Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Costa foi à bola e outros temas candentes
Joana Beleza 6/24/23 - Episode Page - 47m - PDF Transcript
Esta semana, Ricardo Araújo Pereira declara-se bíblico.
João Miguel Tavares confessa-se desmoriado e Pedro Mexia considera-se imprescretível.
Está reunido o programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.
Olá! Hoje o renoeteque assume a pasta dos acrónimos. Em homenagem a esta incrível e
tão útil ferramenta linguística, porque já imaginou o que seria, sempre que quisesse
mudar para a SIC ter de dizer, querida, mudei para a sociedade independente de comunicação
só chovor. Ou sempre que recebesse a conta de Apple, olha querido, já recebemos a conta
da empresa de águas livres de Lisboa e este mês este vou pagar. Que perda de tempo! É
por isso que agora lá em casa só usamos acrónimos. Por exemplo, eu diga-se à minha
mulher, tuca! E ela sabe logo o que eu quero. Traz uma cerveja amor. Pensavam que era o
que, malandros? E com a tecnologia renoa o eTech, é a mesma coisa, para que dizer
electric technology, se eTech é bem mais fancy. ETech! Já o programa que se segue pode
não ter acrónimos, mas qualidade, isso tem de sobra. Bom programa!
Maravilha, sejam bem-vindos. No final de uma semana em que o país político discutiu
uma ida do primeiro-ministro à bola e em que o governo chegou atrasado a homenagem
às vítimas dos incêndios de pedrógão. Temas que falaremos mais adiante, mas só
depois de tratarmos aquilo que está a acontecer neste momento e que temos ainda pouca informação,
há aparentemente uma revolta na Rússia, entre forças russas com o grupo Wagner e
o exército regular em aparente confronto. Não se sabe ainda muito. Querem especular
um bocadinho sobre aquilo que pode acontecer quando há russos, contra russos aparentemente?
Vamos só contextualizar mais um bocadinho, é que as forças de perigogine, os mercenários
do grupo Wagner dizem ter sido atacados pelo exército regular, dizem que Putin foi enganado
sobre as condições para a guerra na Ucrânia e agora parece que há uma coluna militar
de perigogine, portanto, o grupo Wagner dos mercenários a caminho da cidade Rostov, que
é uma cidade perto da fronteira ucraniana, onde estão muitas instalações militares
russas. Isto tu promete?
Eu proponho que Ricardo Deus pague a faça de Nuno Rugeiro e Pedro Mechia de Zemlhacos.
Mas eu sou mais forte a fazer a voz dos Zemlhacos. Seria melhor para mim se...
E o Pedro Mechia consegue fazer de Pedro Nuno Rugeiro?
Não consigo fazer de nada, mas consigo dizer que este o embate entre tropas de Putin e
tropas de mercenários russos é a coisa mais parecida com a Guerreira o Irak em que era
uns gis dois, faça um favor de prever os dois. É uma...
Se puder haver, por longamente, penaltis, estamos por tudo.
Atenção, não era o cenário que eu vi mais sobre as possibilidades de Zemlhacos, não
é de Zemlhacos, estamos muito longe de Zemlhacos, mas não foi assim, isto foi se avolumando
de uma forma absoluta. Parece que você pode confiar em mercenários, é a gente pouco confiável.
Eu vou ficar à espera de ver, agora, se estes mercenários são também neonazis que
é preciso exterminar e conter, sim, vamos ver, pode ser que...
Isto é uma boa ajudinha para a contra-offensiva que está em março.
Sim, era agora, enquanto os militais russos estão a cortar autostradas dentro do seu
próprio país, nós, como somos muito interessados para o Político Internacional, estávamos
já a conversar isso antes do programa se iniciar e, de facto, uma coisa que eu sempre
senti muito de tanta falta foi de um grau de compreensão em relação a esta dinâmica
entre o grupo Wagner e as forças russas. Mas, provavelmente, só a paralelo para
a crème linologia, na vaticanologia. Sim, eu acho que são sistemas de chave.
Embora talvez não disclarecesse isso, eu acho que este é um daqueles momentos em que seria
útil nós temos acesso direto à televisão russa, que foi estúpidamente bloqueada por
decisão do Parlamento Europeu. Mas a ideia... o problema aqui é nós temos
uma ideia de uma russa, e não é uma ideia, é real de uma espécie de russa, autocrática,
comprutinho todo poderoso. Mas e depois de repente tínhamos o senhor Wagner, não
é Wagner, é o Peirogínio, com uma liberdade de São Petersburgo.
Sim, exatamente, um ativista do Batares, de São Petersburgo, a ter uma liberdade verbala
que ninguém do lado ucraniano tem, evidentemente, quer dizer. E aquela dinâmica entre ele e
o Shoguy, o Ministro da Defesa, aparentemente, odeiam-se uns aos outros, e foi sempre para
mim relativamente incomprensível como é que aquele... dinâmicas...
Já faltou o chefe, a nover agora.
Sucionava. Mas o chefe também disse alguma, mas apesar de tudo parece estar numa linha
mais fiel em relação ao...
O selista, sim, sim.
Este senhor não dá para perceber e durante muito tempo nós pensávamos, mas isto se
calhar é uma qualquer dinâmica gelava que não está ao nosso alcance, aparentemente
não correu mesmo algo.
No nosso alcance, e vamos ver como é que evolui, também não temos muito mais informação
desta altura.
Sim.
O Ricardo...
O mesmo que eu tivemos.
Também...
Não somos nós as fontes mais credíveis para a análise...
Não sei, quando o Ricardo faz a voz de me dá-se, porque aí pode sempre fechar este
sentimento...
