Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Macavaquiavel e outros comandantes supremos
Joana Beleza 9/16/23 - Episode Page - 52m - PDF Transcript
Esta semana, João Miguel Tavares considera-se fake.
Pedro Mechia sente-se incompetente.
E Ricardo Orujo Pereira presta tributo a Cicero.
Está reunido o programa, cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.
Olá!
Bom, cá estou eu de novo a trabalhar?
Pois é, achavam que eu fazia isto graça?
Ah não!
E não vos falta trabalho por acaso, é que hoje assumimos a pasta do facilitismo.
E por quê?
Porque nós falamos do modelo perfeito para facilitar trabalhos.
O Renault Kangoo Van Atec.
Comecemos pelo Open Sesame.
Não, eu não estou a falar de um truque de magia, mas garante-vos, é impressionante!
Um sistema bairno que abre as portas a todo mundo de oportunidades e possibilidades.
Assim um pouco como fazem as juventudes partidárias.
Mas felizmente, sem aquela parte chata de ter de abanar a bandeirinha e gritar repetidamente
muito bem para funcionar.
E pronto, hoje é curtinho.
Já chega trabalho por hoje, por menos para mim que estou a acabar o anúncio.
Bom programa, especialmente se estiver a ouvir isto enquanto trabalha.
Numa Kangoo, quem sabe?
Ora Viva, sejam bem-vindos.
No final de uma semana marcada pelo arranque de um novo aneletivo e pelo novo livro de
Cavaco Silva, vamos-nos falar disso daqui a pouco.
Mas antes, o Ricardo Araújo Pereira quer ser ministro da Flash Interview.
E acha que acaso para um rescaldo ao mais alto nível, Ricardo?
Acho que sim, Carlos.
Acho que sim, acho que sim.
Estamos a falar da maior goleada sempre da seleção portuguesa de futebol.
Quando sou o apito final naquela Portugal-Semburgo, depois dos 9-0,
aposto que quis ouvir de imediato protagonistas.
Exatamente.
Alguns jogadores em particular, o selecionador Martínez.
Não, os verdadeiros protagonistas, não os jogadores,
os jogadores tiveram de desempenhar um papel, sim senhor, no jogo,
o selecionador provavelmente também.
Mas eu queria ouvir o grande protagonista e felizmente pude...
Mais alto de uma estrada na nação?
Exatamente.
Tinha-me dito todo e fora, mas...
Com patrocínios e tudo por trás?
Com patrocínios e tudo lá atrás.
A frente do...
Só faltava aquele boneco que o treinador do Passo de Ferreira também costuma ter.
Então vamos a isso.
Infelizmente não temos aqui atrás de nós o tal painel de patrocínios
para reproduzirmos fielmente a cena da Flash Interview,
mas e também não podemos ver as imagens,
porque embora Marcelo seja presidente,
todos os portugueses das imagens de Marcelo são só da RTP,
mas podemos tentar reproduzir a situação, pelo menos no essencial.
Marcelo estava feliz com o resultado histórico,
mas sem esconder ainda assim uma ligeira preocupação.
Em todo caso, gostava, pode-se dizer, radiante.
Tava, tava.
Eu vou reproduzir o discurso, se não se importa.
Não pode ser.
Era suposto ser o Marcelo.
Logo, sim.
Disso o seguinte.
Há muito tempo que não me lembro de uma primeira parte tão boa da Equipe Nacional,
uma segunda parte que foi subendo, foi subendo, subendo, subendo,
e portanto foi um grande espetáculo, foi um grande resultado.
A única coisa em que cómodo é que temos muitos portugueses no Luxemburgo,
alguns deles aqui a passar férias,
talvez tenha sido pesado demais para o Luxemburgo,
mas nós jogámos muito, muito, muito bem,
correu tudo bem, quer dizer, quem devia marcar marcou,
marcaram muitos, marcaram bem, todos os gols foram bós,
jogou-se de pressa e com imaginação,
sabe uma noite assim em que tudo corre bem.
Presidente, acertou no jogo,
porque a maior coliada de sempre de Portugal estava aqui presente,
fica também para a história.
Bom, eu tenho estado em vários outros em que tenho acertado,
mas não há dúvida que é uma coliada verdadeiramente histórica.
Eu não me lembro mesmo de miúdo ter acertado,
assistido a um resultado assim.
Havia 2,80.
Portanto, esta é a maior de sempre, nunca haviam nada tão grande.
É o primeiro Nova Zero, podia ter sido 11-0,
uma bola na barra, ainda outra bola baliza praticamente a merda,
não foi, não, não, mas foi de facto uma noite de sonho.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
É um gosto.
Isto, atenção, mais um...
É natural que ele não se lembre de uma coliada assim,
porque acabou de saber que é a primeira vez na história que houve uma,
mas ele insiste, eu acho isto ótima, atenção, acho isto bom,
porque que é para o selecionador espanhol,
que vem para cá orientar a seleção portuguesa,
saber que isto não é brincar, que ele deve ter pensado.
Então, atenção, aqui o presidente da República está atento ao meu trabalho.
Eu treinei a Bélgica durante 6 anos,
o rei não fez uma consideração técnico-autática, uma única vez.
Agora, aqui em Portugal não é assim.
Como é que avalia as qualidades da análise técnico-autática
deste reforço da equipa de documentadores da televisão pública?
Carlos, excelente.
Havia futebol total, aquele futebol inventado na Holanda,
e isto é comentário total,
porque Marcelo de Bélgica se aborda aspectos técnicos, aspectos táticos.
Faz a certa altura para desenjuar uma consideração política ou diplomática
sobre os imigrantes que castam e são imigrantes no Luxemburgo e tal,
e se calhar a derrota é demasiado pesada quando eles voltarem para o Luxemburgo,
se calhar os luxemburguês vão dizer,
''É, ó, português, vai te lixar e tal.''
Pode ser, pode criar um incidente.
Para aspectos téticos,
até aspectos que não são normalmente abordados,
como, por exemplo, quem devia marcar marcou,
quem era, eu não sei bem, a partida para um jogo,
se calhar isso é definido, eu não sei,
olha, tudo ia marcar.
Pode ser uma consideração fatalista.
Só se é isso, uma coisa...
Mas o comentário foi ainda mais extenso,
o presidente da República prolongou-se o comentário.
