Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Chamem a Judite
Joana Beleza 5/13/23 - Episode Page - 52m - PDF Transcript
Esta semana, Pedro Machia declara-se retornado.
João Miguel Tavares sente-se crescido
e Ricardo Baroujo Pereira confessa-se surpreendidíssimo.
Está reunido o programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.
Olá!
Esta semana, o Ronoetek arroga uma nova pasta.
A Pasta dos Incentivos.
Algo que hoje precisamos bastante, principalmente quando vamos às compras.
Um grande incentivo moral do tamanho da inflação para compensar a conta do supermercado.
Uma boa ideia era estas superfícies que colocarem frases motivacionais nos pósters com as promoções.
Por exemplo, com foco e determinação, consegue tudo.
Até comprar este pacota de arroz.
Ou, meia dúzia de ovos são apenas 5% do seu ordenado.
Sem desculpas.
Ou ainda, o esforço é grande, mas a recompensa deste dois por um é ainda maior.
Talvez fosse um bom incentivo, como o Elias,
aquele que o Estado dá na compra de veículos elétricos,
como o renomeganetek elétrico do ano.
Desta vez, esmeraram-se.
Quem se esmera sempre, são os convidados do programa que se segue.
Por isso, aproveite.
Ora viva, sejam bem-vindos no final de uma semana em que a Comissão de Inquérito à Gestão publica da TAP
voltou a estar na ordem do IA, desta vez com a admissão do Presidente alegando pressões inaceitáveis.
Avemos de falar disso daqui a pouco, disso dos 6 andares de Montenegro
e do regresso de António José Seguro.
Mas antes o Ricardo Raul Esperar apresenta-se aqui como Ministro da Judite
e dá-se bem com a Judite, Ricardo.
Relativamente bem, Carlos, eu nunca tive problemas com a Judite.
A Judite também não parece muito interessada em...
Em si?
Em mim.
O que é que torna a Judite sealmente recomendável?
A Judite é a Polícia Judiciária e, portanto,
nós tratamos por a Judite porque temos esta relação afetuosa.
E ela deixa?
E ela deixa à vontade.
Só que acho que é melhor...
Porque a gente precisa de alguém que venha deslindar este mistério
sobre se houve ou não roubo de um computador
que é para depois nós posteriormente podermos avaliar
se foi ou não bem chamado o SIS.
Que é, portanto, que a Judite investigue, se houve crime,
no gabinete do Ministro Galamba, mas...
Repare bem, o Primeiro Ministro já disse que houve um roubo.
Pois já.
Os membros do gabinete que participaram às autoridades,
o roubo de um computador, contendo documentação classificada,
não só não cometeram nenhuma infração,
como cumpriram o seu dever.
António Costa, não teve dúvidas ao segurar João Galamba
em afirmar que houve um roubo e, como roubar, é crime?
Onde é que está a questão, Ricardo?
Então, Carlos é que, depois, os responsáveis pelo SIS
foram ao Parlamento e disseram que não tinha havido roubo.
E, portanto, essa é a questão,
que é um debate que eu creio que tem potencial para ser infinito,
que é a via crime.
Então, o que é chamar o SIS fez mal,
não porque não havia crime.
Temos de certeza de que havia crime,
para que é chamar o SIS, porque não havia crime.
E, assim, sucessivamente, até o infinito, até o infinito.
E, portanto, isto significa o seguinte.
O SIS, havendo a convicção de que há crime,
o SIS é mal convocado porque não tem função policial
nem faz a investigação criminal.
O que é que acontece?
Acontece que o Governo, portanto, é errado convocar o SIS.
Só que o Governo, mesmo quando erra, acerta,
porque chamou o SIS pelas razões erradas,
mas, afinal, foi corretamente chamado.
É muito, exatamente.
Tô com um nó no cérebro.
É muito difícil fazer a oposição a um Governo
que, até quando erra, acerta.
E, portanto, boa sorte, a oposição e aos comentadores.
E a Judite, a Judite, acha que vai mesmo conseguir deslindar isto?
A Judite, é só porque a gente, talvez não,
talvez seja difícil, mas eu apostava na Judite
para saber se, afinal, houve roubo
e é mal convocado o SIS,
ou não houve roubo e foi bem convocado o SIS.
Como é que vê esta contradicção entre o que diz o Primeiro Ministro
do Conselho de Fiscalização das Secretas, Pedro Mechia?
Bem, o que diz o Conselho de Fiscalização das Secretas
e o que dizem os anteriores membros do Conselho de Fiscalização das Secretas
e o que dizem, enfim, várias pessoas dizem coisas diferentes.
Bom, há duas contradições.
Há uma contradição certa e uma contradição hipotética.
A contradição certa é a ideia de que o SIS
interveio em matéria supostamente policial,
visto que se tratava de um roubo, quando o SIS não tem essas competências.
Isso é uma contradição que alguém tem que explicar.
Bom, além de temos que saber o que é que pediu, o que é que telefonou, etc.
Mas a outra contradição que é que o Ricardo falou,
pode se defender, não é o Primeiro Ministro,
que o fará com certeza, mas pode se defender que não é uma contradição,
porque o Primeiro Ministro disse, comunicar um roubo,
comunicar um roubo, não é dizer que houve um roubo.
É que alguém disse que houve um roubo.
Se nós quisermos ser muito picoinhas,
em termos linguísticos, podemos dizer, houve uma pessoa que disse que,
em última análise, a consequência que o Primeiro Ministro pode chegar
é, afinal, não houve roubo, não houve roubo, comunicaram mal.
É uma fórmula...
O Ministro já disse que fizeram tudo bem na declaração que houve.
Fizeram tudo bem porque disseram que havia um roubo.
Exatamente. Tendo a convicção de roubo, está tudo bem feito,
mas não é verdade que, tendo a convicção de roubo,
é que não se deve convocar o senhor.
Claro, por isso é que é tudo esquengalhado,
mas há uma maneira de contornar a questão da presunção da inocência.
Eu acho bizarro que o Primeiro Ministro...
Já tivemos outro dia o chefe da Armada também a fazer prejuízos de culpabilidade,
agora temos o Primeiro Ministro, acho isso bizarro.
Mas, de facto, o que ele diz é uma formulação que o defende.
Eles comunicaram roubo toda a gente.
Sabe que há, por exemplo, malucos que comunicam coisas.
Está uma velha demotelhada.
Você tem que chamar o INM em vão?
