Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: IVA zero, rabos ao léu e o parecer que nunca existiu
Joana Beleza 4/22/23 - Episode Page - 46m - PDF Transcript
Esta semana, João Miguel Tavares confessa-se zero, Pedro Mexia declara-se sem fundamento
e Ricardo Oroz Pereira sente-se roubado.
Está reunido o programa com os nomes que estamos legalmente impedidos de dizer.
Olá, uma nova semana, uma nova pasta para o Renault-Etec.
Desta vez a pasta da autonomia, que segundo Emmanuel Kant, é a capacidade de agir de
acordo com a própria erração, independentemente de influências externas.
Para compreender melhor este conceito, recorde-se da polêmica com a nossa marinha e a missão
de acompanhamento a um navio russo.
Independentemente das ordens externas, agiu de acordo com a própria erração e vontade
de ficar a fazer turismo naquele dia.
O que me leva a perguntar, não seria melhor substituir as fragatas por hipotrips e criar
um trajeto que vai do museu da marinha até a base da alfeite?
Turismo por turismo?
E assim o Estado ainda ganhava uns trocos?
É, termos autonomia é muito bonito, mas há limites.
Felizmente no que toca autonomia relacionada com mobilidade, é tudo muito mais simples.
Pelo menos para o renomega-ne-tec, que conta com 470 quilómetros de autonomia para não
seguir ordens de ninguém.
Outra coisa que também está cheia de autonomia e boa disposição é o programa que se segue.
Por isso, divirta-se.
Ora viva, sejam bem-vindos.
No final de uma semana em que deixou de ser cobrado o IVA num cabaço de alimentos básicos,
a semana também em que o governo decidiu aumentar os pensionistas e em que o PS festejou meio
século de existência.
O que leva o Ricardo a esperar a crescer ministro dos 50 e tem, Ricardo, alguma prenda para
dar aos socialistas nesta ocasião?
Nenhuma, Carlos.
Não tenho, não fui convidado para a festa e não somos amigos.
Não sei o que é que consta para aí, mas nós nem sequer somos amigos e, portanto, não
acho que não me sinto obrigado a dar prenda nenhuma.
A festa socialista ficou marcada por um protesto do movimento da greve da ação climática.
E não para, é a loucuração.
É que também se vão desviar daqui a breve instante os correios de Portugal.
Um futuro com história e três rabos.
Uma ação de protesto como uma odera que ficou célebre há mais de 30 anos, talvez
há já ainda quem se lembra, como é que valia Ricardo a dar a esperar esta prenda
dada aos socialistas por estes descendentes da chamada geração larrasca?
Carlos, eu sou um velho apreciador da exibição de rabos para efeitos políticos, sempre
fui...
Mas isso não é a mesma coisa, Ricardo?
Também é.
Não, não.
Com rabos de miudas não funciona na mesma maneira.
Ah, mas não funciona, porque a exibição de rabos, aí é que está, mas eu acho que
isto é ótimo.
Eu já explico a oposição.
Faça a força.
Um grande protesto para refletir sobre rabos, porque, de facto, o modo como a exibição
do rabo anima uma festa informal, mas estraga uma cerimônia solena, os mesmos rabos com
textos diferentes, resultados diferentes.
Festas é que tens frequentado.
Tenho infelizmente não muitas, mas sei, quer dizer, sei em teoria que a exibição de rabos
é exatamente que a exibição de rabos, de facto, anima festas, mas também estraga...
Isso é que é curioso e é fascinante.
Era essa reflexão que eu vinha trazer pelos vistos.
Não estava à espera de dissensão.
Não sou jovem, mas é o...
A voz of não escalou.
A voz of não escalou e estava a falar nos CTT, sendo que não me pareceu que houvesse
selos nas cuecas exibidas, por isso não perceba a associação.
Qual é a dissensão?
A dissensão é que acho que isso com rabos de miúdos não funciona da mesma milenaria
com rabos de miúdos.
Não é nenhuma espécie de sexismo, é uma questão mesmo de matemática.
Então, porque quando tu olhas, eu estou aqui falando do lugar da fala do homem, não é?
Não quero até ver falar no lugar da mulher, mas no lado do homem, aquilo que dizem as
estatísticas é que 90% da população é heterossexual e 10% da população homossexual.
Há dúvidas sobre isso, 10% ou 5%.
Portanto, quando são 3 rabos peludos, como eram os antigamente, não é?
Hoje dos anos 90, a maior parte da população masculina olha para aquilo e dizem, ei, 3 rabos
peludos, que horror e tal, e fixam-se no protesto.
O que é que estes homens estão ali a fazer?
Sim, mas e a população femenina é... quer dizer, é...
Eu não sei, acho que não é igual.
Quando são rabos de miúdos, acho que aquilo depois funciona ao contrário.
A questão é a seguinte, tu achas inestético o corte masculino, sim senhor?
Eu tinha uma textoria nesse programa que era o momento Max Weber, que era quando nós
tínhamos...
Vocês têm grandes questões a nosso tempo.
Um fleio largamente ultrapassado.
O Pedro Mexia quer desempatar.
Este foi o momento Max Weber.
Aquilo a mim não funciona como...
Não é para o momento do momento inteiro?
Ó, Tico, não é?
Não, acho que ninguém fica...
Não, não.
Estás armado... eu acho que estás armado em sons, acho que...
Desculpa, não, desculpa, é que lá sempre ali... eu acho que para a população heterossexual
a maior parte aquilo é o momento de sensualidade e não de protesto, realmente imenso.
Vocês estão armados em sons, claramente.
Não, não, não.
Estão armados em sons?
Então, armados em sons, eu acho que depois estas imagens vão parar aos fóruns errados?
Não.
Tudo ao invés de ser as combatentes pelo clima, mas parece sempre as combatentes pelo clima
sete.
Descordo, descordo.
É invitado, é invitado.
Os rabos dizia...
É pois?
Exatamente.
Exatamente.
