TSF - Minoria Absoluta - Podcast: O clima quente no Parlamento e no país, com Bianca Castro e Francisca Figueiredo
TSF Radio Notícias 4/29/23 - Episode Page - 39m - PDF Transcript
Está quente, muito quente, não só o ambiente político, mas também as temperaturas no
país.
36,9 graus é o novo máximo de temperatura no mês de abril em Portugal, foi registado
em Mora e é a consequência das alterações climáticas.
É disso que também vamos falar hoje, no Minúria Absoluta, à volta da mesa está a nossa
ambientalista e muito viajada Bianca Castro e também a humanista liberal Francesca Figueiredo.
Bianca, comece por ti, já que é especialista neste tema, costuma dizer-se que em abril,
águas mil, mas este mês chuva nem vela, é consequência de uma transformação do clima
no nosso planeta.
Claramente que é e até fica um pouco escala quando vejo vários artigos a falarem de
36, 37 graus em pleno abril e a não mencionar as alterações climáticas, como se isto
não fosse uma consequência direta do facto do nosso planeta realmente estará a aquecer
cada vez mais a fruta de uma indústria fóssil que continua a aumentar e meio que aditar
a nossa economia e a sociedade.
Portanto, claramente que é, aliás, nos 5 anos mais quentes a nível mundial foram
nos últimos 10 anos, os últimos 10 anos mais quentes ocorreram desde 2000 e estamos
a ver cada vez mais estes fenómenos climáticos estremos a acontecer, não só em Portugal,
mas pelo mundo, vimos um terço do Pakistão inundado ainda há pouco tempo, vimos incêndios
não só em Portugal, mas desde Portugal ao estilo argentina australia, uma coisa que
estamos a ver cada vez mais e vai cada vez ser mais intensa e mais frequente e por isso
claramente que isto é uma consequência direta que não vai acabar, a não ser realmente
finalmente tomemos medidas drásticas e urgentes para, por fim, esta crise climática.
Como eu dizia, em abril, águas mil, mas este ano não choveu praticamente e está muito
calor.
É um facto de um calor tão forte logo em abril.
Francisco, para uma jovem liberal, este tipo de alterações climáticas também é um
motivo de preocupação.
Claro, até numa perspectiva médica, nós na medicina temos um conceito que é o One
Elf, que basicamente nos explica a relação entre os humanos, os seres vivos e o meio-ambiente
e o que é que os equilíbrios nestes sistemas podem interinfluenciar-se e estudar soluções
em relação aos sistemas.
E aqui há um claros equilíbrio no meio-ambiente, como foi descrito pela Bianca, com o quecimento
global, com a degradação da qualidade do ar, da água e também com mais secas, também
por outro lado, também com mais cheias e tudo isto altera a relação também com a
influência na saúde das pessoas, por exemplo.
Por cada grau de aquecimento global que exista, há uma propensão para aumentar o risco de
infartes de agudos miocárdios ou acentes cardiovasculares.
Também sabemos que com estas alterações climáticas, inceitos que endêmicos, por exemplo da África,
no caso da Malária, só se desenvolviam em certos ambientes, passam a desenvolver-se
na Europa.
Isto altera o padrão das doenças que se estabelecem, aumenta a carga nos sistemas de saúde e portanto
nós temos que nos preparar para enfrentar também, nesta perspectiva, as alterações
climáticas.
Agora, no teste que principalmente neste mês de abril houve mais pessoas a irem às
urgências, exatamente por causa do calor?
Não propriamente, ainda não tenho estes dados, normalmente é mesmo durante o verão
que por causa de desidratações e insulações costumam ir às urgências, neste momento
ainda não verifiquei.
Bianca, há pouco estava a dizer que é preciso que o governo comece a fazer alguma coisa.
Eu pergunto-te quais são as reivindicações dos amiatalistas?
Portanto, no fundo, primeiro, o modo que nos leva a agir é justiça climática, portanto
não é só reduzir a emissão as emissões de CO2, mas é sim, fazê-lo de uma forma
justa.
Portanto, nós estamos a enfrentar várias crises, crise climática, crise económica,
crises sociais e a verdade é que as soluções que nós apresentamos para a crise climática
são também soluções para as outras crises, portanto não é uma solução para nós a não
ser que realmente contribua para um mundo mais justo para todos.
E podemos também fazer, obviamente, pontos diretas, por exemplo, a Francius, que também
mencionou as secas, que também estão cada vez mais frequentes, o que está diretamente
relacionado também aos aumentos dos custos dos alimentos, não é?
Há dificuldade em produzir e na agricultura e tudo mais, e aliás, também vimos isso agora
no último episódio que eu tive cá, estávamos a debater o IVA0 e nessa altura até também
muitos agricultores vieram à frente e disseram que não podiam garantir que os preços não
aumentassem da mesma devido exatamente às alterações climáticas e às consequências.
