Joana Beleza Joana Beleza 5/13/23 - Episode Page - 52m - PDF Transcript

Esta semana, Pedro Machia declara-se retornado.

João Miguel Tavares sente-se crescido

e Ricardo Baroujo Pereira confessa-se surpreendidíssimo.

Está reunido o programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.

Olá!

Esta semana, o Ronoetek arroga uma nova pasta.

A Pasta dos Incentivos.

Algo que hoje precisamos bastante, principalmente quando vamos às compras.

Um grande incentivo moral do tamanho da inflação para compensar a conta do supermercado.

Uma boa ideia era estas superfícies que colocarem frases motivacionais nos pósters com as promoções.

Por exemplo, com foco e determinação, consegue tudo.

Até comprar este pacota de arroz.

Ou, meia dúzia de ovos são apenas 5% do seu ordenado.

Sem desculpas.

Ou ainda, o esforço é grande, mas a recompensa deste dois por um é ainda maior.

Talvez fosse um bom incentivo, como o Elias,

aquele que o Estado dá na compra de veículos elétricos,

como o renomeganetek elétrico do ano.

Desta vez, esmeraram-se.

Quem se esmera sempre, são os convidados do programa que se segue.

Por isso, aproveite.

Ora viva, sejam bem-vindos no final de uma semana em que a Comissão de Inquérito à Gestão publica da TAP

voltou a estar na ordem do IA, desta vez com a admissão do Presidente alegando pressões inaceitáveis.

Avemos de falar disso daqui a pouco, disso dos 6 andares de Montenegro

e do regresso de António José Seguro.

Mas antes o Ricardo Raul Esperar apresenta-se aqui como Ministro da Judite

e dá-se bem com a Judite, Ricardo.

Relativamente bem, Carlos, eu nunca tive problemas com a Judite.

A Judite também não parece muito interessada em...

Em si?

Em mim.

O que é que torna a Judite sealmente recomendável?

A Judite é a Polícia Judiciária e, portanto,

nós tratamos por a Judite porque temos esta relação afetuosa.

E ela deixa?

E ela deixa à vontade.

Só que acho que é melhor...

Porque a gente precisa de alguém que venha deslindar este mistério

sobre se houve ou não roubo de um computador

que é para depois nós posteriormente podermos avaliar

se foi ou não bem chamado o SIS.

Que é, portanto, que a Judite investigue, se houve crime,

no gabinete do Ministro Galamba, mas...

Repare bem, o Primeiro Ministro já disse que houve um roubo.

Pois já.

Os membros do gabinete que participaram às autoridades,

o roubo de um computador, contendo documentação classificada,

não só não cometeram nenhuma infração,

como cumpriram o seu dever.

António Costa, não teve dúvidas ao segurar João Galamba

em afirmar que houve um roubo e, como roubar, é crime?

Onde é que está a questão, Ricardo?

Então, Carlos é que, depois, os responsáveis pelo SIS

foram ao Parlamento e disseram que não tinha havido roubo.

E, portanto, essa é a questão,

que é um debate que eu creio que tem potencial para ser infinito,

que é a via crime.

Então, o que é chamar o SIS fez mal,

não porque não havia crime.

Temos de certeza de que havia crime,

para que é chamar o SIS, porque não havia crime.

E, assim, sucessivamente, até o infinito, até o infinito.

E, portanto, isto significa o seguinte.

O SIS, havendo a convicção de que há crime,

o SIS é mal convocado porque não tem função policial

nem faz a investigação criminal.

O que é que acontece?

Acontece que o Governo, portanto, é errado convocar o SIS.

Só que o Governo, mesmo quando erra, acerta,

porque chamou o SIS pelas razões erradas,

mas, afinal, foi corretamente chamado.

É muito, exatamente.

Tô com um nó no cérebro.

É muito difícil fazer a oposição a um Governo

que, até quando erra, acerta.

E, portanto, boa sorte, a oposição e aos comentadores.

E a Judite, a Judite, acha que vai mesmo conseguir deslindar isto?

A Judite, é só porque a gente, talvez não,

talvez seja difícil, mas eu apostava na Judite

para saber se, afinal, houve roubo

e é mal convocado o SIS,

ou não houve roubo e foi bem convocado o SIS.

Como é que vê esta contradicção entre o que diz o Primeiro Ministro

do Conselho de Fiscalização das Secretas, Pedro Mechia?