Aí, certo, estou falando com...
Vamos ver o que é que acontece, seria um fim muito engraçado para a guerra, acho,
e eu...
Os russos contra russos e os ucranianos, eu acho que acabam as 10, exatamente.
Bom, então vamos aos temas regulares do programa, que os nomes estamos legalmente
impedidos de dizer, já me cheguei de sair outra coisa.
Com o Ricardo, era uspereira a querer tornar-se por esta semana ministro da concentração,
e o caso em causa é de facto concentracionário, pelos vistos, não é?
Pois é...
Carlos...
Você tem que falar da academia de futebol no Conselho de Fama-Licão, suspeita de
tráfico de seres humanos.
Ceres humanos, mas repare, é esta academia de Fama-Licão e não só, neste momento,
aparentemente, há em Portugal uma inclinação para a seguinte variante do empreendedorismo,
é o investimento num produto muito bom, que são seres humanos, essa é o comércio,
portanto, este triste episódio desta academia de futebol, onde foram retirados de cenas
de alguns sujeitos a situações, de alguns casos degradantes...
Exato, mas está emparedado por episódios anteriores de migrantes que vão colher frutos
vermelhos e vivem situações degradantes, ou outros que vivem aos montes, em apartamentos,
e um caso já a seguir a este, no Samoco de outro...
A apanhador de bivalves.
A apanhador de bivalves da meijoa japonesa, não sei por que razão, está no Tejo, não
sei como é que lá foi parar, e portanto, este caso específico do tráfico dos jogadores...
Será que são condições destas que foram reportadas sobre esta academia, que se preparam
para os craques e grandes campeões?
Então não é, Carlos, mas são os grandes craques e campeões, é preciso ser um tipo
especial de pessoa para ter...
Isto é uma coisa bastante, a palavra, objeto, não sei se chegar a definir, porque a questão
é assim...
São miúdos...
São miúdos...
São trazidos em grande parte...
Sob falsas promessas...
O Brasil...
O país africano...
O que pagam?
O que pagam?
Estes, assim, craques e campeões que dirigem esta academia, cobram desgraçados aos pais
destes desgraçados, a troca de um, a pretexto de um sonho de jogar a bola, exatamente...
Para jogar a bola...
Cobram-lhes mil euros por mês...
Irão-lhes os passaportes para ver os casheiros?
Exatamente...
E se não funcionarem?
Se não funcionarem, ficam azar...
É, do início ao fim é um caso, apá, objeto, sendo que, quer dizer, há aqui gente ao
mais alto nível nisto, porque um senhor, que era presidente da Assembleia Geral da
Liga, acho eu, era também presidente desta...
Acho que era vice-presidente...
Ou vice-presidente desta...
Exatamente, desta...
Já se demitiu, entretanto.
Demitiu-se, claro, desta academia que usava, na sua publicidade, usava, por exemplo, o
nome de Cristiano Ronaldo.
Nós, os nossos métodos que formaram os jogadores, tais como Cristiano Ronaldo.
É uma maneira muito habilidosa de dizer uma coisa que, sendo falsa, assim indita, não
pode...
É, porque é capaz de não haver um método para produzir Cristiano Ronaldo.
Não há um método, não.
Não há outro.
Mas, quer dizer, basta dizer assim...
Não, nós temos o mesmo método daquela academia de onde saiu o Cristiano Ronaldo.
Este caso, conhecido esta semana e que teve desenvolvimentos com uma operação policial
esta semana, não é um caso novo há vários anos, que há notícias dos jovens, sobretudo,
brasileiros e africanos aliciados, que pela promessa deverem entornar-se futebolistas
de elite, que são traduzidos para Portugal em situações bastante precárias.
O Ricardo já aludiu a isto, mas, João Miguel Tavares, vê algum paralelizmente a esta situação
e a dos imigrantes que vêm apanhar frutos vermelhos para Portugal?
Eu vejo.
E eu vejo.
Eu vejo espelhanças, há muitas espelhanças no mecanismo, mas há uma diferença muito
relevante, é que os empresários do ramo dos frutos vermelhos e dos bivalvas não ocupam
cargos altamente relevantes a instituições nacionais, como é o caso da Liga, o cargo
dele agora é ex-presidente da mesa da Assembleia Geral, não tem como embaixadores Miguel
Frasquilho, como este teve, como este B-Sport chegou a ter, ele disse, o Miguel Frasquilho
disse que não fazia a menor ideia, mas quer dizer que significa, e eu acredito que isto
estava acontecendo.
São pessoas bem relacionadas.
Mas são pessoas bem relacionadas e também os apanhadores de bivalves e de frutos vermelhos
também não conseguem reuniões com Ana Caterinamentos como este tinha conseguido para
tentar apressar lá uns passaportes e umas naturalizações, exatamente, esta hora já
me falto as palavras.
E isso é isso, é que esse é o ponto altamente relevante e eu ainda por cima, depois vejo
gente de comentadores, e gente que está do meio do futebol, comentadores dos futebol,
ele dizia, ai tal, um bocadinho como tu estava a dizer, isto já se sabe desde 2019, e as
pessoas dizem, e se sabe-se, e se sofre-se, já sabia que será assim, e não é só esta
empresa, é tão se sabe, quer dizer que nós estamos a falar de um desbordo com uma visibilidade
gigantesca.
Cheguem-se à frente, não é, quer dizer, temos tanta gente nas televisões a comentar sobre
isto e aquilo, quer dizer, há um bocadinho menos a tentarem-se de pôr quem que no futuro
vem pôr bem fica.