Ou seja, isto é só para dizer que com rabos-mildas não funcionam, tem que ser rabos derrapados
pelo menos a partir do meu lugar da fala.
O rabo está ali desprovido de toda...
Não é possível.
Está completamente...
Não é possível.
Estas são as significações eróticas.
Pá, vocês são os áudagabões.
Isto é tudo a propósito da festa socialista dos 50 anos, né?
De vocês são os áudagabões.
Estes são os áudagabões.
Estes é um áudagabão lítico.
Não, não, não, não.
São os áudagocciais glúteos.
Não pode, não pode fazer aquilo, não pode.
Isto vai parar uma conversa sobre os 50 anos do partido socialista.
E fatalmente tinha aqui.
E acho que é bem feito.
Na festa socialista, além do atual líder, António Costa, estiveram apenas dois antigos
secretários gerais do partido, Vitor Constâncio e Ferro Rodrigues, António José Seguro recusou
convite e José Sócrates não foi sequer convidado, viu, aliás, ser-lhe retirado o título que
normalmente lhe é atribuído de responsável pela primeira maioria absoluta do PS.
Foi mesmo com o Eduardo Ferro Rodrigues que o PS teve a primeira maioria absoluta da sua
história nas eleições europeias de 2004, onde sob a liderança do Eduardo Ferro Rodrigues,
o PS teve uma vitória estrondosa, apessou a primeira maioria absoluta e infligiu uma
monumental derrota à direita em Portugal.
António Costa, a revisitar a história para retirar a José Sócrates, a autoria da primeira
maioria absoluta socialista, poderá falar-se a este respeito do João Miguel Tavares,
de um ajuste de contas com o passado?
Quer dizer, pode, mas lá está.
Eu mais preocupado com os ajustes de contas com o passado, estou preocupado com os ajustes
de contas com o presente, porque ao mesmo tempo que nós vemos estas imagens, e qual
é que é o subtexto, o subtexto é, ó Sócrates, não foi-se o primeiro, pá, o primeiro foi
o Ferro Rodrigues, né, foi-se o primeiro, o Ferro Rodrigues é que teve a primeira maioria
absoluta, eu tive a última e tu estás lá no meio, onde não interessa-te a ninguém,
isso, exatamente.
É, mas enquanto isso se acontece, nós derrepemos a bem-mesurros, parece-se desta sexta faria,
o que é que a gente vai ver?
Ó, nós, crime dos Jesus Sócrates, que os escreveram todos, é verdade que ele se foi
em uma balada do pé?
São todos?
Não, é verdade.
Mas isso, lá está.
Mas como não sobrava-me muito, como não sobrava-me muito, é verdade.
Isso leva-me a questionar, porque é que ele não é convidado por este...
Então por se desfilio-o?
Só se for por isso.
Foi isso, então essa é o argumento.
É uma grande injustiça.
O argumento foi que ele se desfilio-o?
É uma grande injustiça, porque como um homem que nem sequer, se calhar nem sequer
vai ser julgado.
Mas para um socialista que se desfilio-o, eu acho que o partido socialista, enquanto
tem-se esforçado imenso, dado a sua incapacidade de reformar o sistema de justiça e de regular
leis que estão neste momento, em pedir que ele seja julgado, por permitir-o em tantos
e tantos recursos.
Portanto, é assim, pode estar longe da vista, pode estar, eu sinto que está muito pertinho
do coração ainda.
E o que significado é que atribui a autósclosão do António José Seguro?
O António José Seguro, eu acho que há muito tempo quer dizer o qual é o significado
a este.
Eu não quero ter nada a ver com isto.
Eu não gosto destes senhores, não gostava do outro que teve a maioria absoluta e também
não gosto destes que teve a maioria absoluta, que me definistrou a última hora.
Tem a sensação também de que não gostam dele?
Também, tem a sensação de que não gostam dele.
O António José Seguro é verdade que eu acho que ele poderia ter representado um outro
tipo de PS, mas esse tipo de PS na verdade não existia e ele foi atropolado em 2015 por
esse partido socialista que continua aqui todo vicioso a dar cabo do país.
Sentiu inveja da festa socialista, Pedro Amixia?
Inveja, por causa da frase do António José Seguro.
A frase de António Costa é que a direita tem inveja no ADN.
Eu tinha visto esse destaque e não percebi o que é que a frase se refria e depois o que
a frase se refria é que parece que há pessoas maldosas que falam dos níveis de desenvolvimento
de outros países, nossos congêneros e comparam os resultados.
E António Costa disse que essas pessoas se preocupam com quem está mais desenvolvido
ou se aproxima mais de nós.
Com certeza, nós comparámos-nos com os nossos parceiros da União Europeia.
O nosso desenvolvimento em condições globalmente semelhantes deve ser comparado com o que se
compara com nós.
Isso não é inveja, não quer uma aula aos países do leste europeu, ou seja, com quem for,
mas se nós vivemos do mesmo espaço económico, neste caso, sobretudo, e se há alguns sítios
onde correm bem e em Portugal não correm bem, essa comparação parece absolutamente natural
na política.
Mas e que isso é inveja?
Tem algum gosto com o mal dos outros?
Agora, quando nós não acompanhamos os índices bons, então alguém que chamava-se de engueimento
o governo, deve ser responsabilizado por isso.
Quer dizer, não é inveja, é ambição.
Mais do que isso, António Costa disse que a direita tem inveja no ADN, não a ADN da direita
e um ADN da esquerda.
Não estou a par das últimas descobertas da genética, acho que não, aparentemente não
há quase nada de uma ADN, há muito pouca coisa, mas isso é uma frase que não tem
sentido útil, mas a comparação tem sentido útil porque essa ideia de que é invejoso
nós compararmos uns com os outros, estamos sempre sempre compararmos uns com os outros,
o que o governo conseguiu, o que é que um país fez, o que é que um líder, quais foram
os triunfes de um líder que faça o outro, isso faz parte da vida política, a vida política
tem qualquer coisa de comparação.
