Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão: O amor realiza sonhos e um gatuno também

Nuno Markl Nuno Markl 9/21/23 - 11m - PDF Transcript

Um homem que perdeu o cão que está aí é uma oferta Seato Zerona e Fnac.

Mas sabe o que é que é engraçado?

É que imagine, ele cai e o casamento todo para.

Ele vai para o hospital e, assim que a ambulância vai embora...

FESTA!!!

O homem que mordeu o cão e traz o gato no mundo...

Ele bate o cuscouro nos...

Depois de bisório, o amor realiza sonhos e um gatuno também.

E é como a nota de romance em que iniciamos mais uma edição desta popular rubirica radioflônica.

Vou propor amor.

Abrei esta edição.

Proponho amor, proponho sonhos, proponho amor enquanto catalisador desses sonhos e

depois, se calhar, proponho sarilho.

Mas antes, vamos a esta mensagem bonita que uma senhora americana deixou no reddit e que

eu peço para derrer o river que acompanho ao piano.

Sempre um incrível pianista.

Estás cada vez melhor, Pedro.

Não é?

Você sabe, você sabe.

Não se concentre que ele não consegue falar e tocar ao mesmo tempo.

Ele só sabe um tema, sabe um tema que é este.

Está bem, mas...

Pedro, cala, toca.

Diz a senhora, conheci meu marido quando ambos tínhamos 18 anos, apaixonámos-nos instantaneamente,

começámos por sair como amigos.

Mas dois meses depois, ele pediu-me oficialmente em namoro.

Quais adolescentes todos decidimos casar-nos em segredo aos 20 anos de idade.

E fomos viver juntos, as nossas famílias achando que éramos namorados, não casados.

À noite, frequentávamos a mesma universidade e de manhã, tínhamos os nossos empregos.

Está lindíssima esta narrativa, não é?

Faz o mais sético e acredita no amor, não é?

E deixe-me dizer, o Pedro está a tocar melhor que nunca.

Está espetacular.

Está lindo, está lindo.

Mas é indignada que é para não me desconcentrar.

Este romance ainda voa mais alto.

Reparem, ainda voa mais alto.

O meu sonho, diz ela, desde miuda, era ser bailarina.

Mas os meus pais não tinham um posso para me pagar à academia.

Os cursos são caros e os meus pais são aquele tipo de pessoa que acha que o ballet

é um óbvio que só serve para perder tempo e que o melhor que eu tinha a fazer

era estudar, conseguir um bom emprego, uma casa e depois casar.

Queriam que eu e os meus irmãos tivéssemos a vida segura e, sem problemas,

que eles não conseguiram ter.

Estão a borcer-vos com esta história?

Não, não, não.

Nem tudo tem de ser sarilhos, não é?

Falamos de amor, falamos de amor.

Falamos de amor, falamos de sonhos.

Alguém realizou os sonhos dessa senhora?

Não entendo para a história.

Aparecer nesta rubrica.

Não sei, Vás, que eu estou em Villecer, estou a ficar moloso.

Bom, alguém realizou os sonhos dessa senhora e quem foi?

Foi o seu jovem marido, diz ela.

O meu marido disse-me que iria ajudar e conseguiu pagar as aulas de dança.

Até se meteu num segundo emprego para o conseguir.

Tivámos de poupar em algumas coisas.

Mudámos-nos para um apartamento mais pequeno,

mas o sacrifício valeu a pena.

E, sobretudo, o meu marido.

Ele ajudou-me a realizar o meu sonho.

Nunca aquele homem se queixou da falta de dinheiro.

Nunca aquele homem me culpou a mim e ao meu sonho de nada.

Apoiou-me sempre e graças a ele,

eu consegui tirar o curso de bailado.

Depende que isto vai, não é?

Mas foi que vocês acham que isto tem de dar algum sítio mal, pá?

Em vez de estar em desfrotado o romance,

da complicidade entre a ajuda e a partilha.

