Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Fanáticos de todo o mundo, uni-vos

Joana Beleza Joana Beleza 9/30/23 - Episode Page - 51m - PDF Transcript

Esta semana, Ricardo Araújo Pereira confessa-se reprivatizado.

João Miguel Tavares sente-se mudo e Pedro Mexia declara-se senhora.

Está reunido o programa, com o que o nome estamos legalmente impedidos de dizer.

Bom feriado! Decidi começar logo com uma boa notícia para agarrar a vossa atenção.

E para manter o tom, esta semana assumimos a pasta do Isto é um descanso. Isto é um

descanso, mas à vontade não é à vontade. Um feriado a cair no fim de semana seria

pior, mas não muito atrás fica aquele feriado que cai à quinta-feira. Ora vejam lá, aquela

que poderia ser uma semana curta, transforma-se numa espécie de soluzo, uma banão na nossa

rotina. Eu não sei onde se reclama, mas se houvesse alguma consideração, arrastava-se

o feriado um dia para a frente. É porque assim não é meter as pessoas em primeiro

lugar. E isso é o que faz a Renault, com o seu Human First Program. Um programa que

não dá feriados, mas dá umas folgas a quem anda na estrada para que fiquem descansados

e em segurança. E pronto, agora podem relaxar e aproveitar o que se segue no próprio feriado,

talvez? Bom programa!

Ora viva, sejam bem-vindos no final de uma semana em que as expectativas de uma maioria

absoluta de direita na madeira não se concretizaram, nem mesmo perante a derrucada socialista,

ainda assim Miguel Alducarco foi rápido a trocar os liberais pelos defensores dos animais

e vai continuar presidente do governo regional. Avemos de falar disso daqui a pouco, disso

do chega para lá de Montenegro ao partido de Ventura e da reprivatização da TAP, mas

antes a tinta verde, tinta vermelha e gritaria de megafota em punho na apresentação de

um livro Infante ao Juvenil, e é por aqui que começamos com o Ricardo Araújo Pereira

no papel de ministro do meu bairro e o que é que o seu bairro tem de especial, Ricardo

Araújo Pereira. O bairro é muito engraçado, Carlos, porque

tem, o meu bairro tem gente que, alternadamente, deseja impedir a distribuição e venda de

livros Infante ao Juvenil e acha abominável que alguém queira impedir a distribuição

e venda de livros Infante ao Juvenil que não são de leitura obrigatória.

Nenhum dos livros infantis de que falamos hoje ou já tínhamos falado no passado Infante

ao Juvenil são, alguma vez, foram de leitura obrigatória. Estão as semanas prateleiras,

para quem quiser comprar, quem não quiser não comprar.

Neste caso, estamos a falar do lançamento de um livro interrompido por protestos, um

livro Infante ao Juvenil, como já foi referido, viu alguma coisa no livro suscetível de motivar

um tal tipo de reação. Raramente vejam em livros alguma coisa suscetível de motivar

uma ação de censura. Que, atenção, é o que isto foi. Isto é sempre que não é

só o Estado, sempre que se interrompa um espetáculo, um lançamento, um programa de televisão,

seja o que for, com o objetivo de impedir os outros de falar, é censura, seja ou não

seja o Estado a fazê-lo. Não sei se chegou claro que é ministro

do meu barro, porque o livro se chama um meu barro.

O livro se chama-se no meu barro, é um livro Infante ao Juvenil, está aqui o livro, o

livro está aqui. Aliás, é uma das coisas que estes fanáticos sensores que estumam

a fazer é acirrar o interesse das pessoas pelos livros, em princípio...

O Pedro Mexieiro não teria comprado o livro da terceira constância.

Não teria comprado, eu próprio tentei comprar, já não fui a tempo, porque esgotou. E portanto

é, parabéns aos inergúmenos fanáticos, porque fizeram um grande favor a esta edição.

Os fanáticos sensores desta semana, ainda não dissemos, são fanáticos que eu tenho

a sensação. Eu não gosto muito daquele exercício que às vezes se faz sem nenhuma base empírica,

quer dizer assim, ah, os mesmos que agora estão a dizer isto eram os que diziam, às vezes

não, as pessoas não têm prova nenhuma disso, mas eu devo dizer, chete quando, tem

que é o caso agora que são os mesmos. Há muita gente que acha bem, que se interrompa,

que se faça isto, que se vá tentar censurar este livro. São os mesmos que estavam ao lado

dos pais de fama-licão, porque os pais é que tinham o direito de educar os seus filhos

como quisessem. Agora, pelos vistos, há outras pessoas que não têm o direito de educar

os seus filhos como quiserem, comprando este livro. Pelos vistos, a ideia de liberdade

é o costume, é a censura virtuosa, quando é para aquilo que eu acho. E é danosa,

quando é contra mim. Portanto, é liberdade de expressão.

E se esta semana até deu debate na imprensa, um debate interessante.

Muito interessante.

Muito interessante.

Até porque esta semana...

Porque não é só com a censura...

Não, é só com a censura virtuosa gosto, censura danosa não gosto. É também violência

virtuosa gosto, violência danosa não gosto.

Vamos a esse do Ossetia mais adiante. O livro em causa, falemos ainda dele, está escrito

na chamada linguagem ELU. O que é que tem a dizer sobre a linguagem ELU, Pedro Machia?

Tenho muita coisa, mas não agora.

Exatamente.

Não é o momento de falar.

Eu não comprei o livro, ofereceram meu livro, mas... e vou ler o livro, mas não quero ler

antes, porque não vou quemar madilha, documentar o livro e saber se concordam ou não concordais.

Vocês sabem qual é a minha opinião sobre a linguagem neutra?

A linguagem é a lua e a linguagem neutra de um gênero.