Pois foi, ele fez um segundo comentário que foi todo,
foi tecnicamente, artisticamente, estratégicamente,
depois havia pontos de vista diferentes sobre quem devia jogar,
não devia jogar, portanto, uma revelação aqui sobre bastidores da seleção,
houve uma modificação substancial no começo da segunda parte,
e tudo corrou bem, todos jogaram bem, acabou muitoíssimo bem,
não sei quando é que vereis, espero ver mais vezes,
mas não sei quando é que verei um resultado e um espectáculo como hoje.
E portanto, foi isto, foi muito...
Ou seja, por uma noite em inflação,
o problema da habitação, o clima tenso,
o entreblém e o sombento ficaram adormecidos,
o presidente Marcelo voltou a ser o adepto e comentador
Marcelo Rebelo-Sousa na Flash Interview.
Será que se pode citar a este propósito,
João Miguel Tavares, aquela velha máxima do falecido Jorge Prestrelo,
ícone dos relatos de futebol,
é disto como o povo gosta?
Não sei, Carlos, o povo talvez goste, mas eu não.
Eu não gosto nada.
Nós em tempos já falámos nisto aqui, isto tornou-se um hábito
e faz-me confusão.
Para mim, é como entrar alguém de Paltó numa praia de nudistas.
O que é que este senhor aqui está a fazer?
O senhor de Paltó, de se calhar, é divertido.
Mas eu mesmo, pós-pobros nudistas, aquilo é desagradável.
Eu, por acaso, estava ouvindo o relato, estava escarando-me,
estava ouvindo a radio num canal
e o senhor, realmente, o homem que estava em estúdio, estava ali,
estava lá, e agora vamos ouvir os protagonistas e tal,
e de repente, bom, é o presidente da República.
Então, ficou ali um certo embaraço do gênero.
Pá, deixa o amigo ouvir quem está, um dos responsáveis.
E entra ali, feito, penetra o Marcelo.
E tem mais patrocínios por trás que o Ricardo Araújo Pereira.
Sim, é uma coisa...
E aquilo é uma coisa...
O populismo é difícil de olhar,
porque aquilo é uma coisa escandalosamente populista,
porque não há nenhuma outra razão compreensível.
Para o presidente, não tens memória.
Não tens memória, porque eu lembro-me do Roosevelt,
lá na cadeira roda, estar a dizer...
Acho que os leicas jogaram muito bem,
de ser senhora, foi bem jogado.
Não quem não se lembra, não é?
E eu sou pelo respeito, pela independência das instituições.
E, portanto, isso também se apeligou a futebol.
É o palácio de banho de um lado,
e o estádio da já-amor do outro.
Este não foi no já-amor, mas é o estádio de futebol.
O estádio do Algarve.
Por isso é que estavam lá muito imigrantes no Sambúrgo.
Exato. Acho que o presidente de Portugal
devia ser diferente do presidente
da Federação Portuguesa de Futebol.
É uma diferença mais clara.
É uma extinticidade minha.
Como é que ficou o seu orgulho pátrio Pedro Mechia
depois dos Nova Zero ou do Sambúrgo?
Antes de mais uma noite, obrigado por me terem convidado.
Tem que estar a ver com interesse.
Bem-vindo, é esta.
Tem que estar a ver com interesse o vosso programa.
Repare, eu tenho uma relação
um bocado complicada com a ideia de patriotismo.
E há um momento em que ele não se manifesta,
que é encabazado da Luchambúrgo.
Quer dizer,
já acho duvidoso
em certo sentido
o patriotismo futebolístico,
sobretudo quando vendo pessoas
que só têm patriotismo futebolístico
e estão nas tintas por tudo o resto.
Mas quer dizer, ganhar Nova Zero ou do Sambúrgo
é um bocadinho mais do que é costume.
Mas, caramba, nós ganhamos os jogos todos
e não sofremos nenhum, portanto.
Estamos de um grupo simpático
e está acabando aí.
Não tem mais nada a dizer.
Minha flash interview seria um flash mesmo.
Pronto.
E este também é um segmento flash.
Entregamos ao Ricardo Araujo Pereira
a pasta de ministro da flash interview.
E agora que já desopilamos
com as grandezas do futebol,
voltemos às comozinhas misérias
todos os dias,
ou talvez não, porque o João Miguel Tavares
tirou senha para o cargo de ministro
da Vaidade.
E ela justifica-se da Vaidade, João Miguel Tavares.
Tenho muitas dúvidas que justifique, Carlos.
Quer falar do início do ano letivo,
ensombrado por greves,
por situações de falta de professores
de algumas disciplinas, mas também
marcado pela satisfação
do governo com os resultados
de um relatório da OCDE, conhecido esta semana,
do qual há agora mais jovens a concluir
o ensino secundário e o superior,
o que levou o ministro da educação
a dizer que sente uma certa vaidade
por estes resultados.
Como é que conjuga estes dados?
Por um lado, o início do ano letivo, nos modos
que são públicos
e, por outro lado, este relatório da OCDE.
Eu tenho dificuldade
em compatibilizar essas vaidades
porque vamos cá ver.
O ministro da educação e depois explicou,
dizendo que,
há 50 anos, 26% da população
era na alfabeta. Já estava em modo
de comuniações do 25 de abril.
Há 50 anos, 26%
da população era na alfabeta.
Há 30 anos, mais de metade
dos jovens abandonavam a escola
antes do final do 9º ano.
E tudo isso é verdade.
Podemos sentir vaidosos disso.
Sim, no mesmo sentido que nos sentimos,
vaidosos, a luz
e a canalização,
ter chegado à aldeias
de muitos montes.
E, sim, que bom, realmente o país
evoluiu e foi evoluindo
com poder, não é? Também era o que faltava.
E, portanto, essa evolução deu-se.
Mas essa evolução, de facto,
é a evolução de um país integrado
na União Europeia,
que, apesar de tudo, foi progredindo,
com, aliás, os restantes países
da Europa. Agora,
aquilo que é, digamos assim,
o cenário macro,
depois é um cenário mais micro,
e esses 8 anos são aqueles em que
João Costa, atual nesta educação,
está no governo, porque antes estava
com a possibilidade de estado de educação.
E, quando se vai ver, desde 2015,
será que nós podemos dizer que a educação
melhorou nestes últimos 8 anos?
Eu, aí, de facto,
tenho mesmo muita dificuldade.
Eu e quase toda a gente.
E, portanto, esta utilizar
a expressão vaidade
para se vangloriar
de acontecimentos que não são
aérito direto dele.
Esquecentos as janeiras e a falta
de reação que são próprias dele.