Dizer que isso é inveja não faz sentido nenhum.
Entregamos ao Ricardo Araújo Pereira a pasta de ministro dos 50, quanto aos homens e ao
tabares.
Quero ser a desta vez ministro dos pensionistas.
Atribui o aumento extraordinário das pensões, João Miguel Tavares, ao governo ou ao PSD,
que veio reclamar esta semana, Louros, por esta medida?
Eu acho que se não meia um pouco ou outro.
Eu só gostava que houvesse de repente alguém no espécie político que dissesse o seguinte,
pegue lá, mas vamos lá ver isto, são quê?
Mil milhões de euros, a partir agora, a todos os anos, e mais 2 mil milhões de euros para
o governo, porque a fórmula aparentemente do aumento vai manter-se.
Eu gostava que alguém disse, espera, isto faz sentido, é aqui que se deve investir este
dinheiro, as contas do Estado suportam isso, e eu não vejo ninguém, vi uma estranhíssima
e quase unanimidade em todo o espécie político, e eu aí sinto um pouco representado.
Mas acha que há irresponsabilidade?
As contas certas estão por ser postas em causa, é isso?
Até agora, António Costa tinha inúmeros defeitos, que eu bastamente fui respondo
aqui, e nós criticávamos mais sem tempo, e eu próprio me disse, mas dizíamos,
as críticas eram seguintes, estes senhores continuam a praticar austeridade e estão-nos
a aldravar, a fingir que essa austeridade não existe, mas essa austeridade está lá,
e, portanto, a ideia de contas certas continuava lá.
É evidente que, no ano passado, o país conseguiu boas contas, a custa mais uma vez
um aumento gigantesco daquilo que é a carga fiscal, e, portanto, há poder-se-á
supor uma espécie de margem de manobra que o governo, agora, de repente, decide gastar
num aumento de pensões de 8,5% para as pensões mais baixas, mas também
de 7,5% para pensões algumas delas que estão acima de 5 mil euros.
É verdade que são poucas, mas é bom que as pessoas tenham a sessão disso.
Faz sentido estar a aumentar, e ainda que sejam só 1%, pensões acima de 5 mil euros,
a 7.000% e, para o ano, mantendo-se esta fórmula de cálculo, que é uma fórmula
que já vem desde 2007, em tempos que não existia inflação, e, portanto, juntando
a inflação e concluiçamento económico para um ano mais aumente que podem chegar
até aos 9% e, de repente, ter num intervalo de 2 anos aumentes de 18%,
incluindo para pensões que estão acima de 5 mil euros.
Eu gostava de ver isto totalmente desconversado no espaço público.
Eu escrevi sobre isso.
Às vezes, muito poucas pessoas referem a este tema.
E para quem ainda tem memória dos temas da teoria, que eu acho isso um pouco...
E ver a decisão do governo como uma forma de emendar a mão depois da onda de críticas
que se levantou no final do ano passado, com aquelas alterações introduzidas
na altura, quando foi adiantado o pagamento de meia-pensão a cada penso e isto?
Eu não vejo como emendar de mão.
Vejo, na verdade, como uma medida profundamente populista, mas uma vez para
comprar aquilo que se está a tornar a classe eleitoralmente mais importante
de Portugal, que é a classe dos pensionistas.
Em 2024 são eleições europeias que se tornaram eleições absolutamente decisivas
e o PS quer ter um resultado de cento nessas eleições e, portanto, quer ter
os pensionistas felizes.
As críticas do ano passado, em 2022, tiveram-se, sobretudo, a ver com a explicação
da António Costa, porque a explicação da António Costa foi de uma ciência de
sonsício, de uma aula-arabíce, vergonhosa numa primeira metade, em que, evidentemente,
ele estava, digamos assim, a enganar os pensionistas, adiantando-lhe metade
de uma pensão para ele depois, evidentemente, em 2022, em 2023,
usualmente poderem ser mais baixos.
A medida era inteligente.
Ela foi apresentada de forma aula-arabona, mas isto são coisas diferentes.
Nós, neste momento, temos uma apresentação que não foi aula-arabona,
mas eu defino muito que esta medida tenha uma sensatis comparável à medida do
ano passado.
Mas, seja como for, sensato ou insensato, eu gostava que isto fosse discutido,
porque alguém levantasse as questões.
Parece que a troca não entrou outra vez por aí.
Porque, com estes níveis, estamos outra vez a subir a despesa primária.
Vem mais uma crise e, o quê? Vem outra vez alguma coisa.
Vamos chamar outra vez a Europa.
É isto que estava discutido.
Traias-te, talmente, pensões Pedro Mestia, uma tentativa do Governo de recuperar
popularidade, no momento em que tem os índices polaridades um pouco afetados.
Há duas coisas.
Quanto isso, Marias, é um pouco...
É um pouco muito lindrosa, porque não é uma questão apenas na área dos grandes
princípios éticos e políticos.
Começando pela primeira mais trivial, que é...
António Costa disse agora, não houve cortes, nem ilusões, nem truques.
Ilusões e truques, como ficou claro outra vez e a explicação,
foi a venda.
Aliás, mesmo as coisas boas que este Governo, por este Governo, entende-se desde o tempo
de Centeno, conseguiu, houve truques.
Alguns desses truques acabaram por ser positivos no seu resultado, mas truques são.
E ele, muitas vezes, tenta adorar a pila dessa forma um pouco difícil.
E, o ano passado, as pessoas não acreditaram.
Há uns meses, as pessoas não acreditaram claramente nisso.
Mas há uma questão que o João Miguel levanta e que é uma questão importante.
E que eu não sei responder, na verdade.
Porque, por um lado, quando o João Miguel diz, e é verdade que os pensionistas são
setores eleitorais muito importantes, isso significa que, na prática, os partidos
com focação governativa têm que estar atentos a setores eleitorais muito importantes.