E os jornalistas prestem também um bocadinho de atenção a estes barbaridades que aparentemente
são cometidas à frente de toda a gente, porque as pessoas dizem do meio, e o dizem,
ah pois isto, sabia-se.
De que modo é que a indústria do futebol, Pedro Mestia, até porque neste caso o principal
responsável era, já o dissemos, um alterigente da liga de futebol profissional, de que modo
é que isto atinge a reputação da indústria do futebol?
Que era a indústria do futebol, que era o mundo do futebol mais genéricamente, não
tem uma reputação extraordinária neste momento, ou seja, só que o que aqui há é
diferença entre o primitivismo das paixões e o primitivismo da ganância, ou seja, nós
vimos os inumbus casos de corrupção a mais alto nível nas esferas do futebol internacional,
tão menos alegadas, e algumas mais do que alegadas, porque há suficientes provas mesmo
que não haja suficientes condonações sobre a escolha dos países organizadores, questões
de arbitragem, estrelas do futebol a fazer de intermediários, de cunhas de toda a natureza,
mas também temos uma semelhança maior, mais do que essa semelhança, com as outras
coisas que acontecem no futebol, há uma semelhança muito grande com as coisas que acontecem com
outras pessoas, com essas que vocês já falaram e com outras, que são, porque tudo isto é
tráfico, ou seja, são pessoas que vêm para cá porque são necessárias ou são que ativadas
para isso, que serias escandaloso, e é escandaloso se fossem as cidadãos portugueses tratados
assim, e essa, eu vi também essas reações, já sabia, eu confesso que alguns destes detalhes
eu não sabia, quer dizer, a ideia de que vêm para cá e alguns triunfam e outros paciência
é uma coisa e tem problemas, mas estes, as condições de vida, a história dos passaportes
etc, apesar de tudo é um passo à frente, é um passo à frente na indignidade, e uma
das coisas que acontecem muitas vezes, o João Miguel, realmente, tem falado muito disso,
eu acho que é verdade, é que nós sabemos muito pouco, a tanta imprensa desportiva,
e sabemos tão poucas coisas sobre o mundo do desporto, sobretudo quando são criminosas,
e isso é problemático.
Entregamos ao Ricardo Araújo Pereira, pasta de ministro de concentração, quando atua
o João Miguel Tavares, quer ser desta vez ministro do Falcon, com ou sem escala técnica,
João Miguel Tavares?
Bom, depende dos dias, não é?
Eu acho que neste momento está sem escala técnica.
Quer falar da escala técnica, não, da escala, não sei se foi técnica.
Ela começou a ser técnica, mas depois perdeu o adjetivo.
Houve uma escala de António Costa em Budapeste, a caminho da Moldova, para ver a escala, para
ver a final da Liga Europa ao lado de Víctor Orban, e é para a Moldova para uma reunião
internacional.
Onde é que está aqui o Boziles da questão?
O Boziles é um Boziles disseminado, porque há várias Boziles.
O primeiro, o Boziles, além da própria história, não é?
É para mim a posição do presidente Marcelo, voltou a ser porta-voz da António Costa,
ele estava tão bem irritadinho com António Costa, gostava de ver-me mais naquela posição
de, ah, agora vou começar a dar umas canaladas neste senhor, agora não, passou o tempo a
maçajá-lo.
É verdade que no início mais uma vez eu provavelmente fugiu-lhe a boca para um sítio
que ele não queria, e acaba por ser ele revelar, bem, que revelou a viagem, foi uma foto, mas
quer dizer, mas na verdade Marcelo acaba por falar antes de António Costa, e durante
vários dias foi seu porta-voz.
Olha, o que eu leio nas...
O que é, aqui notícia e o que tornou-me isto notícia foi o facto de não ter sido notícia,
ou seja, de não haver menção desta passagem de Costa por Budapeste na agenda oficial do
primeiro-ministro, o que, isto é uma pergunta, faz dela uma visita privada?
Não faz dela uma visita privada, mas faz dela sem dúvida uma visita clandestina, porque
ninguém vai...
Costa não quis que se soubesse, mas essa, para mim, é a segunda parte, a primeira parte
para mim é Marcelo, e acho que tem sido pouco falada, por duas vezes, ainda por cima,
o próprio Marcelo veio corrigir suas funções, para mim eu dizia que ia dar um abraço amorinho
e depois era uma escala técnica, porque o avião precisava de parar, depois vai sair, vai
se ver, afinal, aquele que tem combustível para 6 mil quilómetros e a mão lava só
ficava a 4 mil, portanto, não era preciso escala técnica nenhuma, portanto, Marcelo,
mal.
O António Costa tem 50 pessoas aparentemente, atualmente, num gabinete de comunicação, não
precisa de 51, Marcelo tem mais concreto que ter, por favor, não seja a porta-voz
da António Costa.
E depois, então, temos a visita clandestina, que é até hoje.
Só sobre, pai, 20 dias depois, não é?
Só sobre, sim, só sobre quando a foto foi divulgada e depois teve muito tempo de silêncio,
António Costa depois saiu um comunicado do seu gabinete de comunicação e depois disso,
escalarinho, também nunca mais falou, apareceram outras teses, os prece também publicou mais
uma tesca, já não é para abraçar morinho, não é a escala técnica, é para abraçar
órbano.
Não era para abraçar órbano, na verdade era para abraçar o senhor da UEFA, porque
estavam ali e era a discutir o Mundial de 2030, Portugal vai concorrer com a Roque
e com a Espanha.
