Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Galambada, Pinheiro e Maria Eugénia

Joana Beleza Joana Beleza 5/20/23 - Episode Page - 52m - PDF Transcript

Esta semana, Ricardo Oroos Pereira sente-se biata.

João Miguel Tavares se considera-se selado e Pedro Mexia, sem ter tido tempo para concluir

o que queria escrever, declara-se abaixo, faltou o ó final, avemos de ver porque é mais adiante.

Está reunido o programa com os nomes que estamos legalmente impedidos de dizer.

Mais uma semana, o tempo passa rápido.

Nesta, o Renue Tech assume a pasta do incontrolável, que tutela a incapacidade que nós temos em

controlar certas e determinadas situações, algumas delas, um tanto ou quanto constrangedoras.

Por exemplo, um ataque de espirras incontrolável, uma gregalhada sem controlo, um arroto ou

um punzinho menos parado, quem nunca.

Os sons libidinosos dos nossos vizinhos, tudo isto é impossível de controlar.

Isto e mais uma nova edição do Big Brother, claro, que vai lá na 7º e 14ª edição.

Ao menos no Renue Tech, quase tudo é controlável graças a app, mais Renue, o aquecimento,

o tempo de carregamento, os estofos, etc.

E é um descanso sentir que pelo menos no nosso automóvel temos controlo.

Assim como também é um descanso saber que o programa que se segue é incontrolavelmente

bom.

Por isso, aproveite.

Para Viva, sejam bem-vindos no final de uma semana em que o roubo, que não foi roubo,

mas que a final foi roubo, com a conta da Comissão de Inquérito à Gestão Pública

da TAP, vamos concentrar-nos daqui a pouco, personagem por personagem, Galamba, Pinheiro

e Maria Eugenia.

Nesse drama levado à cena, no gabinete do Ministro das Infraestruturas e nas contradições que

resultaram das longas maratonas parlamentares desta semana, estavam a espera que começásemos

por isso, mas vamos fazer-vos esperar mais um bocadinho, porque há mais mundo para

além da Comissão de Inquérito, começamos por uma história em que as personagens são

outras mas igualmente coloridas.

Nós temos o Gorilla, o Indiana Jones, um patrocínio e coisas a acontecer na casa de

banho de um centro comercial, acontecem muitas coisas em casas de banho, por os vistos nos

últimos tempos.

Com que título, Ricardo Raus Pereira, que vamos depôr este espetáculo em cartaz?

Carlos, é muito difícil, neste momento, saber que título dar-lhe as personagens

que são de lá está.

São oriundas de vários, de vários senhores diferentes, e se tem o Indiana Jones, tem

o Gorilla, depois tem o Sr. Patrocínio, que também...

Isso é o Indiana Jones, é?

É, eu sei que é o Indiana Jones, é o Patrocínio, eu sei disso, eu sei disso, até por causa

de uma, porque o Indiana Jones ajudou a superar um problema de ruínas arqueológicas que

apareceram.

Mas eu acho que o facto de ser difícil neste momento de identificar um título, acho que

temos de, é o melhor é esperar até o momento em que o julgamento comece, em 2071, porque

os títulos normalmente não se colocam no fim, no fim do livro, se calhar, a gente...

A gente põe o título.

Nesta altura este programa já terá outro nome, não é?

É possível que sim.

Já teríamos voltado ao passado.

Se calhar, já conseguimos voltar ao passado.

Mas...

Vamos a falar da operação na Câmara de Gaia, que levou à detenção de sete pessoas,

entre aos ouviso presidente da autarquia, Patrocínio Azevedo, num processo onde estão

em causa de crimes de corrupção, abuso de poder, e recebimento indivíduo de vantagem,

que espeto é que ele chamou mais a atenção nesta história, Ricardo.

Carlos, todos eu gosto e pedia às pessoas que enverdassem por isto, sempre quiserem

enverdar por corrupção, que seja deste tipo, é uma corrupção que, quando a gente tenta

explicar lá um estrangeiro, dá a gosto de ver a cara do estrangeiro à medida que

vamos explicando.

Portanto, quando a gente diz, por exemplo, há coisas absolutamente milagrosas, por exemplo,

explicar a um inglês que um senhor cujo nome é, na verdade, Sponsoring, porque o

senhor chama-se Patrocínio, e foi patrocinado por alguém, ele tem realmente um patrocínio.

Alegado a mim.

Alegado a mim.

Claro.

Isto é tudo alegado a mim.

E nisto há um gorila...

Com relógios de luxo.

Com relógios, depois explicar ao estrangeiro que a transação se dá na casa de bem de

um centro comercial, são por menores.

E eu não sei...

O agente teve de ir atrás, não é?

O agente teve de ir também para a casa de bem...

Aquilo, em princípio, foi...

It's a dirty job.

É, exatamente.

Estava lá no mictório do lado.

Foi testemunho presencial, não é?

Teve de ser, não.

Em princípio, eles não tiveram tempo para saber que a transação ia decorrer ali e montar

um sistema de câmaras.

É possível que o agente tenha ido para a casa de bem de um centro comercial.

Deve ver, até porque eles sabem um detalhe que eu acho maravilhoso, que o tipo tem

o envelope com 100 mil centregos novamente em 9.600, porque decidiu ficar com...

Para uma bolsa.

Decidiu ficar com duas notas de desenho.

Decidiu ficar com 400 euros.

Isso é corrupção internosedora.

Pois é.

É isso.

É que é tão divertida.

É tão divertida.

É tão divertida.

É tão divertida.

É tão divertida.

É tão divertida.

É tão divertida.

É tão divertida.

É tão divertida.

É tão divertida.

É tão divertida.

É impossível realmente.

Com a legada transação de 100 mil euros em dinheiro, com menos de 400, para o desconto.

Mas mais uns remorrisos de luz.

Mas em dinheiro vivo, na casa de bem de um centro comercial, será a casa de Pedro Mechia

para citar o velho título daquele disco antigo do irmão morta?

Há muito com esta latrina.

O ar se tornou irrespirável.

Sim, até porque como tu assinalaste, nós vamos, como não é aliado estranho neste

programa, começar numa casa de banho e acabar numa casa de banho.

O último tema tem também a volta de casa de banho e, curiosamente, pelo meio, em termos

de clima, é muito parecido com o clima de casa de banho.

O clima e não só, houve refúgio na casa de banho, mas eu estava a ser um pouco mais

literal em relação ao lado escatológico da coisa.