E eu, concordando ou não com a reação dessas pessoas, assisti, já falei isto aqui várias
vezes, porque me impressionam muito, assisti a uma coisa inédita na minha experiência política,
política isto é, de falar, de observar as questões políticas, as questões políticas
ao nível pessoal familiar, a relação do governo, de paz escolha com os pensionistas,
gerou a mais avassaladora crítica à direita, que eu já ouvi, entre pessoas de direita,
familiares e conhecidos, nunca, em nenhuma circunstância, houve tanta gente a falar
mal do governo direito por causa disso.
O fenómeno peste grisagem.
Eu não estou sequer a pronunciarmos sobre a substância.
Estou a falar de uma coisa concreta.
As pessoas votantes na AD, digamos assim, desde 75, não votaram.
Não votaram depois disso.
E, portanto, a minha pergunta é, há uma questão que é orçamental, que é das contas,
que é da sustentabilidade, mas há uma questão política e, de facto, não tenho a certeza
que seja produtível governar contra, ou não tendo, em conta, se quisermos de ser
de uma forma mais suave, partes importantes do eleitorado.
No caso do governo, para ser muito evidente, porque era aquele eleitorado daquela área
política de caras, de caras.
E, hoje em dia, de vez em quando, há umas fundagens em que fazem perguntas mais
hetoriais e sabemos que há pessoas dessa facetária e dessa área política que ainda
tem esse assunto encravado.
E, portanto, eu não estou a discordar da substância da questão.
Estou a perguntar se é possível, realmente, que a ser eleitoralista não seja eleitoralista
com eleitorados que são fundamentais.
Há alguma coisa perversa neste raciocínio?
Há, com certeza.
Mas também há alguma coisa perversa em prenser eleições.
Quem não pareceu especialmente impressionado com a decisão do governo de fazer esta
reunião extraordinária das pensões foi o Presidente da República.
É o governo a fazer aquilo que podia ter feito quando, a certa altura, decidiu esperar
para ver se podia fazer.
Eu sempre achei que iria fazer, porque se não fizesse, havia programas jurídicas que se levantavam.
Ou seja, subentende as palavras do Marcelo, o governo no fundo não tinha outro remédio.
Que lações tira desta alfintada presidencial, Ricardo Alus Pereira?
São difíceis de tirar, Carlos, porque ao mesmo tempo que o que o presidente está a dizer
é que o que o governo está a fazer agora é politicamente justo, não é?
Só que é filosoficamente impossível.
Porque o que o governo está a fazer é devolver uma coisa que elega nunca ter tirado.
E, portanto, isso não se pode fazer.
É impossível, é impossível de fazer.
Pelo menos na lógica é o Clidiana.
Talvez, talvez, digamos, é natural que Portugal funcione outra lógica.
Nós estamos habituados a isso, não?
Mas...
Repara que, quando foi roubado armamento no exército português, foi recuperado mais do que que eu tinha sido roubado.
Exatamente.
Portanto, nós somos um país...
Ou seja, nós...
Muito obrigado.
Podemos estar a funcionar nesse outro universo.
É um metaverso.
Exatamente.
Tem que as regras habituais não se aplicam.
É um gosto, acho eu.
E é uma originalidade.
Sim.
O João Miguel Tavares fica, então, ministro dos especionistas.
Agora é vez do Pedro Mexia se tornar ministro da clarificação e acha que há hipóteses de ela vir a ser bem sucedida, Pedro Mexia.
Sim, porque não é preciso a clarificação.
A questão foi o seguinte.
Já agora, da promessa da Ministra da Defesa de clarificar, e a palavra dela, junto do presidente brasileiro a posição portuguesa a respeito da guerra na Ucrânia.
Que grau de embaraço é que atribui a visita de Lula da Silva a Portugal, depois das declarações, em que ele condenou o apoio ocidental à resistência ucraniana?
O grau de embaraço com a visita de Lula, com a visita de Lula, depois das declarações, é nenhuma.
Acho que há um grau de...
É muito duvidoso a questão do 25 de abril.
Já falámos aqui sobre isso agora.
A questão da Ucrânia é uma não-questão.
Porque é clarificar o quê?
A posição de Portugal é clarinha.
A posição do Brasil é clarinha.
Nenhum dos dois está equivocado contra ela.
Nenhum dos dois tem hipótese de fazer o outro mudar da opinião.
E, além do mais, a visita de um chefe de Estado, particularmente de um chefe de Estado, um país língua portuguesa,
é independente das suas opiniões sobre o Estado do mundo.
Digamos que na lista de opiniões deploráveis sobre o político internacional de Lula,
nem se é a pior coisa que ele diz ou acredita.
Também é clarinho que, embora tenha mudado tudo na política brasileira, isso não mudou de Bolsonaro para Lula.
Portanto, nós, com alguns parceiros extraeuropeus,
fazemos parte da minoria, apesar de tudo, de pessoas no mundo inteiro,
que acha que a Ucrânia foi legalmente invadida e é preciso ajudar a defendê-la.
O Brasil não acha.
Não vejo que isso seja um problema.
Nós não temos que partilhar a nossa política.
Mas não é isso, é o convite, não é?
Não, mas o convite no 25 de abril.
Claro.
Mas isso é totalmente, concordo com isso.
Mas isso, a questão da Ucrânia, não aquece nem a refécia em relação a isso.
Ou seja, vem cá um presidente brasileiro que tem uma opinião em política externa
de frente ao governo português.
E então?
Nada.
Eu, vem cá e convido.
Eu não pego uma ocasião muito difícil.
O problema é ter estas obteniões neste ocasião.
Mas nós não temos a discutir a visita do presidente Lula.
Estamos a discutir as declarações da ministra da Defesa,
que acha que há alguma coisa a esclarecer.
Ela diz.
Nós não estamos a armar a Ucrânia.
Estamos a ajudar à defesa da Ucrânia.
Com certeza.
E o presidente Lula sabe isto.