Uma misturada, já 27 versões e o protagonista principal está acaladíssimo, fizeram perguntas
no Parlamento, ele não disse absolutamente nada e aquilo que toda a gente acha é que
ele era o dia em que o senhor órbano fazia aninhos e o senhor órbano, por ao ano, vai
estar na Hungria, na liderança da Europa, numa altura em que se está a escolher, quem
pode ser ou não o presidente do governo...
A presidência rototativa vai ser húngara.
Vai ser húngara e na altura em que o senhor Chávez Michel provavelmente se vai embora
e, portanto, já todas essas matemáticas, António Costa tem todo o direito de andar
a fazer os seus jogos de poder e também pode chegar à frente e dizer que ele na verdade
gosta um bocadinho de órbano, porque que ele não são só relações de trabalho, António
Costa tem uma proximidade com o órbano que não vem hoje, já o defendeu no passado,
o órbano tem um conselheiro português junto dele, que é o Mário David, que era antiga
erótipo deputado do PSD, é muito próximo de órbano, trabalha mesmo para o órbano
e portanto também consegue fazer aquela ligação nacional, portanto existe de facto uma grande
proximidade e que António Costa aproveita com essa proximidade junto de um famoso grupo
de visegrado, há muitos jogos aí nos bastidores que vale a pena revelar, agora, sejam revelados
para António Costa, por favor, e Marcelo, evita estar a fazer aquele papel outra vez.
Subscreve, Pedro Michel, a afirmação do líder do PSD de que estamos neste caso,
perante uma situação muito estranha, este caso da escala e da ida ao futebol ao lado
de Víctor Árbano.
É estranha porque o líder notícia estitulava, escala, abraça ao convite e realmente o problema
das situações estranhas é que convém que para elas haja uma resposta e não três,
e quando há várias respostas, primeiro nenhuma e depois várias, às vezes vindo às duas
várias fontes, isso é problemático.
Qual poderia ter sido o móvel do crime, entre aspas, neste caso?
Que motivação teria, Costa, para ocultar o tratido para ocultar esta paragem em Budapeste
e o facto de ter assistido ao jogo de futebol?
Vamos dar isso outra maneira, aqui é a única coisa que, ou seja, um abraço aos amorinhos
e o convite para assistir um jogo e a escala técnica, nenhuma delas são vergonhosas.
A única coisa que ficava mal, António Costa, se fosse ou se for verdade, não sei o que
aconteceu, mas quer dizer, nós andamos cá todos há uns anos, é que, como o João Miguel
lembrou agora também, quando foi questão dos dinários do PRR e da condicionalidade
da Hungria, se poder receber esses meios, esses fundos, se não violasse uma série de
regras, nem sequer na Europa, e regras democráticas, que estava a violar, o António Costa disse,
os valores não se compram, que é uma frase meio sonsa, porque a frase em si é verdadeira,
mas o único que se estava ali a dizer não é que esses valores se compram, se deve ou
não haver, assim como há regras para quem está fora da União Europeia, entrar na União
Europeia, se há regras mínimas para quem está dentro da União Europeia, e sabemos que,
quando também já disseram que a Hungria fora estará na presença resultiva, sabemos que
António Costa, sobretudo, se Pedro Sashas perder as eleições, será o líder à esquerda
com mais anos de poder, ele próprio disse que já foi convidado na outra alternativa
e que, por amor à pátria, não foi lá para fora, e, atenção, e deve estar fertinho
disso.
Portanto, isso é a única coisa que pode escolher, mas isso, mais uma vez, isso não é vergonhoso,
António Costa, que ter uma carreira europeia é vergonhoso, ser indignado com a extrema
direita nacional e amiguinho com a direita congênera lá fora, isso parece um pouco
mais sonso.
Voltando à louco a cidade de Marcelo Rebelde Sousa, que o João Miguel Talvar já falou,
qual das duas versões apresentadas por Marcelo pareceu mais eficaz, o Ricardo Aujo Pereira?
Eu gostei muito das duas, gostei do ramalhete, sobretudo, do ramalhete formado pelas duas
que Marcelo Rebelde Sousa apresentou e...
Costa para o Embo da Peste, para uma escala técnica, ah, não sei qual é que percebeu.
Primeiro foi um abraço, primeiro foi um abraço em José Morinho, um abraço para dar sorte,
e a Dando diz ele, porque José Morinho só perdeu no final, ou a segunda foi uma escala,
exatamente, uma escala técnica, e a terceira foi o gabinete do Sr. Primeiro-Ministro que
disse que foi para corresponder a um convite do presidente da UEFA.
E portanto, a minha questão é a seguinte, tal, Carlos, a gente, nós estamos aqui, nós
somos aqui um quarteto de rústicos, porque estamos a cair que nem patinhos a discutir
esta questão, só porque achamos que esta questão, que tem sido referida ao longo
da semana, merece ser discutida.
Mas há um comentador, um tipo de comentador que é muito mais sofisticado do que nós, que
é o que...
Comentador ou um tipo de comentador?
Tem as duas coisas.
Ah, ok, é um comentador que é um comentador.
Que olha para isto com algum enfado e diz, pormor Deus, pormor Deus, isto é uma não-questão,
é uma não-questão.
E diz o seguinte, o que acontece aqui é, não tem nada de...
Há para aí umas especulações de que o Costa foi lá, porque razão é que foi, não
sei o quê, nada disso.
Ele foi lá, provavelmente, se calhar até, acaba de ser uma espécie de precipitação,
porque ele queria ver a bola.
E queria ser visto ao lado do José Mourinho, que é o segundo português mais conhecido
do mundo.
E eu acho...
Mas lá ver...
