Renascença - Extremamente Desagradável: Do bem e do melhor, Isabel Silva

Renascença Renascença 10/23/23 - Episode Page - 14m - PDF Transcript

Com o Solverde.pt aqui na Renascença, a Solverde.pt são muitos anos, também da Renascença.

Tudo na Renascença.

Tudo.

Há cada vez mais gente a fazer a Apologia da Corrida, não é, incentivar as pessoas...

Corra!

Corra, clicar bem, exatamente, incentivar pessoas a correr em maratonas, pois eu hoje

quero fazer o contrário, quero alertar aqui para os riscos dessa atividade.

Mas que é por causa de lesões nos joelhos e assim...

Não, pior, pior, eu trago um caso prático para perceberem bem um problema.

Lembro-nos da Isabel Silva.

Então, claro, a Belinha.

Exatamente, estão a ver, a Belinha, certo dia foi correr em uma maratona e depois outra,

e depois outra, pois se tornou o seu vício.

E às tantas teve de abandonar o trabalho na TVI porque certamente lhe atrapalhava os

treinos.

E eu respeito isto, atenção, eu nunca teria coragem de fazer o mesmo no dia em que eu deixasse

de poder usar a desculpa, não fui treinar porque me atrasei aqui no trabalho, a minha

vida acabava.

E, por isso, eu só tenho um emprego para ter um bom alibi para faltar ao ginásio.

Bom, mas estamos aqui para falar de mim, estamos aqui para falar da incompatibilidade

entre o emprego da Belinha e o seu hobby, pelo menos incompatibilidade de horários.

Nós temos de terminar o nosso pequeno almoço sempre duas horas e meia antes de começar

a prova.

Se a prova era às sete e meia, eu tinha que terminar o meu pequeno almoço às cinco da

manhã.

Eu tinha que começar a comer às cinco menos um quarto.

Por que é bom eu terminar às cinco?

Porque entre as cinco e às sete, eu fui à casa de banho três vezes e é super importante

nós começarmos a prova com energia, mas sentir que a tripa está limpa é fundamental.

Isto é que é mesmo o tripa de Weiser.

É, é, é, tripa de Weiser, é, isso que eu ia dizer.

Conselho-te para a tripa.

Eu deixo só uma pergunta, só uma.

Sim.

Por que é que as pessoas partilham tanto?

Não é?

Eu já tinha visto gente partilhar um momento em que põe cremes na cara à noite, um

momento em que faz sumos verdes, um momento em que faz cocó.

Creio que é a primeira vez.

É um antes e depois dos sumos verdes, não é?

Sim.

Bom, mas vamos ao prometido.

Os malefícios da Maratona dos quais ninguém fala, ah, e tal, é muito bom para tonificar,

para ganhar resistência, tudo certo, mas isto, disto, ninguém fala.

Eu não lembro perfeitamente de estar com a Catarina Coito, que foi a minha grande amiga

que foi comigo nesta aventura da Maratona, que é uma pessoa inacreditável, que quando

penso nela, agora às vezes até me dá vontade de chorar.

Porque eu gosto de mesmo dela.

Oh.

E por que que eu estou a chorar?

Olha, nem sei.

Porque eu sempre que falo da Maratona, é uma coisa tão importante na minha vida, que

me deixa tão feliz que eu deito tudo para fora.

Só faria sentido chorar assim, se a amiga fosse o soldado Fidipo, de aquele da lenda

da Maratona, que teve que ir a correr e depois sucumbiu, não é?

Mas, olha, eu acho que vies deixar a Isabelinha deitar tudo para fora, como ela diz.

Curiosamente, a única vez que eu tentei fazer uma Maratona, também deite tudo para fora.

Vocês disseram que não é recomendável beber latiscínios antes de correr.

Peraí, tu tentaste de correr uma Maratona?

Uma Mini.

Ah, ok, ok.

Isto é uma coisa que não recomendam beber antes de uma prova, uma Mini.

Veste uma Mini antes de uma Maratona.

Se for só, se for só uma, em princípio não faz mal.

Se for em dois, é que se calhar, ficamos como a Isabel Silva neste depoimento.

Ahá.

E agora lembra-me da Caterina.

Tivemos tantos dias juntas a viver aquilo com tanta intensidade, que depois de repente,

quando a Isabel lhes boa, ela foi para a vida dela e eu fui para a minha vida sempre

e só agora é que eu estou a parar para pensar.