Já falámos sobre isso e falaremos sobre isso em outras alturas. Nesta altura, o que

interessa é, houve um livro que estava a ser lançado, que não é um livro que em si

mesmo seja um livro que cometa nenhum crime, não é um livro legal, é um livro que uma

visão do mundo, com uma linguagem usada da forma que os autores entenderam, e houve

pessoas que tentaram impedir o lançamento interrompente com os megafontes e não sei

que mais, mas algumas das pessoas têm um historial engraçado de ver nas redes sociais,

sendo que isto é um livro como era um livro, e por isso é que é isso que o Ricardo era

importante, é não ser um grande defensor da coerência, acho que a coerência tem os

seus limites, mas tem que ver os mínimos olímpicos. Está errado interromper um livro, como está

errado interromper um livro, o lançamento de um livro do Erick Raposo, como impedir

uma conferência do Jamele Garapinto, como correr do palco, o ator André Patrício, o

atento Tarco, o ator Marques Almeida. Portanto, é a mesma coisa, é tudo a mesma coisa, não

é o mérito da causa, não é as opiniões que cada um deles tem, não é se concordamos

com a visão do mundo dele, são atividades lícitas, de liberdade de expressão, acho

que quase as pessoas podem reagir, lá está, com mais liberdade de expressão, escrevendo

artigos, protestando a porta e não interrompendo os eventos, porque se não é a frase do Lenin,

que tem uma frase, tem muitas frases muito boas, mas uma delas que eu acarim é liberdade

de expressão total cheia de para os nossos inimigos, eu gosto muito dessa frase, porque

é uma frase que, como se viu esta semana, aliás, tem muitos sensores, e por isso,

para a semana falaremos a linguagem neutra, neste momento eu quero defender que todos

os livros devem ser publicados em paz e isso segue, e depois as pessoas digam o que quiserem.

O João Amiga Tavás também remete para a próxima semana questões sobre a linguagem

em Lú.

Como me custa, Nodes, porque a linguagem em Lú é uma profunda parvoida.

Mas não me custa nada, é como quando o que está em causa é uma piada e as pessoas,

em vez de dizerem, não se proibem, dizem, é que a piada não é assim tão gira, não

é muito boa, não interessa, não interessa se é boa ou se é má.

Não interessa.

Não interessa se é boa ou se é má.

Não interessa.

Aliás, acho que vocês não têm dado suficiente atenção a este rapazinho, que era o grande

impulsionador deste protesto, que é aquele, se chama, se acha que Afonso Gonçalves, não

é?

Ele tem uns vídeos giríssimos na internet, porque é que é uma homofóbica à moda

antiga, que eu pensava que tinham sido exterminados, mas não sei como, devem-se ter conseguido

reproduzir-me em algum recanto atual.

Mas é que a mim tinham mandado vários vídeos, mas eu só, ao quinto é que eu percebi que

era sério, porque algumas pessoas nós não percebemos.

Porque parece que é gostar.

É um daquelas caso que parece, olha, que jovem, coxas, etc.

As mulheres não viam ter curso, viam ter filhos, não era uma coisa que eu vi.

Sim, sim, não.

Mas as coisas mais bárbaras, houve um que era um tiza que diziam, juntem-se para nos

ouvirem falar mal dos pretos e das mulheres, diziam isso, era um tiza, era um tiza, quem

é que dizia isso em 2020 e 2010?

Agora, este é o problema que...

O problema é que é alto.

Não, mas não, eu acho que estás a abrir a porta do zoo, de fato, estás a abrir a porta

do zoo, e esse é um problema muito...

E a bom da verdade é que parece que é o mesmo grupo que se tentou impedir uma emissa.

Ah, exato.

Então, são muito ecomémicos.

Sim, sim, são ótimos.

A graça disto aprendi a ouvir o extremamente agradável da Jona Marcia, que parece que

eles chegaram atrasados.

Isso foi engraçado.

Não, não.

Ah, é o lançamento do livro.

Ou seja, atrasaram-se.

Portanto, quando chegaram, na verdade, já estava mesmo a acabar.

E portanto, até nisso, ou seja, grunhzinho e incompetente.

Entregamos ao Ricardo Darous Pereira, a pasta de ministro do meu bairro, quanto ao Pedro

Maria, quer dizer desta vez, ministro, da tinta verde e a cor é relevante, neste caso,

para o ministro.

Mas é muito animada.

As pessoas tentaram fazer sessões e ninguém acabava as sessões.

Estamos a falar de um ataque, outro ataque, de um grupo de ativistas ao ministro do ambiente.

Entendem as razões do protesto?

Eu entendo, Jorge.

O protesto, eu devo dizer que devo parabenizar as partes, porque, por um lado, porque para

defender as questões e para alertar para as questões climáticas, estas ativistas atacaram

o ministro do ambiente e, indiretamente, duas empresas da área da energia e não quadros

do Van Gogh.

Então, já é uma aproximação muito lenta a racionalidade.

Portanto, protestar, faça entidades que têm alguma coisa a ver com o assunto.

Coisa que o pobre Van Gogh, que foi dado.

Não tinha.

E bem o ministro, porque manteve-se com calmo e sensato, não querendo apresentar a queixa.

Aliás, uma dúvida legal sobre exatamente como é que isto se enquadra.

O comentário dele faz parte.

Faz parte, mas repare.

Mas isso é um comentário duvidoso, porque também acho que não devia fazer parte.

E tenho dúvidas que eu não devia apresentar a queixa.

Depois as medas fazem aquilo e depois verem cá para fora e darem entrevistas.

Mas qualquer um de nós pode fazer queixa, porque aparentemente é criptomúbico.

Faz-me algum...

Qualquer um cidadão que tenha assistido para todos os assustos.

Eu acho que ele, ao viajeiro assim, retirou o odioso que podia ter em relação à figura

de poder, faça as ativistas ou, evidentemente, várias pessoas disseram que é horrível fazer

isto, mas a causa é nobre.

Tivemos esta semana ampla teoria sobre as causas nobres que justificam todas as atitudes.

Atenção, o que deu muito bom resultar no século XX foi um século...

Foi, foi, foi.

Padre Meinhof, etc.

