Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Moscatel, fortimel e outras coisas sérias
Joana Beleza 7/8/23 - Episode Page - 52m - PDF Transcript
Esta semana Ricardo Oroz Pereira sente-se bulcânico.
João Miguel Tavares confessa-se um jovem delinquente
e Pedro Mexia declara-se depressa de vagar.
Está reunido o programa, cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.
Ouro é muito bom dia, ou boa tarde, ou boa noite. Depende da hora que estiver a ouvir.
Aqui há espaço para tudo e todos, a todas as horas.
E é por isso que esta semana o Renault E-Tech assume a pasta do
há sempre lugar para mais um.
Um conceito bem familiar a todos nós,
visto que todos os meses nos é relembrado no telejornal
que há sempre lugar para mais um primo, irmão, marido ou mulher
na gestão de certas e determinadas entidades.
O que na verdade é misteriosamente semelhante ao novo Renault Espace E-Tech,
onde também cabe sempre mais um primo, irmão, avô, avó.
Ou até amigo, desde que não ultrapassa o seu enorme limite de lugares, claro,
até poderá tentar meter uma cunha, mas só há mesmo sete lugares.
Não queremos cascândalos.
E agora que está cumprido o momento publicitário,
há sempre lugar para mais um primo, irmão, marido ou mulher.
Há sempre lugar para mais um episódio.
Esse sim escandalosamente interessante.
Bom programa!
Ora Viva, sejam bem-vindos no final da semana
em que rolou mais uma cabeça no governo,
desta vez com a demissão do secretário de Estado da Defesa.
E a semana em que foi conhecido aquilo que consta
e o que não consta do relatório preliminar da comissão
de inquérito à gestão política da TAP.
Vamos falar disso daqui a pouco, disto e de outros assuntos, naturalmente,
mas antes, com os olhos postos em França, o Ricardo Araújo Pereira
quer ser ministro das execuções para falar do modo como foi morto
que a polícia é um jovem negro da região de Paris,
ou para falar dos seis dias de violência de rua que essa tragédia provocou.
Para falar de tudo por essa ordem.
Com santo plamorte do jovem de Nantr,
a descrição do que aconteceu não deixa margem para dúvidas
que foi cometido um crime pela polícia.
Exatamente. Mas, galera, antes disso, um preâmbulo,
que é, como é óbvio, já por estas palavras iniciais,
e este tema não tem graça nenhum.
É claro que eu preferia estar aqui a falar sobre presidentes
que misturam forte e mel como escatel.
É muito mais giro.
Eu só espero que isto não atinja, digamos,
o prestígio dum escatel, que não merece, não merece.
Mas há muito empenho do presidente em publicidade aquela marca.
Pois há. Já não é a primeira vez que ele fala no forte e mel,
desta vez, enfim, da primeira vez que correu, digamos, relativamente bem,
porque ele falou da marca muito elogiosamente.
Houve até um programa que se aproveitou nisso, abundantemente.
Vergonhosamente, como é a panagem desse programa.
Mas, desta vez, talvez as coisas como estas não sejam os melhores.
Mas, além disso, o presidente não põe as culpas do...
Não põe.
Sobre o forte e mel.
Não põe.
Põe sobre o muscatel.
Exatamente.
E é isso que eu lamento.
Eu lamento. Acho que o muscatel não merece.
Não merece essa...
Mas também não estou a dizer que eu pego o forte e mel.
Mas, enfim, ninguém sai bem nesta fotografia, digamos assim,
e é pena, porque são...
Como um bifes com batatas britas.
É, aliás, uma recomendação que o médico dá ao protagonista do livro
Três Homens Num Bote, quando ele acha que tem todas as doenças do mundo
depois de ler o simpósio e o farmacêutico na biblioteca.
E o farmacêutico dá-lhe uma receita e ele leva a receita ao farmacêutico.
O farmacêutico dizia,
''Este aqui não lhe consigo servir, porque a receita é exatamente essa.''
É um bife e uma elite de cerveja todas as noites.
Mas, França.
França.
França.
Foi cometido um crime.
Foi cometido um crime.
Isso não há dúvida nenhuma.
Não há dúvida nenhuma.
Foi cometido um crime.
E é arrepiante por várias razões.
Primeiro, porque não é...
A gente sente que não é um acidente,
ou seja, não é propriamente a primeira vez que acontece.
Este tipo de coisa acontece com uma frequência perturbadora.
E depois, há outras coisas perturbadoras, no caso,
que são o facto de um grupinho ter feito uma...
o que é que se chama?
Uma recolha de fundos a favor de...
Vamos falar disso mais adiante.
Vamos falar para já da violência.
Da violência.
A explosão de violência em várias cidades francesas.
Falando preambularmente, apenas há aqui duas coisas ou três que são...
Como parecem um pouco...
Enquietantes.
O que eu gostava de falar, que são o facto de...
O homicídio.
A execução somária daquele rapaz.
E os tumultos que se seguem.
Sendo que as pessoas envolvidas nos tumultos,
o tumulto, ao que parece, tem média de idades de 17 anos.
Por isso, ao contrário de alguns textos que eu li,
não me parece que a gente possa atribuir, digamos,
um sofisticado pensamento ideológico aos mutins.
100% esprimor pela sofisticação ideológica
dos adolescentes de 17 anos,
mas sinceramente não me parece.
A questão aqui é,
de facto, um problema difícil de solucionar.
É porque se percebe que é uma raiva...
Exatamente que é uma raiva.
Larvar muito prestes a explodir a qualquer...
Não é que a circunstância fosse pequena,
mas muito disponível para...
E tendo em conta a circunstância,
que é a execução somária de um tipo,
de um desgraçado que vai a conduzir um carro.
Percebe-se que é...
Percebe-se a raiva, não é?
Percebe-se a raiva.
Agora, tanto do lado da polícia,
como do lado dos manifestantes,
aquilo são tudo pessoas da mesma classe social.
Isso é uma coisa que me chama a atenção, digamos assim.
E também já vimos que do lado da polícia,
fica claro que aquilo não é um incidente isolado,
porque eles acham mesmo que a violência,
que o recurso à violência é assustante.
Exatamente.
Eles acham que é medicinal.