Bem, o que diz o Conselho de Fiscalização das Secretas

e o que dizem os anteriores membros do Conselho de Fiscalização das Secretas

e o que dizem, enfim, várias pessoas dizem coisas diferentes.

Bom, há duas contradições.

Há uma contradição certa e uma contradição hipotética.

A contradição certa é a ideia de que o SIS

interveio em matéria supostamente policial,

visto que se tratava de um roubo, quando o SIS não tem essas competências.

Isso é uma contradição que alguém tem que explicar.

Bom, além de temos que saber o que é que pediu, o que é que telefonou, etc.

Mas a outra contradição que é que o Ricardo falou,

pode se defender, não é o Primeiro Ministro,

que o fará com certeza, mas pode se defender que não é uma contradição,

porque o Primeiro Ministro disse, comunicar um roubo,

comunicar um roubo, não é dizer que houve um roubo.

É que alguém disse que houve um roubo.

Se nós quisermos ser muito picoinhas,

em termos linguísticos, podemos dizer, houve uma pessoa que disse que,

em última análise, a consequência que o Primeiro Ministro pode chegar

é, afinal, não houve roubo, não houve roubo, comunicaram mal.

É uma fórmula...

O Ministro já disse que fizeram tudo bem na declaração que houve.

Fizeram tudo bem porque disseram que havia um roubo.

Exatamente. Tendo a convicção de roubo, está tudo bem feito,

mas não é verdade que, tendo a convicção de roubo,

é que não se deve convocar o senhor.

Claro, por isso é que é tudo esquengalhado,

mas há uma maneira de contornar a questão da presunção da inocência.

Eu acho bizarro que o Primeiro Ministro...

Já tivemos outro dia o chefe da Armada também a fazer prejuízos de culpabilidade,

agora temos o Primeiro Ministro, acho isso bizarro.

Mas, de facto, o que ele diz é uma formulação que o defende.

Eles comunicaram roubo toda a gente.

Sabe que há, por exemplo, malucos que comunicam coisas.

Está uma velha demotelhada.

Você tem que chamar o INM em vão?

Sim. Bom, isso, então, é o pronosco de cada dia.

E, portanto, eu sou, ao fim de sete anos,

tenho uma suspeita quase inevitável

de formulações que permitem marcha atrás.

E a marcha atrás, conforme o que se vier a apurar,

pode tanto ser...

Realmente, eu disse que, ao fim de roubo,

eu acreditei no que me disseram,

portanto, a culpa não é minha.

Que, aliás, por definição, não há culpas da António Costa.

Isso hoje de nós sabemos.

Portanto, se me mentiram,

se no Gabinete o Ministro me mentiram,

eu, em boa fé, em consciência, como ele disse,

fiz o que tinha a fazer,

pois sou do seu confio nos meus ministros.

E os meus ministros me disseram que houve um roubo.

Eu acreditei neles. Mais tarde, se descobrir o contrário,

eu disse, enganaram-me.

Não enganaram só o país, enganaram-me a mim.

Antes de mais.

Terá o jurista António Costa ao fazer aquela afirmação

da qualidade do Primeiro Ministro,

João Miguel Tavares, esqueci do princípio

da presunção de inocência?

Não, isso esqueceu certamente,

mas isso, nós já falámos aqui,

que a presunção de inocência

geralmente é usada.

Nós invocamos a presunção de inocência

quando alguém de quem a gente gosta

ou quem defendemos um dia está a ser acusado.

E outras vezes, quando é alguém que a gente não gosta,

quando é alguém que é pequenino,

ou, por exemplo, se for um chefe de Estado internacional,

fora do país.

Aí, a presunção de inocência deixa de existir.

Ninguém acha que...

Ninguém invoca presunções de inocência

a propósito de Donald Trump,

ou Jair Bolsonaro,

e, portanto, eu sou daqueles...

Não somos cidadãos de SPI?

Não somos cidadãos, então já está tudo bem.

Eu sou daqueles que sempre achou

que a presunção de inocência

é, sobretudo, uma figura para ser usada em tribunal.

E, fora dos tribunais, as pessoas,

para o que o meu que quiseram.

Acho que um Primeiro Ministro

deve ter mais cuidado,

sobretudo, aquele Primeiro Ministro,

que bem me recordo que estimava dizer

à política ou à queda política,

à justiça ou à queda justiça.

Também se misturam, parece que já está tudo bem.

Agora,

esta questão é muito simples.