Sim. Bom, isso, então, é o pronosco de cada dia.
E, portanto, eu sou, ao fim de sete anos,
tenho uma suspeita quase inevitável
de formulações que permitem marcha atrás.
E a marcha atrás, conforme o que se vier a apurar,
pode tanto ser...
Realmente, eu disse que, ao fim de roubo,
eu acreditei no que me disseram,
portanto, a culpa não é minha.
Que, aliás, por definição, não há culpas da António Costa.
Isso hoje de nós sabemos.
Portanto, se me mentiram,
se no Gabinete o Ministro me mentiram,
eu, em boa fé, em consciência, como ele disse,
fiz o que tinha a fazer,
pois sou do seu confio nos meus ministros.
E os meus ministros me disseram que houve um roubo.
Eu acreditei neles. Mais tarde, se descobrir o contrário,
eu disse, enganaram-me.
Não enganaram só o país, enganaram-me a mim.
Antes de mais.
Terá o jurista António Costa ao fazer aquela afirmação
da qualidade do Primeiro Ministro,
João Miguel Tavares, esqueci do princípio
da presunção de inocência?
Não, isso esqueceu certamente,
mas isso, nós já falámos aqui,
que a presunção de inocência
geralmente é usada.
Nós invocamos a presunção de inocência
quando alguém de quem a gente gosta
ou quem defendemos um dia está a ser acusado.
E outras vezes, quando é alguém que a gente não gosta,
quando é alguém que é pequenino,
ou, por exemplo, se for um chefe de Estado internacional,
fora do país.
Aí, a presunção de inocência deixa de existir.
Ninguém acha que...
Ninguém invoca presunções de inocência
a propósito de Donald Trump,
ou Jair Bolsonaro,
e, portanto, eu sou daqueles...
Não somos cidadãos de SPI?
Não somos cidadãos, então já está tudo bem.
Eu sou daqueles que sempre achou
que a presunção de inocência
é, sobretudo, uma figura para ser usada em tribunal.
E, fora dos tribunais, as pessoas,
para o que o meu que quiseram.
Acho que um Primeiro Ministro
deve ter mais cuidado,
sobretudo, aquele Primeiro Ministro,
que bem me recordo que estimava dizer
à política ou à queda política,
à justiça ou à queda justiça.
Também se misturam, parece que já está tudo bem.
Agora,
esta questão é muito simples.
É, há um bando de mentirosos
e cada mentiroso
está a defender
aquilo que é a sua verdade.
Aliás, também há uma formação conhecida.
É aquilo que julgue a ser.
É aquilo que julgue a ser a sua verdade.
António Costa, neste caso, está a lutar
por aquilo que acredita ser a sua verdade.
É isso que ele está fazendo neste momento.
E os senhores do CIS, a mesma coisa.
Qualquer pessoa...
Você gostou do tempo em que a verdade
não era a propriedade privada.
Eu tenho a minha, tens a tua.
É bem o que que o capitalismo avançou.
Foi o quevacismo para privatizar.
Mas sim, é possível.
O pós-modernismo?
Sim, mas eu continuo a ser deste tempo.
Eu acredito que existe uma verdade.
Neste caso nem sequer é difícil adivinhar
qual ela foi e foi.
Olha, de fona aí há aqueles senhores do CIS
a ver se eles desenrascam isto.
Não, mas o desenrascado
é apresentado de uma forma
extraordinariamente menina.
Simplesmente um senhor do CIS
telefonou-lhe a dizer, devolvá-lo ao computador.
Se uma pessoa recebe um telefonema
de alguém dos serviços
de segurança do Estado...
Mas mudar era fralda.
O devolvá-lo.
O devolvá-lo.
O devolvá-lo se faz favor.
Não é bem, se faz favor.
Quer dizer...
Não sei como é que vocês reagiriam
se vos tocassem o telemóvel
com a tarde do CIS
que faça favor de me dar o seu nível.
Depende.
Depende, porque eu acho que agora há um CIS
antes de farer de que tenha,
e depois de farer de que tenha,
porque a partir da hora mesmo que o CIS
telefona pediu o que é que seja,
já me diz, vai demora.
Não posso atender agora.
Porém espera.
Tem a certeza que isso é crime
então melhor...
recebemos o telefonema de CIS
e dizemos, peço desculpa, mas aquilo que eu fiz foi um crime.
Adeus.
E outra discussão divertida era...
Se a atuação indivídua
ou não do CIS
é mais ou menos indivídua
se for dentro de casa ou na rua.
Sim, sim, claro.
Que é o indoors, outdoors.
E sem coação e voluntariamente.
Agora, mais uma pergunta.
Por causa da evocação
eu creio que esses ilícitos, a hora livre
ou o edando de casa
vão se esbatendo até...
Atenção, estamos numa semana em que
fumar a hora livre em certos sítios
vai deixar de ser permitido.
E mais...
vai deixar de ser permitido.
E comprar tabaco na bomba de gasolina.
Não se pode.
Pelo visto, não vai...
Não posso fazer aquele livro pelusado.
Mas os cigarros estão apagados, pá.
Olha, deixa-me só...
Deixem os cigarros acesos na bomba de gasolina, concordo.
Deixem-me só acrescentar mais uma coisa
em relação a estas alderbeses, que eu acho que é engraçado aqui.
Quando o António Costa dá aquela conferência de imprensa,
o CIS já lá tinha ido,
o computador já tinha sido aprendido,
já tinha sido entréreo.
Portanto, alguém do CIS já agora
também tinha telefonado ao senhor primeiro-ministro
dizer, olha, não houve nenhum crime,
que ele evitava estar a chamar de ladrão ao senhor
durante aquela conferência de imprensa.
Porque aí sim, eu acho que agora,
o Frederico Pinheiro tem uma boa oportunidade
para o António Costa.
Não, porque...
O Pedro Mexia já deu a tática ao primeiro-ministro.
Mas a outra dimensão...
O primeiro-ministro está...
disse aquilo que lhe responde.
Não disse não, ele disse roubo mais de uma vez.
Há uma outra dimensão que é...
e que eu vi referido
esta frase,
que o
Eisad Junto, que não entrou
indivíduamente, não sei o que...
Ou seja, não estamos só a falar
porque o que interessa não é aposso
do aparelho computador, não é isso.
É se ele acedeu
indivíduamente a Segredos de Estado,
que Segredos de Estado são esse,
qual é a gravidade que eles têm
e que o potencial
é que ele fará faria deles.