É claro que sim, quer ser já o preço dos alimentos, mas o custo de vida no geral,
portanto, também o custo da energia, aliás, a União Europeia coloca Portugal no top 5
de países em risco de pobreza energética, em parte também devido a estes custos impraticáveis
que nós temos já para a energia.
Fazendo um bocadinha ponto com o que perguntaste em relação às reivindicações, começou uma
nova vaga de ocupas pelo fim ao fósil, portanto, escolas e universidades já estão a ser
ocupadas pela segunda vez, começou agora no dia 26 de abril, e exatamente as reivindicações
para isso estão ligadas à utilização do que nós chamamos, gás natural, que na verdade
é gás fósil.
Portanto, reivindicamos fim aos fósils até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível
até 2025, fazendo um aponto para uma ação de desobediência civil que vai acontecer
em Cines, em que ativistas vão bloquear o porto Cines, portanto, meio que o terminal
de gás ligue feito, portanto, a porta de entrada de gás natural para o país, e vão
bloqueá-lo precisamente porque, porque o gás natural, apesar de ser chamado natural, é
tudo menos isso, e na verdade é caro e contribui 86 vezes mais do que o CO2 para a crise climática.
Portanto, temos todas aqui estas coisas que podemos juntar e realmente reivindicar cada
vez mais o fim desta área dos combustíveis fósils que têm realmente terminar e continua
a alimentar cada vez mais a crise climática.
Já vamos falar do outros protestos, mas antes disso, Portugal já comunicou que vai
antecipar a neutralidade carbónica para 2045 e estima-se também que em 2030, 80%
da energia seja renovável.
Isto não chega, Bianca.
É muito bonito, mas não é suficiente.
E aliás, basta olhar para o IPCC, portanto, para os relatórios sobre alterações climáticas
do painel intergovernamental das Nações Unidas e o que lá está, e na verdade nós
que chamamos até de dizer dentro do ativismo climático, o IPCC, na verdade, é um relatório
bastante conservador no que toca o que eles dizem que é necessário e, portanto, até
o IPCC já não está a dizer isto.
Nas últimas conferências das Nações Unidas sobre alterações climáticas, um dos focos
foi sempre realmente a necessidade de globalmente acabarmos com a era dos combustíveis fósils.
Portanto, não se trata apenas de reduzir, trata-se de realmente terminar.
E a ciência diz-nos que em 2030 precisamos ter neutralidade carbónica, portanto, não
é negociável e, a parte disto, podemos também, enquanto um país do Norte Global,
temos também de ver a responsabilidade histórica no que toca às emissões, não é?
Quando se precisamos de cortar 50% das emissões globais até 2030, certos países vão ter
de cortar mais emissões e há estudos que já disseram que Portugal, no nosso caso,
temos de eliminar cerca de 80, 85% das nossas emissões.
Mas a União Europeia tem até de alguma forma elogiado Portugal, porque Portugal, como
eu dizia, tem antecipado essas metas, inclusive o chanceler alemão, Olaf Scholz, na última
visita que fez a Portugal elogiou, António Costa, por isso mesmo, no entanto, não
é suficiente?
Não. E por acaso é engraçado que às vezes também estou em encontro de ativismo com
pessoas de outros países e é comum elogiarem Portugal por vários motivos, porque realmente
também se pode dizer que em comparação com outros países, se calhar, não estamos
tão mal como outros, mas não quer dizer que estejamos bem, não é?
Temos sempre de fazer mais e nada do que está a ser feito é suficiente, nada do que os
partidos políticos estão a sugerir, quer seja em Portugal, quer seja em outro país,
não é suficiente para uma crise que é a crise das nossas vidas neste momento.
Precisamente, sobre partidos políticos, a iniciativa liberal já falou em autostradas
de água, ou seja, infraestruturas que permitam o transvase dos rios para responder exatamente
à seca, como falava a Francisca, e fez várias críticas também ao governo, diz que há
muita burocracia mesmo na questão das energias renováveis para instalar esse tipo de equipamentos.
Temos um país, Francisca, que limita tudo até no ambiente.
É engraçado, porque o que eu sinto quando leio os desrelatórios destas instituições
que trabalham em prol das alterações climáticas, a palavra que me aparece muitas vezes é
inovação.
Inovação no sentido de conseguirmos substituir os nossos hábitos atuais e a utilização
de recursos excessivo que se verifica, não é?
Parte das alterações climáticas é por esta insustentabilidade do uso dos recursos
a trocar para transitar para mecanismos de estratégias mais sustentáveis, e neste
ordem do dia eu acho que precisamente isto que deve acontecer, ou seja, deve haver parte
do governo, e aqui entra o papel do Estado e enquanto liberal reconheço, no incentivo
facilitar a vida das pessoas, facilitar a vida das empresas, facilitar estas transições
para que se possa evoluir e, efetivamente, inovar no que pode ajudar aqui nas alterações
climáticas.
