos nós somos capazes, não, somos capazes

de identificar no Rui Tavares uma grande capacidade de propositura de política e uma grande necessariedade

quanto da forma que ele faz.

Mas não houve este debate de preparação da próxima sessão legislativa e das próximas.

Não se falou do que é que são as grandes opções para o Orçamento de Estado. É verdade,

como este tem muito debate a partir de setembro sobre isso. Mas é interessante deixar já

algumas notas, acho que os partidos prevênto ter feito isso e até a obrigação deles.

Agora, respliei à tua questão.

Você falou na redução do IRS, mas esse já é um tema...

Sim, quer dizer, nós temos tabela de retenção na fonte novas desde junho. Não é redução

do IRS, mas é mais rendimento disponível para as famílias mensalmente. Agora, dizer-se

sobre a António Costa e sobre as europeias, eu acho que sobre esta questão nós temos

mesmo de ouvir a fonte e a fonte António Costa. António Costa já disse mais de que uma vez

que não está pronto para abandonar o país, para acabar a legislatura a meio e ir para

a Europa. E realmente, se nós assumindo que as tormentas já passaram, porque foram mesmo

um ano muito difícil, e agora vem a bonança. E como eu dizia, os números são bons, há

que passar para investir, quer dizer, e com o investimento virá produtividade, virá

aumento de salários, melhor edicondições de vida, investimento no nosso território,

que é importante dizer-lo também. Nós temos um PRR agora que vai ser aplicado e que vai

começar agora em execução e, em 2026, estará pronto para ser executado ou praticamente

pronto. Portanto, acho que vem em bons tempos e tudo da agura que, parecia que se eles chegam

em 2026, na moda de cima.

Daniel, falando de futuro, este governo precisa rapidamente de uma remodelação, que sirva

como um balão de oxigênio.

Não acho, acho que este governo não irá mudar muito, quero mantenhar todas as caras

até ao final, quero mudar às 13, acho que não será por aí, porque lá está isto

mais uma vez, e é minha visão concreta, é que o carácter político e de um governo

não é decidido pelas caras que estão à frente do Ministério X pela Secretaria de

Estado X. O que é aplicado é um programa, um programa do governo.

Vamos ouvir muito isso pela voz de Paula Santos, líder parlamentar do PCP.

Sim, é verdade e é efetivamente a visão do PCP, porque a verdade é que, por mais que

as caras mudem, as políticas de um governo não mudam por causa disso. Aliás, durante

o governo Pedro Paz escolheu, houve inúmeras pessoas a entrar e a sair e não foi por

isso que a política da austeridade e de corte nos rendimentos e de empobrecimento generalizado

mudou, tal como a política do governo PS não me parece que tenha mudado com as trocas

de ministros ou secretários de Estado, seja por que razão for. E por isso, embora, claro,

as denissões passem cá para fora para as pessoas, uma sensação de instabilidade,

uma sensação até talvez de insegurança, não sei se a palavra é um bocadinho exagerada,

as políticas concretas e a realidade concreta não mudam e por isso acho que uma remodelação

poderia ter na altura X ou Y num certo tipo de eleitorado, uma certa influência, mas

não acho que a tolerância ou a visão dos portugueses em geral relativamente ao governo

como a remodelação fosse mudar. André, o que é que o governo tem de fazer na próxima

sessão legislativa para aproximar os jovens da política e com isto estou a falar de

medidas que vão ao encontro das necessidades dos jovens. Em primeiro lugar, necessita de

ter uma forte componente de responsabilização política. Isto se implica ao que o Enel também

referiu, os anúncios que agora estão a ser feitos, algumas medidas muito interessantes

têm que mesmo ir para o autorreno e têm que ser aplicados. Depois temos que olhar para

os serviços públicos, não como uma despesa como investimento, no próximo ano ou no próximo

ano está bem testado. Aumentar o investimento no serviço público, nós sabemos que não

tem sido tão alto como poderia ser, é verdade e temos que o dizer. Temos que olhar para

os impostos que apagamos, temos que financiar, é verdade, financiar o nosso Estado, mas

os impostos não podem recair sobre os classes trabalhadoras e os que mais trabalham no

nosso país. Isto não pode acontecer, tem que haver um reajuste da estabelação na

fonte, estes impréstimos que nós fazemos mensalmente ao Estado, tem que ser cada vez

mais próximos de taxa real de IRS e também temos que reduzir o IRS, especialmente as

famílias e acho que isso poderá ser feito. Também do ponto de vista energético, o importante

temos novas cada vez mais medidas de contenção desses custos, porque são custos que afetam

gravemente as famílias e olha, eu também deixarei aqui uma nota que não é falada,