E examinando estes argumentos, quis ver a bola ao Primeiro-Ministro, não é?
O chitante Roma Sevilha.
O Primeiro-Ministro disse, ah, pai, eu tenho mesmo, não posso perder.
O chitante Roma Sevilha.
Segundo, quer ser visto ao lado do José Mourinho.
O que é que alguém que quer, vai a um sítio para ser visto ao lado do José Mourinho faz?
Não diz a ninguém, nem tira nenhuma fotografia com o José Mourinho, aparece sim uma fotografia
de costas dele com o Victor Orban.
E portanto, quer dizer, são argumentos um pouco, digamos, frágeis.
Esta fotografia que vem, que é atirada de trás e em que a gente finalmente percebe,
é aí que sai a notícia, não é?
A gente percebeu, pera aí, António Costa esteve lado a lado com o Victor Orban a ver
um jogo de futebol.
Imagino que seja um sítio em que António Costa está a gostar, porque o Victor Orban
é aquele tipo de pessoa que seria incapaz de empunhar um cartaz alegadamente racista.
Ali, António Costa está a salvo de qualquer espécie de racismo.
E portanto, sinceramente, também não sei especular sobre a presença dele lá.
Aquela especulação que voltou, na verdade, das ambições europeias.
Sim, sim, claro.
A sítio que voltou à baila esta semana.
Especulando sobre as especulações, eu só acho que a especulação, segundo a qual
ele foi porque queria ver a bola e tirar uma fotografia ao lado de Zemorinho, no colo.
Ah, e mais?
Não, é muito friquinho, muito friquinho, é mesmo, é burra.
E a questão é que esta, as do Marcelo, sinceramente, o Pedro Apoca estava a dizer,
ou o João Miguel já não se aceitava, a dizer, é pronto, é aceitável, não é ir lá
dar um abraço a Zemorinho, não é, não é, eu acho que não é, aproveitar o Falco.
No Falco não.
Para parar e dar um abraço, é que, sobretudo, reparem, o que nos foi dito foi que era
um abraço de sorte, mas a República Portuguesa agora acredita nesta, nestas superstições.
Ele quer dar sorte aos Zemorinho, fica em casa a fazer figas, fica em casa é mais barato
para todos nós, não é?
Se tivéssemos um selecional que punhá alhos no balmeário.
Pois sim, certo, mas é um selecional de alho.
E ainda por cima soubemos que ele, na semana anterior, já tinha desviado um debate parlamentar
e, portanto, já tinha isso fisgado.
Para sair mais pressa.
Sim, a história da viagem do último alho.
Eu, no selecional nacional, já acho suficientemente grave estas crendices, agora, no mais alto
magistrado da nação, dizer, não, e foi dar um abraço de sorte para dar sorte e ir adando,
ir adando, porque...
Não, não, nessa interpretação de que ia dando sorte, porque o Morinho só perdeu no
final, não é válida, pode se calhar, o Morinho perdeu precisamente porque o Costa
lhe foi dar aquele abraço, ele tinha ganho, mas se não fosse o abraço do Costa...
Não há contraprova possível.
Não há contraprova.
O João Miguel Tavares então é o Ministro do Falcon e o Pedro Mechia escolhe desta
vez a pasta de ministro da OPA, anunciada ou hostil, Pedro Mechia.
Isso é uma excelente pergunta.
É uma excelente pergunta, porque não se é responder e é...
Isso é para falar da normalização da extrema-direita na Europa.
Toda a questão, aquilo que alguém chamava extrema-direitização da direita europeia.
Toda a questão tem a ver com essa ideia de ser negociada ser o hostil, porque o que
acontece é que governos com apoio ou incoligação entre a direita clássica, digamos assim,
conservadora liberal, democrata cristã e a direita radical, nacional conservadora,
populista, etc.
Há ou está em negociações ou vai haver em breve na Holanda, na Itália, na Suíça, na
Polónia, na Hungria, na Bélgica, talvez na Alemanha, na Áustria, em França...
Em França não.
Em França ainda não.
Em França ainda não.
Em...
Talvez na Espanha.
Na Espanha.
É isso que eu queria dizer.
Na Espanha está esta discussão com o Vox.
Bom, e a tua pergunta era, é negociada ou hostil?
Depende, eu acho que é importante saber isso, porque há duas escolas de pensamento.
Aliás, há três que é a do João Miguel.
Não, não, mas a do João Miguel é a parte.
É uma escola sominha?
É, é uma escola só tua.
Há uma escola de pensamento muito expandida que, no fundo, é a mesma coisa.
Eu conheço inúmeras pessoas que acham que, no fundo, estamos todos de acordo.
O que é, evidentemente, uma imbecilidade, mas pronto.
No fundo, estamos todos de acordo.
Há a segunda, que é, pois, tem que ser por razões eritométicas, mas elas também não são assim tão maus.
E há do João Miguel, que eles são péssimos, mas têm que ser por razões eritométicas.
Às vezes eu nunca tinha, eu não conheço ninguém que tenha a opinião do João Miguel.
Sim, eu confirmo, sim.
É minha opinião.
Eu conheço bem as outras duas, e esta é a do João Miguel, só eu.
O João Miguel consegue dizer as duas coisas.
São horríveis, mas têm que ser.
Não são nada tão maus.
É o que eu conheço.
Vai-se ver, depois de eu.
Não tem que ser invitável, não é a mesma coisa.
Não é nada invitável em política.
Vê-me isto uma circunstância conjuntural.
É invitável?
Tens aí a lista?
Não, não.
Tens aqui a lista.