Mas, ó Pedro, nesta semana, porque os malucos de que falámos no assunto anterior...

Sim, sim, sim.

...também estão convencidíssimos de que a sua causa é nobre.

Eles estão ali a defender criancinhas.

Claro, claro.

É pá, defender criancinhas é das coisas mais novas que se pode fazer.

E depois há a questão de saber se...

Isso eu não tenho a certeza...

Qual é a capacidade que estes atos têm de convencer a opinião pública?

Eu acho que é uma dimensão muito geracional aqui.

Não estou convencido que vão alienar as pessoas que já estão com a causa, nem chamar a atenção

para aquelas que não se interessam menos.

E mal, porque a causa em si...

Ser a causa ambiental não é uma causa estúpida, como é evidente.

Pegando neste tópico, o João Miguel Tavares vê este tipo de ações como uma forma de

alerta.

Podem ter algum tipo de influência no sentido de que, como já houve quem disse, agora estamos

a falar do assunto a partir dessa ação que aconteceu esta semana.

Mas estamos a falar do assunto de uma maneira produtiva para o assunto.

Eu tenho imensas dúvidas.

É o problema destas...

Na verdade, não estamos a falar do assunto.

E o problema destas intervenções é que extremam também os outros lados.

E depois convidam a respostas igualmente absurdas.

E acabam por ser, como se costuma dizer, extremos que depois se aproximam.

É este tipo de intervenção que depois faz contra aqueles que acham que não há nada a fazer

pelo ambiente, sintam reforçados nas suas próprias convicções.

E isso, evidentemente, é péssimo.

O facto de nós podermos ser sensíveis, acho que, como quase toda a gente é, a questão

das alterações climáticas, não significa que a gente dira a uma espécie de discurso

apocalíptico que ele é, em si mesmo, bastante estúpido e muito irritante, que é sempre

o que vem associado a este tipo de intervenção.

Descurso apocalíptico é a ligação apresentada, como indesmentível, entre o capitalismo e

a extinção do planeta.

Claro.

Mas o problema é que, nestes casos, aquilo que existe é sempre um velho ou novo revolucionário

a querer sair.

É sempre.

O que é muito impressionante nestes argumentos e em textos que nós lembramos nos jornais,

é que há gente que, incrivelmente, não distingue entre a intervenção em regimes autocráticos

ou ditatoriais e a intervenção em regimes democráticos.

É um por menorzinho.

Vamos perceber a diferença entre uma coisa e outra extraordinária.

Violência contra ditaduras, monarquias absolutas, etc.

E em democracia, é um por menorzinho.

É muito pequeno.

Em democracia, o gesto daquelas miudas é um gesto cobard, não é um gesto corajoso.

Os miudes que andam lá no Irão a defender os direitos das minhares.

Ou as aras palmas nos turbantes.

Esses miudes são muito corajosos porque esse tipo de intervenção é uma intervenção

que, lá está, pode descostar muito caro, podem ir para a cadeia e, às vezes, pior do que isso.

Estas miudas atiraram coisinhas ao ministro.

Pronto, ele ficou, primeiro, de um político assustado quando percebeu que aquilo era relativamente inofensivo,

ficou ali qual são o Sebastião a levar com coisinhas verdes.

Os polícias envolvidos com uma educação extrema,

por favor, será que poderiam parar de fazer isto?

E depois, 30 segundos depois, elas estavam cá fora a dar entrevistas para as televisões.

E isto é bravo, isto é que é coragem, de facto.

Foi realmente um ato de uma coragem extraordinária.

A cor da tinta, nesta circunstância, parece relevante?

Não.

Foi verde.

É o que houve um outro protesto climático, mas com a tinta vermelha no dia seguinte.

Para mim, é tudo.

Eu estou interessado mais nos trocas tintas, que não têm a ver com a cor da lado do balão,

que é tirado, mas com a cor política, porque, mais uma vez, como no tema anterior,

e, se isto vai alternando, é violência, é virtuosa quando serve uma causa que eu considero,

e é danosa quando está o serviço de uma causa que eu desconsidero.

As pessoas dizem assim, não, mas é que eles têm razão.

Quem é que, alguma vez, comeu-te a ter violência e dizem,

eu não tenho razão, mas agora vou escavacar isto?

Quem?

Os senhores do MDLP e do ELP não estavam convencidíssimos, tinham razão.

O senhor Bader e a senhora Mainoff não estavam convencidíssimos.

Não era por isso, aliás, não era por terem razão e por terem urgência

em que a sua causa avançasse, não foi por isso que, lá está, que se dedicaram à violência.

Há uma maneira de fazer isto em democracia, pá, e foi feita esta semana por um grupo de jovens

que apresentou uma queixa no Tribunal de Ouro para os Direitos Humanos.

Sim, senhor, é, infelizmente, falamos menos disso do que de balões de tinta, mas lá está.

É que ainda por cima, podia ser, a gente podia dizer assim,

bom, olha, tem esta virtude, que ao menos estamos aqui há que temos a falar das,

vamos andar todos menos da vião, não é?

Que é, vamos ter que, se calhar, demorar três horas a chegar ao porto,

em nome da humanidade e da sobrevivência da raça humana e tal.

Mas nem é disso que estamos a falar, estamos a falar de...

Eu, sinceramente, não tinha nenhuma opinião nem positiva, nem negativa sobre aquele ministro.

Passei a simpatizar com o homem quando ele está ali.

Será que vem mais uma? Já está? Já está.

Eu, mais uma vez, lá está.

E, como no tema anterior, isto são as pessoas que acham que, de facto,

se a causa for justa e se as pessoas tiverem razão em democracia,

podem quebrar o pacto de que só o Estado é que tem o monopólio da violência,

também já foi tentado, cara.

Já, já, nesse grupo de pessoas, não sei se exclusivamente,

mas estão muitas das que acham, que são muito sensíveis às palavras

e que dizem que as palavras fazem doidói.