Portanto, não estamos a falar
do Tochiba, não é?
Não estamos a falar de Segredos de Estado.
O que lá estava dentro?
Há a Acuaixão e ele chegou, teve acesso,
tudo isso.
Era a pasta de Ministro de Judite
quanto ao Pedramestia,
que é sério dessa vez Ministro,
do regular funcionamento das comissões.
E ele parece assurado
ou comprometido, Pedramestia?
Não, não parece nada assurado.
É pena que nós estéssemos a assegurar.
Nós temos tido, com todas as
insuficiências e desconfianças
que os portugueses regularmente manifestam
em relação à instituição
parlamentar, às vezes de uma forma
injusta ou fazendo desanulações
abusíveis, mas isso é um
lugar que não nos conhecemos.
É verdade que nos últimos anos
as comissões têm credibilizado
o Parlamento, têm feito serviço público.
E agora quero falar
da demissão, esta semana, a demissão
do Presidente da Comissão Parlamentar
de Incaritatabes continua
conturbada, porque para a semana
terá novos episódios
que vão certamente ser
chamativos com as audições
aos membros do Governo.
Você conseguiu perceber, Pedramestia,
o que levou o socialista seguro,
o Santos, a bater com a porta
daquela forma intentativa?
Sim, houve ali uma troca de acusações
entre os deputados e o
Presidente da Comissão.
O Presidente da Comissão dizia
que havia muitos requerimentos
dos deputados que estavam
no fundo a empatar os trabalhos,
que elas não tinham disponibilidade
da agenda sempre que é preciso.
Os deputados, por sua vez,
têm parcialidade do Presidente da Comissão.
E eu, não estando lá e não sabendo
uma série de coisas que lá se passaram,
nem sequer preciso tomar partido
e dizer uns estão certos
ou outros estão errados. Uma coisa é certa.
Tudo isto só tem
um resultado.
Não vou dizer intenção, não vou atribuir intenções.
O resultado é descredibilizar
a Comissão.
Descredibilizar a Comissão
só interessa uma das pessoas
em causa, um dos agentes em causa
que é o Governo.
Porque se está
a escrotinar ações
e omissões e etc.
de
ministros
ou de
altos funcionários
da TAP.
A intenção inicial do Bloco de Esquerda
era levar
esse escrotinho até o período anterior
à governação do PS.
Mas isto não vingou.
E portanto
eu não estou a dizer
que o ex-presidente agora da Comissão
se tenha admitido
apenas por
uma birra, ou seja, pelo que for.
Não é exatamente isso.
Não sei o que se passou.
Sei é que só há uma das partes
a quem interessa
aquela Comissão quando produzir
um relatório não seja confiável.
E essa é a parte que está a ser escrotinada
que não é a oposição naturalmente neste momento.
A demissão de Seguros Sanches
aconteceu depois de uma discussão
sobre os tempos de intervenção dos deputados
na Comissão.
Ver pertinências, João Miguel Tavares,
nas críticas de Seguros Sanches
do presidente missionário
a falta de eficácia dos trabalhos
acompanha a acusação do PSD
que a demissão de Seguros Sanches foi uma birra
e a palavra foi a mesma usada.
Na primeira semana os trabalhos foram muito eficazes.
Aliás, nós estamos todos a comentar
há muito tempo a eficácia
destes primeiros passos da Comissão
e depois aquilo
fica um bocadinho mais morno
mas isso foi, sobretudo, que as pessoas
não foram tão interessantes.
Acho que para a semana vai lá, João Galamba
A semana vai ser.
Vai voltar a aquecer.
Para a semana vai o Galamba
vai o Pinheiro
e vai a Maria Eugênia.
Maria Eugênia que esteve
na escaramuça e agarrou o Pinheiro.
Segundo alguns relatos
a Maria Eugênia agarrou
Você está fascinado com a Maria Eugênia
Eu quero ver a Maria Eugênia
porque ela aportou-se valentemente
fez uma pega de sarnelha ao Frederico
Mas achas que ela não foi uma das cinco
que depois esbarricou na casa de mais?
Eu não sei, eu tenho muita curiosidade
vamos esperar para ver isso.
Quinta-feira, não é?
Terça e quinta, ou não?
Quinta-feira é o João Galamba
e a Maria Eugênia
Olha que eu acho que o Frederico para casa
e o Frederico e a Maria Eugênia vão no mesmo dia.
O que é perigoso, pode haver...
Mas deixa-me só dizer
que isso é o mais generoso
eu não acho que se que é que o PS tinha muito interesse
em que o Sr. Segurus Santos
se afastasse, acho que ele é mais uma questão
quase temperamental do que...
Eu não disse isso.
Porque era discussões sobre grelhas longas
e grelhas curtas
e sobre distribuições de tempo
Também é que é uma pessoa susceptible
que não é uma grande característica para o tempo político.
Então, o governo está a falar da Comissão de Enquanto
Há duas linhas diferentes de raciocínio
que façam isso rápido
ou façam isso bem?
Ah, não, mas isso não há dúvida
que é o façam isso rápido, despachem-se.
O despachem-se não é uma boa recomendação
mas quer dizer,
é o terceiro ponto inevitável
porque ele não se pode prolongar eternamente
isso é o outro das...
Outra das piores coisas que podia acontecer
era aquilo que o Sr. Deputado tem agora sete horas
para fazer...
Isso implica que tu estejas a ver imagens
que nunca mais acabam.
Exatamente.
Para o lugar do socialista Seguros Sanchos
foi agora Lacerda Sales
que conhecemos durante a pandemia
como secretário de Estado à Saúde
o facto de ser alguém que não esteve na Comissão
de Inquérito desde o início
ele veio substituir
o deputado Carlos Pereira
apontado pela CIA
ou da TAP com o tente de Estado na famosa reunião secreta
o facto de Lacerda Sales ter entrado
no entendimento
parece-lhe relevante ou apenas circunstancial
Ricardo Lacerda?