que é questão da coesão territorial. Acho que temos que repensar o pacote da descentralização

mais justamente para os outros turquinhos locais, para que possam ser também autónomas

e possam, não só nos territórios, fazer mais a diferença e iria também lançar o

debat de descentralização de 9 vezes por todas. Daniel, o que é que esperas do Governo

a partir de setembro para a nova sessão legislativa? Eu espero um bocadinho a continuação da

quilo que tem sido dito e feito pelo Partido Civilismo. Mais diálogo com a oposição desde

logo com o PCP com a esquerda? É assim um diálogo de o PS contar coisas. Até porque o PS tem

dito várias vezes que tem sido uma maioria de diálogo. Sim, efetivamente o PS contar

coisas às pessoas e o PS contar coisas à oposição é uma coisa que se tem visto muito

e com muita paciência, diga-se. Mas um diálogo a nível de medidas e de adopção das mesmas

que tenham um real impacto não estou a ver isso acontecer, especialmente da minha área

política e não só, mas não vejo os problemas de fundo. Alguns que até foram avordados

pelo André, serem resolvidos não apenas no próximo orçamento de Estado, mas também

no resto da legislatura. Esperemos que assim não seja, esperemos que haja uma mudança

real, esperemos que haja uma melhoria das condições de vida e um aumento geral dos

salários e das pensões e não um aumento dos lucros que têm sido excessivo, especialmente

agora nos últimos meses, mas não estou a ver isso acontecer.

André, duas prioridades de dar um toco só sobre a maioria de diálogo. Duas prioridades

que também são importantes para mim e que acho que já estão mais ou menos planeadas,

está a inocuição até com outros parceiros. Estou a falar das condições, não só de

progressão, mas também dos salários da função pública. É essencial nós sermos

capazes de captar os nossos melhores e pôr-los ao serviço do Estado. Em segundo lugar, a

questão da saúde mental. O próprio ministro da Saúde Penal Pizarre diz que vai ser uma

prioridade do seu mandato, aprovou um plano para a saúde mental para os jovens no ensino

superior, mas quer ir mais além, temos que reforçar os quadros de especialistas de saúde

mental nos serviços públicos. A maioria do diálogo. Eu percebo que quem perde eleições

quisesse ter um lugarzinho de vice-presidente, quer dizer, que ter uma linha aberta com o

governo e que fosse capaz de de impor e de lançar o seu projeto, bom?

Foi muito bem dito agora, hein, por é, é mesmo essa a palavra.

E de impor, bom, mas não vale a pena porque os portugueses escolheram caminhos e escolheram

aquele caminho e seria de fraudar as expectativas dos nossos eleitores. Nós agora fossemos bater

à porta dos partidos a pedir bom, mandemos as vossas contributos, não é assim que funciona.

Mas é uma maioria de diálogo, é uma maioria de diálogo com os sindicatos. Eu nunca vi

um governo de partido de seu lista tão aberto à inocuição sindical, à inocciação,

não estou a falar de luta, porque a inocciação sindical é luta sindical, são dois planos

diferentes. Nunca vi um governo de partido de seu lista aprovar, por exemplo, no debate

do ano passado, o Orçamento de Estado, tantas propostas de outros partidos, é verdade,

como já dissemos em programas anteriores, não tem impacto orçamental, mas são propostas.

Mas a maioria do diálogo é esta, a maioria do diálogo é uma maioria de diálogo com

os agentes que estão também fora do Parlamento, porque há mais vida para além do Parlamento.

Exatamente.

E é a dialogar que terminamos mais um episódio da minoria absoluta. Boas férias aos dois,

porque agora vão de férias. E tu, Daniel, querias deixar uma nota?

Sim, sim. Queria mais uma vez, eu sei que agradeço atualmente no início de todos os

programas, mas agradecer mais uma vez a TSF e a todos os meus colegas de painel, que

era os que estiveram comigo em debate, especialmente o André, que esteve duas vezes, que era os

que não tiveram. Acho que é muito importante que se façam mais iniciativas destas, especialmente

sem as caras que são frequentemente as mesmas, e efetivamente este programa é bastante

plural, e por isso queria, do fundo do meu coração, agradecer esta oportunidade, que

me deram a mim e não só, e espero que haja uma continuidade destas iniciativas e deste

tipo de programas.

E estarás de volta depois da segunda temporada. Faça as palavras, Anielas, meninas.

Estarão de volta na segunda temporada, e a TSF é que tem a agradecer, a minoria absoluta,

está disponível em tsf.pt e também nas plataformas habituais de podcast. Hoje o nosso programa

tem o Cuida Técnico, do João Félix Pereira.

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Edição de 22 de julho 2023