Renascença Renascença 9/11/23 - Episode Page - 9m - PDF Transcript

Não, não. Como não?

Não receber um e-mail. Então, mas é para...

Tira, tira, tira. Não posso acreditar.

Então, nós pensávamos que íamos para uma nova temporada do extremamente desagradável.

Mas peraí, peraí. Ela disse não receber um e-mail.

Mas qual e-mail? Não receberam minha mensagem.

Ah, peraí, peraí. Era aquele e-mail que dizia gratilusa, não abri.

Por que não?

Porque eu pensei que era mais uma daquelas companhias tipendês a crerem falar-me de descontos na tarifa dele.

Não, agora sério. Não abri o e-mail, porque passais-te o verão todo a mandar-nos mensagens muito estranhas

e eu confesso que já estava um pedinho forte, Joana. Desculpa.

Ah, isso quer dizer que também não leram aquele meu e-mail sobre a importância da criança interior.

Ah, eu sabria e não sei se tu abri isto, Inês, mas olha, fiquei desiludida.

Devo dizer-te, porque eu tinha percebido mal. Eu achei que ias falar de crianças do interior do país.

Castelo Branco, assim.

Criança interior, castelo.

Exato. Tipo, a viver no campo. E com isso, é claro que concordo.

Sabe que eu gosto de animais, da árvores e tudo, contacto com a natureza.

Eu já vi que não vi nas minhas mensagens antes.

Portanto, eu vou ter que vos dizer aqui, acho que era desnecessário este momento.

Pode ser um bocadinho.

Bom, mas eu não vou fazer mais extremamente nada.

O que?

Nunca mais.

Nunca mais!

Ah!

Então, calma.

Como assim?

Nunca é uma palavra muito forte, aliás, nós não devemos nunca dizer nunca, nem nunca, nem sempre.

São palavras perigosas, porque implicam um domínio sobre o universo que nós na verdade não temos, não é?

Temos que ser humildes, temos que deixar fluir e ver o que acontece.

Portanto, eu não digo nunca, o que eu sei é que nesta fase da minha vida, portanto,

a 11 de setembro às 8 e 16, da manhã eu não me identifico com o extremamente salável.

Amanhã logo se vê, amanhã é outro dia, eu vivo no presente, vivo no agora,

porque se nós estamos sempre a antecipar o futuro, estamos a desperdiçar o agora.

Deixamos escapar o momento, não é?

O momento só existe agora.

O futuro tem muito mais a ver com os outros do que com nós,

que reparem até na palavra futuro.

Tem lá um tu, não tem um eu.

Mas, Joana, presente também não tem um eu.

Eu percebo que isto seja tudo muito confuso para vocês,

porque ainda não atingiram, lá está este estado de consciência plena.

Sei como é, também já estive aí no vosso lugar.

Há poucos meses estava no vosso lugar.

Portanto, talvez partilhando um pouco mais da minha jornada,

eu consiga não só inspirar quem esteja a ouvir e a passar pelo mesmo,

como fazer-vos entender porque é que eu tomo hoje esta decisão que é tão difícil agora.

É como eu costumo dizer, aquilo que hoje te parece difícil,

vai tornar o teu amanhã mais fácil.

Eu nunca costumo a dizer isto.

Nunca ouvi-nos.

Vamos lá, lembram-se de quando ouvimos isto.

O Fred é um miúdo de 28 anos,

que eu conheci num evento em Coimbra em que fomos os dois falar.

Eu não sabia quem ele era, isto já foi há alguns anos,

ele era mais novo ainda,

e de repente aquela pessoa era alguém que me acrescentava.

Nós temos um mundado muito curioso, eu e ele.

Eu não se nota, mas eu tenho uma manchinha branca no meu cabelo de nascença.

É como se fosse um sinal e então o cabelo nasce branco sempre,

na zona da mancha.

Agora claro que uma pessoa vai pintando e isso não se percebe tanto.

E ele também tem essa mesma mancha.

E aqui há algo que eu não sei.

No mesmo sítio.

Há alguma coisa que me une ao Fred que eu não sei explicar.

No mesmo sítio.

Acontece que no início deste verão,

um dia depois da praia eu estava a pentear,

e me descobri uma mancha branca no meu cabelo.

Não era um cabelo nem dois, era assim uma mexa.

Apareceu assim do dia para a noite.

Não sei se tem a ver com o facto de eu ter lido

o último livro do Deepak Chopra,

antes do mexer.

O que é certo é que eu acordei assim.

De repente percebi que há uma coisa que me une também

ao Fred Canticastro e à Crescina Ferreira,

que eu também não sei explicar,

mas há coisas que não são para explicar e nós temos que aceitar.

E são só para sentir.

E eu senti que era um recado do universo.

Tentou sentir.

Sais qual é o recado?

É o recado vai ao cabeleirar e faz as raízes.

Olha, foi boa agora.

Eu acho que é essa a mensagem que o universo está a dar.

Querem brincar.

Depois dei por mim a pensar em muita coisa que vivemos aqui,

muitas oportunidades que tivemos para aprender,

e se calhar desperdiçámos essas aprendizagens como esta.

Então nós vivemos numa sociedade em que estamos constantemente

em roubo energético, ao invés de estarmos com ferramentas

para aprender autocarregá-nos.

Digamos assim, uma forma muito simplistica.

Eu senti que andava também nesse roubo constante,

nesse roubo energético.