Portanto, com isso que vamos falar a seguir,
sobre a recolha de fundos e tal.
Ou seja, há pessoas que acham
que é um ato heróico assassinar a sangue frio
um desgraçado.
O balanço desta semana,
quase uma semana de confronto é pesado,
foram queimados 5 mil veículos,
carros e autocarros,
mais de 1.000 edificios foram danificados,
722 pessoas ficaram feridas,
a média de idades dos mais 3.200 detidos é de 17 anos.
Isto sugere João Miguel Tavares,
que, sendo muito jovens,
os desordeiros vão de crescer e ganhar maturidade,
ou, pelo contrário, o que estamos esperando,
uma geração perdida.
Carlos, eu, em 2005,
era jornalista do Diário de Notícias
e fui acompanhar os mutins em Clixi-Subuá.
Naquela altura, não sei se as pessoas se recordam,
nós começamos a ser velhos,
foram 2 minutos que estavam a fugir
e, nem sequer, foram assassinados pela polícia,
eles simplesmente tentaram saltar
para uma substação da EDP lá do sítio
e morreram dois eletroncetados.
Estavam a ser prescitos pela polícia,
sem razão, sem razão por aí,
mas digamos que não houve uma intervenção direta,
mas motivou, mas não foi um disparo,
eles estavam a fugir e morreram acidentalmente eletroncetados,
isso não parece haver grandes dúvidas,
estavam a não ser prosseguidos por boas razões, é outra,
mas estou a só dizer que não é tão direto como aqui.
E naquela altura foram 19 noites de confronto,
9 mil carros queimados,
3 mil pessoas presas e houve mais 4 mortos
além desses dois.
E a tensão daquilo ali era...
Tanto quanto eu me lembro, se estiveste entre as vítimas, não foi?
Eu venho mais de lombar, assim, não venho com um pau no ombro,
mas enfim, não, não.
Da parte da polícia dos manifestantes?
Não, da parte de um manifestante em que nós não conhecíamos bem,
fomos lá para um daquilo dos bairros
e saíu de lá um rapazinho que nos enfiou,
a mim e ó, Rodrigo Cabrita, fotógrafa,
se ele tiver um vírus, um grande abraço,
companheiros de levar uma...
Foi umas reguadas no ombro, mas nem sequer doeu muito.
Agora...
Estás a fazer um clássico que não me doeu, porque...
Era giro, esse senhor estar a ver o...
Não sei por que razão, se já tem um amigo que é imigrante,
você está a ver o programa e ele diz...
Ah, não doeu.
Eu tenho um casaco, assim, rígio e tal,
de facto não me doer muito.
Mas por que é que eu tenho esta história para aqui?
É porque isto foi há 18 anos.
E como vocês estavam a dizer bem, isto é um miúdo de 17.
Estão...
São os filhos dos de Clixiço Boaja,
quer dizer, já é uma outra geração,
portanto, é difícil estar a falar de uma geração perdida.
Há uma...
Há uma capa do liberação esta semana,
que é uma citação
e os filhos também já andámos à pedrada.
As pedradas não resolvem nada.
É o...
Aliás, a avó, a avó do miúdo,
foi morto, fez explorações,
extraordinariamente,
sensatas e até difíceis de fazer
na cada situação.
Dizerem que não...
Não resolve nada,
quer dizer,
que eu confia da polícia mas acredita nos tribunais.
Qualquer coisa desse gênero,
e que eu espero que...
Não sei se foi avó,
ou se foi alguém
também do lado da família da vítima,
que diz,
parem de queimar autocarros.
São as mães...
São as vossas mães
que precisam dos autocarros.
Mas isso é um clássico.
Quer dizer, esta história,
se é uma geração perdida,
já é uma geração perdida,
já vai-se para ir na terceira ou na quarta geração perdida,
porque às vezes dizem isso,
e as segundo geração já devem ser
a terceira e a quarta.
Existe, evidentemente, um gravíssimo problema
da integração daquilo que eu li.
Acho que, em média,
há um terço dos jovens
que realmente conseguem sair daquelas circunstâncias
e fazer uma integração na sociedade.
Dois tertes ficam para trás.
Portanto, é preciso alterar esta estatística agora.
E é preciso ter capacidade
para discutir esta questão seriamente,
porque isso não é um confronto
bons e maus, nem polícias de ladrões.
Não existe responsabilidade do Estado
e na capacidade da integração destas pessoas.
Como existe responsabilidade destas comunidades
em fazer um esforço de integração?
E, portanto, é preciso apostar nos dois lados.
E não só de um.
Entretanto, abriu-se uma polémica.
O Ricardo estava já a começar a falar disso.
Uma polémica com a iniciativa
de um militante de extrema-direita
que lançou uma petição de apoio financeiro
à família do polícia que matou
o jovem de Anterre.
Em meia dúzia de dias,
a petição, a favor do polícia,
a família do polícia que assassinou
o rapaz de Anterre,
a petição reuniu
1 milhão e 600 mil euros.
Foi entrando fechada,
criou o grande polémica,
há dúvidas sobre a legalidade
desta recolha de fundos.
Em todo caso, Pedro Mexia, como é que vê o sucesso
de uma iniciativa desta natureza
numa situação como esta?
Vejo como parte de um clima
de preguerra civil,
que se instalou em França
e que faz com que as pessoas, por exemplo,
tomem partido automaticamente
com base na origem étnica
da pessoa envolvida
ou com base na farda da pessoa envolvida.
Ou seja, por exemplo,
confiar sempre na polícia
ou desconfiar sempre da polícia
não faz nenhum sentido,
como da polícia, como nenhuma autoridade.
Acho que, em princípio, a polícia está lá
para cumprir o seu dever
e a maioria dos polícias prestem
a sociedade, mas em todos os países
há abuso, em todos os países há
disparos que não deviam ter acontecido
e, em todos os países,
há coisas como esta, que devem ser punidas internamente,
depois castigadas judicialmente, etc.
O problema, acho-me,
transcendo um pouco a questão da integração,
porque
nós tendemos a falar
da violência
por causa das preferias,
eu não sei que é mais ligada às questões étnicas, etc.
e às minorias.
Nós temos visto em França
muitos jovens brancos a partir de coisas.