Isso, a mim, parece muito bizarro.
É porque, ele também,
disse uma outra coisa esta semana,
que é, pediu paciência,
porque é preciso tempo
para resolver os problemas do ensino.
Disso, ministro da direção,
que está lá há 8 anos.
Olha, eu lembro que a Primeira Guerra Mundial
demorou 4 anos. E, quando acabou,
o mundo e a Europa, então,
foi totalmente diferente.
Cairam os impérios todos.
A Segunda Guerra Mundial demorou 6 anos.
Houve bombas atómicas.
O mundo ficou totalmente diferente.
Este ministro está lá há 8 anos.
Mas, aí, pede paciência,
porque não é suficiente para mudar as coisas.
Eu, não sei qual é a idade
que ele pode ter neste facto.
O facto do conflito na educação
continuar por resolver o conflito
com os professores, nomeadamente,
revela incapacidade
do governo, pedimoscia
ou temosia, por parte dos professores,
o que é que ele parece, é maior grau.
Quer dizer, temosia é compreensível,
está-se a falar da vida das pessoas
e, para ter compreensível, temosia.
Eu acho que revela duas coisas.
Já falámos aqui disto, na outras circunstâncias.
Revela que a capacidade negocial,
que já era problemática,
se tornou mais problemática
com um sindicato mais radical
do que aquele que já existia.
E, portanto,
as idades que nós vimos
do famoso cartoon
com os lápis espetados no olho
que são, evidentemente, um detalhe
no sentido em que foi uma coisa que aconteceu
e que não é significativa de nada,
mas é significativa de um clima,
de uma animosidade
que já vai a esse nível.
E o outro problema, além
de essa radicalidade, é que
eu tenho lido, como está a atenção,
tudo o que se vai publicado
nos jornais sobre isso
que é difícil sair
deste beco que é,
por um lado, boa parte das reivindicações
são justas,
por outro lado, não é viável atender
essas reivindicações tendo em conta
a globalidade
da função pública, etc.
E, honestamente,
não lhe nada
nem falei com pessoas,
com os professores evidentemente,
alguns têm outra opinião,
mas visto de fora
não vejo que se possa dizer
que é injusto em si,
nem vejo que se possa dizer que é fácil de resolver
porque, de facto,
depois há questões de igualdade
entre funcionários públicos,
entre pessoas que trabalham para o Estado,
e isso
se há uma coisa que, não sei se é irresolvível,
mas se há uma coisa que é
paradoxalmente complicada, é isto?
Neste quadro será de esperar
que o nível de mobilização dos professores
se mantenha tão elevado
como no ano passado,
ou eles próprios poderão começar a cansar-se
de uma luta no aspecto
central, daquilo que os move,
que é do tempo de serviço,
parece não dar frutos?
Quer dizer, já se percebeu
que, no plano
político-institucional, isso parece perdido.
Não quer dizer que as pessoas
não continuem a insistir no que
nas casas perdidas.
Boa noite, olívença.
Mas
acho que já se viu
que não tem
evite, não se imagina
como é que poderá vir a ver
da parte
desta distância do Governo a começar
e do grupo
parlamentário do Partido Socialista,
solução para isso. O mesmo relatório
que já falámos, que deixou o Ministro
da Educação orgulhoso, Vaidoso, foi a expressão dele
por haver mais alunos a ingressar
no secundário e no superior,
também diz que os professores portugueses
perderam o poder de compra
desde que António Costa é Primeiro Ministro.
Será caso
para ir à procura no dicionário
do Antónimo de Vaidoso,
Ricardo Araújo Pereira?
Antes, pelo contrário, Carlos, acho que temos que ir à procura
de um sinónimo de Vaidoso só para não estar a repetir
Vaidado outra vez, porque o que isto mostra,
ou seja, mais alunos no secundário
e no superior com menos poder
de compra dos professores, é gestão eficaz.
Ou seja, com mão de obra mais barata
obtém
mais produto, mais alunos no secundário
e no superior, portanto,
se... esta é a minha proposta
para os próximos anos, reduzirmos o salário
por exemplo, uma sandes para cada
professor, a próxima geração
entrou toda em Oxford.
Em princípio...
É fazer as contas, como diz o outro.
O João Miguel Tavaro fica, então,
Ministro da Vaidado
e é vez do Pedro Mercier se tornar
Ministro da Governança,
também é da opinião Pedro Mercier
que há, como diz
o título do livro do que vamos falar, a seguir
uma arte de governar.
É capaz de ver uma arte de governar,
mas este livro não é sobre isso.
Este livro...
Mas chama-se assim, não é?
Isto é propósito de um novo livro de Cavaco Silva
que se foram conhecendo os cerdos ao longo
da semana, já agora
é um livro
lançado esta sexta-feira
e nós estamos a gravar ainda
um pouco antes...
Alguns de nós já o leram.
Pronto, mas é só para prevenir
os espectadores que se houver
essa refusca no lançamento
nós estamos a falar um bocadinho
antes, não é um traço de prosquecimento
não é, não se prevê que haja, não é?
Pelo que...
Então, vantagem tu agora tem que fazer
esse comentário, se não sabes o que vai acontecer.
Pelo que já se conhece, parece que o
livro Pedro Mercier, este livro
Primeiro Ministro da Arte de Governar
foi escrito para ser lido
como tese, ou como um comentário
direto da atualidade política?
Repara, o livro
é um livro
do qual, sobretudo, é a primeira parte
que é a parte nova, o resto são recolhas de textos
a primeira parte
é um... é difícil de descordar
de alguma coisa que adita, porque são simplesmente
não é se esquecer sobre a arte
quando se diz arte de governar, suponho-se que
há aqui uma tese, mais ou menos, florentina
e sofisticada. Não, é...
Não, é...
É dizer, são coisas que não são
em si mesmo, não é criticável
que o ex-presidente
e o ex-ministro escrevam o livro a dizer isso
mas são coisas bastante tópicas.
Quando se escolhe o ministro, é se fazer uma lista
ver quais é que são os capazes mais
tecnicamente, falar com eles
dar-te tempo para eles
falarem com a família. Nas reuniões
se você vai dizer um comentário desagradável
diz sem privado para não humilhar
a pessoa em público. Se há um problema
como ele fala-se que o primeiro-ministro
ou que se for o primeiro-ministro
com os jornalistas, às vezes é preciso ter algo
um cuidado, por causa das fontes e das fugas etc.