É, há um bando de mentirosos

e cada mentiroso

está a defender

aquilo que é a sua verdade.

Aliás, também há uma formação conhecida.

É aquilo que julgue a ser.

É aquilo que julgue a ser a sua verdade.

António Costa, neste caso, está a lutar

por aquilo que acredita ser a sua verdade.

É isso que ele está fazendo neste momento.

E os senhores do CIS, a mesma coisa.

Qualquer pessoa...

Você gostou do tempo em que a verdade

não era a propriedade privada.

Eu tenho a minha, tens a tua.

É bem o que que o capitalismo avançou.

Foi o quevacismo para privatizar.

Mas sim, é possível.

O pós-modernismo?

Sim, mas eu continuo a ser deste tempo.

Eu acredito que existe uma verdade.

Neste caso nem sequer é difícil adivinhar

qual ela foi e foi.

Olha, de fona aí há aqueles senhores do CIS

a ver se eles desenrascam isto.

Não, mas o desenrascado

é apresentado de uma forma

extraordinariamente menina.

Simplesmente um senhor do CIS

telefonou-lhe a dizer, devolvá-lo ao computador.

Se uma pessoa recebe um telefonema

de alguém dos serviços

de segurança do Estado...

Mas mudar era fralda.

O devolvá-lo.

O devolvá-lo.

O devolvá-lo se faz favor.

Não é bem, se faz favor.

Quer dizer...

Não sei como é que vocês reagiriam

se vos tocassem o telemóvel

com a tarde do CIS

que faça favor de me dar o seu nível.

Depende.

Depende, porque eu acho que agora há um CIS

antes de farer de que tenha,

e depois de farer de que tenha,

porque a partir da hora mesmo que o CIS

telefona pediu o que é que seja,

já me diz, vai demora.

Não posso atender agora.

Porém espera.

Tem a certeza que isso é crime

então melhor...

recebemos o telefonema de CIS

e dizemos, peço desculpa, mas aquilo que eu fiz foi um crime.

Adeus.

E outra discussão divertida era...

Se a atuação indivídua

ou não do CIS

é mais ou menos indivídua

se for dentro de casa ou na rua.

Sim, sim, claro.

Que é o indoors, outdoors.

E sem coação e voluntariamente.

Agora, mais uma pergunta.

Por causa da evocação

eu creio que esses ilícitos, a hora livre

ou o edando de casa

vão se esbatendo até...

Atenção, estamos numa semana em que

fumar a hora livre em certos sítios

vai deixar de ser permitido.

E mais...

vai deixar de ser permitido.

E comprar tabaco na bomba de gasolina.

Não se pode.

Pelo visto, não vai...

Não posso fazer aquele livro pelusado.

Mas os cigarros estão apagados, pá.

Olha, deixa-me só...

Deixem os cigarros acesos na bomba de gasolina, concordo.

Deixem-me só acrescentar mais uma coisa

em relação a estas alderbeses, que eu acho que é engraçado aqui.

Quando o António Costa dá aquela conferência de imprensa,

o CIS já lá tinha ido,

o computador já tinha sido aprendido,

já tinha sido entréreo.

Portanto, alguém do CIS já agora

também tinha telefonado ao senhor primeiro-ministro

dizer, olha, não houve nenhum crime,

que ele evitava estar a chamar de ladrão ao senhor

durante aquela conferência de imprensa.

Porque aí sim, eu acho que agora,

o Frederico Pinheiro tem uma boa oportunidade

para o António Costa.

Não, porque...

O Pedro Mexia já deu a tática ao primeiro-ministro.

Mas a outra dimensão...

O primeiro-ministro está...

disse aquilo que lhe responde.

Não disse não, ele disse roubo mais de uma vez.

Há uma outra dimensão que é...

e que eu vi referido

esta frase,

que o

Eisad Junto, que não entrou

indivíduamente, não sei o que...

Ou seja, não estamos só a falar

porque o que interessa não é aposso

do aparelho computador, não é isso.

É se ele acedeu

indivíduamente a Segredos de Estado,

que Segredos de Estado são esse,

qual é a gravidade que eles têm

e que o potencial

é que ele fará faria deles.

Portanto, não estamos a falar

do Tochiba, não é?

Não estamos a falar de Segredos de Estado.

O que lá estava dentro?

Há a Acuaixão e ele chegou, teve acesso,

tudo isso.