E, portanto, mais uma vez, elas acham que palavras fazem doidói,

mas violência é expressão política e legítima.

Portanto, discurso é violência, violência é discurso.

É um processo conhecido. Passei a guerra e paz.

Já já escreveu sobre isso.

Atenção, foi uma semana excelente.

Foi muito boa.

Porque foi uma reedição, muito giro do debate entre o Adorno e o Marcoso.

Na verdade, isso é sempre eterno, é o Marcoso de por um lado

e o Adorno por outro.

Continuamos?

E, portanto, e fica assim as pessoas com a lei?

Não, vem, certamente vão...

No fim...

Vão falar com quem é que simpatizam mais?

No fim do programa, com a ficha técnica, passa a bibliografia.

O Pedro Mechia fica, então, o Ministro da Tinta Verde

e, a vez do João Miguel Tavares, se tornar Ministro do Ponte Final

e é mesmo assunto resolvido, não é por isso?

João Miguel Tavares?

Não, acho que não.

Ainda não está resolvido?

Não, porque nunca deixam que esteja resolvido.

Estamos a falar da frase do líder do PSD, garantindo que não fará

qualquer aliança que o chega,

embora numa primeira declaração tenha acrescentado,

porque não precisamos.

Faremos qualquer aliança nem na madeira, nem no país,

porque não precisamos.

A frase do Luís Montenegro parece-o clara ou geradora de equívocos?

Sobretudo, Luís Montenegro, com a sua claramente falta de jeito

para o cargo ainda...

É verdade que eu nunca, para dizer com Luís Montenegro,

simplesmente porque nunca percebi o que é que Luís Montenegro

pensava ou acreditava.

Nós hoje em dia parecemos que somos vítimas de uma maldição

em que as pessoas que nos lideram ou querem chegar

a primeiro-ministro parece que não têm convicções

profundas sobre coisa nenhuma.

Mas, no caso de...

Sei lá, António Costa, eu acho que ele não tem mesmo

nenhuma convicção e eu já disse isso aqui várias vezes,

acha que a maneira do país por agredir

é sempre com pequenos ganhos incrementais,

porque ele não acredita em reformas.

Luís Montenegro, eu acho que ele acredita naquilo

que ele acha que em cada dia deve acreditar,

porque de resto convicções pessoais têm algumas

e eu nunca percebi quais fossem.

E, por isso, a sua posição em relação ao cheiro,

que nós temos aqui falado abundantemente,

foi ambígua, mas também já tinha sido bastante clara

e depois parece que voltou a ser ambígua.

E agora é mesmo claro, mas, afinal, não foi bem claro,

porque havia uma fase no final, talvez não fosse

suficientemente clara, mas agora ele disse que não,

agora é mesmo claro que não, não é não.

Mesmo essa, tenho dúvidas, João Miguel.

Claro que tens, Ricardo, isso é o ponto.

Mas quando ele diz, porque não precisamos,

o problema está nos exigetas,

ou está na própria frase?

O que é o ponto?

O problema está nos exigetas,

ou está na própria frase?

O problema está nos exigetas.

O problema está na frase,

o problema está nos exigetas,

e o problema estará sempre nos exigetas.

Uma das razões, entre as várias,

pelas quais eu ando aqui,

uma das razões pelas quais eu ando sempre aqui a dizer

que este tipo de posicionamento do PSD

é estúpido e que não faz sentido

em uma altura, o posicionamento...

É o famoso, é a história do caminho das borboletas

e do qual é cá de ser a clareficação.

O PSD não tem sentido esse posicionamento.

Qual é cá de ser a clareficação do PSD

em relação a chega?

É uma coisa que toda a gente exige, exige,

todas as que ele deseja essa clareficação,

e boa parte da direita, a meu ver ingenuamente,

também exige essa clareficação.

Já ouviremos o genu Pedro Mexia.

Aquilo que prova.

Será mesmo é como aqui, Velo, agora.

Prova estas tragações de Luís Montenegro.

É que Luís Montenegro pode dizer o que lhe apetecer.

Pode ser o mais claro possível.

Eu, aliás, até disse, até escrevi no público,

que ele pode dizer que eu juro pelos meus filhos

que manteram ao mar despinho

se algum dia o PSD escolherá coxerra,

que a seguida vai alguém perguntar-lhe,

mas ele não disse se era na Maré Baixa ou na Maré Alta.

Ninguém vai jamais acreditar

no PSD e no Luís Montenegro,

porque mesmo que ele seja super claro,

vão dizer a seguir, mas o Miguel Alpequer

também tinha sido claro na Madeira,

e viu-se que depois deu o dejeito e acabou logo

por se coligar e não se foi embora com uma maioria absoluta.

Não vale a pena, porque ninguém acredita

e estar, a gastar,

estar constantemente a cair nessa armadilha

é muito simplesmente idiota.

Será caso para concluir,

depois de o que ouvimos esta semana,

Pedro Mexiek,

Montenegro aderiu ao famigerado

o caminho das broletas?

Eu não tenho dúvidas nenhuma

que o PSD, se precisar,

se entende com o chega.

Nenhuma, nenhuma dúvida quanto a isso.

Não tenho dúvidas quanto a isso,

porque a única lógica era não ser das pessoas,

que não é o caso do Luís Montenegro,

não é o caso do João Miguel Tavares,

a não ser as pessoas que acham que o PSD

o chega é mais ou menos a mesma coisa.

Há algumas, mas felizmente são poucas.

As outras, a lógica que tem

é a mesma lógica do trampismo e do sanxismo,

para o poder tudo vale.

Para chegarmos ao poder, chegaremos,

seja com quem for, seja com quem for.

E, portanto, não tenho dúvidas,

nenhuma, aliás, a minha experiência

de falar com pessoas do PSD

é que militantes de base, digamos assim,

patizantes até do PSD,

são bastante hostis, entendimentos com o chega.

Quanto mais estão na máquina partidária,

e quanto mais perde secretário

os testados futuros eles são,

mas acham que também não são assim tão maus,

eles, aquilo é só a conversa.