Bom, isso não é nada.
O problema, o problema
é o seguinte, e é até uma visão
bastante institucionalista
e formal
que me agrada em grande medida
mas há dois problemas aqui
portanto são coisas sobre
como funciona o Conselho de Ministros
e este cheiro poderia ser um manual
do funcionamento do sistema
do governo em Portugal.
Há dois problemas aqui
que há algumas
regras genéricas
que podem ser consideradas
farpas ou atual titular
tanto mais que na última
parte do livro
há um texto que foi publicado
penso que no observador
há um... Despreço.
O livro da Má Moeda
Não, não, não é o da Má Moeda
É o outro do... Porque da Má Moeda
É o texto de Cavaco Silva
chamado de fazer mais e melhor
do que Cavaco Silva
Esse texto é um texto
de guerrilha contra o atual
governo, claramente.
Mas não tem nada a ver com...
A primeira parte do que tem
é momentos em que, por um lado, se
aplica
pode se apelicar em geral, mas pode
aplicar ao caso correto, por exemplo, quando
Cavaco Silva diz, e no governo não
se deve escolher pessoas por ocasiões
familiares, isto que
em si mesmo não é
parece-me não polémico, de repente
parece-me uma farpa a António Costa
Quando... Quando diz
a páginas
37
diz, o primeiro
ministro não pode deixar de propor a demissão
de um ministro como sejam os casos de falta
legatado para consigo ou comportamentos
reveladores da ausência de sentido de estado
Nós somos capazes de pensar
em alguns casos recentes da ausência de estado
Pode ver-se nisso, como exemplo
disso, durante a governação
de Cavaco, o momento em que ele despediu
somariamente o ministro do ambiente
Carlos Borrego
Então, da relação a...
A demissão por ausência de comportamentos
E bem
Sem sentido chato
Demitiu somarimento e bem, quer dizer
Não tem tempo para recordar
Deixe-me só dizer uma coisa, a outra
parte, e certamente que
os resinistas
vão pegar nisso, é que há
momentos em que
Cavaco Silva, o primeiro ministro esteve
à altura, dá algumas das coisas que aqui
diz
Certamente que há pessoas que vão
pegar em partes em que ele diz
que o ministro não deve dar as ilusões
etc etc
E, enfim, há vários momentos em que será
Mas isso, Cavaco Silva, já vai no
sábio erro, oitavo livro
sétimo livro
de autoexplicação, balanço
autoelogio etc, o que é
precisamente normal, faz parte da
atividade editorial das primeiros ministros
mas o livre é menos polêmico em si mesmo do que parece
O que é que lhe diz o facto
João Miguel Tavares de Cavaco Silva ter escolhido
o Dourão Barroso para apresentar este livro
É para nada despecial
No sentido em que
Bom, é uma pessoa da sua área ideológica
e Dourão Barroso
Mas não acha que era uma pessoa
que devia ter lido o livro sobre como é
cumprir o primeiro ministro se deve cumprir
Número um, não se pisgar
Não, mas repara
e se batem todos, incluindo o próprio Cavaco
como o Pedro Enxia explicou e bem
Isto são
60 páginas, na verdade
o que dá título ao livro
é um ensaio de 60 páginas
que se lê muito rapidamente
e que é quase um manual
que se ele tivesse a dar aula
de uma aula com a de ciência política
e que fosse dedicada ao tema primeiro ministro
era aquilo que ele ensinava aos meninos
e portanto, e aí são
testes gerais das coisas
sensatas
não há nenhum rasgue
de olha que bem visto
nunca tinha pensado nisto, portanto não
é Nicolò Maquiavel
e portanto
Maquiavel atravessa de pessoa
não, não é
e portanto são coisas relativamente
com as quais qualquer pessoa pode concordar
agora, claro, como aquele é o patamar
de exigência e de excelência
no comportamento daquilo que deve ser um primeiro ministro
então dá a gente ficar a quem, ou seja, se tu quiseres
por isso é que isto, na verdade, estamos aqui
a tentar ordenhar a vaca da hormonêutica
a ver se está, se sai alguma
pinguinha de leite, mas a vaca
não tem lá grande leite
Ah, mas já, muita gente vai ordenhar
não, sim não, já tem ordenhado
mas aquilo dá, ou seja, o que eu quero dizer
é, se tivesse no tempo do Santana
dava para ordenhar, olha críticas ao Santana
se tivesse no tempo do Dorão, olha a crítica do Dorão
eu já publico o tal texto da Mamueva
dizendo que mantém a sua
atualidade
essa é, eu diria que a repubblicação
desse texto é o ponte da pé
mais visível, mas de resto
num ponte da pé, exatamente, mais um
ponte da pé no Póbro do Bebé
que ainda está, não era no BRC
nem cubadora
nem cubadora, mas se tivesse
no tempo do Sócrates, também se aplicava ao Sócrates
e quer dizer, e aplica a toda a gente
o António Costa, a Marcel
mas também se aplica ao próprio Cavaco
porque o Cavaco, que também nem sempre
desdeve ao nível das coisas
e isso aqui, incluindo no pessoal político
incluindo no pessoal político
como, evidentemente, numa questão que o
Pedro Moschia já
aflorou Ricardo Araus Pereira, será que
o Cavaco sempre cumpriu à risca
de acordo com aquilo que já sabemos
do livro, tudo aquilo que ensina
nesta obra acerca de arte de governar?
Tanto é pena de saber a resposta a essa
pergunta, o que significa, lá está eu
porque eu lembro que no século passado
de facto, não, o Cavaco Silva
não fez aquilo que agora recomenda
aqui um primeiro-ministro faça, designadamente
eu li alguns certos
não li o livro todo, porque não quero
mas
de facto, a diferença entre
o Maquiavel e o Maquiavel
é que o Maquiavel
tem o problema de ter governado
e portanto, as sugestões
do Maquiavel, quando a gente
vai cotijá-las
com a prática do Maquiavel
ver algumas diferenças
como, por exemplo
quando ele diz, o primeiro-ministro
não deve criticar
em público
o presidente da República
a gente lembra-se, mas e aquelas entrevistas
que o senhor deu quando era primeiro-ministro
dizer assim, porque é que o
Cheixas não volta ao PS e se candidata
a primeiro-ministro, assim, já pedia
conduzir politicamente o país e coordenar a
ação dos ministros?