Era a pasta de Ministro de Judite

quanto ao Pedramestia,

que é sério dessa vez Ministro,

do regular funcionamento das comissões.

E ele parece assurado

ou comprometido, Pedramestia?

Não, não parece nada assurado.

É pena que nós estéssemos a assegurar.

Nós temos tido, com todas as

insuficiências e desconfianças

que os portugueses regularmente manifestam

em relação à instituição

parlamentar, às vezes de uma forma

injusta ou fazendo desanulações

abusíveis, mas isso é um

lugar que não nos conhecemos.

É verdade que nos últimos anos

as comissões têm credibilizado

o Parlamento, têm feito serviço público.

E agora quero falar

da demissão, esta semana, a demissão

do Presidente da Comissão Parlamentar

de Incaritatabes continua

conturbada, porque para a semana

terá novos episódios

que vão certamente ser

chamativos com as audições

aos membros do Governo.

Você conseguiu perceber, Pedramestia,

o que levou o socialista seguro,

o Santos, a bater com a porta

daquela forma intentativa?

Sim, houve ali uma troca de acusações

entre os deputados e o

Presidente da Comissão.

O Presidente da Comissão dizia

que havia muitos requerimentos

dos deputados que estavam

no fundo a empatar os trabalhos,

que elas não tinham disponibilidade

da agenda sempre que é preciso.

Os deputados, por sua vez,

têm parcialidade do Presidente da Comissão.

E eu, não estando lá e não sabendo

uma série de coisas que lá se passaram,

nem sequer preciso tomar partido

e dizer uns estão certos

ou outros estão errados. Uma coisa é certa.

Tudo isto só tem

um resultado.

Não vou dizer intenção, não vou atribuir intenções.

O resultado é descredibilizar

a Comissão.

Descredibilizar a Comissão

só interessa uma das pessoas

em causa, um dos agentes em causa

que é o Governo.

Porque se está

a escrotinar ações

e omissões e etc.

de

ministros

ou de

altos funcionários

da TAP.

A intenção inicial do Bloco de Esquerda

era levar

esse escrotinho até o período anterior

à governação do PS.

Mas isto não vingou.

E portanto

eu não estou a dizer

que o ex-presidente agora da Comissão

se tenha admitido

apenas por

uma birra, ou seja, pelo que for.

Não é exatamente isso.

Não sei o que se passou.

Sei é que só há uma das partes

a quem interessa

aquela Comissão quando produzir

um relatório não seja confiável.

E essa é a parte que está a ser escrotinada

que não é a oposição naturalmente neste momento.

A demissão de Seguros Sanches

aconteceu depois de uma discussão

sobre os tempos de intervenção dos deputados

na Comissão.

Ver pertinências, João Miguel Tavares,

nas críticas de Seguros Sanches

do presidente missionário

a falta de eficácia dos trabalhos

acompanha a acusação do PSD

que a demissão de Seguros Sanches foi uma birra

e a palavra foi a mesma usada.

Na primeira semana os trabalhos foram muito eficazes.

Aliás, nós estamos todos a comentar

há muito tempo a eficácia

destes primeiros passos da Comissão

e depois aquilo

fica um bocadinho mais morno

mas isso foi, sobretudo, que as pessoas

não foram tão interessantes.

Acho que para a semana vai lá, João Galamba

A semana vai ser.

Vai voltar a aquecer.

Para a semana vai o Galamba

vai o Pinheiro

e vai a Maria Eugênia.

Maria Eugênia que esteve

na escaramuça e agarrou o Pinheiro.

Segundo alguns relatos

a Maria Eugênia agarrou

Você está fascinado com a Maria Eugênia

Eu quero ver a Maria Eugênia

porque ela aportou-se valentemente

fez uma pega de sarnelha ao Frederico

Mas achas que ela não foi uma das cinco

que depois esbarricou na casa de mais?

Eu não sei, eu tenho muita curiosidade

vamos esperar para ver isso.

Quinta-feira, não é?

Terça e quinta, ou não?

Quinta-feira é o João Galamba

e a Maria Eugênia

Olha que eu acho que o Frederico para casa

e o Frederico e a Maria Eugênia vão no mesmo dia.

O que é perigoso, pode haver...

Mas deixa-me só dizer

que isso é o mais generoso

eu não acho que se que é que o PS tinha muito interesse

em que o Sr. Segurus Santos

se afastasse, acho que ele é mais uma questão

quase temperamental do que...