E como agora estou a parar para pensar, estava vindo tudo lá de cima.

Ai, já passou.

A bocada vinha tudo lá de baixo.

Ah, isto é tão engraçado.

Não é assim tão engraçado.

Esta variação súbita de humor.

Até a mulher vai acreditar que a Isabel está sob o efeito de...

Drogas?

Não, que dispara-te-se alguma vez.

Sob o efeito de kombucha.

Mai-Kombucha.

E tu que adora surf?

Sim, sim, sim.

Você está a kombucha aos peixinhos.

E não vão fazer mais churros.

Olha, isto também mexe aqui com a pessoa.

Ficas high on kombucha.

Esqueça, estou a sentir.

Ah, é o kombucha.

Que isso, opa.

High on kombucha.

Olha, isto é uma boa pergunta.

Isto foi uma entrevista que Isabel fez no seu canal do bem.

No fundo, o trabalho dela continuasse a ser igual na forma.

Só mudou o conteúdo, na TVI passava horas.

Mas peraí, ela é entrevista?

Ela está entrevistada, senhora da...

Ah, não era entrevistada?

Não, não.

Ah!

É um canal dela, ela é entrevista.

Ok, ok, ok.

Ela é entrevistada?

Ela está lá.

Mas devemos falar mais sobre isso, se quiserem.

É conselho depois de ver.

Acho que vai gostar.

Na TVI passava horas entrevistar produtores de queijo e de choristas.

Agora entrevista produtores de kombucha.

Não mudou muito, não é?

Estão kombuchorisso.

É kombucho.

Kombucha.

Foi do bucha, kombucha.

Exato.

Uma pergunta.

Sabe o que é que Isabel faz no fim de uma maratona?

Vou dar hipótese.

Hipótese, ah!

Vai comer um grande rancho.

Hipótese, bebe kombucha.

Hipótese, dar beijinhos assim própria.

É, eu acho que é kombucha.

E eu acho que vou fazer kombucha porque ela comer rancho não me parece.

Estão beijinhos.

E é uma coisa que a vida me tem ensinado que é, quando nós conquistamos algo, não podemos partir logo para outra conquista.

Não, agora é a altura de refletir sobre o que eu vivi, de celebrar e dar beijinhos a mim própria e dizer que eu sou a maior do mundo.

E dizer que eu mereço e que eu sou uma pessoa incrível.

As pessoas falam muito em amor próprio, mas há poucas a consumarem assim desta maneira, não é?

E parece-me bem, o tema é que Isabel está já a levar este amor longe demais, é que ela está mesmo apaixonada.

Eu acho que sou uma pessoa especial e ainda há muitas coisas boas em mim que eu ainda tenho que descobrir.

Eu imagino a Isabel enviar mensagens para si mesmo, a dizer que gostava de te conhecer melhor, descobrir mais sobre ti.

O que fazes logo à noite?

Como é que os outros olham para vocês?

Como é que vocês olham para vocês?

Este pensamento assim, um bocado de negócio cinto que inarcia exista, é super importante.

Porque é isso também que a vida despede.

Ah, é? Eu tenho de dar mais ouvidos à vida que eu não tenho estado entendo a esse pensamento.

E muito daquilo que a Isabel é hoje, esta mulher resiliente, forte, empática, simpática, que é assim que eu gosto de me ver,

também se deveu muito a essas experiências que eu tive.

Espera, espera que estou tomando outra resiliente, forte, simpática, empática, modesta.

Estava só aqui registar as principais características da Isabel Silva.

Agora a questão é, com tanto amor próprio, sobra espaço para ela gostar de algo, hein?

Excelente pergunta, ao mesmo tempo parece uma pergunta da Karas, ou da Ola, neste caso.

Eu acho que Isabel está aberto ao amor, sim, desde que o pretendente cumpra certos requisitos.

Eu adoro estar com alguém que tem entusiasmo pela vida, que tem admiração por mim,

alguém que me dá decisão também.

Tendo de ter admiração por ela e não se importar caso ela não tenha admiração por ele.

É porque o dia só tem 24 horas e não dá tempo para admirar tudo.

Tendo de escolher uma pessoa tem que ser a sua primeira prioridade.

E não menos importante, eu diria até que é das coisas mais importantes.

É cuidar mais de mim, sendo mais gaja.