Portanto, há um problema de violência
há um gosto,
é uma potência
pela violência na sociedade francesa
que é, aliás, de longa data,
uma série de conhecimentos históricos
em que os franceses
vieram para a rua fazer desacatos
e fazer revoluções.
A revolução é uma espécie de desacato,
de corromal, dependendo
das circunstâncias.
Mas há uma coisa mais problemática ainda,
é que
há várias sondagens,
não agora, mas quando foi
a Constituição às reformas,
que foi
a quantidade de pessoas,
sobretudo os partidos da oposição,
da oposição à esquerda e também na extrema direita,
que era a quantidade de pessoas
a quem perguntavam, compreendo o recurso
à violência,
e as pessoas iam, sim, e havia partidos
onde essa compreensão ia até 60%
dos inquiritos, que achavam
que a violência, portanto,
para atir coisas, as pessoas diziam
uma distinção pequeninho,
quer dizer, importante, naturalmente,
mas uma pequeninha especiosa entre a violência sobre objetos
e a violência sobre pessoas,
nem sempre isso é fácil, porque às vezes
há pessoas dentro dos objetos, por exemplo, dentro dos carros.
E as pessoas diziam, sim,
agora, quando as pessoas em democracia
dizem que a violência
dos cidadãos é admissível,
isso é uma doença evidente da sociedade.
Então, alguma coisa seja compreendendo, eu também compreendo.
Não, compreender, estão a ser sujos.
Tu também compreendes, todos nós compreendemos
o terrorismo, porque é que as pessoas
que se fazem explodir, etc.,
pelas razões que elas acreditam.
Compreender e aceitar, são coisas assim.
Não, não é aceitar, claro.
Entregamos ao Ricardo Araújo, esperar a pasta
de ministro das execuções, quanto ao
João Mial Tavares, que acertou
este vez o ministro do Branquiamento. Já ouvimos
essa palavra, esta semana, no Mundo das Cúbites.
Quero falar no relatório
preliminar da comissão de inquérito
à tutela política de gestão
da TAP, onde se conclui que o Governo
não teve culpas na indonização
a Alexandre Reis,
Alexandre Reis,
indonização essa que esteve
na origem da criação
desta comissão de inquérito.
Este relatório preliminar parece grave
pelo que lá está, pelo que
não viu lá.
Na verdade, nem sequer
me parece assim tão grave.
Eu não sei se estou...
Com essa sensação? É sério.
Mas eu gosto de ser surpreendente.
Eu não sei se estou como
aqueles jogadores de futebol, que à
medida que envelhecem, elas perdem a
velocidade. E eu tenho que
postar estar a perder um bocadinho
em indignação, o que não é necessariamente
bom para a minha profissão, como a perda
da velocidade. Isso é um fim de uma época.
É um fim de uma época. Eu tenho que
seja um problema.
Portugal ganhou. Portugal ganhou.
Portugal é o espanto.
É importante.
Ou seja, para ficar mesmo indignado
tem que ter um sobressalto.
Não é?
Ou seja, como os filmes de terror,
eu não sei quem é que está atrás da porca.
Você tem que saltar da cadeira.
Sim, tem que saltar da cadeira.
De repente, nós vemos o
Freddy Krueger revirar a 3 km
de distância numa estrada toda
direita e com
uma faca na mão.
É uma coisa.
Ora, eu recordo que
uma das dos pontos
nesta comissão foi nós temos aprendido
que as pessoas do PS se reuniam
com pessoas que iam ser ouvidas ao
Parlamento. Se reuniam.
Tem umas reuniões, por exemplo, combinavam
as perguntas entre elas. O que é que iam dizer?
E então, depois nós temos percebido
nessa comissão que as pessoas se rionam
e combinam tudo entre elas.
De repente revém um relatório numa comissão
de inquérito em que o PS tem uma maioria
que nós ficamos passados. Olha, da ideia
que as tantas reuniram-se e combinaram
o que é que devia estar ali.
É, portanto, não consigo ficar surpreendido
porque nesse aspecto o relatório é tudo
aquilo que nós esperávamos que o relatório fosse.
Mas,
há aqui um promenor que eu acho
que é curioso e que eu acho que
as pessoas não têm prestado
a devida atenção.
Que é a linha das recomendações.
E essas recomendações,
o público fez um trabalho
muito interessante sobre isso,
faz a lista daquilo que é
recomendado no final.
As pessoas ficaram só concentradas naquilo
que ficou por dizer. Mas as recomendações
são mesmo muito interessantes, porque
são seis pontos
de forma muito construtiva
para parecer que nós somos um daqueles problemas
que informa as mesmas pessoas.
Eles dizem, recomendam para acabar com
uma lei zinaplicável e com o excesso de
regulamentação.
A senhora, esta Ana Paula Bernardo,
do PS,
ela diz que
faz falta alguma melhor articulação entre ministérios.
E diz também
tem que se começar a aplicar imediatamente
os contratos de gestão. Quando nós contratamos
as pessoas, elas têm que ter isso mesmo contratadas,
que é para depois não chegar lá e sem ter um que foram enganadas.
Diz que, se calhar,
precisa de melhor comunicação e mais comunicação
entre o isso que tive as empresas públicas.
Diz que é preciso melhor informação
pública para a sociedade.
Tem que se prestar contas à sociedade.
E, finalmente, ela diz que
se calhar aquela coisa do processo de
classificação dos documentos, também é preciso melhorar.
Estas recomendações são excelentes
até porque elas percebem isto,
que é que a relação
empresarial, o setor empresarial
do Estado,
tem um funcionamento péssimo
e horrível.
Portanto, apesar de tudo o que
o relatório
não tem, estas recomendações
mostram,
que aquilo foi, evidentemente,
tudo um processo absolutamente desgraçado.
E, portanto,
indiretamente, está ali o ônus do príncipe.
As reações da oposição
ao relatório preliminar foram unânimos
na rejeição.
O relatório é preliminar,
como já foi sublinhado,
ainda pode vir a ser alterado,
será votado na versão final
no próximo dia 17.
Entende que ainda habrá a forma
de o melhorar, Pedro Machia,
ou, como
a iniciativa liberal
parece-lhe que nem vale a pena
sugerir
qualquer tipo de mudança.