Certo, mas desculpa lá
que o Maquiavel põe uma nota
a não ser que sejam legitimistas
e depois
há para aí alguns
que nunca era sempre
muito subtil, que pretendem
transformar uma magistratura de influência
numa magistratura de interferência
e portanto, quem se lembra disso
sabe que
não, que o Cavaco admite
que poderá ter estado menos bem
nos seus conflitos com o Maquiavel
perfeito de saber
o que fica assim, o ministro da Governança
estão entregos as pastas ministeriais
por esta semana, agora vamos saber
por que é que o João Miguel Tavares
se declara fake e estamos a falar
de falsidade deliberada ou involuntária
João Miguel Tavares?
Não, acho que foi bastante deliberada
e confessada já, não é?
o que está aqui em causa é o processo
isso é uma festa
é o processo de Pacheco Pereira contra Lemos Esteves
na altura
dos factos
era assistente da Faculdade Direita de Lisboa
por causa de um artigo
que publicou
este professor universitário
no jornal Sol
o caso acabou por não ir a julgamento
porque Lemos Esteves esta semana
admitiu que, já em tribunal
mas sem que tivesse chegado a julgamento
admitiu que o que escreveu
era tudo mentira e aceitou
pagar uma indemnização a Pacheco Pereira
que reflexões é que este
processo
João Miguel Tavares
Deixe-me só fazer uma pequena nota
em relação ao Lemos Esteves
já que andamos há muitos anos
eu fui daqueles que acompanhou
a sua trajetória
que do início era altamente promissora
e começou no espresso
ainda em um blog
e depois passou o salto ao sol
mas ele de facto ao longo do tempo
foi se afastando da órbita
em que o índio da órbita era terrestre
e depois a partir de certa altura
ele estava no espaço a dar umas voltas
e foi quando já estava
realmente
fora da órbita
que ele escreveu um texto
absolutamente inconcebível
sobre o Pacheco Pereira
e eu acho que vale a pena
trazer isto para aqui porque nós somos
aqueles que estamos sempre aqui nas defesas
da liberdade de expressão
e depois, como estamos sempre a defender
a liberdade de expressão lá vem
lá vem aquele pessoal da dizer
que a liberdade de expressão tinha limites
nós lá viemos dizer
claro que a liberdade de expressão tinha limites
e aqui está o ótimo exemplo
e estão todos na lei
estão todos na lei
e este aqui é...
uma das estratégias da defesa do Lemos de Esteves
foi precisamente alegar a certa altura
que era uma questão de liberdade de expressão
certo, mas havia lá
aqui eu retorquei umas mentiras dentro de todos
claro, mas atenção
a parte do texto que eu acho que sim
quando ele chama de Ayatolins
nada que nem o Pacheco Pereira
exatamente quando ele chama
a personagem mais inarrable
da comunicação sial portuguesa
nada quantas são opiniões?
substantivos é que...
depois de repente ele salta para
este senhor que fez viagens de luxo
ou irão paques pela embaixada
pois...
e não se pode
ou provas isso ou não dá
exatamente porque isto aqui são acusações factuais
são as coisas que ele acha
eu sou da opinião de que ele fez viagens para
não, é de uma opinião
e portanto é este lado de factor que evidentemente
o entalava e o Pacheco Pereira
apanhou o bem
e é isso que tem a mesma posição
sobre liberdade de expressão que nós temos
é natural que tenha de tetado
é natural que tenha de tetado que aqui foi
exatamente, claro
e deixamos só finalizar com um aspecto
que eu já escrevi sobre isto no público
e que falei lá disto
estes acontecimentos deram-se quando nós estávamos
de férias e eu acho que vale a pena sublunhar isto
porque este é um daqueles casos em que
Pacheco Pereira processou
e muito bem e aconteceu quando nós
estávamos de férias ter sido descoberto
foi denunciado
primeiro pela Rádio Renascença e depois pelo próprio público
quando a aventura andava
a utilizar aí sim a criar uma espécie
de fábrica de fake news
para aproveitando
aquilo que é o layout gráfico tanto do público
como da Rádio Renascença para colocar lá
notícias que nunca o público deu
na Rádio Renascença
notícias do público e não eram
curiosamente
que o Ministério Público está a investigar
é a R que deliberou sobre o tema
dizendo evidentemente que aquilo estava aproveitado
o layout e ele ainda precisava ver Pacheco
mentira e dizia que aquilo era um layout
experimentais da Folha Nacional
que é o órgão oficial do cheira
porque é uma mentira descaradíssima
mas que eu saiba até agora
nem Rádio Renascença nem o público processaram
a aventura e eu queria dizer
que aqui está uma oportunidade
perdida porque este é um daqueles casos
em que valia a pena processar o cheira
porque aquilo é que é inaceitável
ou seja, as opiniões da aventura
discutem, se batem-se na paça pública
a gente se chama-lhe de nomes uns
ou te gostam muito
mas isso está no domínio das opiniões políticas
da aventura
quando de repente está ao gravar
a copiar coisas que são facilmente
comprováveis e processáveis
para andar em queixar-se
para o tipo não constitucional
andar a declarar que o partido
não pode concorrer às eleições
aqui é que está uma boa oportunidade
para atirar-se judicialmente ao cheira
Como é que entende Ricardo Araújo Pereira
o facto de Lemos-Steves ter arrulado
como testemunhas do processo
quando ainda queria defender-se
aparentemente depois
admitiu que mentiu
arrulou como testemunhas
o embaixador do Irão em Portugal
Souza e Donald Trump
Eu acho que é
uma tentativa na eventualidade
de ser condenado e preso
e reparar um estabelecimento
presidional especial
que há, com em que as paredes são forradas
são almofadadas e assim
tem esse tipo de condições
Convocar o Donald Trump
como testemunha de defesa
isso é um caso daqueles casos é o que o João Miguel disse
é a diferença entre opiniões e calunias
fica muito clara e eu acho até que a punição
a sentença de
indonizar o Peixeque Pereira em 10 mil euros
admitir que é um aldrabão
devia ser a crescida de
os dicionários ilustrados
passarem a trazer a fotografia
do Lemos-Steves na definição de Zéquinha
a sério
começamos a fazer um tipo de castigo
que tivesse
outro tipo de
mas era que o Trump
ao abrir o correio com notificações
com a morgueira de repente
é para testemunha
é para testemunha
que alívio
o teste de falso de Lemos-Pires
chamava, já se disse, a Peixeque Pereira
o Aia Tollinho, dizia que ele estava
solto do irão
a responsabilidade
que é toda
exclusivamente do articulista
Pedro Mochia, ou vê também alguma responsabilidade
da publicação
jornalística onde o artigo apareceu
no caso do Semanário Sol
pode dizer que é refrescante ver
uma pessoa em tribunal
dizer 5 metia aquilo que me acusam
em Portugal, nunca ninguém
recebeu luvas, nunca ninguém
foi beneficiado legalmente
nunca ninguém matou pessoas idosas
no estrangeiro
nunca não há uma única pessoa
que reconheça os crimes
e este senhor, perante a evidência
e portanto, saúde
porque ele disse, se não menti e inventei
quanto é isso, menti e inventei
é muito refrescante
a segunda coisa
A publicação também tem responsabilidade?