Não quero fazer no João Miguel Tavares uma sinopse desta história para se perceber melhor

onde é que entram os diferentes personagens, porque isso merece uma vinheta.

O trabalho é pesado, porque aquilo é complicado, porque o Gorilla é o, supostamente, o algado

testa de ferro do Indiana Jones.

Que é o Patrocínio.

O Indiana Jones é o Patrocínio, que é o vice-presidente da Câmara de Gaia.

Exatamente.

E por que é que ele é Indiana Jones?

Ele é só Indiana Jones num dos projetos, porque depois há dois projetos.

Há o projeto Skyline, que tem a ver com aquelas imensas torres, uma torre de vinte e oito

andares, que seria o maior edifício da Vila Nova de Gaia, e depois existe o projeto do

país, é em Vila Nova de Gaia.

É em Vila Nova de Gaia.

E depois há o projeto Riverside, que é o tal, que mete a equilurgia e que, como sempre

acontece cada vez que uma pessoa faz um buraco nesta terra, aparece um visigode, lá aparecem

uns visigodes, que lá era chato, os visigodes tinham que ser preservados e, portanto, havia

uma negociação para preservar os visigodes, mas ao mesmo tempo também preservar a capacidade

de construção que estava acordada.

E é por causa disso que existem estas trocas, estão lá cá mais mil, e agora estão uns

relógios de luxo.

E depois...

E o senhor Israelita, pelos vistos, podia manter a capacidade de construção.

Exato.

O senhor Israelita, que é quem estava a bancar estas coisas, e estes projetos que é manter

a capacidade de construção, e mais uma vez é um daqueles senhores Israelitas, que na

verdade não é Israelita só, também é português, porque ganhou nacionalidade portuguesa

através da famosa lei dos farditas, que tem sido uma festerola, então é lá em cima

no Porto, especialmente...

Mas não é o português mais rico, porque o português mais rico é Abrá Movidos.

E o português mais rico é Abrá Movidos, mas é também dessa linha, e, por fim, é

que cruzam suas opressões.

Esta é a opressão Babel, mas está cruzada com a opressão Vórtex, que pessoa vez é

em espinho, mas que mete este Paulo Malafaia também, este senhor empresário que está

envolvido nas compras de torrentes.

Agora, é preciso empenho, porque isto é uma coisa realmente intrincada, é daquelas

coisas que...

Até assim, não é intrincada.

Não, é, é muito complicado.

E a vermos seguramente de voltar a ouvir falar desta operação Babel e da operação

Vórtex, mas mudámos-nos agora para o palco principal desta semana noticiosa, e centramos

os adenções no drama parlamentar, com as muito antecipadas audições aos protagonistas

do golpe de teatro nas infraestruturas, e começamos com o Ricardo Araújo Pereira

a assumir o papel de ministro da Maria Eugênia.

A partir de uma personagem secundária, será mesmo assim, o que é que o fascinou nela

e na audição?

O Ricardo Araújo Pereira.

O Carlos, eu escolhi ministro da Maria Eugênia, há medo, porque tutelar a Maria Eugênia não

deve ser assim tão simples.

Eu devo confessar que fiz uma grande festa, porque realmente quando houve o relato das

caramussas, de repente aparece uma Maria Eugênia que, principalmente, está a agarrar, aquilo

não era o que estava à espera de uma Maria Eugênia.

A Maria Eugênia tem, vê-se que ela tem ganas e força, tem, vê-se que é uma...

Ficaste achar que ela também mandou uns tabefes?

Espero que sim.

Então, entre aquela, naquele caso concreto...

Infelizmente, a Câmara do Quarto Andar não funcionava, portanto, não veio ver registro.

Eu gostava muito de ver, começávamos a ser um apreciador da desportes de combate e

gostava muito de ter contemplado essa...

Estamos a falar da chefe do Gabinete do Ministro das Infraestruturas e sabemos agora que foi

ela que chamou os serviços de informações, que ela admitiu, parece-lhe bem justificada

a decisão de meter as secretas ao barulho nisto.

Carlos, eu ainda não quero fazer, quer dizer, surpresas, mas eu ainda estou a tentar, juntamente

com os meus amigos, fazer uma cronologia aceitável...

Comigo?

Estos amigos não são amigas?

Ah, os teus dois amigos.

Os teus amigos favoritos.

Os teus amigos favoritos.

Sempre o fiantológico de dizer nós.

Eu e os meus amigos...

Eu e os meus amigos...

O contrário de vocês, os três...

Foi mais coelho de palavras.

Mais coelho de palavras.

Mas estamos a tentar fazer uma cronologia dos acontecimentos, finalmente, tentar, perante

todos aqueles depoimentos, fazer uma cronologia correta.

E a questão é a seguinte, portanto, a Eogênia, a Maria Eogênia, de facto, liga para o SIRP.

A iniciativa...

Não foi para o SIRP, foi para o SIRP.

Pois o SIRP...

Pois o SIRP...

E depois...

E depois...

E depois...

E depois...

O SIRP liga para o SIRP e o SIS liga para ela.

Mas depois disso, o ministro, que tutela a Maria Eogênia, recebe, digamos, uma autorização

para... uma indicação para contactar o SIS.

E comunicada a essa indicação, a Maria Eogênia, Maria Eogênia diz-lhe...

Já está.

Já está.

Ou seja, há aqui uma espécie de, como quando o sumo está muito concentrado, e a gente dilui...

A responsabilidade daqui fica muito diluída.

É para desdobrar.

É para desdobrar, porque primeiro, quem é que ligou para o SIS?

A resposta, tecnicamente, é ninguém, foi o SIS que se recontactou.

Mas então, quem é que motivou a que o SIS fosse convocado?

Bom, talvez, por um lado, foi a Maria Eogênia, mas sem autorização, bom, tinha autorização

e indicação para o fazer, mas essa indicação só chegou depois do ato.

Mas isso é sinopisa, CPI.

Exato.

Tudo o que o Ricardo disse é verdade, mas tudo o que o Ricardo disse é uma forma de

fugir à verdade.

Com certeza.

Com certeza.

E é por isso que é tão divertido.

É por isso que é tão divertido.

E complicado.

A resposta a apregar, não é?

Exatamente.

A gente desligou, porque é difícil, é tão intrincada, é como nos filmes de...

É a gente que não tem força, não tem força de vontade.

Por exemplo, ontem as pessoas foram se deitar e por isso, se calhar, já não presenciaram.

A oferta da caneta.

Não, não.