Isso é uma frase para o pôr de lá, naquele lado um eixo alternativo,
Rússia, China, Brics e o Diabo.
O nosso eixo diabo também entra, mas talvez estiver disponível.
E, portanto, não faz sentido explicar-o nada,
porque tudo isto é claro.
É claro a opinião do um, é claro a opinião do outro,
é claro a legitimidade da opinião do um e do outro.
E é claro as razões pelas quais as pessoas têm estas posições
e pelas quais fazem de desentendidos na praça pública.
Ou seja, o Lula não acorda a pensar.
Realmente aquilo foi uma operação militar especial.
Ele sabe como toda a gente aquilo foi uma invasão,
mas não lhe dá a jeito estar do lado americano,
porque há toda uma mitologia da esquerda latino-americana
em que isso não é assim.
Porque não perceba, acho que isto foi um ruído, se disserem assim.
Foi, Lula devia ter falado nisto nesta altura.
Tenho que dizer que ele não olhou para a agenda e eu vou a Portugal nesta semana.
Eu não creio que Portugal não estará em primeiro lugar,
mas há outras visitas de Estado que ele tem tido nos últimos dias e nas últimas semanas.
Há manifestações marcadas contra e a favor da cerimónia de recessão
no Parlamento, ao presidente brasileiro, na próxima terça-feira.
De que forma é que isso poderá marcar este ano
de comorações do 25 de Abril?
Ricardo Raul esperava.
Acho que poderá marcar desviando assim as atenções do desgraçado do 25 de Abril,
que, se calhar, marcia melhor sorte.
Eu tive doente esta semana, Carlos.
Ainda estou um bocado e, por isso, estou...
Combalido.
Sim, eu sinto falta de...
Em alturas como esta, a Virginia Woolf escreveu sobre isto,
sobre o Estado, a disposição em que nos encontramos quando estamos doentes.
Eu vejo as manifestações a favor do Lula e contra o Lula,
sinto falta de uma grande manifestação de indiferença,
de borrifar.
Está bem, esse senhor.
Eu vou sinceramente, eu fico curioso para saber...
Qual é a diferença?
Exato.
Sim.
Uma contradição nestes termos.
Não interessa.
Não interessa.
Eu ia com muita vima.
Toma borrifando.
Borrifando para isto.
Mas tenho um interesse, tenho um interesse,
que é saber quais serão os termos do discurso do Lula.
Porque falar, por exemplo, falar...
É um chefe de Estado estrangeiro, não é?
E normalmente o chefe de Estado é um chefe de Estado estrangeiro,
que vem agora, quase 50 anos depois, falar sobre uma data histórica.
Se ele quiser fazer uma abordagem sobre a atualidade,
é inescapável falar da guerra e aí vai ser um problema.
Se ele quiser falar sobre a data,
há aquela questão dos 3D,
um dos quais era descolonizar,
e se ele simpatiza com o imperialismo do Putin,
também vai ter um problema.
Por isso eu aperci o exercício de escrita criativa,
estou muito interessado em saber...
Como é que ele vai te calçar a volta?
Se calhar vai ser um ensaio sobre os cravos, só.
A relação, os cravos.
O que será necessário, João Miguel Tavás,
para manter a dignidade do Estado
no clima que se criou entorno desta visita
do presidente do maior país de língua oficial portuguesa?
Bom, eu como presidente da Associação das Pessoas,
que se indignam com coisas,
das quais nenhum desses meus colegas é sócio.
Eu posso tentar esforçar-me,
porque é que...
É uma baixa na nossa manifestação do estomo borrivante?
Sim, sim, da mesma maneira que eu tenho baixas constantes
de vocês, porque não alinham na associação
de pessoas que se indignam com coisas
que são absolutamente evidentes, porque é que se deviam indignar.
Mas eu posso tentar fazer mais um esforço.
É de mala atenção isso.
E é verdade?
É de mala atenção, e por isso eu já tenho que tomar comprimentos.
Mas para quem leva a sério estas coisas
de corrupção, de voleus nocráticos,
de guerras e outras coisas que tais,
é muito difícil engolir esta vinda
no 25 de abril, mais uma vez.
Porque, um, é preciso ser totalmente insensível
às questões da corrupção e das ligações de Lula Assocrates,
que são profundíssimas.
E ainda agora, o senhor foi...
Mas a discussão não é...
Nós já tivemos essa discussão
e estamos em parte da cor da emoção, é ela.
Esta é uma, mas mesmo assim as pessoas continuam indiferentes
como se não fosse nada ao fim deste tempo de todo.
Neste caso, não vai participar da tribória oficial.
A questão da Ucrânia.
Quem é que não vai passar?
Mas eu já argumento, é uma mentira completa,
mas queres comprar isso, pá?
Quem é que compra que eu não vai participar?
Formalmente, oficialmente.
Formalmente, eu já disse isto aqui, vou repetir
para as pessoas por isso na cabeça.
É às 10 da manhã.
O ano passado começou às 10 da manhã.
Mas fecha uma assessão.
A única diferença.
Fecha uma assessão de boas-vindas
ao presidente brasileiro,
pois vão beber um café
e depois voltam para ação oficial do Viz Interpreta.
Não é o fumar, mas não inalou.
É igual.
Estás a fumar, mas depois dizes que não inalas.
É a mesma coisa.
Tu estás a fumar o Lula e a inalar o Lula.
Já acho que tiverem os cravos?
É um problema.
Se os cravos só forem postos depois,
a coisa estará mais ou menos resolvida.
E a outra coisa, mas de qualquer forma,
é sem senso pesado.
Lá tiverem os cravos,
eu tenho foneticamente, não sou muito bem.
Lá tiverem os cravos.
Os cravos.
Os cravos.
É preciso descolonizar o parlamento.
A outra coisa,
tenho que realmente conquistar da Ucrania.
A Ucrania é que se não embaraçou-se
porque as árvores dos Távoras,
o senhor foi à China,
dizem coisas indignas.