Eu não disse isso.

Porque era discussões sobre grelhas longas

e grelhas curtas

e sobre distribuições de tempo

Também é que é uma pessoa susceptible

que não é uma grande característica para o tempo político.

Então, o governo está a falar da Comissão de Enquanto

Há duas linhas diferentes de raciocínio

que façam isso rápido

ou façam isso bem?

Ah, não, mas isso não há dúvida

que é o façam isso rápido, despachem-se.

O despachem-se não é uma boa recomendação

mas quer dizer,

é o terceiro ponto inevitável

porque ele não se pode prolongar eternamente

isso é o outro das...

Outra das piores coisas que podia acontecer

era aquilo que o Sr. Deputado tem agora sete horas

para fazer...

Isso implica que tu estejas a ver imagens

que nunca mais acabam.

Exatamente.

Para o lugar do socialista Seguros Sanchos

foi agora Lacerda Sales

que conhecemos durante a pandemia

como secretário de Estado à Saúde

o facto de ser alguém que não esteve na Comissão

de Inquérito desde o início

ele veio substituir

o deputado Carlos Pereira

apontado pela CIA

ou da TAP com o tente de Estado na famosa reunião secreta

o facto de Lacerda Sales ter entrado

no entendimento

parece-lhe relevante ou apenas circunstancial

Ricardo Lacerda?

Acho que não é relevante Carlos

eu próprio podia presidir

esta Comissão Parlamentar de Inquérito

e tenho acompanhado as vezes com mais atenção

do que alguns deputados que tenho acompanhado

eu talvez até propuser

sem diminuir o trabalho

de um presidente

de uma Comissão Parlamentar de Inquérito

mas um bom sistema de alta fidelidade

era o que eu recomendava

para responder

para perguntar

para responder

Exatamente

as palavras que eu ouvi mais vezes

saírem da boca do Sr. Presidente

foram para perguntar

para responder

para perguntar

Ninguém pode tomar a palavra

sem autorização expedícita

mas ele irrita-se quando não fazia isso

se as pessoas tentavam responder

antes dele ter dito

isso é muito irritante

O Pedro Mexia fica

o Ministro do Regular Funcionamento das Comissões

agora é vez do João Miguel Tavares

se tornar Ministro dos Seis Andares

e quanto vale isso a preços de mercados

do Miguel Tavares?

Não sabe porque o Luiz Montenegro não disse

quanto é que custa

da notícia do expresso

da semana passada a respeito da Casa de Luz

do líder do PSD

cujo valor noticiou o expresso

não foi declarado ao Tribunal Constitucional

o que é que lhe chama mais atenção

a notícia ou a reação do visado?

Não, isso foi sem dúvida

a reação do visado

a notícia se ele declarou ao Tribunal

o valor da Casa não está

na sua declaração do Tribunal Constitucional

há dúvidas, é daquelas das coisas

mais cinzentas se ele precisaria

ou não exatamente de declarar aquele valor

e se ele poderia ter tantas assoalhadas

é só uma questão

e depois se...

se ele...

e necessidades

para a sentida, para as casas de banho

Exato

É só um oito, não é?

Acho que o Márcio não pensa nisso

Oito casas de banho

Seis andares

Se quer saber tudo, isso não parece

Há dois andares mais animados

Oito centos metros quadrados, seis pisos

Oito WX, quatro legais na garagem

e 100 metros do mar

e um elevador

Tem elevador lá dentro e tudo

Ah pois, lá está

Já foi devidamente escrutinado essa expressão

Já foi, já

Como ele entrou e saiu do Parlamento

pode haver

razões, digamos assim, jurídicas

que justifiquem que ele não precisasse

lá meter o valor

da Casa

Também não respondeu ao expresso

quando o expresso lhe perguntou, não é?