Por isso, sim, nós temos que adesbrocratizar, por exemplo, eu sinto muito em consulta que
é difícil mudar os hábitos de vida saudável das pessoas, é difícil que as pessoas parem
de fumar, é difícil que as pessoas parem de beber aquelas quantidades, quanto mais
é difícil mudar certas atitudes que não se afeta propriamente, não é?
Afeita de uma forma geral e global e não sentem o efeito nelas próprias, ou seja,
aqui esta parte se facilitar e, neste aspecto, estou completamente a corte.
Mas já há incentivos fiscais para os contribuintes que utilizam energias renováveis, portanto,
é um ponto de partida?
Sim, é um ponto de partida, tal como isto pode parecer um caso escandaloso a questão
de aumentar os impostos nas emissões de degases acima de x% ou seja, temos que ter
políticas públicas inteligentes, que efetivamente apresentem resultados e que esses resultados
sejam avaliados, mas sim, sem dúvida, políticas de incentivo, nunca de obrigação, nós não
vamos resolver as alterações climáticas para o decreto de lei.
Sentes que, de facto, essa redução fiscal poderia ajudar a que os portugueses olhassem
para outra forma para as energias renováveis, energias solar, por exemplo?
Eu acho que o mais urgente é, realmente, fazer com que empresas, que neste momento
são as mais responsáveis, porque nós temos cerca de 30 empresas que são responsáveis
por 70% das emissões com gases com efeito estufa.
E é necessário fazer alguma coisa em relação a isso, é necessário regular isto, é necessário
impedir que isto continue a acontecer, porque depois são estas mesmas empresas que fazem
greenwashing e que fazem campanhas muito bonitas, a dizer para deixarmos de usar paninhas de
plástico ou seja, o que for.
Eu, por acaso, costumo dizer que estes atos individuais que nos são promovidos são
eticamente relevantes, mas não são politicamente eficazes no ponto em que estamos.
E, portanto, é preciso, realmente, a crise climática, no fundo, é uma crise política
e é uma decisão política.
Portanto, também é uma decisão política continuar a agravar-se cada vez mais e estarmos
a fazer estas medidas que parecem, penso, rápidos, em feridas que estão cada vez mais
profundas.
Seriam apenas para unir isso, ou seja, é preciso atacar aquilo que é o problema central?
Claro que sim, eu acho que, especialmente, e posso dizer isto, várias crises que estamos
enfrentar, até já falámos de crise da habitação aqui e tudo mais, mas também a relação
à crise climática, é preciso ir ao certo da questão já, é preciso admitir que a
crise climática também é uma crise que deriva do capitalismo e que deriva deste sistema
que meio que tenta usar os recursos da terra como se fossem infinitos, apesar de estarmos
num planeta finito, e é preciso, ao certo da questão, é preciso acabar com a era dos
combustíveis fósseis, é preciso não permitir mais nenhum projeto que acarreta um grande
aumento de emissões, como é, por exemplo, novos aeroportos, e é preciso fazer estas
coisas já.
E quando eu digo isto, também digo e também a fazer ponto em relação à questão dos
ades individuais, que realmente é responsabilidade e faz parte de resolver a crise climática,
por exemplo, renovar e investir cada vez mais na linha dos transportes públicos, na linha
ferroaviária, investir nos transportes, investir em que realmente estas opções que nos são
dadas como mais sustentáveis, e claro que são, transporte público em vez de individual,
que é uma coisa que estamos sempre a ouvir, mas é preciso ter essa opção e é preciso
haver opções confortáveis e acessíveis para as pessoas, para que isto possa acontecer.
Portanto, nós falamos da crise climática, falamos de todas estas políticas também
sociais.
Até porque não há planeta B, como os jovens têm dito, e vamos então à questão dos
protestos, até porque há pouco mais de uma semana um grupo de jovens protestou, um aniversário
do Partido Socialista, esses jovens baixaram as calças à frente de António Costa, porque
pelo governo não faz um cu pelo clima, palavras dos próprios, chegamos a um momento, Bianca,
em que os jovens já não traçam linhas vermelhas para serem ouvidos.
Exatamente pelo governo, muitas das vezes, não dar respostas àquilo que são as reivindicações
desses jovens.
Sim, e acho que cada vez mais também se vê protestos que não pedem coisas ao governo,
mas sim que se dirigem à sociedade e às pessoas, infelizmente porque já começamos
a fazer manifestações greves climáticas há três, quatro anos, o ativismo climático
vem dar muito tempo atrás antes disso até, e não se vê realmente mudanças eficazes.
E em 2019, quando começamos, havia discursos muito bonitos e ficou na ordem do dia falar
das alterações climáticas, mas isso depois não se traduziu na ação que é necessária.
E portanto, eu acho que cada vez mais é preciso realmente ações que choquem, ações que
façam desrupção, e aliás, nas palavras de António Guterres, precisamos de desrupção
para travar destruição, que está a ser um bocadinho um mote desses protestos.