Por volta da manhã noite aparece lá um senhor sobre repeticiamento, apresenta-se na Comissão

Parlamentar de Inquere e alguém diz assim, desculpa senhor, o que é que está aqui a fazer

ele?

Então eu sou do Chega, eu sou do Chega, não, mas quem estava aqui do Chega era Aventura

dele.

Dá Aventura agora para casa e eu sou, agora ficava eu, não dá, apretar aqui o regulamento

e dizer que não pode.

É, não pode, então mas porque aquilo ao que parece aquilo não é esta fetas, né?

Até ele cria, fez assim, o Aventura tirou a caneta.

O Aventura só faz para a anota.

O Aventura só faz para a anota.

Exatamente.

Há meia noite o Aventura disse, então agora estou com um sonhinho e tenho de ir fazer

o...

Pronto.

Mas isso já foi...

E as pessoas não viram isso?

Não viram isso.

Não presenciaram estes momentos?

Mas ainda estamos na audição a chefe de gabinete.

Vamos ser para o gabinete.

Chefe de gabinete, sim, sim.

Vamos ser para o gabinete.

Na audição a chefe de gabinete, João Galamba, ficou a saber-se que o plano estratégico

da TAP, foi uma das informações que obtivemos, o documento crítico que serviu de justificação

para chamar o SIS, ou melhor, para falar ao SIRP que fez com que o SIS ligasse ao gabinete,

esse plano estratégico da TAP só existia no portátil de Frederico Pinheiro e que não

há nenhuma cópia nos arquivos do Ministério e também não há nenhuma cópia com o Ministro

João Galamba.

Como é que isso se explica e que implicações vêem nesta situação, Pedro Mexiã?

Para, eu acho que a Comissão teve sido muito interessante, mas boa parte dos detalhes

mais excitantes são cortinas de fume, ou seja, claro que é grave a ver pancada no Ministério,

claro que é grave a ver aquelas aligações todas, sequestros e não sei o que, mas são

há dois assuntos que interessem nesta Comissão de Inquero, porque são os dois assuntos verdadeiramente

graves, um admitido mas não admitido como grave e outro não admitido, embora com esta

formulação que o Ricardo aqui relembrou.

Primeiro, reuniões para preparar este CEO para ser interrogado, para ser interrogada.

Isso é admitido mas é dito que é normal, mas sobretudo mais do que ser dito que é

normal, é dito que obviamente que não foi para preparar as respostas, quando isso

contraria o senso comum, obviamente que foi, quer dizer, é como nós estamos a passar

num banco que foi assaltado e tal uma pessoa a correr a ser lá de dentro, em princípio

é o ladrão, é o senso comum, a pessoa que está a fugir de um banco que vai ser assaltado

é o ladrão, portanto as reuniões que antecedem uma audição que o próprio ministro diz

que deixava, compreensivelmente, este e eu nervosa porque nós estávamos habituados a

isso, foi para preparar as respostas, mas essa é uma questão admitida mas não admitida

como grave.

Mas é, na altura, há uma pergunta aqui, desculpe, o senhor diz que é normal este tipo, pode

citar uma, pede-lhe uma, cita uma e ele diz assim, por exemplo, posso lhear uma hipótese,

uma hipotética que é, se no futuro for com o interrogado, ou seja, a palavra normal

significa que é hábito, que é hábito, que é normal, que é regularmente assim, cita

então exemplos disso e ele não é capaz de citar nenhum e acho que ele próprio diz

não, não, é normal, embora nunca se tenha feito, admite que possa nunca se ter feito

mas o que ele quer dizer é que é aceitável, não é que é normal, mas o segundo assunto

que interessa é se, por mais que o Ministério esteja mal organizado, por mais tenha havido

conflitos entre os membros do gabinete, desculpe as histórias mal contadas, há um salto quântico

que é envolver os serviços de segurança que por lei não podem cumprir funções policiais

para um assunto onde os próprios queixosos, tendo como queixosos o Ministro e as pessoas

do seu gabinete, dizem que há um crime que portanto, por definição, exclui a intervenção

do Ministro, tudo isso é o mais importante, depois há muitas coisas ridículas que vamos

falar, provavelmente, sobre os comunicários de imprensa, sobre os relatórios da restruturação

da TAP, que só existe, que só existe do Adjunto, tudo coisas inacreditáveis, mas

isso tudo, por mais sério e estranho que pareça, é a secundária que o faça em estas duas.

Mais uma coisa inacreditável ou não, veremos, a hora que ainda decorri a audição, Frederico

Pinheiro foi divulgado um comunicado assinado pelas quatro responsáveis que no gabinete

de João Galamba tentaram impedir o ex-adjunto de levar o computador e que ele elega um que

teve um comportamento agressivo.

Uma delas, uma das signatárias era a chefe de gabinete que, mais tarde, durante a inquirição,

disse não ter assinado esse documento e que nem conhecia o tiro do texto, teve que haver

uma pausa para ela ler o texto e acabou por dizer que estava conforme aquilo que ela também

testemunhou.

Como é que interpreta mais este episódio, no tanto ao conto inusitado?

João Miguel Tavares.

Esse episódio é muito significativo.

Esse episódio, de certa maneira, desvaloriza João Galamba de cada vez que ele diz, não,

mas há testemunhas.

Há três testemunhas, há quatro testemunhas, não, mas há testemunhas, mas são testemunhas

daquele tipo, são testemunhas que falam umas pelas outras, que assinam o comunicado

dos umas das outras.

Pois isto nem assinou.

Portanto, alguém tomou iniciativa de lá por nome dela.

Mas não é por o nome dela.

Sim, sem haver uma assinatura.

Portanto, é fácil de perceber, ao contrário de muita gente, nós falamos, vamos falar

disso mais adiante, mas eu acho que estas audições foram altamente esclarecedoras.

Naquilo que para mim é o essencial, a questão do CIS é mais complicado, mas naquilo que

foi a causa de tudo isto, eu acho que ela foi bastante esclarecedora e nós percebemos

o que que se passava e nós já lavamos esses tipos de testes, mas uns espíritos.

O mais outro ministro com quem o ministro tenha falado, pode aparecer o ministro com quem

eu...

Pode aparecer o ministro com quem eu...

Para ter falado que é mais ontem o ministro.

Dissaltou alguns com quem ele ainda não falou.

Todos os dias sabemos ministros novos que estavam a par dos acontecimentos.

Mas aquilo que se passa ali, o que se passa naquele gabinete é que aquele gabinete é

como aquelas equipas de oquem patins no gelo.