Eu acho que não vale a pena
sugerir qualquer tipo de mudança, isto.
O que foi surpreendente na comissão
de inquérito,
para nós umas coisas que foram ditas
pelas pessoas que foram interrogadas,
foi que
o segundo
responsável pela comissão,
foi que o relatório preliminar
foi desenvolvido invulgarmente
ecoménico
e imparcial,
permitindo que
o âmbito
da comissão não fosse entendido
dependendo do seu sentido distrito,
mas abrangendo
outras matérias conexas,
com a Tápico, o Ministério das Infraestruturas.
Basicamente, o que este relatório preliminar faz
é desautorizar
o entendimento de Lacerda Sales.
É uma série de outras coisas
que aconteceram aqui à volta.
E deixou por horas e horas e horas
ministros e ex-ministros
e secretários de Estado e chefes de gabinete
responder a perguntas que não eram sobre
Alexandre Reis e a amenização.
O que o relatório vem dizer é, não,
se o senhor disseram-se umas coisas, mas
conclusões, é tirar tudo fora do prato,
bem, um prato com seis peças e pessoas dizem
não goste das batatas, não goste do bife,
não goste do arroz e não fica nada.
Em inissão Alexandre Reis,
o Ministro Pedro Nono Santos sabia,
mas não conhecia o clausulado concreto.
O WhatsApp, as comunicações
para o WhatsApp não significam
informalidade da comunicação.
O Ministério das Finanças não tinha conhecimento.
Em gerência política, não há prova.
Os acontecimentos do Ministério das Infraestruturas
é com o Ministério Público.
A questão do SIS,
a Esclarecida pela Fiscalização do SIS,
as reuniões preparatórias
está com a Comissão de Transparencia, pronto,
tirou-se todos os itens
do prato e o prato está vazio.
Não há nada.
É muito raro apesar de tudo.
Pensei que nós sabemos como essas coisas funcionam
e funcionam por linhas partidárias.
Mas já não sei se há muitas pessoas
que tenham ouvido isto
e tenham ouvido o inquérito,
a Comissão Parlamentar
e que concordem com esta exclusão
de tudo aquilo que se falou,
tudo aquilo que se falou,
não apenas a...
O que elega o relatório é que não fazia
tudo isso à margem,
não faz parte do objeto da Comissão.
Mas Lacerda Sales achou,
aliás, havia perguntas,
mesmo nesse entendimento alargado
e acho eu
correto de Lacerda Sales,
houve perguntas que ele disse, Sr. Deputado,
isso não está no âmbito da Comissão,
ele estabeleceu um critério mais alargado,
é verdade, do âmbito da Comissão
e, portanto, produziram-se
horas e horas e horas
de um inquérito parlamentar
e o relatório final diz,
esta parte não ouvi porque não me interessa
ou, então, dizer, por exemplo,
o que a questão do si está resolvido
com o parecer feito em
24 horas da Comissão,
o que se chama órgão,
exatamente, que fiscaliza
as secretas,
é ridículo,
é ridículo
e dizer que, bom, isto está com outro órgão,
sim, mas o Parlamento
não é a primeira vez que o Parlamento está
com as coisas que também estão no Ministério Público
ou também estão nos Tribunais,
são órgãos diferentes, com competências diferentes
e das quais resultam os juízes diferentes
e nós devíamos ter direito a saber isso.
António Costa,
há tempos que, quando fosse conhecido o relatório,
tiraria as necessárias ações políticas
com aquilo que já se conhece,
embora este tenha não seja a versão final
do relatório,
que lações políticas, Ricardo Araus Pereira,
espero que venham ser retiradas
pelo primeiro-ministro no fim desta...
Carlos, eu, ainda bem, que isto é publicado
agora, antes das férias, que é para ele ter tempo
para tirar eleações, eu acho que ele vai estar a tirar eleações
durante o tempo, porque há muita matéria aqui,
eu vou lá ver,
lá estar nas recomendações...
Realmente, isso, acho que pareceu que era
jucosamente,
que a eleação é reedmitir
Pedro Nunes Santos. E bem, sim, porque ninguém,
uma vez que não há...
Não há responsabilidade? Não há responsabilidade,
não houve informalidade no processo,
não houve interferência do Estado
que foi da... da francesa, não é?
Acho que é isto, é o...
Só que tu não sabe que as recomendações...
Não, mas as recomendações, eu não tenho a mesma fé
que tu tens nas recomendações.
Não, eu não vou dizer que é fé, é que...
Não, porque eu também já fiz trabalhos...
Já fiz trabalhos em que era preciso dizer
coisas vagas,
e, repara, as recomendações
têm o vocabulário é melhorar
determinadas coisas.
Quer dizer que já é bom? Melhorar significa
estar bom, vamos só
um bocadinho, vamos melhorar
o robusto ser
forte, agora vamos
robusto ser
articular, melhor, esta do articular
tensão, o verbo articular
eu sempre que estou numa reunião
em que alguém diz
e agora é preciso articular, eu levanto
e me saio. Não, é o Deda
que é o articular, o articular...
As tuas articulações não andam boas, não é?
Articular, é pá, isto significa sempre,
isto significa sempre
que alguém está só a preencher
tempo da antena,
está só a preencher tempo da antena.
Mas eu creio que
outra coisa que a gente podia ter poupado
era as suções,
porque em presumir este relatório
podia estar escrito antes da CPI
Tendo em conta que não
parece ter ouvido nada
do que se passou na CPI.
Eu ouvi, tenho pena
porque podia ter estado a fazer
outras coisas, mas
lendo o relatório,
não creio que ele corresponda
àquilo que aconteceu, portanto, é possível
que já tenha, mas já estivesse
escrito há três meses. Mas o mais importante
é o que apareceu na CPI, foi as imagens,
não tem aquele teu programamento
famoso, certo? Não costumas apresentar
as conclusões dos relatórios da CPI, não é?
Tu queres a outra parte, a outra parte
é que é boa, essa é que é xixi. Vamos ver
que vai ficar o relatório final.
Embora não haja grandes dúvidas na relação,
é isso, João Miguel Tavares ficar sim
e, ao invés de Pedra Mexia, se tornar
ministro da afirmação, ativa
ou inativa?