Vamos ver a Alemanha, vamos ver as França.
Em Inglaterra, a questão não se vê na mesma maneira.
Não é invitável, não é invitável.
Há uma tendência, claro que há uma tendência.
E há uma tendência porque de repente há assuntos,
como a questão da imigração da guerra, das guerras culturais, etc.,
que hoje estão no centro do discurso de favorência.
E é uma circunstância conjuntural,
ou uma mudança de paradigma político?
Aí depende de país para país, porque o que aconteceu foi,
é acontecer coisas muito diferentes.
Por exemplo, outro dia estive a ler e a ouvir algumas coisas,
do Orban há 30 anos.
E o Orban era da iniciativa liberal há 30 anos.
E foi-se direitizando, no descaso,
houve, por exemplo neste momento estava acontecendo
uma coisa interessante na Itália,
que foi a evolução, pelo menos,
para efeitos externos da Meloni,
que é europeista, pronato, antirússia,
completamente ao contrário do que era o Salvini.
Mas, na maioria dos casos que nós sabemos,
essa aproximação afetou mais
o AVN dos partidos tradicionais
do que dos partidos radicais.
E, portanto, essa é uma intenção.
As pessoas podem dizer,
estamos dispostos a pagar esse preço.
Na Espanha, por exemplo, sabemos que alguns governos regionales,
algumas regiões que não querem pagar esse preço.
Apesar do acordo de várias regiões espanholas entre o PP e o VOX,
na Extremadura, e é um caso concreto,
e que deu brado esta semana,
a direita tradicional e a direita radical não se entenderam,
deixaram os socialistas continuarem no poder,
porque não houve acordo.
Como é que a valia, João Miguel Davares,
a decisão da responsável pelo Partido Popular da Extremadura
ao dizer que não aceita ter no governo da região
machistas xenófobos e negacionistas,
e, portanto, oferecendo aos socialistas o poder?
Repara, se eles tentaram chegar a um acordo,
depois de muito conversarem,
ela chegou à conclusão que são machistas racistas e xenófobos.
Acho muito bem que não faça acordo.
Ou seja, aquilo que eu adoro aqui
é que a esquerda e a direita,
e a extrema direita e a extrema esquerda,
é uma espécie de bailado,
e, portanto, não é possível caírem,
como eu tenho dito tantas vezes,
os mores à esquerda e esperar que continuem os mores à direita.
Não é possível, não é possível.
E quando um partido salta para casas de 10, 11, 12, 13%,
e se torna imprescindível para uma governação,
é evidente que ele ganha um poder gigantesco,
e é evidente que ele vai chegar às mesas de negociações.
Parece absolutamente evidente.
E aí, escute-se políticas.
Chega-se a algum entendimento?
Sim. Então, subscreve-se o acordo.
Não é possível chegar a nenhum entendimento
porque querem mesmo políticas racistas, machistas.
Então, não há acordo.
E isso parece-me que é a solução que eu tenho dito aqui.
As linhas vermelhas não são em relação a política,
são em relação a políticas.
E a melhor maneira de dar cabo dos extremos,
na minha opinião,
é a governar.
Por que podemos?
O que é que aconteceu ao Podemos?
O que é que aconteceu ao Podemos é que se desgraçou no Governo.
E a melhor maneira dos partidos extremistas se desgraçarem
é chegando ao Governo.
Que lações há que tirar destes casos
por essa Europa fora, Ricardo?
Para a realidade portuguesa?
Eu acho que na realidade portuguesa
nós não precisamos de olhar para os casos
por dessa Europa fora,
olhar para os nossos casos,
que é, por exemplo, nos Açores,
e é apenas um apoio parlamentar,
ou seja, não é uma coligação,
é apenas apoio parlamentar,
a quantidade de sarilhos que ele já trouxe,
periodicamente há ameaças de ruptura.
Mas com iniciativa liberal?
Não, não, não. Com o Chega, com o Chega.
A ameaças de ruptura...
Para já, um dos deputados saiu logo,
deixou de ser do Chega.
A ameaças de ruptura, de arrependimentos,
churadeira por causa de estarem arrependidos,
porque isto, para a próxima, não pode ser assim.
E, em breve, o PST vai confrontar-se com a situação na Madeira?
Exatamente.
E, portanto, é um dos resultados.
Mas sem esquecer que o Chega é um menino do cor ao pé do Vox.
Então há dúvida, mas...
Menino do cor.
Mas não sabes sequer, não é?
Não.
Achas que sim.
O Vox sabe o que é.
Sim, claro.
Não tens dúvidas em mais um pouco.
Não, porque existe uma cultura de digaita
ou existe em Portugal, mas sabe-se muito o que é.
Tudo comparado com a Espanha, tudo aqui é mais...
Mais suavezinho.
Mais suavezinho.
Em cuida atorado.
O Pedro Mercier fica, assim, ministro da OPA.
Isto é o entregue das pastas ministeriais por esta semana.
A altura, agora, para sabermos,
por que é que o João Miguel Tavares se declara desmemoriado
e foi uma falha de memória pontual,
ou será um esquecimento recorrente de João Miguel Tavares?
É assim, eu tenho uma péssima memória,
mas não gosto de uma.
Eu tenho mesmo uma memória,
por isso tenho que apontar muitas coisinhas
e fazer muitos recortes para me lembrar das coisas.
Mas se sentem 15 mortes, é aquelas coisas
que, se calhar, como vem não passar, assim...
Isto é pelo memorial às vítimas dos incêndios de Pedro Algongrand.