Vocês, pá.

Tô só à espera, pá.

Só sabes esta também.

E mesmo esta?

Agora, diz ela, estamos numa situação financeira bem melhor do que antes.

Temos a nossa casa, planos para ter filhos,

a vida toda planeada para termos os mais necessários

para as despesas recorrentes de criar uma criança.

Pronto, Malta, não é incrível a vida.

Era só isso que eu tinha para vocês.

Às vezes as coisas dão certo.

Às vezes as coisas dão certo.

Ah, espera, não parece que isto nem tem mais linhas aqui em baixo.

O coelhamento da senhora ainda continua.

O meu marido

tinha no telemóvel fotos

do aniversário da minha sobrinha

e eu queria muito telas.

Como ambos temos as passwords nos nossos telemóveis,

peguei no telemóvel dele

para sacar as fotos.

Reparei que o telemóvel estava em modo de voo.

Pera lá, mas o que é que isto tem a ver

com o quadro super querido que estava a ser descrito?

Agora estamos aqui em uma situação tão específica.

Tirei o telemóvel do modo de voo, diz ela,

e várias mensagens de textos começaram a chegar.

Pelo nome, todas vindas de um homem.

As mensagens eram um pouco estranhas

e eu conseguia lê-las à medida que iam aparecendo nas notificações.

Eram mensagens tais como...

Ah, bolas.

Ah, bolas?

Eram mensagens tais como...

Querido, já estás em casa?

Ou escreve-me de volta quando poderes?

Ou âmbota?

Fa-fa!

Ok, mensagens vindas de um senhor.

Ou não.

Ela descobriu verificar o número do dito homem

e descobriu que o número,

apesar de estar registrado no telemóvel como um senhor,

era o número do telemóvel de uma das amigas dela.

Fa-fa!

Ah, nem todas as histórias têm dois momentos fã-fã.

Esta é mesmo pesaducha.

Eu peço desculpa a todas as pessoas que estavam recebendo

esta história inicialmente encantadora,

que nem um banhinho quente e perfumado,

e que agora foi o momento em que eu despejei pionese na banheira.

Exatamente.

Eu senti a torre do Gengar a desfazer.

Está tão bonita a história.

Pionese, ou como se diz na verdade?

Pionese!

Portanto, pode dizer-se que ele dançou, né?

Diz a senhora, apaguei as conversas,

mas não sem antes fazer capturas de imagem das mensagens.

Nessa noite, confrontei o meu marido com aquilo.

Dimediato, ele começou a implorar por perdão e a chorar.

Ambos chorámos.

Ele confessou-me que o caso já se arrastava há cinco meses.

A minha amiga e ele trabalham os dois no mesmo sítio,

e depois de alas se divorciar, eles aproximaram-se.

Claramente, ele se esqueceu de um detalhe.

A amiga da mulher tinha se divorciado, mas ele não.

Pois, ele não.

Olha que proximidade que temos, tão bonita.

Agora que estamos divorciados, ah, não, espera eu não.

Bom, ele disse-se-me que ia cortar toda a comunicação com ela,

e que se eu quisesse, mudaria de emprego.

Quando falei em divorcio, ficou estérico,

implorando-me dos bolhos, que lhe deu uma segunda oportunidade.

Uma parte de mim, que era o divorcio.

A outra parte ainda o ama e tem uma gratidão extrema

pela ajuda que ele me deu a tirar o curso de bailarina há anos.

E é isso que me está a aprender.

Quer dizer, a gratidão por isso pode ficar para sempre, não é?

Claro.

Se não é isso da senhora estar de carta branca

para ele fazer toda a sorte de tropelias, porque ele pode sempre dizer

''então você pode pagar o curso de baile?''

E ela, tens razão.

Tem lá as amantes então, que está a acontecer.

Diz-ela que nos últimos dias,

ele tem chegado à casa mais cedo,

traz sempre flores e chocolate.