Que quando...

Não faça a coisa que eu disse, é que não é o que é patins no gelo, é o que é no gelo,

faça desculpa.

Aqueles também não se chamam patins hoje do gelo.

Será?

Será que nós chamamos?

É verdade.

E começam todo desapancado e começam todo desapancado e de repente a sensação que

nós temos e que percebemos é que o Frederico Pinheiro é aquele que ficou num canto enquanto

os outros andavam apacados aí e partidos aí e ficou fora da equipa e está fora da equipa.

E é isso que explica como é que de repente há todas as pessoas com uma tese de um lado,

ainda que nem sequer tenham lito comunicados, mas que subscrevem todas aquilo que dizem

umas às outras e que vão ao ponto de se defenderem com uma mentira altamente incómoda, que é

quando dizem, então, e quem é que deu o ordem para se fecharem todas no edifício, para

vocês fecharem as portas do Ministério?

O Gênia diz, não faça ideia e perguntou-lhe, mas não perguntou, não, não perguntou.

Vem, João Gallambi diz, e quem deu o ordem para fechar o edifício?

Não faça ideia, não perguntou, não, não perguntou.

Isto é uma mentira descarada, toda a gente sabe quem deu o ordem para fechar aquele edifício,

o que é que atualmente também sabem que podem vir a ser acusadas de sequestro.

E como ninguém quer acusar ninguém.

Foi também em parte daí que provavelmente nasceu o problema, foi ao nomearem Frederico Pinheiro

e ao Frederico Pinheiro tendo sentido ameaçado pelo hipótese de ser levado à CPI.

Claro.

É que revelou-se, revoltou-se.

Mas esse é o ponto, esse é o ponto.

Há as datas para compreender aquilo.

Verdaderamente há cinco datas importantes.

Faz lá a fita do tempo.

Eu faço a fita do tempo.

Há cinco datas que eu acho que são importantes.

Que atualmente é o 16 de janeiro, 17 de janeiro, 18 de janeiro e depois o 5 e o 6 de abril.

O 16 de janeiro foi quando o João Galamba se reuniu a escondidas com a CIO.

O 17 de janeiro foi a famosa reunião com Carlos Pereira.

Em que a CIO se junta com o PS.

E depois nós temos o 18 de janeiro, que é quando ela vai à audição potestativa do cheiro,

ainda antes da comissão de Caritá-Tapo.

Depois nós saltamos para a futura audição, que é quando a Christine, no dia 5 de abril,

vai ao Parlamento e entala o PS.

Falando, eu tive uma reunião na Véspera com o Carlos Pereira.

Mas a Christine não fala nessa altura na reunião do dia 16.

E essa reunião, no dia 16, permanece escondida.

No dia 6 de abril, ou seja, um dia depois da comissão de inquérito, de laia e racia ou da TAP,

vem um comunicado do Ministério das Infastruturas.

E é esse o comunicado de 6 de abril, que estraga tudo.

Porque faz tudo de tabaco.

Porque, como ele explicou, lá no meio...

Atenção, eu nem acho que ele tenha feito aquilo por mal,

porque não vem só o nome de Francisco Pinheiro, vem o nome de outras pessoas.

Para credibilizar a informação que estava a cerdar.

Para credibilizar a informação, ah, não.

Houve, de facto, uma reunião no dia 17 de janeiro, a pedido da CIO da TAP.

E por acaso estiveram estas pessoas, também a Júniaga Catarosa,

mas isto teve lá o Sr. Frederico Pinheiro.

E, neste momento, eles percebem...

Pera, este tipo não faz parte da equipa do Alcanogelo, porque ele...

Não, é o contrário. Neste momento, ele, o Frederico Pinheiro, percebe.

Eu percebo, não quer fazer parte daquela equipa.

Eu vou ser chamado a TAPI e vou ter de dizer que tirei notas e o que que lá estava acontecendo.

Exato. E, provavelmente, vão querer que eu minta, ou que eu oculta, e é.

E eu não me sinto bem nesse papel.

Exatamente. Mas, ouve.

Mas isso que tu estás a dizer, que grande Zéquinha,

eu tenho a certeza que é o pensamento de todo o gabinete de João Galamba.

Ou seja, o Frederico Pinheiro, para aquelas pessoas, é uma pessoa incompreensível.

É. Este senhor não tem os skills.

Exatamente. Eu ainda gostava de escrever isso.

Ele não é um general proceano que se amutinou.

Para utilizar a famosa expressão da Fonseca Mons, que diz,

um general proceano não se amutina.

Ele amutinou-se. E, a partir do momento que se amutinou, deu este,

esta escandalar, esta telenovela que nós estamos a ver.

É uma coisa totalmente incompreensível.

Se é verdade que ele se amutinou, amutinou-se, porque sentiu que ia,

que estava depois de nogrilhador.

É, mas, e depois... Certo, mas que aliás até nem estava.

Hoje não acelere um pôr nogrilhador e eles achavam só,

opa, tu vais fazer o papel normal de um assessor.

Eu provavelmente sentia isso.

E ele ficou chocado com aquilo e, a partir daí,

ele próprio começou a desconfiar,

os colegas começaram a desconfiar deles e te escamba,

e te escamba, sente que eu acho que é um fantasma,

ele ia parar, porque, por acaso, não foi até agora,

também verdadeiramente trazido à tona na comissão de inquérito,

que é Pedro Nunes Santos.

É que esta pessoa é uma pessoa de...

da confiança de Pedro Nunes Santos.

É o último episódio.

Você é o último episódio.

Eu também gostaria muito...

E não é o último que peço.

O próprio fez questão de...

Mesmo as histórias das fotocópias.

As histórias das fotocópias podem ter duas interpretações.

Ele é um espião ao serviço de Putin,

ou da China, não é?

E com capos submarinos.

Ou, então, o Galamba pode estar a surgir e ganhar,

mas ele estava a ter as fotocópias só para a comissão de inquérito.

Ele estava a ter umas fotocópias para o amigo Pedro Nunes Santos,

para quando ele afardava-lhe,

de jeito que tem uns momentos...

Já vamos.

Não teve tempo de provar.

Próximo capítulo.

Próximo capítulo.

Agora, entregue ao Ricardo Arroz Pereira,

a pasta de ministro de Maria Eugênia.

Damos palco a um outro protagonista,

este que estávamos a falar antes de chamarmos a cena,

a personagem principal.

Antes disso, é a vez do Pedro Mexeiro assumir a pasta de ministro do Pinheiro.