Esse em específico foi também meio que um marco em relação ao que tinha acontecido
há cerca 30 anos, nos anos 90, em que foi feita a mesma coisa, mas em relação ao
momento das propinas, na altura dirigida ao Ministro da Educação, em que escreveram
não pago, desta vez escreveu-se ocupa, portanto dirigidas as ocupas que estão a acontecer
agora, e muito está para acontecer também.
E a verdade é que isso gerou notícia e o feedback na sua maioria foi positivo, mas mesmo
que não seja, foi ouvido e cada vez está a falar outra vez mais disto.
E com António Costa na primeira fila, Francisca, queres responder?
Eu queria só aqui dar uma nota, porque a Bianca referiu o capitalismo como um dos principais
problemas das alterações climáticas, mas eu acho que esta divisão enfaça para o
movimento, ou seja, há certa forma de uma tentativa de certos partidos ou certos movimentos
de aproveitamento político destas causas, ou seja, só podes lutar pelo fim das alterações
climáticas se for de esquerda.
Eu não concordo com isto, até porque eu acho que só quando nos unirmos todos, independentemente
da nossa ideologia, é que nós vamos conseguir resultados.
E não existe nenhum sistema político, a ideologia que seja mais defensor do ambiente.
Por exemplo, lembro-me aqui do exemplo do Malaral, que foi durante a União Soviética
completamente escoado por causa de uma produção de algodão altamente intensiva.
Portanto, não há aqui nenhum sistema que defenda.
E voltando aqui um bocado atrás, quando eu digo que esta inovação precisa de dinheiro,
precisa de investimento, ou seja, precisa de capital, e só vamos conseguir capital
para esta inovação através de crescimento econômico.
E o crescimento econômico depende de certa forma do capitalismo, e claro de políticas
sociais, mas também do capitalismo.
Portanto, tentar derrubar este advertente desta luta, acho que não é a melhor forma,
não é a melhor forma.
Acho que podemos entrar todos em conjunto para combater estas alterações climáticas
de forma produtiva.
Portanto, não concordas com esse tipo de protestos, do que falávamos de pouco?
Não, eu concordo com os protestos.
Aliás, aquele estudo da Fundação Gulbenken que diz que os jovens participam mais, mas
não participam tanto pela parte política, mas sim pelo ativismo, aqui o ambiente é
um dos exemplos mais excepcionais desta participação.
Os foram os jovens que voltaram a trazer o ambiente à mesa, que se manifesta, que criam
estas maneiras super criativas de se manifestar, de alertar a sociedade, de alertar aos políticos,
e eu concordo plenamente com os protestos.
Bianca, falando em protestos, que outros protestos, já falaste aí de um, mas que outros protestos
é que estão marcados e que nos podes falar, de facto, para que o governo ouça os jovens
sobre estes problemas.
Eu vou só fazer também, mas não está agora a responder, mas vou ser muito breve, que
realmente quando eu digo que é também um sintoma do capitalismo, é realmente porque
muito da crise climática não ser resolvida, é, nós até fizemos um protesto, por exemplo,
chamado de resgatar o futuro, realmente para fazer este contraste entre resgatar o futuro
ou resgatar o lucro.
Portanto, continuar cada vez a querer lucrar cada vez mais, cada vez mais e nós, em episódios
passados, falámos sobre os lucros, por exemplo, da Sonay e da Jerónia Martins e tudo mais,
mas podemos também falar dos lucros, o recorde das petrolíforas, que continuar a acontecer
cada vez mais.
Mas agora em relação aos protestos, portanto sim, as ocupas começaram o dia 26 de abril
e vão continuar.
E uma das reivindicações das ocupas desta vez é realmente que 1.500 pessoas se comprometam
a depois participar no outro protesto, que também referi que vai ser em Sinos, no Porto
de Sinos, devido a relação ao gás natural, que está marcado para dia 13 de maio em Sinos.
Portanto até agora são esses que estão marcados e depois, durante as ocupas, também posso
já adiantar que vão acontecer muitas coisas, tal como nas outras, desde especialistas a
irem dar palestras, a música, tudo e mais alguma coisa que pode acontecer lá, portanto
não é apenas um protesto, não é apenas as pessoas faltarem às aulas, mas é sim também
fazer com que seja um espaço também educativo em relação a este ativismo e a crise que
enfrentamos e depois muitos vão devir também e vão dever também ações em apoio às
ocupas durante as próximas semanas.
13 de maio é um dia religioso, portanto é para ver se dá sorte.
É para ver se dá sorte.
É para ver se dá sorte.
E precisamente sobre protestos, mas outros tipos de protestos.
A temperatura também aqueceu na semana passada no Parlamento, não só com a visita
de Lula da Silva, mas principalmente com os apartes na sessão de Boas-Vindas ao presidente
brasileiro.
A bancada do Chega protestou durante todo o discurso de Lula da Silva com cartazes e
também algumas palavras de ordem e a iniciativa liberal teve apenas um deputado na bancada.