Portanto, o PSD,

não tenho dúvidas,

porque eu concordo que o João Miguel disse

por uma razão, por quem quer esclarecer,

esclarece da primeira vez que ele pergunta

o que está esclarecido.

Estava esclarecido, esta coisa a dizer,

na noite eleitoral,

que eu tinha recebido uma notificação,

a dizer, Montenegro, pela primeira vez, é claro,

depois eu ouvir a frase,

porque não precisamos.

Esta frase é evidentemente desastrosa

e não é, por exjetas,

serem uns chapos.

É porque há uma instabilidade naquilo que é dito,

porque não há convicção.

Não há convicção, já houve várias pessoas

do PSD que disseram.

Logo vemos,

não podemos excluir, etc., etc.

Sem prejuízo de se ter aberto agora

uma avenida nova de uma,

que foi o PAN, já vamos falar disso,

a propósito da Madeira.

O que é que terá levado o líder do PSD,

Ricardo Arous Pereira,

depois de tantas declarações equívocas?

O que é que terá levado a clarificar

a questão das futuras relações

que os chega nesta oportunidade?

Primeiro é para saber se clarifico.

E segundo, isso era um bom momento

para clarificar, porque aquelas eleições

se pôde clarificar.

Já não pode.

Houve um tempo em que pôde.

Eu, por acaso, só li as declarações.

Eu só li as declarações.

Primeiro dizia,

o PSD não vai

coligar-se com o chega porque não precisa

e realmente o porque não precisa

deixava dúvidas.

Então, se precisar, isso significa

que é só porque não precisa,

ou seja, não é um princípio.

O que é a questão do ponto final?

A questão é que lhe perguntaram

e isso significa que o chega

nunca, não é?

E ele disse, não é, não.

Na verdade, disse, não é, não.

Mas eu só lhe inscrito.

Eu lhe inscrito e pensei que

ele tinha dito, não é, não.

É um teste de vergonha.

Vergonha implícita.

É só por causa disso.

Não há nenhuma fórmula.

Agora já não há.

Mas se não há,

até se eu admito que já não há

mas é um problema,

é uma altura chata

para clarificar,

é uma altura chata para clarificar.

Eu estou esclarecido.

As eleições da maneira totalmente

precisam de clarificação

elas próprias.

Porque pelos vistos, é possível

a direita ser governo sem o chega

ou, como tinha saido,

era impossível.

Só se é um microclima.

Só se é um microclima.

Mais.

Mas é claro que é um microclima.

Houve uma garantia, que eu acho que ainda

não tinha sido dada desta maneira,

que foi também muito interessante,

que foi, André Ventura disse,

que fará cair um governo direito

de que ele não participe.

Exatamente.

Não sei se já tinha dito desta forma.

Já, acho que já tinha dito.

Disse até mais, disse que enquanto

não tinha chega.

Tirando agora este na maneira.

Mas, agora, por outro lado.

Pagai, mas então tomamos todos aqui

a comprar claro, não é?

Se o PSD não precisar do chega,

não precisa do chega e governa sozinho.

Se precisar do chega,

precisa do chega e governa com o chega.

Estamos todos a dizer o mesmo?

Não, não estamos nada a dizer.

Estamos a dizer o que achamos que o PSD

vai fazer?

No que achamos que vai fazer, com certeza.

Porque não precisa.

A gente depois lembra-se,

este é o presidente do mesmo partido

que nos assorza e governa com o chega.

Mas deixemos-me saber.

É mesmo quando não precisa, não, nunca.

Quando precisa, anda cá.

Mas repara, mas também é possível,

olhar-se para o resultado da maneira

de uma maneira muito bizarra, não é?

Porque é. Quem perdeu

a maior parte dos deputados

foi o PS.

E a Catastrófica.

4, certo?

Portanto, estes 4 que o chega

ganhou, não vieram do PSD.

Não sei que tu faças aquelas...

Não sei qual é a diferença.

Dá sempre tudo, não é sim.

Porque na verdade os fórums foram do PS

e do PSD e os que saíram para o chega

vieram e depois do PSD para o chega.

Eu acho...

Não é isso, mas é um caminho mais provável.

O caminho não é estou zangado ou não estou zangado.

Isso é o caminho.

Querem falar da Madeira, não é?

A Catastrófica, ministro do ponto final

estão entregues as pastas ministérias

para esta semana e agora sim

vamos saber por que que o Pedro

mexia se declara cenoura e isso tem a ver

com a Madeira, cenoura por contraponto

ao laranja.

É um governo de laranja que no ponto

tinha ver até uma cenoura.

Samos a falar da solução do Governo

encontrada à direita, depois

da coligação PSD, essa ideia de ter perdido

a maioria absoluta na Madeira.

Como é que avali esta decisão

de Miguel Albuquerque

de esquecer a promessa que tinha feito

na Campania Eleitoral,

de não continuar à frente do Governo regional

se a coligação não conseguisse a maior parte dos lugares

no Parlamento

e depois na noite das eleições

ter continuado.

Essa parte é pura política e isso é dramatização.

Claro que quem faz a dramatização

e depois foge às consequências dela

um bocado esquisito, mas enfim

ficamos aqui a noite toda

em relação

a coisas irrevogáveis de que iseres

que foram ditos e que as pessoas

recuaram.

Em relação à

solução política

que causou desagrado em todo lado

no sentido em que causou desagrado

alguns elementos do PAN

meramente na Madeira, causou desagrado

na Ministeria Federal, causou desagrado

no CDS, causou desagrado no algum setor

do PSD.

Aparentemente

a solução tem explicações

regionais no sentido em que

Miguel Alquero que não se dava

em contato de leito

da IEL que era vinha

vindo CDS e tinha sido muito

oposicionista ao PSD na altura etc.

Tem essa explicação.

Mas

é uma explicação que faz sentido

no sentido em que

mas há outra explicação

há uma explicação

e umamento por assim dizer

a outra explicação é que

PAN é mais barato.