E que tal foi o desempenho de Frederico Pinheiro, Pedro Mexeiro?

O desempenho foi eficaz,

e foi por isso que eu formulei com o Pinheiro.

Havia aquela frase do Paulo Bento,

que a equipe perceba de um Pinheiro...

Sim, não era Paulo Sérgio.

Paulo Sérgio, treinador do Sporting,

precisava de um Pinheiro,

precisava de um Pinheiro,

mas esta não precisava.

E há também aquele sonete do Bocaja,

às vezes mais rijo que um Pinheiro.

É um sonete muito bonito.

É uma adivinha, aliás, é um sonete que é uma adivinha.

Não consigo adivinhar essa, mas pronto.

E começa...

É pau e rei dos paus, mas não marmoleiro.

Mais que duas gamboas lhe lubrigo.

Enfim, não é dessa.

As pessoas pesquisam.

Mas eu lembrei-me dessa.

Dessa do Pinheiro.

Isto é um caso do...

Sim, é um caso do...

Mas começou...

Foi muito eficaz, como o tal Pinheiro,

a ponta de lança seria eficaz.

A primeira intervenção,

sobretudo da primeira intervenção,

mas não só, de Frederico Pinheiro,

foi uma intervenção...

Não se trata de...

Eu acreditar ou não acreditar no que ele diz,

no sentido de que ele...

Não sei.

Há versões.

Não é pelas minhas simpatias políticas,

ou outras que eu vou...

Dizendo, ah, ele disse a verdade.

Não sei se diz a verdade.

Se foi, apresentou a sua versão da história,

que depois foi contraditada, naturalmente,

mas sobretudo, teve cuidado,

provavelmente bem, coadjuvado juridicamente,

a ir apresentar o seu depoimento baseado em factos.

Quando eu digo factos,

não é necessariamente factos verdadeiros,

mas não são especulações,

não são coisas nebulosas são.

Eu fiz isto, fizeram isto, seram isto,

mandaram ao mail, foi aquelas horas.

E aliás, quando é interrogado

pelos membros da Comissão,

mesmo quando alguns dos partidos da direita

dão hipótese de atacar o governo ou o ministro

em matérias que não são dos factos que ele olagou,

ele diz, não.

Não sei.

O meu deputado, eu não vi aqui...

Não tem registro, foi uma frase...

Não, não, e ele disse mesmo,

eu só estou a reportar-me estes factos

que eu via aqui falar.

E portanto, ele foi extraordinariamente inteligente

e passou muito bem a mensagem que queria passar,

independentemente de estar a dizer a verdade,

coisa que eu não tenho maneira de saber.

Precisamente, muita gente nas redes sociais,

nomeadamente apoiante de João Gallamba

e do governo, a dizer que estava tudo

demasiado construído e que ele foi para lá

ler os papéis e até há uma passagem

em que ele não encontra o papel

para responder uma pergunta

em que perguntou uma coisa qualquer,

qualquer e ele teria um papel que não encontra

naquele momento e ali um grande silêncio.

Mas se fosse o contrário,

ele estava com o que estava os papéis.

Ou seja, ele estava preparado,

estava articulado e estava escrito

porque provavelmente não se imaginava

naquela situação e não queria dizer

uma coisa que não fosse aquela

que estava vidamente articulada.

Há um aspecto curioso,

o Fredrick Pinheiro foi o único dos três

a fazer uma declaração inicial.

Escular, pois que foi a pessoa

que foi acusada pelo primeiro ministro

de ter cometido um crime, é normal.

O problema de base é que a tese dele

é muito mais plausível que a do ministro,

independentemente de todos os pulmonórios,

porque ainda ninguém conseguiu explicar que é,

mas qual era o interesse dele

em estar a esconder as notas?

Esse é a segunda parte.

A não ser que o governo-ministro,

o cabineto seja quem for, as autoridades

nos dê alguma indicação.

Agora surgiu esta coisa de que eram os segredos

dos submarinos que o Leisa de Junto

poderia revelar, ou o Foto Acupiou.

A tese do Sism.

Das duas, ou isso é credível,

e então temos um caso muito sério

e o ministro tem razão,

ou então temos a inexplicável transformação

de um funcionário competente lial

e que se manteve em gabinete

com os ministros, transformou-se-se

em ajudas de um dia para o outro.

Por razão nenhuma, por motivos inexplicáveis,

decidiu tirar o tapete ao governo,

mentir, ocultar, fazer acusações falsas,

e, portanto, é um pouco difícil.

Pode acontecer, há pessoas,

aqueles dão a moca, mas não parece...

Não se vê o móvel do crime.

Não parece consistente com o que nós sabemos sobre ele,

não parece consistente com a postura de eu na CPI,

e, portanto, se alguém diz,

bom, mas aquela fã do computador

era porque ele ia vender-se,

ou transmitir segredos que usavam para ir...

Bom, então, sim.

Se esse caso for provado, temos o caso.

A peritagem do computador

vai ser saber o resultado da peritagem do computador.

Além daquelas coisas que falei há bocado

da história de um relatório,

da restruturação, só estar no computador dele,

como é que é possível conceber

que só estiver-se no computador dele?

O depoimento de Frederico Primeiro

põe em causa apenas o ministro

e o gabinete do ministro,

ou pode vir atingir também o primeiro ministro,

João Miguel Tavares?

Não, mas este momento não há diferença.

Não há diferença?

Não é?

Nós vimos, o primeiro ministro agriloou-se a João Galamba.

É verdade, vamos ver,

agriloou-se porque ele gosta muito de João Galamba,

e é o seu ministro favorito,

o Magalhãs e Silva,

atual advogado agora e também de António Costa,

no processo contra o caso de Costa,

ele deu uma entrevista ao público,

e aí na sala, pois muito engraçada,

porque ele dizia-se que Marcel estava aflado do Marcel.

Marcel entendeu que era legítimo

aparecer como uma espécie de tutor

efetivo do primeiro ministro.

Isto não podia acabar bem.

Ou seja, o que é que ele diz?

Diz, Marcel não estava se armado

em tutor do primeiro ministro,

constantemente ameaçar com isto e com aquilo,

António Costa decidiu,

agora, a partir daqui, não dá,

estas são as minhas linhas vermelhas,

e portanto, o que é que essa linha vermelha é João Galamba?

É, mas...

João Galamba tinha escolhido uma melhor.

É, na sala, porque escreveu justamente isso.