Acho que não é relevante Carlos
eu próprio podia presidir
esta Comissão Parlamentar de Inquérito
e tenho acompanhado as vezes com mais atenção
do que alguns deputados que tenho acompanhado
eu talvez até propuser
sem diminuir o trabalho
de um presidente
de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
mas um bom sistema de alta fidelidade
era o que eu recomendava
para responder
para perguntar
para responder
Exatamente
as palavras que eu ouvi mais vezes
saírem da boca do Sr. Presidente
foram para perguntar
para responder
para perguntar
Ninguém pode tomar a palavra
sem autorização expedícita
mas ele irrita-se quando não fazia isso
se as pessoas tentavam responder
antes dele ter dito
isso é muito irritante
O Pedro Mexia fica
o Ministro do Regular Funcionamento das Comissões
agora é vez do João Miguel Tavares
se tornar Ministro dos Seis Andares
e quanto vale isso a preços de mercados
do Miguel Tavares?
Não sabe porque o Luiz Montenegro não disse
quanto é que custa
da notícia do expresso
da semana passada a respeito da Casa de Luz
do líder do PSD
cujo valor noticiou o expresso
não foi declarado ao Tribunal Constitucional
o que é que lhe chama mais atenção
a notícia ou a reação do visado?
Não, isso foi sem dúvida
a reação do visado
a notícia se ele declarou ao Tribunal
o valor da Casa não está
na sua declaração do Tribunal Constitucional
há dúvidas, é daquelas das coisas
mais cinzentas se ele precisaria
ou não exatamente de declarar aquele valor
e se ele poderia ter tantas assoalhadas
é só uma questão
e depois se...
se ele...
e necessidades
para a sentida, para as casas de banho
Exato
É só um oito, não é?
Acho que o Márcio não pensa nisso
Oito casas de banho
Seis andares
Se quer saber tudo, isso não parece
Há dois andares mais animados
Oito centos metros quadrados, seis pisos
Oito WX, quatro legais na garagem
e 100 metros do mar
e um elevador
Tem elevador lá dentro e tudo
Ah pois, lá está
Já foi devidamente escrutinado essa expressão
Já foi, já
Como ele entrou e saiu do Parlamento
pode haver
razões, digamos assim, jurídicas
que justifiquem que ele não precisasse
lá meter o valor
da Casa
Também não respondeu ao expresso
quando o expresso lhe perguntou, não é?
Pois não, o que respondeu ao expresso
e pelo que se leram disse, o expresso
que era uma investigação que já vinha, há algum tempo
Agora, a reação
log dele
na notícia que estava no expresso
e depois as reações
da nota de esclarecimento assinada
pelo Gabina de Comunicação do PSD
que é uma coisa que acho logina, acreditável
ter nada a ver com o PSD, o PSD não tem nada a ver com aquilo
que ele é uma dúvida sobre o cidadão
Luiz Montenegro, acho eu
As declarações dele
dessa nota de esclarecimento
diziam notícias incidiosas
apreciações insultuosas, passíveis
de responsabilização civil e criminal
em tudo político e infarçável
Portanto, basicamente
temos uma nota do PSD, dizia que o expresso
está a conspirar contra Luiz Montenegro
e o Miquel Pereira, que é que ensina
a notícia
e que é um dos melhores jornalistas que faz justiça
em Portugal
Também, enfim, está envolvido numa tramóia
para prejudicar Luiz Montenegro
o assolo de alguém
e esses tipos de justificações
realmente descabeladas e inaceitáveis
eu não consigo percebê-las
e qualquer pessoa que tenha um mínimo de sensibilidade
aquele que tem sido um ambiente político
já há muito tempo em Portugal
cada vez que se levantam suspeitas sobre
um negócio, uma casa
esse tipo de reação
ou são, eu
se podia duvidar que houvesse ali alguma coisa estranha
depois destas reações
fico mesmo muito convencido
deve estar ali alguma coisa estranha
porque não há outra justificação
Como é que é entender o Pedro Mechia
o comunicado do PSD, onde se afirma
a propósito deste caso
o contexto e a oportunidade
da publicação da notícia falam por si
Neste caso há uma notícia
uma notícia, a notícia é a notícia de expressa
e a notícia é a reação
na notícia no sentido de que a reação
é sempre a mesma
é sempre
sempre que aparece uma notícia que pode ser
uma suspeita sobre assuntos
desta natureza
que afeta em um político
ou um partido
a resposta é sempre
evidentemente que é falso
que é uma perseguição
e depois muito estranho a aparecer nesta altura
nunca há alturas boas
a que contexto é que se refere
se é um contexto e a oportunidade
porque neste momento
supostamente o governo
está em crise
e portanto vislumbra-se
a possibilidade do Luiz Montenegro
portanto uma notícia
que o afete
eu gostava de saber uma altura boa
em que alguém disse para o caso
estas dúvidas sobre a minha casa
mas mesmo que isso fosse verdade
eu diria
mesmo que o Luiz Montenegro
estivesse para ser
para o mês que vem
eu diria que era uma excelente altura
porque era ótimo que se cante
saber de eu ser primeiro ministro
sobre estas matérias
é como assuntos interessados
é ou não um assunto relevante
a vida econômica ou financeira
nunca era primeiro ministro
é relevante, não é vida privada
não é vida íntima, é um assunto
de que os portugueses têm que ter confinado
eu disse que é a vida da pessoa privada
pois disse, como dizem outras figuras
bem conhecidas da sociedade portuguesa
e depois é ou não verdadeiro
isso não sei, não faço ideia
via notícia, não faço ideia
os milindres fiscais a questão concreta
porque eu sei uma notícia sobre ele
explicar, ao próprio não é o PSD
ao próprio não foi o PSD
que foi acusado
ou o PSD e Luiz Montenegro são a mesma coisa
curiosamente, esta situação surge
na semana em que
o fundador do express e militante
número um do PSD
Francisco Pinto Palsemão
gravou um vídeo
da Poi Político a Luiz Montenegro
se calhar não recebeu
como é que conjuga estes factos
para Montenegro
eu acho que são factos para Montenegro
interpretar, é ver como é que encaixa
nesta narrativa, portanto
o fundador
e militante número um do PSD
que é ao mesmo tempo o proprietário
do express, o express
tem um intuito político indisfarçável
para prejudicar o Montenegro
e o seu proprietário
tem um intuito político indisfarçável
de o apoiar
no Brasil aconteceu uma coisa parecida
o Bolsonaro levou uma facada
de um senhor chamado Adélio
e eles foram falar que o Adélio
disse, foi Deus que me disse para fazer
e depois o Bolsonaro se aforce e disse
foi Deus que me salvou
também ali, Deus quis dar um sinal
ao Bolsonaro que realmente achava
que ele era mercedor de uma facada no bucho
e a seguir
salvou da facada no bucho
mas Deus só podia salvar
o Bolsonaro
tanto o doutor Bolsonaro como Deus
os seus
caminhos insondáveis, impensivos
caminhos e avios