Mas aí, ao mesmo tempo,
eu digo-me, as pessoas não leem jornais.
É aquilo que ele foi dizer à China.
Ele já repetiu imensas vezes.
Imensas, claro.
Imensas vezes.
Você não era clarificado.
Agora, realmente,
não, mas eu falei, eu ouvi gente dizer,
não, eu realmente até aceitava,
mas depois disto que ele disse na China.
O que ele disse na China
já tinha dito inúmeras vezes.
Portanto, para todos os efeitos,
Portugal desvaloriza a questão
de socas e da rerupção.
Já estamos habituados.
Mas também está a desvalorizar
a questão da Ucrania.
A questão da Ucrania
é a questão decisiva do nosso tempo.
E quando tu convidas o Lula para este dia,
no dia 25 de abril,
estás a borrifar para a Ucrania,
que aliás,
é aquilo que a gente já sabe.
Já sabe, não é?
Mandamos cá mofos podres
e tanques que não funcionam.
É só, não.
É sobre a Ucrania, João Miguel.
É o simbolismo.
Não é o simbolismo.
Não é o simbolismo.
Não é o simbolismo.
Simbolismo.
Não é o simbolismo.
A sessão não é sobre a Ucrania.
Simbolismo.
Se fossem que o Estado português,
que tem uma determinada posição,
convidasse um presidente estrangeiro,
que tem uma posição diferente
para falar sobre isso.
Seria bizarro.
Seria embaraçoso.
Seria conflituoso.
A sessão é discutível
pelas razões que já falámos.
Mas não tem nada a ver com a Ucrania.
Não tem nada a ver com a Ucrania.
O Pedro Mexia fica sem Ministro da Clarificação.
Vamos ver como corre
o dia 25 de abril
e as cerimóneas dos pedrais do dia 25 de abril.
Estão entregues as pastas ministeriais
por esta semana.
A altura para sabermos
por que o Pedro Mexia, ainda ele,
declara sem fundamento.
Não será de medo que a Fundamentação
possa vir a causar danos?
Pedro Mexia.
É para essa história que causou um dano de mim.
Porque isto é...
Isto entra na...
Isto entra na...
Estamos a falar da Fundamentação.
Faz-te inscriber na associação das pessoas
que se indignam com o Estado.
Estão a falar do parecer que não existe.
Isto entra no domínio
das várias desculpas,
que todas são falsas.
É o parecer que não existe,
mas que o Governo se recusou a dar...
Não começa por fim,
para não ser spoiler.
É para assinar.
Portanto...
Tem que haver um build-up.
O Governo recusou-se
a entregar à Comissão Parlamentar
de inquérito
o parecer que fundamentou
o expedimento da CEO da TAP.
Dizendo que não entregava esse parecer...
Vou repetir.
Dizendo que não entregava esse parecer
por uma razão.
A razão era que estava fora do âmbito da Comissão
e a sua divulgação podia prejudicar o Estado
se houvesse um conflito judicial
entre a Senhora e o Estado.
Riscos na defesa jurídica.
Pronto.
Portanto.
E por isso não mostrava o parecer.
Portanto, nós podemos achar
estas duas desculpas são mais.
Mas são mais para quê?
Para não mostrar o parecer.
É que elas fundamentavam.
Mas no fim da semana
não há parecer.
Ora, vamos lá ver.
Entendam-me, o Ministro das Finanças
foi dizer no Parlamento
que não há parecer nenhum.
Não há parecer nenhum.
Ora bem.
Não há ver parecer exquisito.
Vimos muitas questões das decisões informais
dizem que no fundo é o relatório
da inspeção geral dos finanças.
É isso que o fundo inventava.
Mas...
Agora queria que voltassemos ao salto tráspico.
Depois fiz rewind.
Então, se não há parecer,
por que é que disseram que não entregava o parecer?
Portanto, o parecer não...
Isto, que é o parecer,
não vos posso dar por várias razões.
Que é uma e a duas.
E também por outra,
é que não tenho aqui nada.
É prestidigitação.
É assim, eu não me indigno
porque isto tem que chegar a ser divertido.
Não dá, não dá.
É prestidigitação.
Como é que é possível?
Uma resposta.
É possível, porque...
Ou seja, a mentira é fácil de compreender.
E fácil de se apanhar também.
Por que existência de parecer é uma vergonha?
Pronto, com certeza.
E eles estavam, acho que, e aldrabaram.
E foram tão longe com essa mentira?
Claro!
Claro, isso é o problema das mentiras.
As pessoas acham que não mentira
é para ser bonzinho e entrar para o céu.
Não!
Não mentira.
É para poupar trabalho.
As pessoas, eu diria isso aos meus filhos lá em casa,
não mentiras.
Não, não é para entrar às noção.
É porque a mentira, as mentiras,
é uma trabalhária do carasas.
As pessoas têm que se lembrar do que é que disseram,
que mentiam, porque não é verdade.
É esgotante.
Eu, como bom lentejante, recuso uma mentira.
Por causa disso é para poupar energia.
Mas é isto que é esgotante.
Estas não é uma ética, é uma pragmática.
Exatamente é uma pragmática.
Mas isto ainda não...
Claramente falta de lentejantes no governo.
Porque isto é uma trabalhária esgotante.
E apanham-se todos.
Apanham-se todos.
Isso, por exemplo, é um nível patético.
Sendo que as desculpas...
Não, mas agora isto é baraberto.
As desculpas eram mais.
As desculpas eram mais.
No sentido em que está no âmbito da Comissão.
Mesmo que se possa dizer que no timing não é aquele,
mas é o mesmo assunto.
E é possível que a Comissão tivesse acesso
sem revelar, mas tudo isso para um documento que existe.
A partir do momento em que o resultado é,
além do mais, não há documento nenhum,
aí temos a certeza absoluta que estiveram a gostar com a nosco.