Bem, desativaram,
desativaram a afirmação.
Quer falar da decisão do Supremo Tribunal
norte-americano de considerar
ilegal, ao fim de 45
anos, quase meio século de existência,
a chamada affirmative action,
ou ação afirmativa, no
acesso ao ensino superior,
à universidade,
affirmative action, que permitia
ser uma discriminação positiva
por razões raciais.
O que é que mudou
na sociedade americana para que
esta decisão tenha sido
tomada, Pedra Mexia? Estamos esperando
um novo exemplo da agenda conservadora
que já reverteu
também no ano passado a jurisprudência
relativa ao aborto? Só até
certo sentido, no sentido dos votos
sim, foi uma votação
6-3, o clássico.
Portanto, os seis conservadores votaram
no sentido, os outros
e os progressistas votaram no outro,
portanto, nesse sentido sim,
não é igual ao aborto no sentido.
É que a estatística
está com
os proponentes de discriminalização
do aborto em geral, quer dizer,
o Supremo Tribunal não proibiu o aborto,
mas enfim, está muito oposto a estados.
Mas...
A estatística quer dizer...
A chondagem, a população americana
genericamente apoia o direto ao aborto,
mas está muito mais dividida sobre
a discriminação positiva, que foi
aliás chumbada agora, tratou-se
de dois casos concretos, Harvard e
a Carolina do Norte, isto aliás aplica-se
a as escolas de elite, não é que se sentem
um pouco mais culpadas
e mais
proactivas nessa matéria,
mas por exemplo, na Califórnia, que é
um dos estados mais
progressistas dos Estados Unidos,
a discriminação positiva foi a referenda
e perdeu por muito.
A segunda é, se há
ou não possibilidades
de manter a questão da
diversidade
sem ser pela discriminação positiva,
que eles dizem que é inconstitucional,
porque é uma décima quarta emenda.
E, de facto, sabemos
a experiência da Califórnia.
A experiência da Califórnia foi
tentar
ser um dos estados mais
progressistas dos Estados Unidos,
que é um dos estados mais
progressistas da Califórnia.
A experiência da Califórnia foi tentar
que a diversidade entrasse
por outras formas que não ascotas,
a importância dos ensaios
que as pessoas das candidaturas
e, sobretudo,
essa tem sido uma grande discussão,
até já tivemos aqui no programa
sobre outros assuntos, que é
saber se, na verdade,
o foco
não deve estar na questão
dos recursos
e não
das condições étnicas. Até porque nós sabemos
um caso, por exemplo, que
há pessoas que não precisam de quotas para nada,
que são os asiáticos, que entram
em todo o lado e têm grandes notas.
A situação é um bocadinho mais complicado,
entre pessoas como sempre,
é óbvio que isto é, por exemplo,
levar as pessoas a dizer assim, uma coisa que
os americanos apoiam, não é verdade,
não é verdade, há muitos americanos que apoiam
e há muitos que não apoiam, acho que o caso
da Califórnia diz tudo. Então é um assunto
complicado, há muitas décadas que é complicado
e vamos ver qual é, como é que vai ser
a reação das escolas a esta
diversidade, é evidentemente um bom fito, naturalmente.
Vem a decisão do Supremo Tribunal
americano, João Miguel Tavares, como avanço
ou como retrocesso?
Não é fácil responder a isso, a das pelas
razões que o Pedro já falou, mas eu,
ainda assim, tendo a achar mais que é um avanço
que é um retrocesso. E, apesar de
aquilo ter o problema dos seis três,
que são eternos seis três e, portanto,
dá-se os seis três do o.
É um lado, três vezes, liberais do outro,
e, portanto, isso dá uma ideia que
parece que é um porto bem-fica,
sempre, isso é mau.
Mas, mas, a decisão
é muito mais subtil, que é o
trabalho, que nós não vamos ter tempo aqui.
A decisão é muito mais subtil do que
parece, muito mais subtil do que parece
e o tema é muito mais complexo do que
parece e desde logo o Pedro
referiu isso de passagem, mas para mim
é o centro de tudo isto, é
há uma minoria que lixa
a conversa das minorias, que são
os estudantes asiáticos. E foi
isto que aliás, o que
originou esta tomada de decisão.
Por quê? Porque os estudantes
asiáticos, americanos, que são uma minoria
estão a queixar-se de serem discriminados.
Exato. Por quê? Porque
se não fossem discriminados, eles
ocupavam a maior parte dos lugares,
ou pelo menos uma significativa.
Tem um aproveitamento escolar. Tem um aproveitamento
escolar absolutamente excelente e, portanto, eles teriam
muito desproporcionalmente representados
nas universidades de elite.
É difícil estar a falar em
discriminações de minorias como um todo
quando, de repente, temos uma minoria
que tem uma performance muito melhor
que a dos brancos. Como é que se explica?
O argumento é que o
lastro histórico é da discriminação
dos negros e que, portanto, essa tem que ser...
Mas é que quem conhece a história
dos trabalhadores asiáticos
nos Estados Unidos, da América
sabe que isso é
uma perfeitamente... É evidente que
foram vítimas de discriminatura.
Dos japoneses na 2ª Guerra Mundial.
Dos chineses que foram consta-o
ir os caminhos de ferro americanos, quer dizer.
Então, a brincar, não é?
Ou seja, mais uma vez, o problema é dos dois lados.
Há um problema de discriminação racial das sociedades
e há um problema de grupos étnicos
internos, de problemas de família
que é sempre o eterno problema
de inícios de vida sexual,
do fornecimento da família.
Vens ou não em famílias monoparentais
e, portanto, são problemas extremamente complexos
que têm que ser enfrentados com mais subteleza?
Há dez anos, em 2013,
um estudo de Harvard
realizado ao longo de duas décadas
concluía que
nos Estados decidiram acabar
com a chamada ação afirmativa
não apenas em relação
a questões universitárias,
mas, em sentido geral,
que, nestes Estados
em que a ação afirmativa
foi interrompida, houve um declínio acentuado
da presença de mulheres negras e asiáticas
e de homens hispánicos
nos locais de trabalho.