Francisco sobre o Chega a certa altura, Augusto Santos Silva deu humor na mesa, acabou por
dizer que Chega de insultos, Chega de degradar em as instituições, Chega de pôr em vergonha
no nome de Portugal, foi uma reação inevitável por parte do Presidente da Assembleia da
República?
O Presidente da Assembleia da República...
Antes de falarmos sobre o vídeo polémico.
Pois, eu ia dizer precisamente isso, ou seja, teve várias reações nesse dia.
Eu acho que a função do Presidente da Assembleia da República em pôr a ordem na Assembleia
é pronto.
E portanto teve a reação que devia ter, ou seja, tínhamos ali um partido que estava
aos berros a bater na mesa, perante um discurso que estava a criar desordem na sala e ele
fez o que lhe competia, não tenho nada mais a acrescentar.
Mas concordas com o Lisbon de Negros quando diz que o Partido Socialista se está a ancorar
na extrema direita, dizendo até que Augusto Santos Silva nunca despe a camisola de militante
do PS?
Eu gostava aqui, vamos recordar aqui um pouco, porque também há aqui umas acusações
da degradação da democracia e eu gostava de dar aqui uma forma geral como é que está
o Estado da Democracia em Portugal antes de pensarmos desta conversa.
E disto o Index, que é o Index do de Democracia do Ed Economist, que é o Index Anual, que
compara o Estado da Democracia em função a várias situações.
E Portugal, desde 2020, é declarado como uma democracia com falhas, porque falhem
em três pontos fundamentais, na cultura política, ou seja, o sentimento e as emoções que
os portugueses têm em relação ao governo, a mamá perspectiva, ao funcionamento do governo,
ou seja, a forma como é que ele se gere, a nível de liderança de serviços públicos
de defesa nacional, e a participação do povo, ou seja, a forma como ele se expressa
no voto ou na opinião.
E neste momento, temos uma taxa de abstenção nas últimas legislativas de 49%, ou seja,
isto é um enorme descontentamento da população.
E é aqui que eu quero pegar, ou seja, o problema que se vê atualmente no Chega é achar que
o Chega em si é um problema por si só, mas o Chega é uma consequência de um Parlamento
Amaior que é o descontentamento à desesperança da população.
Um voto no Chega é um voto de protesto.
É um voto de protesto.
Eu não acredito que toda a gente que vota no Chega é porque quer eliminar minorias ou
que simplesmente está completamente farto.
Há um discurso muito populista que se baseia muitas vezes em manchetos de a dia e as pessoas
conseguem identificar-se com aquilo.
E eu acho que é muito mais vantajoso para o prédio.
É essa nível de estratégia política ter um adversário como ao Chega, do que partidos
como a PSD ou a iniciativa liberal, que efetivamente têm uma visão para o país e que não querem
alcançar o poder pelo poder.
E portanto, aqui, esta de se apoiar no Chega, eu não acredito que haja uma promoção propositada
do Chega para isto, mas que há ganhos políticos para o PS, a nível é invitável.
Bianca, o Chega mostrou que não tem maturidade suficiente para representar Portugal até
em visitas a Parlamento de Estrangeiros.
Foi o castigo mais ou menos desde de Augusto Santos Silva.
Sim, e eu acho que realmente é apropriado visto que o Chega parece uma criança mal
educada e concordo com a Francisca, no que toca realmente é um partido extremamente
populista e que realmente, nem toda a gente que vota, realmente acredita naquelas coisas
e posso dar exemplos até de pessoas que eu conheço e familiares e tudo mais, e acho
que todos temos estes exemplos também na família, mas realmente é um problema.
Eu até vi o Jony, que nem faz parte do podcast, comentar que o Chega é como aquele amigo
beba nas festas, que não é conveniente para ninguém, não é?
E realmente é verdade, e por acaso, uma coisa que aconteceu no 25 de Abril e eu não
costumo elogiar o António Costa, mas ele realmente disse uma coisa acertada, que foi
em relação à visibilidade que é dada ao Chega, os meios de comunicação têm uma
grande responsabilidade em relação a isto, não é?
E portanto vemos, e como ele disse, uma atenção mediática desproporcionada, o que eles depois
acabam por se calhar representar na sociedade, e isto, claro, que também contribui para
cada vez mais diffusir mais estas ideias e estes discursos populistas que têm, e eu
pessoalmente, a ver aqueles vídeos deles com as cartazes e a fazer aqueles xinfris dentro
da Assembleia, até senti vergonha alheia vir aquilo acontecer, como é que isto pode
acontecer, e acho que é uma falta de noção e uma falta de respeito.
E já agora em relação à iniciativa liberal, que também protestou na sessão de Solene,
com Lula da Silva, tinha apenas o líder parlamentar, Rodrigo Saraiva, na bancada.
Luiz Montenegro, a certa altura, há duas semanas, disse que os partidos que protestam
neste tipo de sessões não estão à altura de assumir cargos na democracia portuguesa.