Pois não, o que respondeu ao expresso

e pelo que se leram disse, o expresso

que era uma investigação que já vinha, há algum tempo

Agora, a reação

log dele

na notícia que estava no expresso

e depois as reações

da nota de esclarecimento assinada

pelo Gabina de Comunicação do PSD

que é uma coisa que acho logina, acreditável

ter nada a ver com o PSD, o PSD não tem nada a ver com aquilo

que ele é uma dúvida sobre o cidadão

Luiz Montenegro, acho eu

As declarações dele

dessa nota de esclarecimento

diziam notícias incidiosas

apreciações insultuosas, passíveis

de responsabilização civil e criminal

em tudo político e infarçável

Portanto, basicamente

temos uma nota do PSD, dizia que o expresso

está a conspirar contra Luiz Montenegro

e o Miquel Pereira, que é que ensina

a notícia

e que é um dos melhores jornalistas que faz justiça

em Portugal

Também, enfim, está envolvido numa tramóia

para prejudicar Luiz Montenegro

o assolo de alguém

e esses tipos de justificações

realmente descabeladas e inaceitáveis

eu não consigo percebê-las

e qualquer pessoa que tenha um mínimo de sensibilidade

aquele que tem sido um ambiente político

já há muito tempo em Portugal

cada vez que se levantam suspeitas sobre

um negócio, uma casa

esse tipo de reação

ou são, eu

se podia duvidar que houvesse ali alguma coisa estranha

depois destas reações

fico mesmo muito convencido

deve estar ali alguma coisa estranha

porque não há outra justificação

Como é que é entender o Pedro Mechia

o comunicado do PSD, onde se afirma

a propósito deste caso

o contexto e a oportunidade

da publicação da notícia falam por si

Neste caso há uma notícia

uma notícia, a notícia é a notícia de expressa

e a notícia é a reação

na notícia no sentido de que a reação

é sempre a mesma

é sempre

sempre que aparece uma notícia que pode ser

uma suspeita sobre assuntos

desta natureza

que afeta em um político

ou um partido

a resposta é sempre

evidentemente que é falso

que é uma perseguição

e depois muito estranho a aparecer nesta altura

nunca há alturas boas

a que contexto é que se refere

se é um contexto e a oportunidade

porque neste momento

supostamente o governo

está em crise

e portanto vislumbra-se

a possibilidade do Luiz Montenegro

portanto uma notícia

que o afete

eu gostava de saber uma altura boa

em que alguém disse para o caso

estas dúvidas sobre a minha casa

mas mesmo que isso fosse verdade

eu diria

mesmo que o Luiz Montenegro

estivesse para ser

para o mês que vem

eu diria que era uma excelente altura

porque era ótimo que se cante

saber de eu ser primeiro ministro

sobre estas matérias

é como assuntos interessados

é ou não um assunto relevante

a vida econômica ou financeira

nunca era primeiro ministro

é relevante, não é vida privada

não é vida íntima, é um assunto

de que os portugueses têm que ter confinado

eu disse que é a vida da pessoa privada

pois disse, como dizem outras figuras

bem conhecidas da sociedade portuguesa

e depois é ou não verdadeiro

isso não sei, não faço ideia

via notícia, não faço ideia

os milindres fiscais a questão concreta

porque eu sei uma notícia sobre ele

explicar, ao próprio não é o PSD

ao próprio não foi o PSD

que foi acusado

ou o PSD e Luiz Montenegro são a mesma coisa

curiosamente, esta situação surge

na semana em que

o fundador do express e militante

número um do PSD

Francisco Pinto Palsemão

gravou um vídeo

da Poi Político a Luiz Montenegro

se calhar não recebeu

como é que conjuga estes factos

para Montenegro

eu acho que são factos para Montenegro

interpretar, é ver como é que encaixa

nesta narrativa, portanto

o fundador

e militante número um do PSD

que é ao mesmo tempo o proprietário

do express, o express

tem um intuito político indisfarçável

para prejudicar o Montenegro

e o seu proprietário

tem um intuito político indisfarçável

de o apoiar

no Brasil aconteceu uma coisa parecida

o Bolsonaro levou uma facada

de um senhor chamado Adélio

e eles foram falar que o Adélio

disse, foi Deus que me disse para fazer

e depois o Bolsonaro se aforce e disse

foi Deus que me salvou

também ali, Deus quis dar um sinal

ao Bolsonaro que realmente achava

que ele era mercedor de uma facada no bucho

e a seguir

salvou da facada no bucho

mas Deus só podia salvar

o Bolsonaro

tanto o doutor Bolsonaro como Deus

os seus

caminhos insondáveis, impensivos

caminhos e avios

agora a questão é essa, é quando

o argumento é

olha, há algumas dúvidas relativamente a sua propriedade