agora a questão é essa, é quando
o argumento é
olha, há algumas dúvidas relativamente a sua propriedade
quando o argumento é, mas que há quatro e meia
o argumento de uma nesta altura
nunca convence ninguém
nunca convence ninguém
é o melhor
é melhor arranjar outro
o João Miguel Tavares fica
ministro dos seis andares
ministrais por esta semana
a altura para sabermos agora porque
o Pedro Mexia se declara retornado
e é um regresso
efetivo
ou ainda só para o parto terreno, Pedro Mexia
vamos ver, é evidente que mais tarde
ou mais cedo António José Seguro
que
como é lembrar, foi atropelado por 14
caminhões tira
todos, cursou a forma de António Costa
havia de dizer alguma coisa
havia de
e ele esteve
num evento com
e acho que as funções são cristas, também mais
líder partidário
e na sequência
de dizer que
por um lado que sente perplexo
faz só que se passa
em termos de transparência
e descência na vida política e portuguesa
parece que já lá está um partido há muitos anos
no governo
também disse que
seria hipócrita
o ponto de dizer nunca mais
um regresso à política que num primeiro momento
podia ser líder como o regresso
a tentar voltar a ser
secretário-geral do PS
e depois no segundo momento
como hipótese presidencial
sendo que entretanto
eu já perdi
quanto aos prequendados presidenciais
a minha última
contabilidade
e em 14
contando com 3 chalupas
sempre 3 chalupas
eram 11 mais 3 chalupas
o que significa
que vai ser umas presidenciais
absolutamente caóticas
santo xílva, francis cacis, anagomos
donos de asseguro, marques mentes, palportas
santana lopes
alguém do B
alguém do PC
alguém do chega, quem será
o almirante mais 3 chalupas
isto não dá 14 mas é fival
você acha que a contabilidade de chalupas
está feita por baixo
não há mais do que 3
alguns dos que tu nomeaste
porque precisam de assinatura
de 7.500 chalupas
isso ainda são as primárias
isso ainda
sim claro e aliás
as pessoas não avançam ao mesmo tempo
o facto significativo é o regresso
de Antonio José Seguro
que esteve
segundo a contagem
com mais de
cerca de 3.000 dias
politicamente em silêncio
como é que leu este regresso
quer dizer, ele quer de facto
voltar a aparecer sobre os holofotes
públicos?
que era Antonio José Seguro
que foi atirado bora da fora
de uma forma realmente
impressionante
que era as pessoas que discordaram
do rumo
sobretudo do rumo na altura de Jeringonse
e que foram francamente 3 ou 4
muitas dessas pessoas
estão no seu direito de achar que
quando a liderança estiver
em discussão de novo
podem estar, se não na proposition
pelo menos com ambições
de serem candidatos
o que me surpreendeu foi este salto
para as presidenciais
que não é salto nenhum, é uma hipótese
é uma especulação, não é nada ainda
mas o que significa é que
o que é estranho não é
muitas pessoas de quem se fala
para presidenciais, às vezes é que
destes nomes
nenhum deles ganha de caras
nenhum, nem um pouco mais ou menos
isso é que é muito estranho
isso é que nunca aconteceu porque
sempre houve especulações
com algumas candidatos
que seriam os candidatos que passam a segunda volta
ou que podiam ganhar a primeira até
mas
temos aqui candidatos de 20%
e candidatos de 10%
e isso é muito, muito estranho
Veio António José Segur como
eventual presidenciável
João Miguel Davares
Vejo, vejo
António José Segur não parece ter
sido um bom líder de oposição
ele na altura quis
cortar com o mundo socrático
mas também nunca teve
capacidade de verbalizar
dessa maneira e acabou, lá está como
dizia o Pedro
atropelado violentamente
com as fechas
dos pneus de António Costa
maricados no Abdomen
mas é verdade o que é que
aconteceu a ele?
aconteceu a ele uma espécie de retígo
e os retígos fazem sempre bem as pessoas
e um silêncio
que calhou bem
porque foi
construindo uma imagem de essência
e isso também acontece muito com
passos com olho
e isso é bom para o país
e se viciar os velhinhos
tem essa vantagem
e se viciar os velhinhos é o teu resumo
do trabalho do governo que faz escolho
durante a tróica e isso?
não diria que é um resumo
mas que é um capítulo bastante alargado
e é uma das razões que explica
o grandeisito de António Costa
mas talvez vão dizer a alguém que perceba
o que é que o senhor deu para lá fazer
pode dizer que os velhinhos não têm capacidade
para perceber, é muito grave
os velhinhos não
é um pedadismo
pois é um blito em inglês que tu estás a cometer
neste momento
mas é resumo
essa hora de decência em volta de António José Seguro
é importante
sobretudo
hoje em dia daquilo que é o ambiente do PS
e por exemplo em António José Seguro
e Augusto Santos Silva
o meu coração não balança
a reaparição de António José Seguro
são domingos de rana
depois de ter
recusado o convite
para o jantar de comemoração dos 50 anos
do PS
agora recentemente
no rato
deixou comemoração
de antónio José Seguro
de António José Seguro
de António José Seguro
depois de ter recusado o convite
para o jantar de comemoração dos 50 anos
do PS
agora recentemente
no rato
deixou claro
que o antigo líder socialista
não está
mínimamente satisfeito com a liderança
nem com o governo
da António Costa
diz que os portugueses merecem melhor
haverá aqui alguma tentativa de ajustes de contas
em curso?
talvez isso se calhar até
o meu problema é que o António José Seguro
tem alguma simpatia por António José Seguro
por toda a gente
que tal como eu tenho um arroco
e eu acho sinceramente
é muito provável
eu temo que nunca chega a hora dele
há um universo paralelo
Portugal foi muito diferente
Ferro Rodrigues não se demitiu
na sequência de Jorge Sampaio
não ter querido dissolver o governo
após a saída do Rombarrojo
Jorge Sampaio não demitiu
mas Jorge Sócrates não apareceu
porque o Ferro Rodrigues não se demitiu
e ganhou as eleições pelo PS
e a seguir ele se calharia a António José Seguro
e ele se encosta
é acontecer uma data de coisas nem esse outro Portugal
que fica num universo que nós não conhecemos
nós expulsaram a família do Espinosa
já para não falar nisso
não ir tão atrás
mas eu creio
que no nosso
na nossa dimensão
digamos assim
de existência, é possível
que António José Seguro esteja parpleco
sentado no seu sofá, a ver a televisão
e sempre com aquela coisa do
chaves do carro. Ah, não, espera. Sempre, sempre, não é? 2015. Olha, o Pocochinhos
perdeu as eleições. Vou buscar as chaves do carro para ir. Ah, não. Ele é Primeiro
Ministro. Deixe-me sentar outra vez. E assim sucessivamente, depois, olha, olha, olha, o
governo caiu. Vou buscar as chaves do carro. Ah, não. Novas eleições e teve maioria absoluta.