Aquela casa é para ser um florista.

Isso se pôs passando.

Se ela não se põe a pau, ela não está rendendo uma camada de diabetes.

Flores e chocolate todos os dias.

Diz-ela, para além disto, todas as noites,

ele inicia por vontade dele intimidade.

Ele inicia.

Ai, que nervoso.

Ela, repara.

Diz-se que...

Diz-se que ela inicia.

Ela inicia.

Ela vem de lavar os dentes do quarto e chega ao quarto e tem ela na cama.

Olá.

E é que ela devia começar a dançar.

Com uma dália.

Com uma dália e um ferrer rocher.

Sim, sim.

Sim, uma dália na boca e um ferrer rocher sobranádia.

Curiosamente,

não sei se isto vai chocar-vos, mas os comentários no Reddit

vão no sentido de

que faça um terapia de casal,

dá-lhe uma segunda chance.

As pessoas dizem-lhe para cortar relações com a amiga.

Eu não sei se não vai voltar a dar molho.

Pois, e ficar-lhe uma nuvem negra.

Não sei.

Bom, termino submetendo à vossa apreciação

uma história mandada para um ouvinte nosso

para o Reddit do Homem que Mordeu o Cão.

É uma história de outro teor.

Estamos no campo da ladroagem, mas como a reviravolta curiosa,

diz o ouvinte que no grupo de Reddit a sina não quer.

Diz-lhe, tenho um amigo, vamos chamar-lhe Jorge,

a quem foi roubado o cartão de crédito há uns dias.

Ele reparou que perdeu o cartão,

temendo o pior.

Liga-o para o banco, onde informaram que

7.500 euros já tinham sido tirados do cartão

num casino, perto de onde ele mora.

O Jorge deduziu que

um indivíduo deve ter visto utilizar o cartão no multibanco

e apercebeu-se do código e depois roubou-lhe

o cartão do bolso e foi com o cartão para o casino.

O banco bloqueou-lhe o cartão de crédito.

O Jorge deu o caso como perdido.

Qual não foi o seu espanto quando, no dia seguinte,

foi ver a conta bancária

e viu que 17.000 euros tinham sido positados na conta dele

pelo casino.

O gatuno gastou os 7.500 euros

que roubou,

ganhou 17.000 e o dinheiro foi positado na mesma conta

de onde tinha saído.

Considera isso um milagro.

O Jorge, além de não ter ficado a arder com os 7.500

ainda ganhou quase 10.000 euros sem fazer nada.

Sem fazer nada.

Ainda diz o nosso ouvinte,

ainda chegou a ser mais fácil do que o chão midamânico.

Ok, esta história é ótima,

mas tenho que vos dizer que há malta

sética no rádio do cão sobre a veracidade

desta história, e eu rimo muito com alguns comentários.

Há quem tenha dito nos comentários

de todas as coisas que não aconteceram,

essa é a que não aconteceu.

Outra pessoa diz,

nunca vi uma coisa que aconteceu menos na história da humanidade.

Outra diz, e gostei muito disto,

dou-me uma difícil dúvida

se me enviar-se uma foto

da frente e do verso do cartão para mensagens privadas.

Outra pessoa diz,

por a verdade, eu era o Jorge

e esse comentário alguém respondeu.

Eu era o Andrão e confirmo.

Portanto, eu vou deixar esta história

a consideração dos nossos ouvintes.

Verdado ou tanga?

Dê a vossa opinião.

Não sei, mas foi muito divertido.

Eu gostei muito da história.

Há pessoas que dizem que os casinhos não funcionaram assim.

Não sei como é que funciona.

Agora queres estragar uma história tão boa.

Realmente.

Desmancha prazeres.

Sério, era a que nisto eu estudei.

O homem que morreu o cão é uma oferta Fnac.pt,

a janela aberta para todas as novidades

do heróis pelo seu carrozado.

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Uma história que parecia romântica... e um gatuno com pouco jeito para roubar.