O memorial que foi aberto, não chegou a ser inaugurado,
foi aberto no dia em que se completaram seis anos sobre a tragédia,
na semana passada,
sem que nenhum membro do governo tivesse estado presente.
O pedido de desculpas que, entretanto,
a Ministra da Coisão Territorial apresentou às famílias, as vítimas,
pareceu-lhe ter sanado, em indignação,
dos milhares das vítimas?
O pedido de desculpas foi esperto,
e era o mínimo que se podia.
Foi esperto no sentido em que foi rápido?
Não, não tentou inventar desculpas,
porque podiam ter dito que ninguém nos avisou.
O que é com o argumento que ninguém nos avisou?
Eu juro que quando vi a notícia,
eu pensei, bom, é que o memorial, se calhar,
foi lá apague pela Câmara e pela sociedade civil e por umas empresas,
e o governo não teve nada a ver com aquilo.
Mas a gente vai começar a ler as notícias,
não, aquilo é uma obra das infraestruturas portuguesas,
aquilo é uma obra que foi acabada pelo governo,
e que aparentemente até foi seguida muito perto
pelo próprio gabinete do Primeiro-Ministro e tudo isso.
Uma obra do arquiteto Soutemora.
Uma obra do arquiteto Soutemora, tudo isso.
Se ela foi aberta, não foi inaugurada.
Sobe-me no sentido em que, para ser inaugurada,
tem que lá estar algum ministro,
porque o de resto devia que ele estava a funcionar
e estavam lá acho que Câmara de Televisão.
A pergunta é...
Se não houve inauguração oficial, formal,
vai haver na próxima terça-feira?
Mas estavam lá Câmara de Televisão, não é?
E as pessoas estavam lá e estavam na plaquinha,
e eu vi os nomes nas plaquinhas.
Portanto, a única coisa para dizer não houve uma inauguração,
porque não tiveram lá membros do governo.
Mas também não é essa a definição de inauguração.
Portanto, para todos os enfantos,
ligou a água. A água começou a ocorrer.
A associação dos famílios.
As vítimas disse que não convidou ninguém
e que esperava que aparecessem
revintes de minha própria vida.
Mas repara, voltar a minha, mas como assim convidar ninguém?
A obra é das infraestruturas de Portugal?
As infraestruturas de Portugal
é que se esqueceu de convidar,
imagino, alguém, o dono da obra.
É IP e, portanto, é uma instituição
que está debaixo das mãos
de João Galamba, mas que, se quer,
o Galamba está mais preocupado que a TAP,
mais ou menos na altura.
O presidente da República diz que também só sou pelo jornais
que vai haver inauguração na próxima terça-feira
e que não tensione a ir,
porque até já tem agenda
fora do país para essa altura.
Parece-se mal, agora compreendo, já tem agenda
coitado do senhor. Podiam arranjar
uma data em que ele estivesse,
mas volta à minha.
É das infraestruturas de Portugal.
É de uma instituição do governo.
Portanto, o governo tem que saber
quando é que as coisas estão prontas
e haver articulação.
Como é que foi as particularidades
protocolares desta situação, Pedro Mexia?
Quer dizer, eu conheço as particularidades
protocolares de muitas coisas
e compreendo-os,
mas acho que o que importa
não é tanto a inauguração
do memorial no sentido
do monumento, mas
a memória
daquilo que aconteceu.
E, por isso é que é simbólico,
quer dizer, é normal que haja
empreendimento quem teve a culpa
que é que comunicou, quem é que não respondeu
ou quem é que não esteve atento
o suficiente.
Tendo em conta que isto foi um
acontecimento dos mais marcantes
que aconteceu em Portugal,
um porteste, que é apenas um porteste
simbólico, que é na inauguração
do memorial,
devia ser um momento para que toda
aquela ideia de que nunca nos esqueçaremos, etc.
Não seja, não é isso que vai fazer nada,
mas é um sinal do propósito.
Esse simbolismo, Ministro,
Ricardo D'Aruz Pereira.
Tendo em conta que as infraestruturas de Portugal
estão metidas,
talvez isto, talvez a inauguração
estivesse exclusivamente
no computador do Rodrigo Junho,
e ninguém tenha visto,
pode ter passado assim,
mas eu gostei
da justificação da Ministra, agradou-me
porque ela disse, nós
não fomos de propósito,
fomos de propósito, foi uma opção
consciente
de deixar aquele momento
para as famílias
e é isso que deve,
defendendo, que é isso que deve ser feito
um momento privado, sem a presença
de governantes, e a seguir disse
mas se ficaram ofendidos, pedimos
desculpa por ter feito
este gesto muito bonito
que consideramos ser o indicado
em ocasiões como esta.
Você acha que eu sinto porque
que o João Miguel Tavares se declara
desmemoriado quanto ao Pedra Mexia
de sentir-se imprescritível
e o que é que isso
vem a alterar, Pedra Mexia?
Sim, tem a ver com este tema,
entretanto, em cima de
as teorias sobre os preços de prescrição
dos crimes de corrupção
Cuidado que já é tarde,
e as tuas adormecem com mais facilidade
um acordo
uma das funções maritórias deste programa
e embalar os sonhos dos portugueses
concretos, que não é o caso em que estou a pensar
em que os cinco juízes
se tiveram de acordo
e um de eles acrescentou uma declaração de voto
particularmente apimentada
na medida em que vem
digamos, no sentido contrário
um acordo anterior sobre esta matéria.
Trata-se de saber...