Há aqui duas entidades que me faltam
nesta história, que é a publicação
tem responsabilidade, como tem sempre
eu suponho que tinha sempre os jornais
não são, isto é
há opiniões...
A diferença entre um jornal de uma rede social
é que costumava ser essa, né?
Uma coisa é a latitude
da desativação e das opiniões
outra coisa é, factos que são isso
e os jornais não podem lavar as mãos disso
e portanto, faltam aqui
o jornal em causa, o só
que publicou os textos
e em segundo lugar, faltam, não propriamente
como erguido, como suspeito
mas como instituição em causa
a Faculdade de Direito Universidade de Lisboa
apesar de tudo não é de todos os dias
que nós vemos
uma pessoa que foi professora de direito
em tribunal a dizer
isso, essa parte menti, isso e inventei
é uma coisa bastante inquietante
não sei qual é a situação dele
profissional
já não é
formado da escrita mas também já não é professor
já não é professor da Faculdade de Direito
mas o demônio de Faggin ainda é
já escrevia textos
já escrevia textos destes
está esclarecido porque é que o João Miguel Tavares
se detelara fake
quanto ao Ricardo Araújo Pereira
aparece-nos como admirador
de Cícero
e isso é tudo por causa
da eloquência
da eloquência, sim
da eloquência, das habilidades oratórias
e é que tribuno eloquente pretende colocar
uma coroa de louro
ao presidente do PS, Carlos César
vamos então ver
o momento de retórica
que justifica esta distinção
que o Ricardo Araújo Pereira
atribui ao presidente do Partido Socialista
ainda bem que não passou nem a retorica
o líder do PSD precisa demonstrar
para sobreviver no seu partido
mais alto do Corral Rio
ou do que os restantes líderes da Direita
e o que lhe dá mais jeito
é vender a imagem de um Portugal
como se fosse um monte negro
de problemas
um monte negro de problemas
como é que avalia
o golpe retórico
deste trocadilho, Ricardo
não é bem que dizer, é um jogo de palavras
não sei se é exatamente um trocadilho
talvez seja, não sei bem
seja o que for
mais um bocadinho, vamos lá ver
mais uma vez
a política
e o discurso político
é
por vezes
violento
e até deve ser, provavelmente deve ser
e é isso que
esta giga joga
de dizer, pois o presidente do PS
deixa um monte negro, espero aí que eu já te digo
vocês querem vender Portugal
como um monte negro de problemas
veem, visto o que eu fiz
e mais uma vez
é uma coisa um bocado toto
é que o Cicero
o Cicero o que é que ele chamou
ao Lucio
se é o Lucio Calpurno e o Pisão Cezunino
que estão lembrados o que é que ele lhe chamou
ao Pisão
por que mundo beba
a tua mãe pariu uma avalia, isto sim
isto sim, aqui temos um debate
temos um debate
temos algumas
opiniões fortes
acusações graves
isto, a estabilidade
de um monte negro
deixa-me irritado em casa só
com a estabilidade
não faltariam possibilidades
com os apelidos de líder
partidário
costa, roxa, aventura
deixa-me lidar de fazer uma honra de Carlos César
coisa que me consta bastante que
Carlos César tem toda a legenda para dizer
o que, não se faz a brincadeira
das pessoas
a serem mulher de César
o filho de César, o primo de César
o filho de César
quantas, quantas vezes
eu fui vítima
e alguns bons
olha o Vital Sassun
não mas nada
isto é mesmo só para conhecê-lo
mas isto foi só
uma coisa de alha que gira
monte, negro, peraí que eu já te digo
com costa, roxa, aventura
com este cuidado
não esteve ao nível da academia do PS
não esteve
quer dizer, mas o Carlos
com este cuidado, com este investimento
de criatividade, isto é fácil
o António manda que o país às costas
assim é fácil, imedio
vai ver se a água do PS
não fura a roxa do líder
da iniciativa liberal
cuidado com aventuras
é fácil, imedio
é mesmo muito fácil
a retórica, em todo caso, o discurso do presidente
do PS foi
bem mais relevante, naturalmente
porque aquele trocadilho
em que nos detivamos agora
perante os jovens socialistas
reunidos na batalha
Carlos César
deixou até uma lição de humildade
o Partido Socialista
não é de onde o país
nem o único a ter
as melhores ideias
ou a ter sempre
as boas ideias
não se governa sozinho
em parte alguma
é preciso ter consciência disso
e é preciso ter humildade suficiente
para isso
Os avisos de Carlos César
para o interior do Partido Socialista
na Academia de Jovens do PS
será de considerar Pedro Muxia e Pótis de António Costa
ao ouvir estas palavras
ter ficado, como se costuma dizer
com as orelhas arder
respondi
não verbalmente
para após nos ouvintes
os do podcast
desde que
embolhou os hombros
desde que Carlos César
não foi como gostava de ter sido
presidente da Assembleia da República
ele que tem cultivado esta
imagem, que não lhe quadra completamente bem
de uma pessoa que não é
Sim, é o Presidente do Partido
mas é um autossairo da lindinha oficial do Partido
é o Polícia Bom
e faz uma coisa de humildade
que não é provavelmente assim uma
característica muito evidente
naquela agremiação
e que veramente
recentemente veio defender remodelação
Exatamente, disse que até
iria a lei na remodelação
além dos ministros de quem se pedia a remodelação
claro que isto aí não lhe custa nada
e o Governo não faz nada
porque ele tem um estatuto
senador, é Presidente do Partido
que é um cargo, enfim, onorífico
basicamente, não
é muito viável que ele tenha ambições
políticas futuras
a ter, seria presidenciais
mas também não se vê
enfim, toda a gente não tem, portanto ele também pode ter
mas acho que não tem consequência nenhum
mas acho que graças a este
posicionamento que ele tem
cultivado nos últimos anos
Ainda no capítulo da eloquência, o Primeiro Ministro
pronunciou-se esta semana sobre
o estado de clima de tensão entre
Belém e São Bento e com uma frase curiosa
tem de haver tensão
para que os pontos se mantenham direitas
lê a frase António Costa
João Miguel Tavares como
está tudo bem, ou como
nem tudo está bem
repita a frase, tem de haver tensão
para que os pontos se mantenham direitas
Eu acho que é mais um, é bom
nem tudo está bem, acho que é mais isso
mas o último análise
eu acho que eles estão, ele está a tentar
aliviar a tensão e foi buscar
mais uma daquelas frases, a frase
não é má, eu ainda nem a apocura
de onde é que eu o conhecia, mas acho que não conhecia
de lá nenhum para o menos, não me lembro dela ter sido usado antes
e portanto está bem
é para aliviar a tensão entre os dois
mas admite que é a tensão
talvez esteja a primeira vez que é esta
admite ainda evidentemente
acho que eu já tinha dado a entender que existia
essa tensão, agora é lindo da sujeira
que a tensão é uma coisa positiva
Exato
Sabe que existe o encarnizamento
terapêutico e depois existe
o encarnizamento terminêutico
e eu acho que às vezes a gente perde
algum tempo no encarnizamento terminêutico
Já sabemos por que o Ricardo Araújo
espera-se declarar um admirador
de Cicero, vamos agora tentar perceber
por que é que o Pedro Hermesia se anuncia
incompetente e isso tanto quando sei
é um termo que até que tem
validade jurídica
O Tribunal declara-se incompetente
O que é que se aplica neste caso?