Concordas com esta ideia?
É Francisco Arrisso, portanto, entende que não, Bianca.
Não, não necessariamente, aliás, também vimos protestos, também já vimos o PCP a
sair da Assembleia, já vimos há muito tempo o Bloco também a sair da Assembleia, e eu
acho que a iniciativa liberal queria sair, se não fez um xinfri lá dentro, é o que
eu tenho a dizer.
Francisco.
Eu acho que Luiz Montenegro, para quem está numa posição em que deveria estar a conquistar
o seu papel enquanto oposição, em vez de estar a apostar de uma titula altamente passiva,
que nem marca a agenda do dia a nível político, continuou com estes comentários um pouco
ressabiados em relação à iniciativa liberal, que, por exemplo, ainda há pouco tempo na
Comissão de Inquirito a TAP, brilhou.
E assim, em relação a esta situação dos portugueses.
Exatamente.
Há aqui uma diferença bastante tinta no que foi um protesto do Partido Chega e o que
foi a iniciativa liberal.
E como a Bianca bem relembrou, também o PCP, quando houve aquela cerimônia de honra em
relação a Zelensky, também há um ano saiu do Parlamento, não concordou, foi íntegro
em relação às suas posições.
E agora, Francisco, agora é inevitável não falar de integridade, porque para mim a iniciativa
liberal não poderia ter mostrado mais maturidade, integridade política, porque correspondeu
às suas convicções, e as convicções delas não poderiam estar mais certas, porque o
Lula da Silva há um ano, dizia que tanto o Putin como Zelensky eram culpados pela
guerra, depois veio para o Parlamento dizer, não, não, a Rússia é um país invasor
e a Ucrânia invadido, mas no dia a seguir, em Espanha está a dizer, há crimeia, não
nem é que a crimeia não possa ir à mesa de negociações, ou seja, isto é absurdo
para mim, porque é como se um ladrão apontasse uma faca e eu lhe dê esta carteira e ainda
agradecer só ao ladrão por não me ter dado afacado porque lhe dê a carteira, porque
houve aqui uma negociação com o ladrão, e portanto para mim isto não é um espírito
democrático e iniciativa liberal, efetivamente, correspondeu às suas convicções.
Já ati tudo o presidente da Assembleia da República.
Então, ao videoplémico que foi divulgado na quarta-feira, a Santos Silva, disse que
a iniciativa liberal demonstrou a falta de maturidade política, tu já disseste que
não concordas com essas palavras, concordas então com Rui Roche, que chamou a esta atitude
de Augusto Santos Silva um comportamento indigno.
Foi um, eu não diria...
E até a conversa de café.
A conversa...
Marcelo de Sousa, António Costa e algo de tanto...
Porque efetivamente a descontração após a sessão, havia uma descontração de mesa
de café e depois eu acho que foi um pouco, quem mostra aqui maturidade, foi o próprio
presidente da Assembleia da República que foi gravado a dizer e a fazer este tipo de
acusações, mas por um canal oficial à Assembleia da República que foi publicado no site oficial
da Assembleia da República, mas a culpa não foi do que ele disse, foi de quem filmou
aquele momento, ou seja, as crianças é que normalmente não gostam de assumir a culpa
e culpam o a seguir, também o motorista tinha culpa, não é?
Mas pelo menos não houve autorização para que a captação de áudio, ou seja, não
foi aprovada essa captação de áudio, portanto a partir daí, como diz Augusto Santos Silva,
há um ataque aos direitos e liberdades de cada um.
Eu comentava uma câmera na sala, acho que visível aos olhos do presidente e portanto
mesmo que não tenha sido autorizada foi gravada e o que foi dito foi dito, cumpriendo essa
posição de não ter sido autorizada, mas não deixa de ter sido dito o que foi dito
e é grave, porque acho que foi uma acusação bastante irresponsável e até não adequada
e depois aqui houve também uma tentativa quase de colocar a iniciativa liberal e o
chega a par a nível dos protestos, que eu acho que isto é altamente insultuoso.
Rui Rocha, depois de ter reagido no Twitter, convocou também uma conferência de imprensa
e disse que para quem é fruta fora do prazo, todas as outras parecem verdes numa clara
mensagem para Augusto Santos Silva.
É uma reação madura de Rui Rocha?
Eu acho que quiserem fazer um trocadilho, acho que a iniciativa liberal adora trocadilhos
e foi as que arranjaram no momento e também houve aqui nesta e também achei interessante,
para além de várias coisas ditas nessa conferência de imprensa também foi uma assina, assinalou-se
também esta vontade, parece, do Presidente da Assembleia da República utilizar a plataforma
que lhe dá para fazer campanha política para passar, segundo a primeira figura de
Estado.
Portanto, também acho que esta crítica foi interessante, se calhar aí a sua maduroscimento
que o Presidente da Assembleia da República queia, portanto, vamos ver, vamos ver.