Percebe-se que o primeiro ministro

que era traçar uma linha vermelha,

o sítio onde traçou a linha vermelha,

é muito bizarro.

Conseguiu perceber o que...

Ricardo Araus Pereira, no depoimento de Frederico Pinheiro,

aquilo que o tralvado a passar de funcionário,

iligente e da máxima confiança,

representando o ministro, em várias ocasiões,

a inimigo público número um,

do Ministério das Infraestruturas.

Bom, essa é uma dificuldade,

de quem quer exonerar,

liminarmente e subitamente

um seu colaborador.

Há uma pergunta que,

imediatamente, a gente faz,

mas foi uma coisa subita,

ou foi uma coisa que se degradou durante o tempo.

Descobriu agora que este funcionário era

impossível trabalhar com ele,

e há uma mistura, não é?

Há uma...

Há a ideia de que cheguei de Singapura,

percebi que não ia submeter

todos os meus outros...

todas as outras pessoas do meu gabinete

a continuar a trabalhar com Frederico Pinheiro,

e por isso vou exonerá-lo

imediatamente.

Porém,

há...

para não... para se avisar a ideia

de que aquilo foi uma coisa de um dia para o outro,

há umas sugestões de...

Ele era bom,

era de...

não exonorei antes, porque ele era diligente.

Embora a esta distância

se calhar demasiado diligente,

ele muitas vezes ia para lá

trabalhar e ia trabalhar,

não é? Mas há as altas horas,

da tirar fotocópias...

Já vou dizer isso ao próximo...

ao próximo queapirte-lo.

Isso já está no próximo queapirte-lo.

Ah, no próximo queapirte-lo.

Essa é a dificuldade

de quem exonera.

O Pedro Mexia fica, então,

ministro do Pinheiro.

É a vez do João Miguel Tavares

se assumir na Pasta de Ministro

da Galambada. Vamos lá, então,

ao protagonista central de todo este drama.

Há alguma forma

de conciliação

possível, João Miguel Tavares,

das versões

divergentes que temos

em presença?

Não. Eu acho que nos estados

não há forma de conciliação possível

e onde essa irreconciliação, digamos assim,

é realmente grave,

é na questão dos cis.

Aí sim, é um problema grave

e esse, para encaixar na pergunta

como estava-se a fazer há pouco,

é um daqueles problemas que, ainda com mais intensidade,

cai em cima do primeiro-ministro,

porque o primeiro-ministro é o responsável

do direto dos cis.

Naquilo que eu começo tudo isto...

As coisas como...

Quem ofereceu bananesa quem?

Mesmo a história da mochila.

A história da mochila

acaba no essencial, acaba de ser

confirmada pelas duas partes

e pela polvo-mabulha.

Claro, ele estava tentando

tomar um computador e o Gênio agarrou-lhe

o computador para se libertar. Imagino que

tenha usado-se força,

estava usando-se força e, assim, podem ir

a todos para o hospital contar-nos

a duas negras. Não é difícil.

Aliás, no final, a própria Eugenia

se calhar muito cansada,

ela diz qualquer coisa como que

ele se teria libertado

e depois tirou pelas escadas.

Então, se ele se libertou,

ela dava uma jornada e portava mesmo a ser agarrado.

Portanto, nesse aspeto,

eu acho que o essencial

está relativamente contado

e o que é curioso nisto

é, tanto no caso dos cis,

como no caso do computador,

começa tudo com

uma pequena mentira que tem que ser ocultada

e, a partir daí,

transforma-se numa

cheats storm, como se costuma dizer.

É um Fargo.

Às vezes, é a nossa vida mesmo.

Só o Fargo.

Do nada, transforma-se.

Vamos ver quando é que aparece um cadáver.

Exato, quando é que aparece um cadáver.

É o bater de asas de uma vez.

Cadáveres políticos há um ou outro já,

não é? Há parecido.

Mas a andar, andar, andar.

E é isso que ao mesmo tempo é fascinante

quando a gente vê à distância.

Mas é trágico e é muito surpreendente

que António Costa se tenha agridoada

uma coisa destas, porque

quanto olhas,

mesmo só para as explicações do Galamba,

as explicações do Galamba,

qualquer pessoa olha para o final e diz

como é possível que este tal mensagem

seja ainda ministra das infraestruturas

e ele não tem condições,

tem um gabinete a cair aos pedaços

e depois entra em panico

e houve 50% dos ministros do Governo

que foram incomodados num espaço de 2 a 3 horas.

Enquanto os ministros é que eles já iam,

que ele te fungou, eram sete, eram...

Para quantos ministros é que ele não te fungou?

Mas atenção, não é...

O meu ministério está a arder

o que é que eu faço?

Se acaram daqui um tachiba?

Quem fala?

Ele só não ligou para...

Para o Ministério da Defesa? Acho que não.

Não, e para a saúde, dizer a letra,

eu estou com um bocado da saúde mental

afetada por isto, o que é que achas?

De resto ligam para todo o Governo, não é?

Mas o choque é evidente que o choque

e dizerem que depois aquilo dentro do computador

há coisas muito secretas e não interessa.

Aquilo é o pânico.

Vem de se achar

agora está aqui um garganta funda.

É o medo

da perda do controle da informação

e de pessoas que deviam ser fieis ao Governo

e que de repente se tornam infieis

e aí é daí que vem a loucura.

Emquirição, a João Galamba

trouxe alguns factos novos

no meio da mentalgação

de um comportamento estranho do ex-adjunto

que vamos lá, então as fotocópias

tiravam muitas fotocópias no Ministério

há altas horas da noite.

O que é que viu como implícito

nesta acusação, Pedro Mexia?

As fotocópias

que agora apareceram como

esse índice de uma...

Despionagem, não é?

Eu não sei que fotocópias eram, não é?

Não, mas quando se diz

que tiravam muitas fotocópias...

Há duas maneiras

credíveis

de enquadrar

uma história como essa

que agora é lançada.

Uma de duas.