Aliás, disseram assim, não sei se foi,
naquele momento ou quem disse,
mas temos toda a disponibilidade
para colaborar com a Comissão.
Eu isso é que não percebo.
Essa parte é que não percebo como é que é possível.
Carlos, de certeza.
Eu já estou com o Carlos.
Carlos, em semanas como este eu fico tão contente.
Não é só isso.
Há uma semana ou duas tivemos aqui a falar
sobre o líder espiritual que pediu a uma criança
para lhe chupar a língua.
E eu também fico...
Eu sou um carro-vassoura espiritual
e nessas ocasiões,
ou seja, quando um farol da moralidade se comporta assim,
uma pessoa que admite estar no fim da escala moral,
fica contente por não ser um farol de moralidade.
Desta vez, a mesma coisa,
quando gente séria, gente séria,
esteve a produzir teoria sobre a razão pela qual
não era admissível exibir um parceiro
e os do outro lado estiveram a dizer,
não, não, exigimos a exibição deste parceiro
até que se descobre que não há parceiro.
E portanto, gente séria faz isto.
É um gosto de ser um palhaço, sinceramente.
É um gosto...
Porque eu faz isto.
Mas é de propósito.
De propósito.
Quer dizer, o Rui Tavares, o deputado,
isto parece os sequetes do gato poderente.
É verdade, sim.
Os sequetes de...
Do papel com o papel.
O papel com o papel.
O parceiro com o parceiro.
Exato.
E lá está.
Mas os meus amigos e eu juntámos para escrever esses sequetes,
dizendo, qual é a coisa mais parva que a gente consegue inventar?
Nós estamos a fazer de propósito.
Para ser parve.
E eles não estão.
Eles estão a comportar-se assim, naturalmente.
O parceiro com o parceiro.
É incrível.
E eu às vezes, em restaurantes,
eu digo, olha, vamos se pôr.
Queria a chanfana, se faz favor.
A chanfana já não temos.
E eu digo, então não traga.
É sempre um gandezito.
Sempre um gandezito.
Olha, já não há, não traga.
Porque é realmente um estupidez dizer,
se não há, não traga.
Mas não é.
Esta semana demonstra-se que não é.
Não...
Tu és especialista.
Não há por ser, eu estou no exiba.
E não gostar o restaurante especializado em bifes
e perguntar bifes.
Ou já bifes, sim.
E eles respondem.
Nesta casa nós trabalhamos mais à base de bifes.
Faz sempre a sepiada.
E funciona sempre.
Mas quer dizer, não pós empregados.
Não, para eles não.
Pós empregados não.
Nós ainda estamos na sexta faga.
Eu aposto que durante o fim de semana,
ainda nos vamos divertir
com discussões semânticas
acerca da palavra parecer.
Não, nós divertir,
tu indignara.
Não, não, não.
É o niste para a casa.
Eu acho que se cair aqui o divertimento.
Acho escalar uma coisa de qualquer.
O que passa à indignação.
Não é um parecer.
Porque Fernandina pode dizer que, de facto,
Fernandina nunca usou a palavra parecer.
E ela devia dizer que eu nunca falei na palavra parecer.
O problema é que, na questão da Mendes e Mariana,
a verdade da Silva disseram a palavra parecer.
E agora vai se estar a discutir,
porque realmente não existe o para o parecer.
O que existe é uma declaração.
E o que é que é uma declaração?
E o que é que é um parecer?
Uma minha dúvida.
São umas 12 páginas.
Sim, são umas 12 páginas.
Mas as 12 páginas, basicamente,
dizem, olha, a gente decidiu despedir esta senhora.
O problema de desistência de parecer.
É que isso significa que aquela justa causa
daquilo despedimento em direto.
Eu acho que os tribunais,
os tribunais nem sequer
vão aceitar o processo.
Eu acho que a senhora Cristina vai fazer.
Eu queria me defender sobre isto.
E eles vão dizer, oh, minha senhora,
nem vale a pena.
Não vai ao juiz.
A secretária assina.
Porque aquilo é absolutamente inaceitável.
Ela foi uma pessoa que foi despedida em direto.
É pelo que eu percebi.
É que ela nunca foi ouvida.
Mas alguém possa ser despedido.
Sei-se que é ser escutado no meio de um processo.
Esse aparentemente foi despedida ao vivo na televisão.
E só alguém perguntar.
A audiência prévia ouve?
Não.
Essa é a gravidade da falta do parceiro.
Fiquei perplexo quando saiu a notícia
de que a CEO francesa pondera processar o Estado português.
Não estava à espera dessa.
Vocês, se fossem convocados para distinguir,
estavam a favor de quem?
Acham que é.
Choramos tanto nos 500 mil e a fim de largarmos.
Ainda vamos ver o governo.
Não havia aquela famosa manifestação
contra o governo que havia um ministro que lá estava.
Provavelmente ainda vamos assistir isso.
Era o ministro da agricultura na altura.
Aliás, porque o próprio PSistema está indignado
contra o governo e está a protestar.
Está esclarecido por que o Pedro Mexia
declara sem fundamento quanto ao João Miguel Tavares
considera-se zero.
À esquerda ou à direita?
Neste caso é zero em todo o ano.
À esquerda, à direita, ao meio, no pingo doce e no continente.
O IVA0 entrou em vigor esta semana
em 44 produtos alimentares básicos.
O primeiro ministro foi ao supermercado
verificar a implementação da medida.
Primeiro ministro, a degustar no terreno
a decisão política do governo,
como eficaz lhe pareceu este slogan de António Costa,
João Miguel Tavares?
Exatamente. Com o IVA0 ainda sabe melhor.
Eu acho que é uma grande ideia.
Pode ser uma campanha de autodórios.
Uma campanha de autodórios e saiu naturalmente.
Portanto, ali um publicitário adornou-me agora.
Eu não sei se a mim algum dia me pagaria o suficiente
para eu fazer aquelas figuras.
Ir levantar etiquetas ao pingo doce e ao continente.