Isto é só para enquadrar este estudo
que é sobre uma questão
bastante mais vasta do que esta
concreta que estamos a tratar,
mas, para perguntar
como é que encarar a Ricardo Araus Pereira
esta questão das políticas de correção
das simetrias sociais
por via da discriminação positiva?
Eu, em geral, sou favorável
a políticas de correção
das simetrias sociais.
Eu não sei se somos todos à mesa,
mas a questão é essa,
quem acredita
em igualdade de oportunidades?
Não, a quem acredita que
deve haver uma liberdade total
sem interferência
de regras externas
que...
de discriminação positiva.
Há quem contesta e tem a discriminação positiva.
Ah, é verdade?
Ainda por cima na Ivy League,
a maior parte são os negros ricos,
mas a questão é...
Estamos a falar disso mesmo,
e a questão é o critério,
e o meu critério
era aquilo que o Pedro estava a dizer,
já eu tenho referido aqui várias vezes
que é o meu critério
tem a ver com a classe social das pessoas.
Porque me parece
que é muito diferente
começar a corrida
numa casa de classe baixa
e começar a corrida numa casa de classe alta.
Mesmo tendo enquanto a outros fatores
o argumento é um argumento adicional,
é que a ação afirmativa
seria uma espécie de reparação histórica.
Sim, sim, mas apesar de tudo
e aqui estamos a falar
de acesso universitário,
por exemplo, em Harvard,
houve aquela questão dos estudantes asiáticos
que têm uma
performance académica
extraordinária
e por isso iam ser
prejudicados, ou que é um bocado bizarro,
mas
isso é sisto, não deve ser
anterior ao acesso à universidade.
Ou seja, se o problema não começa
claro que começa.
16 anos antes, 18 anos antes
e portanto
além de que as universidades
da Ivy League são um pingo
no meio do sistema educativo americano.
O Pedro Mercier fica assim ministro de afirmação
e estão entregos as pastas
ministrais por esta semana na altura
para sabermos mais rapidamente.
Por que é que o João Miguel Tavares se declara
um jovem delinquente
portanto cheio de esperanças
por ocasião da vinda
do Papa Francisco a Portugal?
Sim, eu já não sou jovem
e também não sou lá muito delinquente, mas na verdade
esta mesa provavelmente tira de pedra mexia
que não consegue realmente
por muito desforto ser um verdadeiro delinquente.
Todos nós temos aquelas multazinhas
que não nos importariam.
Eu não conduz, é difícil ter moço.
Por isso é, por isso é.
A semana foi marcada pela questão do perdão
de penas pela visita do Papa
que o governo propôs que seja para
condenados
que não tenham mais de 30 anos
e que levantou
dúvidas de constitucionalidade.
Vai lá saber-se porquê.
Percebe melhor as dúvidas
João Miguel Tavares ou a justificação
do limite de idade
por se tratar de um gesto de clemencia
no âmbito da jornada mundial da juventude
É a ser parte melhor.
É a ser a parte melhor.
Eu aqui indigno
porque sou surpreendido
porque
se isto era para celebrar a vinda do Papa
e as jornadas mundiais da juventude
não pode ser só idade.
Tem que ser jovens até 30 anos
que saibam pelo menos um pai nosso
e uma ave Maria.
E eu acho que isso tinha muito mais graça
um ano só o Bers
dizia o pai nosso e ave Maria
Por exemplo, se imaginasse saberes dizer o careto
sem ajuda, que é uma coisa mais difícil
Não, não.
Basteria fazer a primeira comunhão.
Nada disso, nada disso.
Isso só é o careto.
3 anos por saber o careto sozinho sem ajuda
é uma coisa difícil.
E proponho, sei lá, Portugal
acolhe os jogos para o Olímpicos
só para delinquentes e criminosos
em cadeiras de rodas.
Aí sim, esses reduz as penas.
E portanto, é das melhores ideias
que eu já vi.
E portanto, eu não sei quem é que ateve originalmente
é a Ministra da Justiça
Novamente muito bem.
Quem também gostava de ser
perdoado, disse o de Viva Voz
e publicamente é
o Bispo que presida a Jornada Mundial
da Juventude.
Vou fazer uma declaração
de interesses. A mim era muito bom
que não tivesse limitação de idade
porque eu tenho umas multazinhas que gostava
que fossem apanhadas pela Ministia.
Estou a falar assim de Curação Averto.
A confissão de Curação Averto
e do Bispo Américo.
Guiaro, como é que é entendido o Ricardo Darujo
para esta declaração de interesse?
Quem não?
Eu tenho que dizer aqui
atir a primeira pedra.
Como ainda esta semana
recebi lá em casa um papel
da administração interna a dizer
se eu estacionou num sítio
onde não sei o que é que trei feito
mas estacionei num sítio onde não se podia.
Ou podia mas eu não paguei
e não percebi que era para pagar
por isso senhor Padre
também estou aqui de Curação Averto
o problema é que tenho
senhor Bispo
o problema é que já não tenho idade
para fechar uma Curação Averto
acho que vai ser uma geral
Eu percebo o interesse
de ouvirmos o senhor Bispo
mas eu gostava de ouvir também
outro Seminarista
que é o André Ventura
eu gostava de ouvir porque quando foi o
Covid
o Estado organizou-se
para reduzir
digamos a
já houve uma posição do chegue
é contra
a Ministia mas toda
ah não olha contra a Ventura
a Igreja não anda muito contento com o Ventura
nem pela posição
que ele tomou com o seu antigo
pago com pedras
não concorda
não andou muito contento
mas o Ventura
é contra esta Ministia específica
eu posso com certeza
mas esta tinha um cheirinho
tem um cheirinho a sacristia
não é
mas ele é contra esta Ministia específica
não contra o facto de haver
uma Ministia quando o Papa cavir
eu gosto de si próprio da Igreja
ninguém tem dúvida essa resposta
com certeza
é por isso
depois de mais
depois da polémica o PS já disse
que está disponível para introduzir
alterações a proposta de governo
na discussão da especialidade
tudo sem caminha para que
caia esta limitação
da idade
como é que a Valia Pedro mexia
o facto de tudo isto estar agora a ser tratado
em contra a relógio quando já
tem tempo de saber da vinda do Papa
que chega no princípio de agosto
e
já estamos quase a meio de julho
que é verdade pós palcos
da Ministias
foi tudo na gata final
mas isto seria sempre problemático
do ponto de vista do princípio da Igualdade
quando há uma decisão
com um espectro etário
que pergunta-se porquê
mas podia haver uma contraargumentação
a argumentação de que
são os jovens porque as jornadas
da juventude é muito poedilo
tanto mais que as pessoas que não são jovens
podem participar nas jornadas da juventude
em alguns eventos das jornadas da juventude
embora seja um de facto uma atividade
especifica pós-jovens
a argumentação não é de um grau
de juricidade muito envolvada
Você acha que o João Miguel Tavares
se declara um jovem delinquente
quanto ao Ricardo Aros Pereira
diz sentir-se
vulcânico e será
perigoso o vulcão?