Ou ele estava a tirar

ilegitimamente de fotocópias

ou melhor, estava a tirar fotocópias

com fins ilegítimos

de passar informações

e informações confidenciais

e informações problemáticas

para empresas, para governos,

ou então

depende da fase

em que essas fotocópias são tiradas

mas há uma série de comportamentos

do ex-adjunto

que indicam um sentimento

que não é bizarro que

espera aí,

vou me defender, vou ter comigo

se me acusarem de certas coisas

eu não estou a dizer que isso seja

digamos assim

legítimo,

ou louvável, mas que é natural

comportamentos de esses. Temos um longo historial

dos membros do governo

de governos e de gabinetes

e não sei o que que se documentaram

porque se eu saio, eu estou feito

ao bife. Não sei se isso aconteceu

não faço ideia de isso que aconteceu, é uma acusação

séria, que deve ser levada a sério

mas o comportamento

esse comportamento das fotocópias

a ser verdadeiro, não tem só

uma explicação plausível. Aliás

como estávamos a dizer

a explicação do súbito traidor

é uma explicação

menos plausível do que as outras, pode acontecer

e aparece a vejezima quinta hora

além disso, mas isso também

apareceu o Ministério de Injeção Inter na vejezima quinta hora

e até ao fim da CPI

vão estar os ministros todos acho eu

conseguiu acompanhar a filigreta de detalhes

que resulta da inquirição

de João Galamba

e das outras anteriores

mas esta última

teve vários

promenores novos

acompanhei com muito gosto

Carlos embora

não, na verdade não

mas fiquem desapontados

houve muito

é ver o que a minha chefe de gabinete disse

sobre isso é ver o que a minha chefe

de gabinete disse

eu gosto mais quando as pessoas vão lá dizer

coisas que pensam mesmo

lá dentro da cabeça

delas porque muitas vezes saem

e não correspondem ao que

há uma difensa

e acontecem

as ares

acho que João Galamba estava a citar a Ministra da tutela

estava provavelmente sim

estava a citar a Sr. Ministra

é como no

sim Sr. Ministro

o chefe de gabinete

normalmente

tem a mão enfiada

no enchimento do Ministro

é um genéu abela

tu estás como imaginário muito colorido

mas não

e por isso fiquem massados

com esse

sucessivo recurso

é como diz a minha chefe de gabinete

o João Miguel Tavares fica assim

Ministro da Galambadas

estão entregues as pastas ministerias

para esta semana e está tratado

o assunto que dominou a semana

mas seguramente

isto vai continuar

vamos voltar a ele

mudamos de cenário brevemente

porque também já temos muito pouco tempo

para tentarmos perceber o que leva o Ricardo Araújo

para declarar-se viata

mulher extremamente devota ou pirisca

na verdade é pirisca

quer falar de declaração de guerra a viata

a viata

rapidamente, há razões para indignação

por parte dos fumadores?

por acaso eu acho que há o Carlos

sempre os debates normalmente opõem

um senhor qualquer

da associação portuguesa de pneumologia

que abomina o tabaco e bem

e bem

às vezes um jurista

outras vezes um comentador

etc

o senhor

da associação portuguesa de pneumologia

vai lá dizer uma coisa que ninguém discute

que é o tabaco que faz muito mal

um tabaco que faz muito mal

ninguém discute isso

e há medidas

o que é curioso neste tabaco é que é muito parecido

com outros debates

é muito parecido

porque reparem

o tabaco causa dano a terceiros

quando causa dano a terceiros

de facto tem de ser limitado

se eu estiver a fumar num sítio fechado

para cima de pessoas que não fumam

estou a causar dano a terceiros

quando não estou a causar dano a terceiros

a não ser que se dramatize o dano

costuma ser um destes problemas

mas quando não estou a causar dano

quando o dano é só autoinfligido

é autoinfligido

porque as pessoas assim

mas isto faz muito mal, certo? mas há várias coisas

muito mal

a história de

limitar o tabaco

em sítios onde está a prejudicar a terceiros

tudo bem, agora em vários sítios

ao ar livre em que não está a incomodar ninguém

ou por exemplo

dificultar a venda do tabaco

ou seja, reduzir os sítios

ao senhor agora a partir de...

eu não sei qual vai ser o próximo passo na legislação

mas quem quiser um massa de tabaco tem que trepar o pau de cebo

e depois passar por um forço com o crocodilo

não faz sentido, quer dizer

a gente... já há coisas que fazem mal

ninguém está a dizer

é pague de carne de porco se calhar vamos deixar de vender

em todos os sítios

batatas fritas que também se vendem em bombas de gasolina

por acaso

ou álcool que também se vendem em bombas de gasolina

ninguém dificulta o acesso ao álcool

às batatas fritas e à carne de porco

e também fazem muito mal

e portanto há medidas

que são sensatas

que é proteger quem não fuma

do fumo do tabaco

há outras que não são sensatas

como tem um cheirinho

que lá está

que o pivete do tabaco não consegue camuflar

já houve, entretanto, uma espécie de março atrás

por parte do

partido socialista, da bancada do Partido Socialista

porque isto é uma proposta do governo

que vai ter de ser analisada

no parlamento

e há, visto, sua intenção

de alterar um pouco

esta proposta inicial

se calhar vamos voltar a isto também

fica esclavescido porque o Ricardo

era um espereiro a se declarar biata

o João Miguel Tavares disse sentir-se

selado

e também por causa de um clamor

público, neste caso

motivado

por um selo

este selo que vamos ver

e que

pergunto o João Miguel Tavares

o que é que lhe evoca?