Deixe-me ficar. Olha, olha, olha, é agora. Recusou demitir o Galamba. O Marcelo vai
dissolver o Parlamento. Vou buscar as chaves do carro. Não é preciso. Não aconteceu
nada. E assim sucessivamente. Pena, é como ele está a assistir. Um daqueles artistas
de circo que estão a fazer equilibrismo em cima de um barril. E parece continuamente
que vão cair e nunca caem. Estás convencido por que é que o Pedro
Mochia se declara retornado, como eu entendo, já é seguro, quanto ao João Miguel Tavares
diz sentir-se crescido, está satisfeito por isso? Ah, sim, eu dou, sim. Mudaradamente,
só. Vou fazer 50 este ano. Tô bem. Mas isto é propósito dos números do crescimento
económico. Certo. Que foram surpreendentes, dizem muitos. E da revisão em alta para a
economia portuguesa por parte do FMI, na sequência do primeiro trimestre, a estima
tivera de 1%, agora de 2,6%. Como é que o macroeconomista João Miguel Tavares analise
estes números? Muito obrigado por colocar as questões dessa maneira, Carlos.
Isto, na verdade, tem muito a ver com o que o Ricardo estava a dizer agora, porque eu
às vezes dá uma sensação de um cheque de entusiasmo da oposição, porque a oposição
também está aí, pescar as chaves do carro. E está convencidíssima que quando voltar
o António Costa já... São favas contadas. E eu não parece nada que sejam favas contadas.
O mérito do governo especificamente neste crescimento económico é aproximadamente
zero. E eu não sou o que o digo. Há pessoas, inclusive, a toda área do PS, que já o reconheceram,
porque isto tem a ver com as portações e tem a ver com o turismo. E com uma resiliência
que não é de Lisboa, é acima do Tejo, é o Norte, como sempre, a puxar pelas portações.
E claro, o país todo é em Lisboa com a questão do turismo. E este crescimento é surpreendente.
As previsões do FMI podem não se virar reveladas verdadeiras, mas para todos os efeitos é
ótimo que o FMI venha a dizer que há um crescimento de 2,6% neste contexto.
Quando antes, sabe que era 1%.
Exatamente. E nesses momentos...
E às vezes, e meia-mais...
E há aquela coisa que fica sempre bem, que é nesses momentos, as previsões do FMI são
mais otimistas do que as do governo. É verdade que o desemprego está a crescer, mas se de
repente a inflação diminui. Por isso tudo, o governo acaba a fazer um brilhareto onde
também não tem um mérito. Aliás, o Conselho das Finanças Públicas explicou isto. Os resultados
do ano passado não tiveram nada a ver com a ação de Medina, a não ser que, no facto
de mais uma vez, o país não tenha investido mil milhões de euros para investir e ter coletado
impostos de uma maneira gigantesca, não é? Te batemos mais uma vez o recorde da carga
fiscal, mas para todos os efeitos, quando nós vamos ver os números maraclóide não
tem um nome, que lá está uma texida muito significativa no défice, e esse défice vai
continuar a cheirir. E, portanto, estamos a ser ultrapassados por outros países, como
a Afrécia e a Espanha, que estão a ter um défice maior do que nós. Portanto, contas
certas que o governo pode apresentar. Ao mesmo tempo, tem sido extremamente generoso
com os reformados. E quantos se juntam a estas coisas? A inflação a baixar, o crescimento,
os reformados contentos. De repente, imagina, vendem a tape e a tape, neste momento do turismo,
vão haver muitos concorrentes, e imagina que é acima dos 3 mil milhões que a gente
lá meteu. E o aeroporto da final arranca. E, portanto, estas conjugações todas, quem
acha que António Costa está politicamente morto, pode estar muito errado?
A projeção muito favorável do FMI não impressionou o Ministro da Economia. Como é que entende
a reação de Costa? E se ele vá ao dizer que o FMI acerta pouco, a cada hora o espera.
Queria ele dizer que acerta pouco e, portanto, ainda será mais?
Exato. É a seremia. Se é saber se ele diz que o FMI acerta pouco, vai ser muito melhor
que isso. Ou então, o FMI acerta pouco. Não vai ser tão alto e, por isso, não estejam
a puxar, a elevar a despectativas, depois é pior. Falamos daqui a 6 meses ou um ano.
É melhor. Esperamos a prova dos factos. Quem também não se deixa impressionar pelas
previsões otimistas na economia é o líder do PSD, Luiz Montenegro, que diz que no
país real, no último crescimento econômico, não está a chegar à vida das pessoas. Como
é que conjuga esta reação atual, Pedro Mexia, com o facto de Luiz Montenegro ser também
o autor do clássico de 2014? A vida das pessoas não está a melhor, mas a do país está muito
melhor. Eu acho que ele tem razão de ambas as vezes,
no sentido em que há obviamente uma diferença entre os números bons ou maus, neste caso
bons e a sua e a maneira como eles refletem perceptivelmente no cotidiano.
Mas em 2014 ele disse essa frase para dizer que o governo estava a fazer muito bem.
Claro, com certeza.
Agora diz esta frase para dizer que o governo estava a fazer muito bem.
Com certeza. A intenção é oposta, mas o raciocínio é o mesmo e o raciocínio é
a própria expressão que ele utiliza de pessoas que têm dificuldade de pagar as contas
ao fim do mês. É possível que o país esteja pujante
economicamente um país. E as pessoas com dificuldades de pagar as contas ao fim do
mês, mas para essas pessoas o país estar pujante economicamente é completamente irrelevante.
Portanto, o que ele está a dizer é que há até, até na outras áreas, como na economia,
por exemplo, na segurança, se fala da precessão da segurança, a precessão da segurança
não equivale necessariamente à realidade da segurança. As pessoas acham que há mais
crime, há menos crime do que há, geralmente acham que há mais do que há.