Parece que sim, acho que o vulcão é perigoso
O vulcão em causa chama-se António
António Vulcão
e era até esta semana chefe
da responsável pela pasta de educação
dos assores
depois de terem vindo
a publicas ameaças que fez
ao escritor Joel Neto
por causa de um livro
de Joel Neto que fala da pobreza nos assores
Será caso
para concluir
vendo o lado positivo do caso
se aqui há algum
que ainda há livros que incomodam
quem tem poder Ricardo Aros Pereira?
Essa é mais uma manifestação
da estupidez da censura
é sempre assim, o sensor
porque é estúpido?
Porque no caso concreto
chamou mais atenção
sobre aquilo que ele queria
que não fosse sabido, que é o livro do Joel Neto
do que se não tivesse dito nada
neste momento nós estamos a falar
do livro do Joel Neto e não estaríamos
se este vulcão
não tivesse espirrado lava
para o telefone do...
Agora um parêntesis porque
embora não sejam casos da mesma natureza
o...
famosíssimo, ninguém tinha ouvido falar até agora
Rock in Rio Febras
Tornoso esta semana
um grande sucesso, parece que
vai ter uma enxente de gente
porque a empresa
que tem o Rock in Rio
foi processada...
A minha sou processada por causa
da uso do uso e então
deu aquilo uma dimensão
que nunca teria tido
a existência do Rock in Rio Febras
e este vulcão
este vulcão
mandou então umas mensagens
ao Joel Neto que são objetivamente
ameaças físicas, são ameaças...
Se há alguma coisa de mal te acontecer, se calhar fui eu
exatamente, exatamente
eu não sei se o Joel Neto tem mais inimigos
espero que não, mas agora tem um caminho aberto
para ele fazer mal e depois dizer
é capaz de ter sido outro
eu espero que...
espero não estar a dar ideias
organda-me
quando ele manda estas mensagens
são objetivamente ameaças físicas
sai pelo seu próprio pé
eu acho que é o que acontece
é aquela coisa do próprio pé
eu acho que se ele tivesse feito
uma piada de mau gosto
eu tinha sido admitido imediatamente
eu acho que aí para isso as pessoas
eu não sei, já agora eu gostava
de saber, infelizmente
não sei, mas gostava
de saber desenvolvimentos sobre
o outro caso que falámos aqui, que foi a comissão
para investigar a piada
que o professor Miguel Ceabra escreveu
no verso de um cartaz
a comissão no outro dia mandou um e-mail
é o de recorrente, não sei nada
fez o mesmo pedido
a comissão mandou um e-mail
as pessoas a dizer assim
a comissão para averiguar, avaliar
e refletir
sobre os factos, impactos e consequências
associados à situação desencadeada
pela mensagem escrita
pelo professor Miguel Ceabra
nomeada por despacho da diretora
já está disponível para ouvir
as pessoas da comunidade, deu um e-mail
a toda a gente que tenha informado
para relatar factos
que permitam discernir o contexto
que envolveu a mensagem escrita
isto é um processo
espero que as pessoas tenham
enviado bastantes factos
para que possa ser feita esta
reflexão, avaliação e averiguação
Ficou o pedido de esclarecimento
Seu homem escreveu uma piada
no verso de um cartaz
Ficou o pedido de esclarecimento
e já sabemos
vamos saltar
para o último tema
já sabemos por que que o Ricardo Arun
se declara vulcânico
agora vamos tentar perceber por que que o Pedro Mexia
se anuncia de pressa devagar
explicar o paradoxo
muito rapidamente
o produtor
do Joy Division
durante a gravação de um dos discos
não é uma generia que este tema
o Vaços de Joy Division
deu uma famosa indicação
a banda dizendo
toquem mais de pressa mas mais devagar
é uma frase muito famosa
eles ficaram sem saber exatamente
como eles vieram tocar para antecer a educação
se consumissem é a mesma coisa que ele tinha consumido
em princípio
isso tem a ver com esta notícia
os concursos públicos simplificados
que o governo criou para
acelerar a contratação pública
e utilizar os fundos europeus
portanto os concursos públicos simplificados
são afinal mais demorados
do que os concursos públicos
normais
e as pessoas preferem os normais
porque é mais rápido
nós falamos de contratação pública
de contratação pública é que não é um tema muito
que não é um tema muito excitante
mas é um tema muito importante naturalmente
mas é uma das coisas
que eu escolhi
eu não tinha lido a notícia, eu escolhi na base do título
que era algo como
a contratação simplificada demora mais tempo
do que é normal
quando as pessoas dizem
a nossa equipe que estão sempre a clamar contra o Estado
há algumas coisas a dizer sobre o Estado português
e este é um absurdo tão grande
que se resume num título verdadeiro
que tal o índice de comédia
de um caso como este?
