Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Livros da semana: Patricia Highsmith, Montefiore, Proust e um treinador de futebol

Joana Beleza Joana Beleza 7/8/23 - Episode Page - 7m - PDF Transcript

Os livros da semana têm o patrocínio Renault-Etec.

Livros. E eu trago esta semana um tijolo que estou a ler em prestações suaves,

ainda não lhe percompleto, não sei se lerei percompleto,

de certo modo uma leitura por amostragem com um toquezinho de voairismo,

como se os leitores tivessem certos sentidos para itar pelo buraco de uma fechadura.

O caso é este, a escritora norte-americana Patricia Ismith

gostava de mentes tortuosas e era ela própria, e percebe-se,

já se sabia mais ou menos, mas percebe-se aqui que ela também era uma mentes tortuosa,

é uma das mais celebradas autoras da literatura policial do século XX,

talvez no caso dela seja até mais adequado falar de literatura criminal

e não propriamente de literatura policial.

Patricia Ismith tinha a fama de ser uma pessoa difícil e pouco sociável.

Quando morreu, em 1995, na Suíça, onde vivia,

descobriu-se que, durante mais de 60 anos,

escreveu meticulosamente um diário e cadernos de notas pessoais,

onde foi deixando registado sobre si própria tudo aquilo que nunca disse a ninguém ao longo da vida,

e as histórias criou, foram em grande medida,

a projeção de um convívio profundo com o lado mais sombrio da mente humana,

que no caso dela não a conduziu ao crime, mas à literatura.

Diários e cadernos de Patricia Ismith, edição Relógio d'Água.

O João Miguel Tavares sugera titãs da história.

Sim, o Simon de Saber de Montefiore é um historiador famoso,

e ele também tem olho para o negócio e sabe de vez em quando fazer esse tipo de livros muito atraentes.

Pequenas biografias, né?

Sim, são mais de 170 pequenas biografias, duas outras páginas cada,

e que vão de Jusquelisto a Elvis Presley,

duas pessoas como todos nós também não morreram,

mas já também muita gente morta e muita gente surpreendente,

e que deixaram uma marca no mundo,

e portanto é verdade que é uma sequência de biografias,

mas também uma sequência cronológica,

e portanto é uma espécie de história do mundo através da biografia,

heróis e vilões que fizeram a nossa história,

e há gente que é boa, há gente que é má, há gente que é mais ou menos,

e na introdução aprendemos que existe uma palavra em norueguesco,

que parece que só existe em norueguesco, que é Stormann's Golf Cup,

perdão-me com o meu norueguesco, não é espetacular,

que é uma palavra inorueguesa que faz com que estas pessoas todas tenham algo em comum,

que é a loucura dos grandes homens,

e eu gosto desta ideia desta palavra inorueguesa obscura.

Acho que falta muito a pena.

Pedro Mexia traz um livro breve.

Exato, eu escolhi-se para poder dizer a frase, é um livro breve de Marcelo Prusso,

porque na verdade foi uma edição autormamente,

é uma das partes do primeiro volume,

e que foi publicada...

do primeiro volume de...

de A Derembusca do Tempo Perdido de Marcelo Prusso.

que tem sete volumes,

e portanto isto é uma parte de um ou dois séltimos,

mas ele tem 250 páginas, e é um livro trazido pela Lena Boesco,

e eu não vou fazer aquela sketch dos Monty Python,

que é o Summarizing Prusso Competition,

mas de facto aqui, no fundo, já está tudo o que é essencial,

nomeadamente três ou quatro coisas, que ele já chama o líder.

Isso não é dizer às pessoas...

Pronto, se lerem a isto já...

É sim, a nota zero para a América.

Basta lerem a isto.

O Sium, a memória, e um tema muito importante no livro,

que não é um tema geralmente muito citado,

que é o conflito entre Aristocracia e a classe média.

São dois temas que já estão aqui de qualquer um deles,

e a questão da arte, de desalegúrias da arte,

da pintura e da música,

e quem não estiver disponível para sete volumes,

é a exceção de 200 etal páginas.

O Ricardo do Araus Pereira traz uma obra de divulgação científica.

Exatamente.

Eu, sim, não pensem que eu não sinto o vosso olhar de desdã

em sobre mim.

Por terem vindo com Prusso, Tdai Smith e Montefiore,

você, sim, Smith elogia a ciência,

como o próprio nome indica,

trago por várias razões.

A primeira é porque o autor, que é o Luiz Mateus,

foi meu colega na faculdade.

Nem o Prusso foi teu colega,

nem vocês não podem dizer o mesmo.

E, portanto, Luiz Mateus foi meu colega,

claramente estudou mais que eu,

e arranjou a emprega a sério,

e neste momento é coordenador,

tem um cara de prestígio no canal BolaTV.

E eu estou aqui com estes três palermas.

Depois, por que isto interessa?

Porque já vem o verão e, por isso,

é uma altura em que as pessoas estão mais distendidas

e podem dedicar-se a este tipo de coisa.

E o livro tem as seguintes vantagens.

Primeiro, de facto, cumpre o que promete no subtítulo.

São, de facto, as ideias do revolucionário

que chegou ao viu e conquistou a luz.

Nós ficamos a conhecê-las.

E, mais, ficamos a perceber o processo

que levou Smith...

Toma a nota, Pedro.

A adaptar o Gagging Pressing,

que ele foi ensinado,

pelo qual ele se encantou,

o Gagging Pressing para o Angri F. Pressing,

que é ainda mais intenso.

Isto doente fica a jogar em Angri F. Pressing,

a agrada, porque isto é frico.

Angri F. Pressing, porque não só indica

que vamos questionar o adversário em cima,

como, aparentemente,

vamos também proceder à anexação da Austrê.

E, depois, o problema é que o livro

é uma agiografia de Roger Smith.

É, antes, pelo contrário, também indica.

E, por isso, é que eu recomendo agora,

antes de começar a pré-época,

recomendo, como leitura obrigatória

para a direção do Benfica,

porque o livro fala nos momentos,

o Luís foi investigar isso,

os momentos em que ele treinava o PSV na Holanda

e dava folgas de maziado de longas,

sei-se isto, faz lembrar alguma coisa,

maziados dias de folgas,

e, também, o facto de ser muito forte

com equipas do meio da tabela para baixo

e de revelar algumas fragilidades

com equipas do meio da tabela para cima.

Tanto, há estudo aí.

Há estudo, há estudo.

É um livro de pró-de-feso,

e assim se conclui mais uma reunião semanal,

dois, oito dias, já mesmo horas,

os mesmos de sempre,

e a qualquer hora, em podcast,

Pedro Mexias,

a Barzi, Ricardo Rousseira.

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Na estante da semana há uma ciência nova, só para fanáticos da bola, com nome de treinador de futebol: a Schmitologia. Há Proust em registo breve. Há pequenas biografias de grandes figuras por um historiador que oferece melhores serviços do que a Wikipedia. E há a mente tortuosa de uma autora que deixou nos diários pessoais a confissão de que pode ser ténue, por vezes, a fronteira entre o crime e a literatura.

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