O terminal constitucional review
os preços de prescrição, a interpretação
sobre os preços de prescrição de casos de corrupção
que tinha determinado em 2019
se começa a contar
a partir, digamos assim
da tentativa
da corrupção, da manifestação
da intenção da corrupção
ou do último recebimento do dinheiro
e entendendo agora os juízes
que é esta segunda
porque se não
dizem eles, citando
penso que é o terminal da relação
que podia acontecer
o caso de os crimes estarem prescritos
antes de estarem consumados
o que seria realmente
uma bizarrinha no sentido em que
estão prescritos
tinham, mas justamente por isso
é que um dos juízes
conselheiros ataca
e o Ministério Público agora pediu uma aceleração
para dizer amigos
E como é que o constitucionalista Ricardo
era a ver esta questão?
É um assunto muito importante
apesar do tom do nosso moderador
isso é muito importante
há tanta coisa importante
e muito agrado esta decisão do Tribunal Constitucional
porque de facto
vamos supor que uma pessoa
começa a receber subornos em 1901
em 2003
sem idade
vamos supor que começa a receber subornos
nessa altura
e que continuar a recebê-los
prioricamente até ao dia 2
até ao dia 2 está a receber
desde vocês fazem mal em pessoalizar a questão
o primeiro pagamento
foi já prescreveu
mas ele ou ela
pode ser, eu também, é uma corrupta
continuar a receber dinheiro
eu gostei muito deste
o que este
acordam
o que este acordam vai fazer
é o seguinte
ao determinar
que o prazo de prescrição
muda
é o argoído
que esteja envolvido
num processo deste tipo
para ter de gastar mais dinheiro
em incidentes de recusa
e isso
acaba por constituir
no caso do argoído
ou argoida ser culpada
isso acaba por constituir uma punição
enfim
digamos
fora da
não precisa da condenação
e temos alguma satisfação porque se ela ou ela
for culpada, ao menos
o dinheiro nestes incidentes de recusa
se for inocente
o estado
acaba por
dar ao estado este
o dinheiro destes incidentes de recusa
e depois beneficiar dele
por via de
melhores condições de saúde
já se percebeu
é isso, onde o estado vai investir
este dinheiro
o argoído
o argoido
o argoido
só para estelhaçar
o espeto abstrato
com o que a questão estava a ser tratada
o argoido
voltou a acalentar as esperanças
João Miguel Tavares deveria um dia
ver o caso marquês decidido
em tribunal
sim, porque as pessoas não sabem
mas exatamente este acordo de 2019
que agora foi destruído pelo acordo de 2023
obviamente há um conflito de acordos
que vai ter que ser aclarado
por Rosa
durante a leitura
da sua conclusão
do debate institutório
já apanhou mais piparotes, religionais
exatamente e foi isso
que fez com que a maior parte dos casos de corrupção
fossem toda a vida na operação marquês
portanto é evidentemente uma boa notícia
o caso agora está na relação para ser analisado
esta é uma boa notícia
para quem tem esperança que um dia
é aquele senhor
desde passar a vida negra e seras junto ao mar
não é uma boa notícia
ficarmos a saber por que é que o Pedro mexia
ser um ser imprescritivo
agora vamos tentar perceber
rapidíssimamente
por que é que o Ricardo Araujo Pereira
se declara bíblico
mesmo com toda a violência que há na Bíblia
ah, realmente há lá a violência
na Bíblia, Carlos
mas é possível le-la
sem sofrer qualquer dano
o que está aqui em causa é a decisão
no estado do americano do Utah
depois delas terem sido banidas das escolas
por causa da violência
que há naquele livro
exatamente
é realmente um livro violento, eu estava a estranhar
quando é que a Bíblia ia
quando é que alguém ia dizer
peraí, a Bíblia também tem
é que não é só uma personagem descrita como gorda
há umas coisas um bocadinho mais pesadas
e foi isto
agora estamos aqui
para celebrar
o facto da Bíblia
ser reposta nas bibliotecas escolares
porque houve um comitê
que disse, vamos repor
na sequência de uma associação de pais
qualquer, vamos retirar
e portanto
o Utah é o estado dos mormons
o estado dos mormons
mas há estado
na sequência da possibilidade
no facto dos pais vendarem livros
os pais vendarem livros
os jovens da FCG
eles gostam do antigo testamento
tanto que ainda ele acrescenta algumas palavras
e nós gostamos também de outros livros
mas Carlos é preciso só dizer aqui
que há bibliotecas
há um momento de liberdade de expressão
isto também, na origem disto de tudo
estão outros livros retirados
de bibliotecas, por exemplo
o Huckleberry Finn do Mark Twain
o To Kill a Mockingbird da Harper Lee
isto de retirada
de livros das bibliotecas, o que é que revela
que é o mercado
Carlos que manda nisto, é o mercado
isto não é um ambiente cultural
que pretende censurar aquilo que ofende
é o mercado, um mercado
sem qualquer sugestão
deste ambiente cultural
o mercado, porque o mercado beneficia muito
vamos falar de outros livros
que merecem estar em bibliotecas
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O primeiro-ministro foi à bola com Órban, mas não disse nada a ninguém. O Presidente voltou a tomar o papel de porta-voz de Costa e forneceu duas explicações diferentes. Foi este o casinho da semana. Uma semana em que foi desmantelada uma academia de futebol, sob a suspeita de tráfico de seres humanos. E uma semana em que o governo teve falta de comparência na homenagem às vítimas dos incêndios de Pedrógão. Mas por mais palpitante que possa ser a actualidade nacional, os olhos do mundo estão a leste. A insurreição dos mercenários do grupo Wagner é um assunto em desenvolvimento. Russos contra russos - um filme que altera por completo o guião da guerra tal como o conhecemos até agora.
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