um caso em que
não é preciso dizer nada
vamos simplificar complicando
a intenção de simplificar
para essa canção do Tom Zé
estou desclarecendo
para te confundir
pois agradeço a estes serviços
estou desclarecendo para te confundir
livros
e eu trago esta semana um tijolo
que estou a ler em postações suaves
em um livro completo
não sei se lerei por completo
é de certo modo uma leitura por amostragem
um toquezinho de voairismo
como se o leitor estivesse em certas sentidas
para itar colaborar com uma fechadura
o caso é este, a escritora norte-americana
Patricia Ismith
gostava de mentes tortuosas
e era ela própria e percebe-se
já se sabia mais ou menos
mas percebe-se aqui que ela também era
uma mente tortuosa
é uma das mais celebradas autoras
da literatura policial do século 20
talvez no caso dela seja até mais adequado
falar de literatura criminal
a literatura policial
Patricia Ismith tinha a fama
de ser uma pessoa difícil e pouco sociável
quando morreu em 1995
na Suíça onde vivia
descobriu-se que
durante mais de 60 anos escreveu
meticulosamente um diário
e cadernos de notas pessoais
onde foi deixando registado sobre si própria
tudo aquilo que nunca disse a ninguém
ao longo da vida
e as histórias criou
foram em grande medida a projeção
de um convívio profundo
com um lado mais sombrio da mente humana
que no caso dela
não a conduziu ao crime
mas à literatura
diários e cadernos de Patricia Ismith
edição Relógio da Água
o João Miguel Tavares
sugere titãs da história
Sim, o Simon C. Bergmont é fior
e é um historiador famoso
e ele também tem o olho para o negócio
e sabe de vez em quando fazer
estes tipos de livros muito atraentes
Sim, são mais de 170 pequenas biografias
duas outras páginas cada
e que vão
de Jusclisto a Elvis Presley
duas pessoas como todos nós
também não morreram
mas já também muita gente morta
e muita gente surpreendente
e que deixaram uma marca no mundo
e portanto é verdade
que é uma sequência de biografias
mas também uma sequência cronológica
e portanto é uma espécie de história do mundo
através da biografia
que fizeram a nossa história
e há gente que é boa, há gente que é má
há gente que é mais ou menos
e na introdução aprendemos que existe
uma palavra em noruegês
que parece que só existe em noruegês
que é Stormann's Gulf Cup
que é uma palavra em noruegês
que faz com que estas pessoas
todas tenham algo em comum
que é a loucura dos grandes homens
e eu gosto desta ideia
desta palavra em noruegês ou pescura
o Pedro Mechia traz um livro breve
Exato
É um excerto
Eu escolhi-se para poder dizer a frase
é um livro breve de Marcelo Prus
porque na verdade foi uma disseção
autormamente
é uma das partes do primeiro volume
e que foi publicada
do primeiro volume
do tempo perdido de Marcelo Prus
que tem sete volumes
e portanto isto é uma parte de um dos sete
mas ele tem
50
e é
um livro trazido pela Linda Boesco
e eu não vou fazer aquela
sketch dos Monty Python que é o
Summarizing Prus de Competition
mas de facto aqui no fundo
já está tudo o que é essencial
nomeadamente 3 ou 4 coisas
que ele acham ao líder
isso vai dizer às pessoas
se lerem a isto
é a nota de Europa-América
basta ler a isto
é um tema muito importante no livro
que não é um tema geralmente muito citado
que é o conflito
entrar aristocracia e classe média
são dois temas que já estão aqui
qualquer um deles e a questão da arte
das alegrias da arte
da pintura e da música
e quem não estiver disponível
para sete volumes
esta é a sessão de 200 etal páginas
O Ricardo do Aroos Pereira traz uma obra
de divulgação científica
Exatamente, eu sim
por terem vindo com
Prus de Ice, Smith e Montefiore
sem esmitologia e a ciência
como o próprio nome indica
trago por várias razões
a primeira é porque o autor
que é o Luís Mateus foi meu colega na faculdade
nem o Prus de Feiteu Colegas
nem vocês não podem dizer o mesmo
e portanto, Luís Mateus foi meu colega
claramente estudou mais que eu
e arranjou a emprega sério
e neste momento é coordenador
tem um cara de prestígio
no canal BolaTV
e eu estou aqui
com estes três palermas
depois, por que isto interessa?
pois já vem o verão e por isso a gente
é uma altura em que as pessoas estão mais
distendidas e podem dedicar-se
a este tipo de coisa
e o livro tem as seguintes vantagens
primeiro, de facto, cumpre
o que promete no subtítulo
são de facto as ideias do revolucionário
que chegou ao viu e conquistou a luz
nós ficamos a conhecê-las
e este é um processo que levou
Schmidt, toma nota Pedro
levou Schmidt a adaptar
o Gagging Pressing
que ele foi ensinado
pelo qual ele se encantou
o Gagging Pressing para o Angre
Reef Pressing
que é ainda mais intenso
isto doente fica a jogar em Angre
Reef Pressing a agrada
porque não só indica
que vamos pressionar o adversário
em cima como aparentemente
ele acederá a anexação da Austrê
e depois o problema
é que o livro não é uma
geografia de Roger Schmidt
é, antes pelo contrário, também indica
e por isso é que eu recomendo agora
antes de começar a pré-época
recomendo como leitura obrigatória
para a direção do Benfica
porque o livro fala nos momentos
o Luís foi investigar isso
os momentos em que ele treinava
o PSV na Holanda
e dava folgas
para lembrar alguma coisa
laseados dias de folgas
e também o facto de ser muito forte
com equipas do meio da tabela para baixo
e de revelar algumas fragilidades
com equipas do meio da tabela para cima
portanto, há estudo aí
há estudo, há estudo
é um livro para o defeso
e assim se conclui mais uma reunião semanal
dois, oito dias, está mesmo a hora
os mesmos de sempre
e a qualquer hora é podcast de Pedro Mexias
e Ricardo Rousseira
Legendas pela comunidade Amara.org
Machine-generated transcript that may contain inaccuracies.
A comissão de inquérito à TAP, conclui-se do relatório preliminar, não encontrou razões para a realização de uma comissão de inquérito. Como também não terá havido razões para a demissão do ministro da tutela que se demitiu. António Costa, que prometeu tirar ilações no fim dos trabalhos, talvez devesse pedir a Pedro Nuno Santos que reconsidere e regresse ao cargo. Em França, a polícia cometeu um crime, a raiva juvenil partiu montras e incendiou carros e durante uma semana houve um cheirinho a guerra civil. Nos Açores, um chefe de gabinete do governo regional não gostou de um livro e ameaçou um escritor. E o bispo que preside à Jornada Mundial da Juventude achou por bem confessar em público os seus delitos automobilísticos à espera de perdão com a vinda do Papa a Portugal. Que ninguém diga deste moscatel (e deste fortimel) não beberei.
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