o que é que esta iconografia

é que uma coisa

é uma pessoa ser anti-woke

mas outra coisa é não ter noção

e isto de facto

parece, eu não sei se o Vaticante tem

uns tipo, ali ainda

nas areias do deserto, alguns

aqueles anacoretas, tipo padres

do deserto que viviam 30 anos no macaberno

monscopistas

e que vivem arrodiados estão no macaberno ainda

juntamente com aqueles papiros

e estão a desenhar um selo

porque não é possível, além de 2023

vamos voltar a ver o selo

para ver uma audio-descrição

exatamente, já, imagem

do Papa, é ele também discutível

tendo em conta a imagem que Francisco tem da igreja

o Papa é o nosso, é o infante

é o rei

mas em seguida, o senhor

que está ajoelhado de ser de pele negra

e a ver uma menina branca com a mão

em cima do seu ombro

é de facto, em 2023

parece-me, enfim

além de, quer dizer, falta ali

o livro da terceira classe

que é mesmo, não

o tipo de traço

vocês não passaram pelo livro da terceira classe

mas eu passei e era mesmo contigo

e uma pessoa olha para este selo

e quase fica a desconfiar, tu queres ver que a igreja católica

é um bocadinho reacionado

uma pessoa fica com essa dúvida

mas o Papa não é Papa

o selo também já foi retirado

portanto tornou-se um item valioso

e quem conseguiu abichá-lo agora

dito isto, se não quiserem enviar um equipó program

vai ter valor

para os filoatelistas

sabemos portanto assim porque o João Miguel Tavares

se anuncia a esse lado

agora, rapidíssimamente

porque é que o Pedro mexia-se, declara

baixe e depois não ao ovo

era para acabar com casas de banho

como começamos com casas de banho e falámos-nos

duas vezes em casas de banho

que é um

trabalhador da RTP

que agora viu confirmado

o seu experimento por justa causa

porque estava a pichar

estava a pichar

mesmo fora da casa de banho ele pichava

pichava paredes etc

e então uma das coisas

evidentemente que um funcionário

escreveu coisas nas paredes

e na casa de banho não seca mais

já pode conduzir

a uma ascensão

da senatureza mas ele escrevia

abaixo das cunhas

olha bem

há o primeiro ponto

que é escrever no título

outro ponto é enfiar a cara puça

porque abaixo das cunhas

com as cunhas

a pichagem em si não é insultosa

toda a gente concorda

abaixo das cunhas é errado

e portanto

e ele de uma das vezes que foi apanhado

não conseguiu escrever o O

e por isso estava só escrito

com spray abaixo

ou então era para baixar

enfim

entender-se dizendo que escreveu abaixo

as pichagens

pichando abaixo as pichagens

eu sei que há uma dificuldade de filosofia

da linguagem nesse ato

mas pode ser uma hipótese de defesa

e foi consumada essa semana

decisão do tribunal

não, atenção, tem uma relevância

não muito diferente de algumas coisas

discutidas na CPI, atenção

pronto

não tem dignidade parlamentar

está na altura dos livros e eu trago

um pequeno livrinho artesanal

cozido à mão com uma atiragem muito pequena

que é uma pequena preciosidade

é uma edição da livraria Flanar

do Porto, chama-se

Flores Silvestres

e reúne poemas escolhidos de Abbas

Kiarostami

o cineasta iraniano morreu em 2016

e ainda recentemente estiveram em exibição

nos cinemas dois dos filmes mais aclamados

que ele realizou, quem os viu

e quem os conhece

não vai surpreender-se com a delicadeza

desta poesia

por onde passa o espírito do Aiku

a fórmula tradicional da poesia japonesa

aliás talvez não por acaso

a última longa metragem de Abbas Kiarostami

foi realizada precisamente no Japão

os poemas deste livro são poemas

brevíssimos, poemas na maior parte dos casos

onde a contemplação da natureza

tem o lugar central

um exemplo apenas

para além do bem e do mal

o céu é azul

Flores Silvestres

poemas escolhidos de Abbas Kiarostami

traduzidos por Bernard Dussard

edição da Flaner

o João Miguel Tavares traz um livro

para crianças sobre azulejos

sim, mas é daqueles livros para crianças

que hoje em dia há cada vez mais

crianças crescidas

e depois os pais aproveitam para ler o acolhimento

e também aprendem imenso

este livro é de uma coleção muito interessante

que a patológico faz para a imprensa nacional

já saíram vários volumes

são espécies de volumes de cultura geral

ele começa sobre os azulejos

e é escrito pelo António Araúcho

que é ótimo ilustrado pelo Felipe Abranches

e portanto é uma viagem por aquilo que é o azulejo português

desde o século XVI até o presente

e onde se aprende

imensa coisa de um tema fascinante

o Pedro Mexia

traz um clássico

das viagens

uma literatura portuguesa

é mais uma nova edição

das ilhas desconhecidas do Robrandão

que é cada vez mais conhecido como um dos grandes

um escritor muito suigeno

e ele tinha escrito um livro muito

conhecido também chamado As Piscadores

e este é quase como uma sequela

ele vai aos açores

em 1924, vai deliberadamente para escrever o livro

e ele tinha a atenção sobre tudo visitar o Corvo

e descrever sobre o Corvo

mas acaba por escrever sobre as várias ilhas

o Livro Saico

como disse em 27, esta é a nova edição

que é editada pela companhia das ilhas

apropriadamente uma brava editora da Ilha do Pico

e com a apresentação

do Vasco Medeiros-Cosa

tem

como diz o Pedro da Silvera

no prefácio

tem três componentes

claramente se reunem no livro de viagens

é um livro sobre paisagens e figuras

mas também é um livro sobre o enigma dos açores

há qualquer coisa que está completamente longe

do estereótipo, da visão turística

ou abiatífica

e portanto é como tudo que o Robrandão

escreveu é um livro fascinante

o Ricardo Rousper era

a poesia de Luiz Annette Jorge

Luiz Annette Jorge, sim

pois ensina exatamente

esta é a terceira edição

mas saiu agora

há muito pouco tempo

é isso, é a poesia de Luiz Annette Jorge

edição do Pessoa Fernandes Cabral Martins

foi meu professor

e meu

são gerações

gerações tão longinhas uma da outra

e o Pessoa Fernandes Cabral Martins

consegue ensinar-las

as ambas, é impressionante

você foi tão desagradávelzinho

eu se foi propósito

e a Luiz Annette Jorge, sim, é isso mesmo

ela, por exemplo, é um poema

que se chama, aliás, um poema dela muito conhecido

e que dá nome, aliás, a um podcast sobre a poesia

que se chama o Poema Ensina a Cair

e que diz o seguinte

o Poema Ensina a Cair sobre os vários solos

desde perder o chão repentino sobre os pés

como se perde os sentidos

numa queda de amor ao encontro

do cabo onde a terra abate

com da ausência excede

até a queda vinda da lenta volúpia de cair

quando a faça atinge o solo

numa curva de algada subtilo

uma vénia a ninguém especial

especialmente a nós, de uma homenagem póstima

vou retribuir essa maldade

essa maldade como?

mais valer em vocês

está concluído a Análise da Semana

voltamos dois, oito dias

qualquer hora, em podcast

com o Pedro Mexia, João Miguel Tavares

e Ricardo Rojo Pereira

Música

Música

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São tantos os pormenores, que acompanhar esta novela não é para meninos. Há o essencial e o acessório. No acessório, zaragata, ameaças e telefonemas de um ministro para boa parte do Governo. No essencial, dúvidas sobre o que estará no computador da discórdia, sobre o modo como foram accionados os serviços de informações e sobre como tudo acabou por se descontrolar. Para ajudar a sistematizar o drama atribuem-se três pelouros: o da galambada, o do Pinheiro e o da Maria Eugénia. Mas também se fala, a propósito de outro despropósito, do Gorila e do Indiana Jones; e de tabaco, filatelia passadista e pichagens.

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