Temos muitos políticos fora do prazo, Bianca, como diz Rui Rocha.
Temos muitos políticos, temos muitas políticas.
E também temos uma Assembleia que às vezes é pior que o Big Brother, estas coisas às
vezes.
E há reações no Twitter e tudo mais e não só a reação de iniciativa liberal no
Twitter, mas também aquelas fotos que acho que toda a gente viu, a própria iniciativa
liberal também é fazer assim os alvos às caras dos políticos, há uns tempos, portanto,
há muito que pudemos pegar por aqui.
Eu não acho que realmente se valha assim tanto a pena continuar a pegar e já começa
a cheirar assim às vezes um bocadinho o que estamos a gastar, mas e há tempo no que
quem disse o que e que não disse quem é que está certo, quem é que não está certo,
em vez de gastar este tempo realmente a resolver os problemas do país e a debater o que tem
de ser debatido.
Até porque além disso tem existido muitas polêmicas, principalmente com o governo,
por exemplo, a Comissão Parlamentar de Inquérito, a Agestão, a Datap, a iniciativa
liberal tentando empolar aqui um bocadinho também este problema acabou por dar a mão
ao governo.
Desviou um pouco as atenções de outros casos.
Sim, é sim.
E o que eu, para ser sincera, pronto, não sou fã da iniciativa liberal, portanto também
não vou estar aqui a depender nada, não, mas acho que realmente há muitas destas situações
em que se desvia a atenção para o que não convém, em que não se fala realmente dos
cernos das questões e também em relação, por exemplo, às celebrações do 25 de abril,
em que a iniciativa liberal também disse que faz sismo nunca mais, mas também comunismo
nunca mais também, em que acho que também é um bocadinho aqui, não é a muita celebração
do 25 de abril, pelos valores da liberdade, mas nem sempre são da liberdade coletiva,
mas sim de uma liberdade individual.
Isso também vi um artigo da Carmo Afonso, a devogada em que falou sobre isso, em que
realmente disse, não se faz, não se cumpre o 25 de abril sem o paz, o pão, a habitação,
a saúde e a educação de que falava Sérgio Guzinho e quando um partido é contra um
Estado que assegura estas coisas, ficasse um bocadinho dubio celebrar o Estado.
A Carmo Afonso também é especialista a espalhar as informações, porque ninguém é contra
o Estado, ninguém é contra o Estado Social na iniciativa liberal, aliás, um partido
liberal defende as liberdades individuais, dispersão, a liberdade econômica, de liberdade
em toda a linha e só por, eu acho que toda a gente aqui defende um bem comum, agora
a minha visão do bem comum é diferente da tua e a forma como eu pretendo alcançar
o bem comum, também provavelmente é diferente do teu e claro que há um de condenar de
igual forma regimes totalitários, tanto o fascismo como o comunismo.
Parece-te Francisco Figueiredo até com estes problemas todos e com estas polêmicas dos
últimos dias que a direita já é alternativa à maioria absoluta do Partido Socialista.
É complicado, porque eu sinto que se neste momento o Governo fosse dissolvido, ok, isso,
não teremos uma direita preparada para governar.
As fundagens, pelo menos, mostram que a direita sem o chega não consegue chegar ao Governo.
E o que é que eu quero dizer com isto? Eu confio e há um partido, efetivamente, no
Parlamento que me representa, que é a Iniciativa Liberal, mas a Iniciativa Liberal nunca conseguiria
uma maioria para governar, precisaria no mínimo do PSD. Só que do lado do PSD também,
por exemplo, mesmo o discurso do Joaquim Sarmento, no 25 de Abril, nada de novo, tudo muito passivo,
tudo muita mesma coisa, parece que, então aliás, espera que aconteça alguma coisa.
Estou no Joaquim Branda Sarmento, mas já é habitual.
Sim, mas nada de novo e aqui depois também contas a fazer no futuro, eu acho que as
fundagens estão antes das eleições, não nos dizem nada, as próprias fundagens dentro
das eleições de 2022 induziram toda a gente em erro, ou então não, no sentido em que
provavelmente foi assim que o PS conseguiu a sua maioria absoluta, portanto, muita calma
com fundagens atento tempo antes.
É esta altura, Bianca, para dissolver a Assembleia da República, ou o Presidente da República
não deve entrar por aí?
Eu, sinceramente, não sei o que esperar do que se passa, do que tudo que está a passar,
acho que infelizmente também, ao lado da esquerda, é preciso mais união muitas das
vezes e acho que, se algo acontecer agora, há um risco também da direita ganhar força,
em específico também o Chega, que temos visto cada vez mais a crescer, e acho que
isso também é realmente o que temos de impedir que é fonteza.
E foi o que aconteceu 2019, certo?