O PAN é mais barato porque

a IEL queria baixar impostos

enquanto o PAN

longe de ter

exigências absolutamente incomportáveis

para o PSD, que era do ponto de vista

orçamental, que era do ponto de vista doutrinário

que era taxa turística regional

no Centro Juvenil

no Caniço

e a proteção da Laura Silva

não me parece

que daqui

é um rombo

no orçamento

da região autónoma

da Madeira.

Mas vieram logo a publico notícias de Miguel Alquero

que é caçador.

Mas não atoradas lá

portanto, acho que não atoradas

pelo menos não tem notícias

que é as atoradas.

Terceira é que sim.

E neste exerreal

deu a entender que

o PAN estava aberto

inclinando o continente

coisa que é novidade

portanto, de repente

o PAN passou a ser

um hipótese

e nós já sabemos, já tivemos

uma eleição 115

já tivemos um orçamento limiano

portanto às vezes

basta ter um deputado

ou dois ou três e chega

por outro lado, é pena

que não se possa

estar colidcado com o chegue

e o que é confiabilidade

dos deputados do chegue

ou não confiabilidade.

Se é interessante testar

uma solução PSDS e IEL

na Madeira

porque essa é uma hipótese

que alguns de nós esperam

que seja uma solução

no continente.

Que comentário é que ele merece

a propósito da IEL

João Miguel Tavares

perterida

em detrimento do PAN

e pelos vistos somariamente porque

a resposta de Miguel Albuquerco foi

eu escolhi.

Parece não ter avido sequer

estratégia nacional

na envolvimenta da direção do partido

naquela escolha.

E aliás, até da ideia que já estava escolhido

antes.

Ou seja, que as conversações já tinham sido iniciadas

ainda antes da noite das eleições.

O Pedro Mochia não citou um outro caso

que ainda é mais engraçado

é que o PSDS está coligado

com o CDS

na Madeira.

Não, é só o PSDS que leva o PAN

para o grande embaraço do PAN.

Uma das razões

como diz o Ricardo Costa

quando ele for à fora da Google Game

vai se for um bocado.

Uma das razões pelas quais eu ando aqui

há anos com grande incompreensão dos meus escolheiros

é defender que as clarificações

são uma ingenuidade.

É porque eu acho que nós estamos numa profunda mutação

do sistema político.

Ingenuidade porque não deve haver clarificações

Acho que não pode haver clarificações.

Acho que quando nós estamos naquilo que é

assistir, que é uma mutação

muito grande do sistema político

as contas são muito difíceis de fazer.

Porque nós temos que estar no fim do jogo.

Portanto, grandiosas promessas

têm tudo

para correr mal.

Correr um mal a Miguel Albuquerque.

A aula a Luiz Montenegro.

E reparem.

E nós aqui vamos falar de Espanha.

É uma promessa

tão grandiosa como tu sentaste

em um restaurante e dizer

que era um prato sem carne.

Certo.

É uma escolha.

Mas mesmo assim não quer um bifinho.

Não, não quero.

Na verdade

tu estás a entrar num restaurante

que provavelmente só já há carne e não há peixe.

Mas tu acreditas demasiado nas

inevitabilidades políticas.

A metáfora da restauração está aí.

Não, eu não sei o que é o peixe.

Aqui o que nós estamos a assistir

em todo o lado, em Espanha

a um nível absolutamente escandaloso

é uma lógica de vale tudo

que é simultaneamente

criticável

mas que é ao mesmo tempo

repugnante no caso espanhol.

Especialmente repugnante no caso espanhol.

Mas neste momento

estão a ser as regras do jogo.

E é por isso, e é por isso que na madeira

de repente

sem nenhuma espécie de lógica

vem Miguel Albuquerque

Borreifantes para Luís Montenegro

que levou a direção do PSD

de Todapó Funchal.

Então me destintas.

Aí é ele que é aquilo que seria

o partido

com qual o PSD seria

naturalmente aliado.

É chutado para um canto

e agora vem o pano.

Porque a senhora é mais simpática

é também assistente social

portanto é funcionar ao lado do governo

então está tudo bem, a gente entende-se bem.

E portanto é isso.

Nós temos em cima da mesa.

É por isso que as clarificações neste momento

podem, é só

língua, é só boca.

No meio de tudo isto, quase passou

despercebida a ecatombe

eleitoral socialista na Madeira

o primeiro ministro

no público uma mensagem de felicitação

a Miguel Albuquerque

mas o secretário-geral do PS

não disse uma palavra sobre o assunto

ao contrário do que aconteceu

há quatro anos.

Não posso deixar de sublinhar

o resultado mais significativo destas eleições

que é o resultado histórico

alcançado pelo partido socialista

o seu melhor resultado

eleitoral de sempre

e sobretudo uma notável recuperação

desde nestes últimos quatro anos

dos 11%

que teve há quatro anos atrás

para uma votação que deixou

a 5 mil votos da vitória

nestas eleições.

Isto era há quatro anos

não se deixem enganar.