Quando não ele cabe julgar aquela matéria
não é da sua competência nesse sentido
E nós tivemos de facto um exemplo
Quem aqui se aplica?
Muito clamoroso que foi o Lula da Silva
Vamos então ver o que está em causa
o presidente brasileiro garantiu
que o presidente russo pode ir ao Brasil
sem problemas porque apesar
de uma metade de captura do Tribunal Penal Internacional
de que o Brasil é designatário
diga-se
Putin não será preso
a garantia foi deixada numa entrevista
com o presidente do Brasil
Eu posso...
O que eu posso dizer para você
é que se eu estou preso para o Brasil
e se ele vier para o Brasil
não há um jeito de ele ser arrestado
não, ele não será arrestado
ninguém vai
ir para o Brasil
se você ir para o Brasil
sem a autorização do Governo
você não irá ir para o Brasil
as pessoas têm de tomar sinceramente
o país do Brasil e sua independência
pela independência do Brasil
sem respeitar ele próprio
no entanto a independência do sistema judicial brasileiro
as explicações posteriores de Lula
fazendo uma espécie de marcha
atras e questionando a legitimidade
do próprio Tribunal Penal Internacional
remendaram a situação
para que não estejam nem por isso
Em parte porque há uma das
uma das componentes
desta declaração não tem marcha atras
que é, ele de facto disse
um presidente do Brasil
que disse
esse senhor só é preso seu Governo
autorizar
e portanto isto é uma frase não democrática
em qualquer país do mundo
em qualquer país do mundo
isso não fosse, digamos, o odor de santidade
que circunda
Lula da Silva
esta frase seria
denunciada generalizadamente
como aquilo que é
que é uma frase não democrática
portanto ele depois
de mais tarde dizer não, não
os tribunais são independentes
ou seja que ele lembrou-se de uma medicação
o que é que aconteceu entre a primeira
a segunda ainda é mais bizarra
porque, como tu disse, o Brasil é signatário do TPI
e quando Lula
vai fazer uma rectificação
diz duas coisas
uma delas também do grau de incompetência
no sentido político
que eu nem sabia
o que é bastante bizarro
ou foi presidente durante dois mandados
o TPI
tem aparecido nas notícias em muitas coisas
e a segunda lugar diz
nem sabia, mas já que somos, vamos saber porque
já que os Estados Unidos
não são
isto é tudo uma desgraça, o que aconteceu
foi o seguinte é que
são pessoas muito diferentes e
coisas muito diferentes a dizer sobre eles
Biden e Lula prestaram uma função
de saúde pública
que foi impedir os seus concorrentes
serem presidentes do Brasil
mas ambos, no caso de Lula
não tem cooperação
estão no estado que não é
não estou a falar da idade
no caso de Lula que não tem a ver com a idade
tem a ver com
nem sequer é justificado, mesmo no velho Lula
digamos assim, no Lula dos
quando ele era presidente, esta frase
está no top 5
das coisas absurdas
que ele disse e latino-americanas
no sentido pior da palavra
a questão de uma viagem de Putin ao Brasil
não é meramente
abstrata uma vez que a simeira
do G20, isto foi
dito na Índia, no âmbito da simeira
do G20 que se realizou agora na Índia
para o ano vai ser
o G20 vai se reunir
precisamente no Brasil
o Brasil ficou com essa incumbencia
como é que entende João Miguel Tavares esta amizade
política a margem
a margem das normas mais
alimentares do direito internacional
estou a falar da amizade política entre
Lula e Putin
mas o Lula nunca teve nenhum espécie de
polor, aliás, nem no Permano
nem no Terce Mandato, nunca o teve
e portanto
mas agora está pior mesmo com a nomeação do juízo
sim, porque também a situação internacional
também está pior, as pessoas utilizavam
adjetivos sul-americanos muitas vezes
para falar da política e quando é usado
não é de facto de uma forma positiva
é assim nome de uma espécie de bandalheira
moral e ali ela parece muito claro
Lula, numa frase
que a Cárdaro Esperana tem condições para ser uma figura
de referência para a esquerda
hoje eu queria começar por dizer que eu sou
preciosamente um amigo
um abraço exigido
que sabe dizer o abscedário de todo em errotos
e errotos
tu vais por mim mesmo
por que é que isto interessa?
porque o Lula Fala aparece muito o meu amigo
meu amigo a Zeveda Fava
a sua habilidade dos arrotos
mas o que acontece?