Resgatar o meu lado feminino que eu tenho e que eu adoro, e quando eu os digo isto é por um batão.

É ir jantar fora, é ir rasgar paninho na pista.

É, por exemplo, com o propósito e com o amor, flertar e permitir-me a viver mais e mais no slow.

Olha, eu curtei rasgar paninho na pista com a Belia.

Eu acho que vão ter aqui vocês as duas que eu não tenho admiração para ela.

Mas eu me decidi ela dizer batão, porque ela quando for velha vai usar um bastão.

Vai te bater.

Vai fazer o caminho em Santiago.

Não precisa.

Eu diria que flertar quando está a rasgar paninho na pista é sempre flertar com o propósito,

com o propósito levar alguém para casa.

E na verdade, para eu resgatar tudo isso, eu tenho que ter bem claro na minha cabeça

as minhas metas, aquilo que eu ambiciono e eu vou enumerá-las agora, porque eu pensei.

Eu até as escrevi e eu vou colocá-las na minha cozinha para eu todos os dias poder olhar para elas,

porque às vezes podemos desvirtuar.

Em primeiro lugar, eu quero ter ainda mais, ainda mais, ainda mais bem definido o meu Iki-Gai,

que é o meu propósito de vida.

E vocês, também é fixa ou no frigorífico o vosso Iki-Gai?

Não.

O meu neste momento é comprar ovos.

Todos os dias olho para aquilo.

Agora, eu quero ver se compro os mesmos que a Isabel mencionou.

Eu vou levar nesses, mas eles têm aqui outra marca que eu adoro, que é a Quinta da Avilheira.

Estava a Mariana do Alcrinha dizer-me que estes ovos são especiais, tal e como estes,

mas vocês sabem que as galinhas da Quinta da Avilheira, quando estão a pôr os ovos,

houve música clássica.

Não é, Mariana?

Na Quinta da Avilheira?

Na Quinta da Avilheira.

Já, eles ouvem música clássica, tipo esta que está a dar agora.

Elas ouvem esta música clara, elas vão pôr os ovos super tranquilos,

pois eu vou enxudir essa energia.

Diz-lhes?

Eu já está a covo.

É isso que eu quero para mim.

Acordar às cinco da manhã para tomar o pequeno almoço de duas horas antes do programa.

É para ter tempo de Iki-Gai.

Peço desculpa, peço desculpa, peço desculpa.

Peço desculpa por este amor revisteiro.

Eu acho que também faz falta.

Baixo aqui o Camilo da Oliveira, em mim.

E saber que aqueles ovos foram jogados ao som de concerto para piano número 2,

de Rasmani 9.

E depois de três vezes a Casa de Bangla está a tratar do Iki-Gai.

Ah, Rasmani 9.

Se é bom para a Flora intestinal, da Isabel, será bom para a minha.

Mas não esqueçamos, então, aqui, a questão importante do Iki-Gai.

Eu tive vários dias em 2022 que parece que tinha perdido o meu Iki-Gai.

Ai, então, encontro...

Se pensamos com a Irene...

Iki-Gai, ai, o Pio.

Se pensamos com a Irene, só há dias em que teve a paesão de vento, não é?

Mas isso de perder o Iki-Gai é uma satis.

E quando perdemos o Iki-Gai, com a documentação toda ainda é pior, não é?

Depois é preciso fazer os cartões de novo, uma maçã.

E de repente aparece uma experiência com uma dança comigo

que eu decidi aceitar e voltei a lembrar-me que...

Ah, eu sou raja.

Eu sou feminina.

Eu tenho move e não sabia.

Quer dizer, sabia, mas já não me lembrava.

Eu tenho move.

Naquele caso tinha vários moves.

Cha-cha-cha, mambo, salsa, não é?

E agora, o momento em que a Isabel silda nos deixa um conceito para a vida

ou só para o foco se trote, não sei bem.

Não sejas tão...

Quer dizer mais?

Calma, slow, quick, quick, slow, quick, quick, slow.

Eu acho que isso fica triste, é contemplar a chuva lá fora,

pensando que nunca mais teremos de volta a Belinha

que apresentava o Somos Portugal,

mas de repente há um live de esperança.

É aqui o malta que todos os dias nos faz ter vontade de sair da cama,

que nos dá ganas, que nos dá...

Só ver, mesmo no desafio, caraças, eu quero fazer aquilo.