Há quatro anos

Antonio Costa falou e bastante sobre

eleições na Madeira

o resultado na Madeira

o secretário-geral

do PS, desta vez não se viu

nem se ouviu

como é que entende o líder

o silêncio do líder socialista Ricardo Araus Pereira

acho que é igual ao silêncio

do treinador

que na véspera de um jogo europeu

jogou pataça da liga com a equipe

a ver

acho que o PS

passou a considerar a Madeira

aqui não a gente não vai ganhar

eu não sei que

ou se empenharam muito

eu não consigo acreditar que se empenharam

e eu isto

como é que se chama o senhor do PS da Madeira

não fazemos ideia

portanto eles apostaram

nessa figura carismática

que é essa

que na noite eleitoral

exigiu a admissão de Miguel Albuquerre

do vencedor

exigiu a admissão do que ganhou

do que ganhou

mas eu não concordo que as regras do jogo

agora sejam combinações

esquisitas e negociações complexas

é pá

no continente nós somos governados

por uma maioria absoluta

calma

ainda não foi

não é uma coligação

do CDS com o MRPP

e dos votos do

não, não, é uma maioria absoluta

aqui na Madeira

foi facílimo, a coligação ficou

a um deputado da maioria absoluta

e obteviu

muito rapidamente

as pessoas sabem

quem vota no PAN

vota com a convicção firme

de que os princípios inabaláveis

de ir para o governo seja com quem for

se serão respeitados

é com o CDS, vamos embora

é com o PS

mas essa atitude

não é necessariamente negativa

ou seja, quando o pregumatismo

atropela um pouco a ideologia

desde o CDS até o PS

quando o pregumatismo atropela um pouco a ideologia

enquanto o quisesco consta que coligações

a medida que os partidos

vão encolhendo

na verdade o PAN tem sempre recusado

a história da esquerda da direita

você está certo, mas tem que admitir

que quem vai pôr a cruz no PAN

não sabe para que é que está a contribuir

ele diz, eu quero esta meia

e este é comigo ao supermercado

eu quero esta meia dosia de ítems

e o Miguel quer dizer, estão aqui

mas no carrinho levas com as coisas

não é necessariamente mau

porque é que o Pedro Mechia

porque é que o Pedro Mechia se declara

senhora, o Ricardo Arons Pereira

diz sentir-se privatizado

e isso deixa o

preocupado ou satisfeito o Ricardo

o Carlos, eu nesta fase

eu não sei o que é que é de esperar

porque a TAP já foi pública

privada, pública

e agora vai ser novamente

o Governo decidiu esta semana em conselho

do Ministro Zelianar, a maioria do capital da TAP

admitindo mesmo a possibilidade

de usar a companhia na totalidade

ainda falta ver o famoso

caderno de encargos, o que é que ele dirá

como é que entende a notícia de que

a empresa, apesar da injeção

de mais 3 mil milhões de euros

está avaliada em

menos de 2 mil milhões

sim, é o contrário

da especulação, não é? Às vezes as pessoas

compram uma casa

fazem uma remodelação que às vezes é

meramente cosmética e depois vende a casa

pelo dobro

ou costa fez o contrário com a TAP

investiu lá

milhares e milhares

de milhões e agora

propõe-se privatizá-la por

muito menos do que isso

eu creio que a TAP

do que precisa é de mais 2

ou 3 renacionalizações e

subsecuentes privatizações

e sem princípio faz bem a qualquer

empresa, companhias aéreas

mais ainda e portanto

eu creio que se continuarmos nesta

semana privatiza

nacionaliza privatiza

nacionaliza mais 3

ou 4 movimentos destes e a TAP

estará em grande, acho que é isso

o interesse é que os trabalhadores

que lá estão saibam o que é

que contam esta semana

quem é que comeceu a entender

que sai vencedor e quem é que sai

derrotado com a decisão

tomada pelo governo nesta semana João Miguel Tabares

quer dizer, os portugueses

já saíam derrotados mas esta

solução

alguém tomo conta da TAP

por hoje em dia parece que é consensual

que a TAP não consegue sobreviver

mas a TAP está a dar lucro agora

exato, não está

se na tua empresa não terem

3 mil milhões e tu esqueces

os operacionais

essas contas

as contas de facto

não se fazem assim

tu esqueces a mochila toda

que tens para trás das costas

está aqui a dar lucros operacionais

durante o último ois

não funciona assim

porque é preciso injeções de capitais

é preciso constantemente estar a meter dinheiro na empresa

aliás a consciência de que é preciso

continuar

se a TAP não precisasse mais

dinheiro

ela continuava nas mãos do estado

que é que a TAP evidentemente vai precisar

de mais dinheiro e é isso que o estado não pode dar

por causa das regras de bochelas

e é por isso que a vai vender

até hoje

é do ato penitencial de antonio costa

porque é daquelas coisas que não podem passar

ou pelo menos

lembrar aqui sim, virem as pessoas

lembrar todos os dias

mas antonio costa já aparentemente

desculpa, ou diz-se que se arrependeu

ou diz-se que agora está a dizer exatamente o contrário

e que portanto que enfiou milhares de milhões

possivelmente de forma totalmente

desnecessária

numa companhia aérea e para agora apresentar um caderno

de encarques que é parecido àquilo que o pai de passos

foi apresentado em 2013 e em 2014

o pai do passoscolho

o Pedro

o que eu disse?