há várias esquerdas
eu sou da que viu com naturalidade
que o Lula defendesse
que o TPI jogaço bolsonado
por isso sou da que vê com perplexidade
que o Lula diga que nem sequer sabe
o que é o TPI
enfim, acontece
está na altura dos livros e eu trago esta semana
e com um pé na atualidade
um livro que retrata os efeitos
da mais longa situação
de guerra a nível mundial
uma guerra que começou em 1950
e se prolongar até hoje está em vigor
para acessar fogo
mas na verdade nunca chegou a haver um acordo de paz
para todos os efeitos a península
da Coreia vivem em estado de guerra
e este livro é uma boa radiografia
dessa situação
chama-se Coreia, uma breve história do norte
e do sul, mostra como se formaram
em pouco mais de meio século
dois estados tão diferentes a partir
da divisão de um mesmo país e de um mesmo povo
a sul
o tigre econômico, democrático e liberal
capitalista, a norte
uma criatura feroz comunista
num território armado até aos dentes
mas com relatos de grande miséria
o livro compara duas realidades
e é particularmente oportuno
nesta semana em que tanto se ouviu falar
da visita do ditador norte-coreano
à Rússia e ao Amigo Putin
um encontro onde foram trocadas
juras de amor eterno
e, tanto concessar
também com partilha de material militar
à mistura
Coreia, uma breve história do norte e do sul
de Victor Shai, Ramon Pacheco Pardo
edição Ideias de Ler
o João Miguel Tavares
traz...
Bom, eu estava alegre este
mas depois para desenjoar
achei que devia ir para este
Projo Vintes do podcast
tinha ali o Cavaco Silva
Sim, mas é verdade
Não, mas de qualquer forma
a minha sugestão é o sexo da senhora
Você pode sentar isso no metro
Sim, sim, não
a capa é muito sustiva
e até táctilmente sustiva ficar aqui
se quiserem às livrarias experimentais
porque é bastante divertido
chama-se o Sexo das Minhares
é de uma escritora francês
que eu não conhecia, chamada Anne
acho que é cinco cedires
mas ela ainda é bastante jovem
e depois tem um percurso fascinante
porque ela é filha
de um pai judeu tunisino
e, portanto, esta é uma mistura fascinante
e isto é uma espécie
de manifesto feminista
mas descreve-lo assim
não faz total justiça ao livro
o poste título é
fragmentos de um discurso belicoso
e realmente ele é violento e sarcástico
mas ao mesmo tempo é sensato
que é uma coisa que eu gosto
é que as pessoas que são musculadamente sensatas
e ela tem isso
é só uma pequena situação
a gente também fala dos homens
além das mulheres, diz
os homens sentem-se ameaçados
primeiro foram atacados os violadores
depois os poderosos
e se abrir a caça
aos vulgares chacanas
aos pobres tipos
é de temer o desaparecimento da espécie
pronto, fica a sugestão
o sexo das mulheres
o pedamexia atrás de teatro
teatro é uma das minhas peças favoritas
que foi traduzida recentemente
em uma tradução dos jogos de cena
foi agora traduzida pela Isacosta Gomes
e ensinada pelo Clique Art de Paz
no Teatro de São João, no Porto
e é uma peça pós-toma
chama-se longa jornada para a noite
que o Gino O'Neal
foi para a Minóba da Literatura
escreveu nos anos 40
morreu em 1953 e deixou instruções
para a peça só ser publicada e ensinada
poste no momento
porque esta
que é insuportávelmente
e dolorosamente autobiográfico
é um retrato da sua família
e da doença, o alcoolismo
a luta política, o dinheiro
é quase insuportável
e é absolutamente magnífico
ainda mais em palco do que no livro
mas para quem não viu
está o livro foi editado
fica a peça
o Ricardo Arojo Pereira
traz um livro de uma coleção que conhece bem
exatamente, é para pegar e deixando só dizer
uma coisa que é, há coisas que só o Marcel pode fazer
e as flaches de entrevistas, jogos de futebol
e há outras coisas que só o Ricardo Arojo Pereira pode fazer
como vamos assistir neste momento
e eu quero que tu te liches, você sabe que até que eu ganho
por ser diretor desta coleção
zero, isto é uma coisa que
sei lá, sabe quem é que vai ganhar com isto
o publico leitor João Miguel
muito bem, mas eu quero dizer
o Pacheiro Pereira faz a mesma coisa
mas ao menos distribui os livros pelos livros
eu já to um, eu já to um, forreta
vai comprar, isto é um livro de machado da cis
o grande autor brasileiro
machado da cis, saiu esta semana
um podcast chamado
coisa que não edifica na história
se quiser, nós vamos embora
se soubesse de ficar com o livro
e o livro tem
isso, se calhar, pode se caracterizar como auto-amigismo
é um magnífico
um magnífico
não tem, mas ele tem muito trabalho
a partir deste momento
é um magnífico livro humorístico, tem um excelente prefácio
do professor Abel Barros Batista
maior especialista mundial
uma coleção excelente, muito editada
coleção excelente está aqui escrito
uma coleção excelente, muito editada
por este artista
só falta dizer o título
memórias posthomas de Brasco
vejam como o livro é lindo
porque é escrito por um defunto, o que querem mais
tem os vermos aqui, a quem ele dedica
ao primeiro verme que ruiu as frias carnes do meu cadáver
capa de vera Tavares
que maravilha, vejam, vejam
é Suizaltina
olha, exatamente
muito bem, em vários, vários pontos
de venda
e assim se conclui mais uma reunião semanal
com vergonha
de um de uns e falta de vergonha de outro
2, 8 dias a mesma hora
ou qualquer hora em podcast
a turma do costume, Pedro Mexias
João Miguel Tavares
e Ricardo Araújo Espreira
o diretor de coleção
Inscreva-se
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O mais alto magistrado da nação é o mais recente reforço da equipa de comentadores desportivos da televisão pública. Faremos o devido enquadramento técnico-táctico da questão. O anterior mais alto magistrado da nação escreveu mais um livro sobre “a arte de governar” com bom senso e alfinetadas políticas; veremos como virá a ser acolhida a lição do Macavaquiavel do Possolo. Um antigo professor de Direito admitiu em tribunal ter posto a circular calúnias sobre Pacheco Pereira; mais do que os 10 mil euros que terá de pagar ao ofendido, que seja a vergonha do acto o maior castigo do caluniador. Mas ainda há mais dois alto magistrado das respectivas nações na conversa desta semana; o do Brasil, reclamou firmemente o respeito pela independência do seu país, mas não respeitou, ele próprio, a independência do poder judicial brasileiro. Garantiu que vai convidar Putin e que no Brasil (mesmo sendo o Brasil país signatário do Tribunal Penal Internacional) ninguém há-de prender o mais alto magistrado da nação russa.
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