Portanto, acho que isso é verdade, acho que é bom.
Mas qual das interpretações que Luís Montenegro está a sugerir nas frases em dois momentos
diferentes, qual delas lhe parece mais válida?
Eu não sou exigente de Luís Montenegro, mas acho que é verdade que há uma disparidade
é verdade que as notícias são boas, se elas se concretizam na vida concreta das pessoas,
vamos ver, eu desejo que sim.
Já sabemos por que que o João Miguel Tavares se declara crescido, agora vamos tentar perceber,
não falamos, não, acho que falamos, pronto, ok, agora fiquei a pensar se faltava uma ronda
que eu fizesse.
Não, não, fui eu comecei, fui eu comecei.
Ah, muito bem, muito bem.
Nota-se que não fixaste o brilhantismo da minha intervenção internacional.
O macroecon de mixtas normalmente não é isso com muita atenção.
E mesmo que haja uma ronda em que o João Miguel fica de fora, acho que tem ninguém que não
é?
A minha mãe já tem, a minha mãe leva a mão.
A sério, leva.
E aí isto tem direito.
Fica lá, está lá em casa a apontar.
Está lá a apontar e...
E depois mete uma boneca, mete, mete, tem lá um bonequinho com o Carlos Vazmaques e espere
um alfinete, claro.
Se tivesse uma apontada nas costas da manhã, já sabes do que foi.
Tentido, já já percebi.
Vamos agora tentar perceber por que que o Ricardo Arous Pereira se anuncia surpreendidíssimo.
O que é que o surpreendeu?
Fiquei perplexo, fiquei perplexo, então não é que é o que parece há uns problemas
ítis com liberdade de expressão no Reino Unido, Carlos.
Eu não estava à espera, não estava à espera, porque de repente...
A polícia inglesa teve 52 pessoas entre elas, o líder de um grupo republicano no dia da
coroação de Carlos III.
E foram detidos por que, Carlos?
Foram detidos por que?
Porque eles, na sua esmagadora maioria, essa ou se calhar, houve um caso ou outro em que
isso não sosseu, mas na sua esmagadora maioria, o desacato foi discordar, foi discordar, foi
dizer que este não é o meu rei e este...
Ou seja, a detenção baseou-se na seguinte violação, parece mal, parece mal, atrapalha
e ofende.
E fica mal nas câmeras?
E ofende, fica mal nas câmeras, então estamos aqui, estamos todos tão bem e vêm uns tipos
de dizer, eu não gosto disso, é um caso clareíssimo, clássico, de umas pessoas que
não estão a causar dano nenhum, nenhum, como, em geral, as palavras não causam, e é por
isso que a nossa lei diz que quando as palavras causam dano substancial, é aí que a lei deve
intervir, por isso que quando há, por exemplo, uma ameaça de morte em que o perigo é iminente
e provável, a lei intervém, iminente e provável, é por isso que quando alguém diz, morro
tantas, morre, pim, ninguém vai bater à porta do senhor Almada Negreiros, porque não há
perigo iminente e provável, a gente pode deixar só, é pai, é feio, é pai, estamos todos
aqui para celebrar o Carlos III e está aqui este senhor desagradável a dizer, eu não
gosto assim tanto dele, tudo pode ser desagradável, ofensivo, chato, uma série de coisas, não
é motivo para detenção.
Que raio democracia é aquela?
Eu tenho um pensamento muito profundo e muito complexo a esta matéria, que é protestos
pacíficos todos, protestos não pacíficos nenhum, aparentemente foi um protesto pacífico,
há uma grande discussão sobre estas novas leis aprovadas na Inglaterra, mediadamente
por causa de pessoas que se amarram a sítios ou se prendem a cadeada, isto tem a ver com
essa contestação e a legislação é bastante questionável e algumas dessas tensões foi
bastante questionável, mas ou então, os policias foram, são leitores do Oscar Wilde,
porque nunca convenha muito para um policia, mas eu diria eles, mas os são leitores do
Oscar Wilde porque eles dizem que os manifestantes tinham alarmes para assustar os cavalos e
o Oscar Wilde tem a famosa frase de que as pessoas podem fazer tudo desde que não
façam na rua nem assustem os cavalos, e portanto acho que pode ter sido essa precaução
que a polícia teve.
Acompanhou a transmissão da cerimônia de curação, o João Miguel Tevares?
Sim, sim, acompanhei lá em família até, porque a última vez tinha acontecido há 70 anos,
eu há 70 anos nem um esperma de sóia ainda era.
Mas eu adorei ver isto, eu também perdi outra vez, eu não sabia que lhe entregaram
tantos brinquedos mágicos pá, sério?
Sério?
A espada do não sei o que é, a pulseirinha da sabedoria, já visto-te no atoramento
em Coimbra?
Mas também acho graça, lamentas, eu também acho graça.
Eu gostei, até porque lá em casa há uma divisão, a minha mulher é mais timidiana
e eu estava entendido a meter-me com ela, a dizer que não é um amor tão bonito, entende
a Camila e o Carlos, e isso de facto irrita a algumas famílias.
Quando ele está com a bolinha, aquela bolinha numa mão, bolinha também com poderes, e
espada na outra, e vestindo um roupão, tem um senhor que eu acompanhei com atenção,
está com uma espadinha aqui, com a bolinha aqui, um titular do cara que publica uma
farda ceremonial.
Oh Pedro, eu sei isso tudo.
Por oposição aos nossos subígitos lacroassionais que aparecem de gíneos.
Repara, eu te escrevi, o meu texto de expressa é pensar em ti, sou eu a pensar em ti.
Tentas que eu penso em ti quando estou em casa em vários ocasiões.
E escrevi o texto de expressa, o texto de expressa começa com, eu também li aquele
livro do JB Priestley em que ele diz que dizer que futebol são 22 homens a correr atrás
de uma bola, é a mesma coisa que dizer que violino é pau, e o âmbito é papel e tinta.
É pá, mas tens que admirar.
Quando a recebismo vai lá e lhe enterra, enterra-lhe o chapelinho.
Deixa eu ver que isso não tem ainda bem.
E um nos vejo com o martelo.
Tudo bem, mas eu não é ridículo, vamos concordar todos que é ridículo.
É ridículo, o senhor é como a bandeirinha a dizer que a bola saiu no seu âmbito.