Você já disseria que isso já acontecesse?
Não.
Para ir levantar etiquetas e dizer
que está a 0%.
Agora, devolvi ao supermercado do lado das duas maiores cadeias,
que a nenhuma delas teve realmente ficado com ciúmes,
e para mostrar como eu consegui organizar com elas todas.
E aqui também 0%.
Ah, que bonito e tal.
Sinto que, depois claro, as pessoas já estão a dizer
ah, mas eu reparei que comprei na semana passada,
entretanto os supermercados já aumentaram os preços,
porque isto é uma confusão de caraças,
ninguém consegue controlar.
É o termo técnico confusão do caraças,
porque é impossível saber isto.
E a expressão confusão de caraças é a minha.
Eu vi o Mário Centeno falar sobre isso,
porque eu fui a uma escola lá de Norte,
e houve um meu desperto que lhe perguntou pelo IVA 0.
E o que é que diz o Mário Centeno?
Que isto representa um custo orçamento elevado,
e são muitos melhores, 400 milhas, pelo que eu me lembro,
e que é um grande risco,
e pode não ser sentido pelas pessoas,
e porque os preços depois aumentam no distribuidor,
e portanto mesmo no produtório,
portanto quando chegaram à distribuição,
já ninguém sabe se é por causa do IVA,
se não é por causa do IVA,
é altamente estúpido.
E portanto, temos o Sr. Primeiro-Ministro,
que não abre boca até agora sobre o parceiro,
e sobre esses assuntos da Calarinho.
Não, não, mas eu tenho tempo,
é para verificar preços às pretoleias dos supermercados.
E é isto em que nós...
Um cabajo do IVA 0.
Parece adequado às necessidades básicas,
Ricardo Arunos Pereira.
Carlos, deixe-me só fazer aqui um resumozinho.
Portanto, sobre o tema das pensões,
nós não tirámos, mas vamos devolver.
Sobre o tema do parceiro,
para parecer, nós não mostramos,
até porque não existe.
E sobre o tema do IVA 0,
recorde que não vale a pena,
porque até em Espanha experimentaram e falhou,
vamos implementar.
Nessa medida, então...
Era de regular funcionamento
de estes preços.
Não se pode acusar
de não ser regular funcionamento.
Não está ótimo.
Eu acho que a necessidade base, correspondendo à necessidade base,
que era o preço baixar, Carlos.
Eu não sei se isso é obtido.
Não sei o suficiente da economia
para saber se isto é o melhor método
para baixar o preço.
Mas, algo que me dizem,
as pessoas chegam a estes economistas amadores,
que chegam ao supermercado
e depois verificam na sua carteira
se o preço baixou ou não,
têm recolhido alguns dados
preocupantes, não é?
O primeiro ministro já admitiu entretanto
que daqui por seis meses
o governo pode prolongar,
esta medida do IVA-0,
que era para durar seis meses,
está previsto que dure apenas seis meses,
mas o primeiro ministro
admite que possa prolongar-se,
antecipa dificultades políticas
para o momento em que os preços
vierem
ter de aumentar
6% um dia para o outro.
Porque aí, António Costa
dificilmente irá ao supermercado
dizer que agora sabe pior.
Deixe-me interpretar, em profundidade,
exatamente o político de António Costa.
Até que há seis meses, logo que se vê.
Exato.
É isso, na alguma outra área
tem sido
alguma resposta que não é essa.
Não, isso não vai acontecer e se acontecer.
Logo que se vê.
Já sabemos por que o João Miguel Tavares se declara zero,
agora vamos tentar perceber por que o
Ricardo Araújo Pereira
se sente roubado a alguma denúncia a fazer.
Acho que sim, Carlos, porque eu estava a ler
sobre o salteima,
porque estava a ler um texto das 100 cimões
nos preços na semana passada,
que era uma carta
uma carta ao seu camarada António Costa,
sobre António Costa de ver ser...
Uma carta motivacional.
Motivacional, vai António,
camarada António.
Tu não digas isso, que eu digo tanto mal,
das vezes mal das 100 cimões,
esse texto é ótimo.
Ótimo, já o imprimir já foi para os meus arquivos.
Então eu peço o teu comentário...
Não, essa parte não me pergunto, não me liste.
Não faça ideia.
António, tu com 30 anos
também tentaste de ser idíl em lores
e perdeste roubado nas urnas.
Isso foi em 93,
quase 20 anos depois...
Já prescreveu?
Mas este entendimento
da democracia...
Foi em 93,
quase 20 anos depois do 25 de abril,
as pessoas ainda eram roubadas
nas urnas, ainda por cima perdeu
para uma pessoa da CDU.
Não sei se está em cima da outra coisa.
Ou seja,
que entendimento da democracia portuguesa
é este que tem os 100 cimões?
A quem é que nós costumamos ouvir esta ideia?
De quem é derrotado
em eleições democráticas
foi roubado nas urnas?
É só a mim
que isto causa uma pequena
urticária.
Será heripsela?
Não sei, eu gostava de ver esclarecido
esta questão, se de facto
foi roubado nas urnas
20 anos depois de haver democracia
em Portugal.
Vamos ver.
Vamos ter de reabrir a S.C.
mas não agora.
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O governo recusou-se a entregar ao Parlamento o parecer com a fundamentação para despedir os mais altos responsáveis pela TAP, mas entretanto lembrou-se de que o parecer que não queria entregar afinal não existe. A despesa estrutural do Estado não podia aumentar, mas afinal vai haver um aumento extraordinário de pensões, que há-de permanecer para o futuro. E a eliminação do IVA em certos produtos alimentares, que era uma péssima ideia, segundo o ministro das Finanças, entrou esta semana em vigor. Tudo isto na semana em que o PS completou meio século de existência, António Costa retirou a José Sócrates a medalha de pioneiro das maiorias absolutas à esquerda e um grupo de activistas, num protesto climático, baixou as calças durante a festa de anos socialista. O clima não está fácil.
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