Foi o que aconteceu, exatamente, e que tem de parar de acontecer, porque acima de tudo,
na semana que se celebrou o Vinicius de Abril, acima de tudo temos de nos lembrar realmente
dos valores democráticos, de realmente defender a democracia e aliás, este programa nós
estamos aqui a discutir isto com linhas políticas bastante diferentes, exatamente por causa
disso, porque foi aí que ganhamos a liberdade de expressão, a liberdade da opinião e,
portanto, acho que também, com tudo que está a passar, é importante relembrar-nos sempre
de que isso são valores que foram ganhos com o Vinicius de Abril, mas que nós temos
de continuar a conquistar todos os dias, sequer se quisermos sequer, a continuar a debater
isto e que realmente possamos fazer cumprir-se Abril finalmente.
Mas faço-te a mesma pergunta que fiz a Francisca, nesta altura já há uma alternativa, a maioria
absoluta do PS?
Eu sinto que não há...
Por que é que te riscamos Francisca?
Porque deixa triste, deixa-me desiludida, deixa-me que a direita não esteja preparada
neste momento para... é uma desilusão imensa, porque há uma população que chega quase
aos dois milhões de pobres, há uns serviços públicos completamente degradados, não vão
haver professores, os hospitais estão, o caos que estão, tudo a ruir, escândalos,
estás de escândalos, temos um partido com 12, 13 deputados, já nem sei, a Guincharna,
na Assembleia da República, e todo este caos, e mesmo assim, não cai, e mesmo que se caísse,
não havia ninguém para pegar nisto, isto para mim deixa-me uma frustração gigante,
porque quem tem contacto, eu tenho contacto direto diariamente com pessoas, vejo as dificuldades
que elas têm, e para mim isto é desesperante, enquanto fico perplexa, que não há já aqui
uma alternativa forte, que não haja um PSD que já tenha dado provas ao Marcelo, ou não
sei o que ele precisa, depois de tantos escândalos, tantos ministros a cair para dissolver o governo,
isto deixam-me frustrada, é por isso que eu rio para não chorar.
É um riso nervoso, Bianca, concordas com esta ideia da Francisca?
Não com a parte do direito a mais parte, mas concordo com a ideia da Francisca, e até
tenho aqui outro número apontado que posso acabar por dizer também, que estima-se que
entre 660 mil e 680 mil pessoas vivem em pobreza energética neste momento, portanto
também a fazer a ponto como começamos a falar no início do episódio, e realmente,
e quem foi a marcha do 25 de abril viu tantas lutas, portanto foi uma celebração, mas
mais do que isso, foi também uma marcha cheia de reivindicações, e tal como a Francisca
disse, desde a saúde, desde professores.
Até a reivindicação da presidência de iniciativa liberal teve, já que falamos
de democracia também, houve algum ambiente ao estilo para os justiante participantes
da marcha.
Deixar nota.
Quero concretizar Francisca.
Eu acho que o 25 de abril é de todos, até o próprio presidente da República,
Marcelo Rebeldo Sousa, refere que este ambiente de pluralismo que existe deve-se à democracia,
todos os partidos foram eleitos em eleições livres pelo povo, e todos, pelo menos, que
se entendam com os valores de abril, devem ter o direito de festejar e devem ter o direito
de cheirar à avenida, e não acho normal fazer equivalências entre iniciativa liberal
e fascistas.
Acho que é o maior insulto que se pode fazer, um liberal é de tratar-o por um fascista,
e eu ouvi várias vezes, enquanto cheia à avenida esse insulto, ouvi ameaças e várias
coisas que não representam o 25 de abril, não representam a democracia e não representam
a liberdade de querida, neste dia, naquele dia.
Aproveitando a deixa da Francisca Bianca, achas que a iniciativa liberal devia ter sido
autorizada desde o início a descer à avenida da liberdade com as outras associações?
Eu quero, pronto, para já, não, eu, eu sou crítica em razão à iniciativa liberal,
não quero chamar fascista a ninguém muito menos a Francisca, é sim, eu acho que, não
quero dizer se acho que deixam ou não deixem de serem à avenida, ou seja, ou que foram,
porque também as ruas também são livres para as pessoas estarem lá se elas quiserem.
Acho sim que o 25 de abril foi para todos, mas não é de todos, e acho que a questão
dos valores de abril e de defender os valores de abril pode diferir um pouco o que é que
isso significa e as interpertações que têm, que na minha opinião, os valores de abril
realmente para serem cumpridos, lá está, paz para uma habitação, saúde, educação,
há coisas que têm de ser cumpridas, é preciso medidas para as fazer cumprir, para ajudar
e para elas serem disponíveis para todas as pessoas e com muitos partidos políticos,
não estão alinhados com isso, portanto, concordo 5, 25 de abril foi para todos, infelizmente
não é de todos, no que toca a fazer cumprir estes valores, e é algo que continuamos a
ver, mas é sim também a vida e a democracia.
E é a falar novamente dos valores de abril, que terminamos este programa da minoria absoluta
que está disponível em TSF.pt e também nas plataformas habituais de podcast, este programa
teve o apoio técnico do João Félix para ele.
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Edição de 29 de abril 2023