E nós vivemos que a minha profissão me obrigava de alguma maneira

a roubar diariamente energia a certas pessoas.

E eu cansei-me de furtar.

Eu não quero furtar, eu quero desfrutar.

Sou a parecido.

Mas é totalmente diferente.

Então eu resolvi...

É porque desfrutava em defrutar, não é?

Resolvi estudar um pouco mais estes assuntos

de que costumávamos aqui fazer pouco.

Então e estudaste como?

Lendo, lendo muito.

Mas alguém te aconselhou livros,

sei lá, os livros certos para ti?

Olha, eu decidi procurar no sítio que me pareceu mais natural,

que foi ao lado da Casa de Banho.

Eu estava a sair da Casa de Banho,

da Casa dos Meus Geis Sores.

E ao lado da Casa de Banho estava uma estante com livros.

Viu para ir nessa estante?

Tanto, eu tive casado 11 anos.

Eu conhecia aquela estante muito bem,

mas nunca tinha parado assim,

com tanta atenção sobre aquela estante.

E fiquei olhar para a estante e retirei um livro,

um livro espiritual.

Tava ali em pé, tinha acabado de sair da Casa de Banho

e estava assim a feriar o livro,

tinha a fazer e ferlei.

E aquilo prendeu qualquer coisa.

E ali o vazio é entrado para a verdade.

E o que é incrível,

é que nesta estante ao lado da Casa de Banho,

minha casa,

também estava este livro do ocho.

Então pois claro, foi o que deixei uma vez que fui à tua casa.

Eu não gostei a gozar,

deixei na tua estante.

Mas ela vai rir quando encontrar.

Eu não acredito em coincidências,

e eu percebo que tu ainda estás na fase de fugir do vazio.

É uma coisa que eu sinto muito em ti,

mesmo uma coisa de ser tão inégica

e que estás sempre a falar,

que tens um bocadinho medo do vazio, do silêncio.

Mas não devias ter medo, porque o vazio

é entrado para a verdade.

E o prato principal é a vazia.

Entra no vazio.

A desculpa não se pode gozar agora também.

Pode, dá vontade.

Não tenham medo. O vazio, tal como o nome indica,

não tem lá nada, por isso não há nada que temer.

Vamos lá aqui por isto,

a séries de uma vez.

Você começa a dizer que esta grande mudança de vida

acontece por causa de uns cabelos brancos

que te apareceram na cabeça e de um livro do oixo.

É isso?

São tudo sinais, querida Inês.

O Manel lhes gochou.

Ela gostava.

Eu continuo a gostar, eu sou a mesma pessoa.

Simplesmente mudei um bocadinho,

mas sou a mesma.

Não foi só isso, Inês.

Houve também a questão da gelatina.

Esses meninos recordam-me de várias vezes.

Várias vezes julgado.

Gozam comigo.

30 para uma linha.

E este mude recorda-me de várias vezes.

E ontem, ontem, ontem já não me recordo.

Criu uma gelatina.

Julia.

Pude num escalou, enquanto não conseguiu cria.

Pai, quer uma gelatina?

Uma gelatina, uma gelatina, uma gelatina, uma gelatina.

E quando ele faz isto,

ele recorda-me.

É isso que gostava.

Assim como ele quer muito uma coisa

assim, traz-se que ser tu.

Sempre quisesse uma coisa, luta até ao fim.

Até a conseguias.

Um dia, eu chego à casa e o meu filho também

está assim, uma tina, uma tina, uma tina, uma tina.

E isto, de repente, aquelas palavras

foi quase uma mantra, sabe?

Uma tina, uma tina, uma tina.

Trouxeram-me de volta para este momento,

em que nós aqui, neste estúdio,

arrimos do Gustavo Santos e deixámos escapar

esta importante lição.

Qual é a lição?

A lição é que nós temos de descobrir qual é a nossa gelatina

e a minha é aquelas 0 calorias.

Sim, sei, sei.

Minha é vegetal.

É metafóricamente.

Eu sei que vocês não estão a crer,

mas vocês conseguem compreendir isto.

A minha gelatina já não é o humor.

Digamos que o humor era uma gelatina

de tutti e frutis, uma misturada de sabores.

E eu agora quero focar-me num só sabor

para conseguir saborear.

O foco é muito importante.

Eu agora quero, na minha vida,

uma gelatina de morango.

Estou muito inusiasmada.

Eu não quero mais deitar as pessoas abaixo.

Eu quero ajudá-las a levantar.

Então eu quero dizer que quando reformar,

vais para o Museus dos Coaches também.

É uma das minhas piadas de sempre.

Desculpe-te, se não há problema,

eu respeito o vosso caminho, é a vossa verdade.

Eu respeito a vossa verdade, agora eu tenho a minha.

Hoje, não é que coisa de agora,

perdeste o sentido do humor.

Talvez, mas ganhei um sentido para a vida.

E pergunto-me, não tem que responder já.

Mas, mais importante,

um beijo nos vossos corações.

Estou perdida com isto.

Eu estou de cabeça perdida.

Mas eu tenho certeza que te vais encontrar.

Sabe até eu me encontrei.

Dentro de ti, procura dentro de ti,

porque a resposta está lá.

Comigo não contei.

Elas são as três da manhã.

Estão de voltar na sença de setas D.

Estou de correr bem e vou regressar.

Beijinhos a todas.

E isto tem o apoio de Salverde.pt, são muitos anos.

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