parecia o pai do passoscolho

acho que é barulhado agora

é do adiantado

o futuro é que algo irá para a TAP

Pedro Mechia

um futuro breve

tudo o que foi anunciado

me parece sempre bom nos princípios

venda uma companhia aérea

e não há um fundo que tenha escala

que tenha donidade

e que o caderno de encargos possa ter

aquilo que é essencial

que é questões de interesse público

que não inclui necessariamente a propriedade pública

isto é, pode-se a

matérias de interesse público

em relação a uma companhia aérea de bandeira

que não tem que ser

não tem que rimar

com a propriedade pública

como não aconteceu

em outras áreas

já sabemos por que o Ricardo Araújo Pereira se declara

utilizado, agora vamos tentar perceber

e é aquela oladinha do

muito rapidamente porque é que o João Miguel Tavares

se anuncia mudo

mudo como quem

João Miguel

como ao Sr. Sánchez que nem sequer teve a dignidade

da barriga boca

durante a sessão de inferiores

o primeiro ministro espanhol em funções

que se manteve

uma moda socialista

que é ir ao órgão os colegiais

e não abrir a boca

de Pedro Sánchez

quer dizer, o que eu vi no notismo

é o que eu quero dizer muito rapidamente

é isto, ao Pedro que está a passar em Espanha

qualquer congregação do PP com voques

ou com chegas da vida

ou com o que for

é brincadeirinha de crianças

porque aquilo que está a ser negociado

é uma oportunidade, atenção

pode-se decidir

amnistiar os responsáveis

por o que aconteceu na Catalunya

mas

em troca de votos

em troca de votos é sim

é uma obstinidade política tão grande

que eu estou muito entretido porque

parece que eles não queram só a Ministria

querem a Ministria e o referendo

e andam também todos a discutir

qual é que é o palavreado certo

para aquilo que é uma tela novela

a Ministria vão ter

citado na empresa espanhola

uma fonte do PSOE dizia

vai haver uma Ministria

mas não lhe vamos chamar assim

também lhe podem chamar pelo bichito

talvez consulta popular

mas

a Constituição entretanto

vamos ter a oportunidade de falar

disto

em relação às eleições espanholas

é minha proposta

é repetirem as eleições

acho que é fatal

mas desta vez Portugal também votava

talvez Portugal também votava

nas eleições espanholas

não é por serem só os nossos vizinhos

é o problema é o seguinte

é a discriminação

Portugal é a única região da Príncil Ibérica

que não quer ser espanha e não pode votar

nas eleições espanholas

há muitas outras que podem

nós somos os únicos que não podem

acho que é a proposta

e é mesmo se falar de Espanha

invitavelmente nas próximas semanas

está na altura dos livros

e esta semana eu trago um livrinho curto

uma espécie de monografia

sobre uma praça de Lisboa

as intervenções

muitas delas lamentáveis

como se lê logo na primeira página do livro

as malfeitorias ao Martín Moniz

são uma tradição muito popular e antiga

e é do Martín Moniz

que se fala em menos de 100 páginas

o autor

o jornalista José Ferreira Fernandes

conta histórias e curiosidades

dos sucessivos desatinos

que têm atingido o Martín Moniz

quem conhece a prosa de Ferreira Fernandes

sabe o que vai encontrar nela

e neste livro

ela também não falta uma boa dose de ironia

e uma saborosa

atenção ao pormenor, ao detalhe

pormenores como o facto de vermos

hoje encostada

a ermida da Senhora da Saúde

que resistiu ao abato

sucessivo do património da praça

de vermos lá agora paredes meias

com a ermida uma loja

de bugigangas sinal dos tempos

claro que o autor

tem também uma solução, a sua solução

para o Martín Moniz

e também apresenta no livro

a loja de bugigangas

não cabe nessa solução

mas o melhor é deixar alguma

alguma coisa, alguma ponta do véu

por levantar, alguma coisa por dizer

não vou revelar a solução de Ferreira Fernandes

para o Martín Moniz

para que ela possa vir a ser desvendada

por quem se interessar por este

livrinho que se lê num ápice

Martín Moniz como

o desentalar e passar a admirar

da José Ferreira Fernandes

edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos

o João Miguel Tavares

traz memórias familiares

de Gabriel Garcia Márquez

exatamente, para quem gosta muito de

séries de HBO e de fichas técnicas

de filmes

filmes e de episódios

já teria talvez

sim, mas quem gosta disso

e quem gosta de cinema já teria reparado

neste nome de Rodrigo Garcia

o realizador de alguns

de episódios dos 7 Pomes Terra

e dos superantes

e hoje em dia de longas metragens

ele é realizador de cinema

e com uma característica

é filho de Gabriel Garcia Márquez

e ele agora decidiu homenagear o pai e a mãe

ambos falecidos

neste pequeno livro

que basicamente é um livro das suas memórias

de Gabriel Garcia Márquez

sobretudo do pai

e também da sua despedida

Gabriel Mourão

chama-se Gabriel Márquez

o Pedro Mexia traz cinema

português no femenino

sim, é um livro que tinha saído

na Inglaterra, de Mariana Lizi

ou ano de realizadoras portuguesas

e é um livro académico

essencialmente, são estudos

sobre cineastas portuguesas

não é muito evidente para a maioria das pessoas

cineastas portuguesas

os nomes nós somos mais conhecidos

sobretudo nos estrangeiros

estas autoras

e todos os colaboram no livro

na Número Hemedal Gado

que é um nome que reabilitam aqui

depois de Três de Vila Verde, Margarida Gila

até as mais recentes Claudio e Vorgéio Lenor Telles

e sempre confrontando com vários

binomas muito productivos

de paralelas destes filmes

que é tempo, história, feminismo

e feminismo

documento, memória

é um livro muito

estimulante e que

mesmo os cinefilos

consideram que não viram boa parte destes filmes

e isto querá dizer a uma coisa

O Ricardo Araus Pereira

propõe

memórias de um tempo

recente, de um jornalista

José Pedro Castanheda

mítico, jornalista do Espresso

que trabalhou 28 anos

isto chama-se

os últimos do estado novo

parece que falta uma palavra no título

os últimos tudo

os últimos presos políticos

o último governo da ditadura

o último presidente

da União Nacional que na altura

já tinha outro nome

e portanto é isto

é um retrato

do fim de um regime

do fim de um tempo

assim se conclui mais uma reunião seminal

dos 8 dias, à mesma hora

ou a qualquer hora em podcast

Pedro Mexias, João Miguel Tavares e Ricardo Araus Pereira

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Foi uma semana belissimamente recheada de vibrantes fanatismos: gente convencida daqui que julga ser a sua razão, de megafone em punho, tentou censurar um livro; outra gente, empanturrada de boas razões, foi atirar bolas de tinta verde contra um ministro, quando ele se preparava para falar num evento patrocinado por empresas do sector energético; e ainda uma terceira categoria de pessoas decidiu, sem o citar, evocar Lenine e a frase em que ele defendia “liberdade de expressão absoluta, excepto para os nossos inimigos”. Enquanto isso, a Madeira foi a votos, Miguel Albuquerque desdisse-se, o PAN tornou-se o azimute da estabilidade regional e António Costa, na noite da hecatombe socialista, nem vê-lo. Esta é a ementa da semana; e parafraseando o velho Marx (calma, não é esse): são estes os nossos temas, mas se não gostarem deles temos outros.

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