Caraças, eu quero fazer aquilo.

Porque a Isabelinha está a falar...

Aí fazes muito bem.

Treinei muito tão bem ao espelho.

Porque a Isabelinha está a falar como se fosse o pequeno Saúlinha em Sábio.

Porque ela é uma questão de tamanho.

Não, que eu não falo assim.

Mas tu não és da tamanho de eles, eu sou muito mais altos.

Mas é verdade.

Porque quando maquinho, é sempre a trabalhar.

E maquilhar-me só para me sentir.

E pretar com as pessoas.

E estar disponível para o que é e bem.

E a todo disponível.

Mas ponho os pozinhos mágicos.

Eu, por acaso, desde o início deste episódio,

estou a incri-lo que a Isabel mete os pozinhos mágicos.

Isso não pode ser só a Iona Kombucha.

Nós nascemos para sermos limpos.

Caso contrário, quando a gente nasceu,

houve ali o corte do cordão umbilical.

Se nós nascemos para estarmos constantemente ligados aos outros,

não nos cortavam o cordão umbilical.

Se ele foi cortado,

é para nós trabalharmos a nossa melhor versão.

Aqui tem razão.

Se nós andássemos com o cordão pendurado,

nunca seríamos a nossa melhor versão.

Quanto mais não seja,

porque tínhamos sempre a nossa mãe acopolada a nós.

E já sabe que as mães são peritas em embarassar-nos.

E com a roupa, uma chatíssima.

Sim, olha para ver se tudo tinha que ter um buraquinho.

Nós ali ia dar tudo,

tentar impressionar os outros e a nossa mãe.

Sabe que ela sofre imenso de gases,

uma vez quando era pequena.

Até levámos ao Garcia da Horta,

porque ela tinha imensas dores.

A final era sofre de polência.

Imagina aí, Isabel,

a tentar flertar com um propósito numa discoteca,

agarrada à mãe pelo cordão umbilical.

Eu aposto que ela não se ia safar.

Eu queria começar por enumerar

vários momentos da minha vida,

os mais recentes,

que me fizeram sentir verdadeiramente feliz.

Ui!

Ui, enumerar agora não dá.

Isabel, já são quase oito e meio.

E ela deve ter centenas e centenas de momentos felizes.

A questão é tirar, eu não sei.

Aquela felicidade, como eu costumo dizer,

neste momento não há ninguém mais feliz do que eu.

Podem estar ao mesmo nível.

Não há.

Mas mais feliz do que eu, isso é completamente impossível.

Opa!

Competitiva, não é?

Transportou o espírito da maratona para a vida.

Ninguém está tão feliz como ela.

Ela é recordista mundial de felicidade,

top 10 das pessoas mais felizes do universo.

Eu acho isto um bocado suspeito.

Quem está feliz, normalmente, é como quem emagrece.

Não diz aos outros, espera que sejam eles a reparar, não é?

É como aqueles casais...

A gente conhece um casal assim,

que troca grandes ilusios em público,

não é no Instagram, grandes declarações para toda a gente ver.

Em princípio, não estão assim tão bem.

Eu quero muito agradecer a 2022.

Foi um ano de muito crescimento pessoal e profissional.

Foi um ano de grandes desafios,

mas os desafios são super importantes

para nós podermos crescer e evoluir.

Portanto, eu hoje estou uma mulher mais forte,

mais crescidinha.

Chorei muito, doeu muito este ano.

Mas foi bom.

Não deixe de ser uma pessoa feliz.

Não deixe de me sentir feliz.

Eu sou que sou uma pessoa feliz.

Ao mesmo tempo, parece que sabe a dúvida.

Pois é, pois é.

Se continuasse, o vídeo acabou ali,

mas se continuasse, acho que era mais ou menos assim.

Sim, será que estou...

Não deixe de ser uma pessoa feliz.

Não deixe de me sentir feliz.

Eu sei que sou uma pessoa feliz.

O meu Iki-Gai é ser feliz.

Mas charei uma pessoa feliz.

O que é isso de ser feliz?

Eu não me sinto feliz.

A última vez que eu fui feliz, foi em 2012,

quando comi uma francazinha em pão com gluten

e bebi um iced tea de mango.

Com o Solverde.pt, são muitos anos

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Joana Marques fala-nos de Isabel Silva, a.k.a Belinha, e da sua nova vida de maratonista.