Tudo é ridículo, pá.
Tudo é ridículo, é verdade.
Mas ele ia ali ao... eles capricharam.
As convenções são ridículas por natureza.
Pai, eles capricharam, o que é que está?
Do homem, do homem, é sério.
Neste toca uma fanfare, no momento lá, com o chapéu e tal.
Bom, com isto chegamos aos livros, e esta semana eu trago o Kafka.
Aliás, é apropriado a isto.
A edição completa de todos os contos que o escritor não queria que léssemos.
Ou seja, tudo o que escreveu é conhecido o facto de Kafka ter dado instruções a um amigo
para que ele destruisse toda a sua papelada depois de morrer.
Morreu com 41 anos e devemos a Max Brode, este tal amigo,
uma das obras literárias mais espantosas do século XX.
Max Brode não destruiu nenhum dos papéis que encontrou.
Pelo contrário, percebeu o que estava ali, uma precisidade.
E, por isso, podemos hoje ler os três romances de Kafka.
São todos próstimos, o processo, o castelo e a América,
bem como estes contos, muitos deles inéditos,
alguns tinham sido publicados durante a vida do autor,
mas a respeito desses Kafka deu instruções, deixou instruções para que não fossem reeditados.
Instruções que, felizmente, uma vez mais, não foram acatadas.
Entre os textos aqui reunidos, estão duas peças centrais da obra literária de Kafka,
a metamorfose e, na colônia penal, contos que só por si já justificariam o facto de Kafka ser um dos raros autores,
cujo nome deu origem a um adjetivo que toda a gente usa mesmo quem nunca leu Kafka.
Sem a palavra Kafka, teríamos dificuldade de descrever muito do que temos à nossa volta.
Todos os contos de Franz Kafka, contos traduzidos por Alvaro Gonçalves,
e com edição de livros do Brasil.
O João Miguel Tavares sugere liberalismo inglês e americano anglo-saxónico.
Exatamente.
Ou, como aqui se diz, a cultura política marítima de língua anglo-saxónica, de língua inglesa.
Este livro chama-se Liberdade com Tradição, é de João Carlos Pada,
ou, como diria o Ricardo da Rua, do professor João Carlos Pada.
Ele é professor na Católica e tem um grande fascínio e, ainda bem,
por o liberalismo e pela democracia liberal.
E aqui traça perfis daqueles que são os grandes pilares da democracia liberal,
vai desde o Borco, ao Tóquio, vê-lo, mas chega a Ecke, Church, Larrón, Popper.
Muitas vezes perguntam, ah, liberalismo e tal,
digamos aí um livro para que eu possa compreender melhor.
Aqui está uma excelente introdução e, portanto, aproveita.
O Pedro Mexia traz um romance que da origem é um clássico do cinema.
Sim, é um romance do Reino Reisman, que é o irmão do Tomás Mann,
que chama-se do professor Bruno Rat, publicado em 1905,
que é um livro, mesmo antes do filme, um livro, o Anjo Azul,
com o Sternberg, com a Marlene Dietrich.
É um livro muito forte, porque é sobre a decadência de um professor,
chamado professor Rat, mas o que ele chama?
Um Rat que quer dizer lixo, que se envolve como atriz,
enfim, vamos dizer atriz, e que é um clássico sobre,
por um lado, a decadência e humilhação de uma pessoa,
a fatuidade dos valores das classes respeitáveis e, no fundo,
uma crise comportamental e uma crise na sociedade
que se começa a manifestar através da vida privada
e só depois chega à vida pública.
O Ricardo Aureus Pereira recomenda um acontecimento editorial.
Um monumental acontecimento editorial.
Três livros, três!
Da ganaderia... Desculpem, é...
Isto é o Volumum, este é Gargantua e Pantagruel,
é o Volumum, porque estão aqui...
Isto é uma série de cinco livros,
aqui está Gargantua, Pantagruel e o Livro Terceiro,
os Quarto e Quinto.
É, em princípio, saíram no volume subsecuente.
Quer dizer, é um acontecimento porque havia algumas trad...
Por exemplo, havia uma tradução na Frenesí do Anibal Fernandes,
do Pantagruel, que era excelente,
como é o próprio Anibal Fernandes,
que eu creio que já era muito difícil de...
que já não estava disponível.
Esta tradução...
Mas, ao mesmo tempo, o rabo é...
Estes cinco livros foram traduzidos...
Não sei, não sei.
Era preciso...
Também não tenho ideia...
É dos termos que há alguém que soubesse, de facto,
que preparasse o que vem dizer.
Não tenho a certeza, não.
Ainda, este maravilhoso e desbarregado e hilariante livro
é traduzido aqui pelo Manel de Fretas,
que faz um prefácio, no prefácio,
além de notas interessantes sobre a tradução,
apropriadamente...
Ah, e também de usar a palavra...
Pornóbruto...
Acordo Pornóbruto Hortográfico.
Além disso, ainda faz a lista dos vinhos que bebeu
na preparação do...
Muito apropriadamente, porque este é um livro
em que se come e bebe bastante.
As coisas da comédia, excesso, grotesco,
coisas reales, sujas.
Bem-vindos à comédia.
É um prazer receber-vos.
E claro.
Claro.
E tem...
A começar pelo autor.
Gargante, Pantagruel e outras personagens clássicas
da história da comédia como Panurgo.
É isto.
E com o Rablet se conclui mais uma reunião semanal,
dois a oito dias, à mesma hora,
ou a qualquer hora em podcast,
Pedro Mexias, o Miguel Tavares e Ricardo Oroz Pereira.
E, no final,
a comédia, a comédia,
a comédia, a comédia,
a comédia, a comédia,
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a comédia, a comédia,
a comédia, a comédia,
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a comédia.
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António José Seguro ressuscitou em São Domingos de Rana. Luís Montenegro não aceita que lhe perguntem pelo casarão de Espinho. E em Inglaterra ser republicano pode dar direito a detenção; a monarquia, quando se celebra a si própria com pompa, não gosta de gente que a ponha em causa. Mas a principal animação da semana em que a economia do país deu sinais de estar mais robusta do que a da maioria dos portugueses, ainda teve a ver com a sarrafusca no gabinete ministerial. O primeiro-ministro diz que houve roubo, mas como o SIS foi chamado parece que não foi cometido, afinal, nenhum crime. Não bate a bota com a perdigota. Alguém que investigue, s.f.f. Chamem a Judite!
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