quando o argumento é, mas que há quatro e meia

o argumento de uma nesta altura

nunca convence ninguém

nunca convence ninguém

é o melhor

é melhor arranjar outro

o João Miguel Tavares fica

ministro dos seis andares

ministrais por esta semana

a altura para sabermos agora porque

o Pedro Mexia se declara retornado

e é um regresso

efetivo

ou ainda só para o parto terreno, Pedro Mexia

vamos ver, é evidente que mais tarde

ou mais cedo António José Seguro

que

como é lembrar, foi atropelado por 14

caminhões tira

todos, cursou a forma de António Costa

havia de dizer alguma coisa

havia de

e ele esteve

num evento com

e acho que as funções são cristas, também mais

líder partidário

e na sequência

de dizer que

por um lado que sente perplexo

faz só que se passa

em termos de transparência

e descência na vida política e portuguesa

parece que já lá está um partido há muitos anos

no governo

também disse que

seria hipócrita

o ponto de dizer nunca mais

um regresso à política que num primeiro momento

podia ser líder como o regresso

a tentar voltar a ser

secretário-geral do PS

e depois no segundo momento

como hipótese presidencial

sendo que entretanto

eu já perdi

quanto aos prequendados presidenciais

a minha última

contabilidade

e em 14

contando com 3 chalupas

sempre 3 chalupas

eram 11 mais 3 chalupas

o que significa

que vai ser umas presidenciais

absolutamente caóticas

santo xílva, francis cacis, anagomos

donos de asseguro, marques mentes, palportas

santana lopes

alguém do B

alguém do PC

alguém do chega, quem será

o almirante mais 3 chalupas

isto não dá 14 mas é fival

você acha que a contabilidade de chalupas

está feita por baixo

não há mais do que 3

alguns dos que tu nomeaste

porque precisam de assinatura

de 7.500 chalupas

isso ainda são as primárias

isso ainda

sim claro e aliás

as pessoas não avançam ao mesmo tempo

o facto significativo é o regresso

de Antonio José Seguro

que esteve

segundo a contagem

com mais de

cerca de 3.000 dias

politicamente em silêncio

como é que leu este regresso

quer dizer, ele quer de facto

voltar a aparecer sobre os holofotes

públicos?

que era Antonio José Seguro

que foi atirado bora da fora

de uma forma realmente

impressionante

que era as pessoas que discordaram

do rumo

sobretudo do rumo na altura de Jeringonse

e que foram francamente 3 ou 4

muitas dessas pessoas

estão no seu direito de achar que

quando a liderança estiver

em discussão de novo

podem estar, se não na proposition

pelo menos com ambições

de serem candidatos

o que me surpreendeu foi este salto

para as presidenciais

que não é salto nenhum, é uma hipótese

é uma especulação, não é nada ainda

mas o que significa é que

o que é estranho não é

muitas pessoas de quem se fala

para presidenciais, às vezes é que

destes nomes

nenhum deles ganha de caras

nenhum, nem um pouco mais ou menos

isso é que é muito estranho

isso é que nunca aconteceu porque

sempre houve especulações

com algumas candidatos

que seriam os candidatos que passam a segunda volta

ou que podiam ganhar a primeira até

mas

temos aqui candidatos de 20%

e candidatos de 10%

e isso é muito, muito estranho

Veio António José Segur como

eventual presidenciável

João Miguel Davares

Vejo, vejo

António José Segur não parece ter

sido um bom líder de oposição

ele na altura quis

cortar com o mundo socrático

mas também nunca teve

capacidade de verbalizar

dessa maneira e acabou, lá está como

dizia o Pedro

atropelado violentamente

com as fechas

dos pneus de António Costa

maricados no Abdomen

mas é verdade o que é que

aconteceu a ele?

aconteceu a ele uma espécie de retígo

e os retígos fazem sempre bem as pessoas

e um silêncio

que calhou bem

porque foi

construindo uma imagem de essência

e isso também acontece muito com

passos com olho

e isso é bom para o país

e se viciar os velhinhos

tem essa vantagem

e se viciar os velhinhos é o teu resumo

do trabalho do governo que faz escolho

durante a tróica e isso?

não diria que é um resumo

mas que é um capítulo bastante alargado

e é uma das razões que explica

o grandeisito de António Costa

mas talvez vão dizer a alguém que perceba

o que é que o senhor deu para lá fazer

pode dizer que os velhinhos não têm capacidade

para perceber, é muito grave

os velhinhos não

é um pedadismo

pois é um blito em inglês que tu estás a cometer

neste momento

mas é resumo

essa hora de decência em volta de António José Seguro

é importante

sobretudo

hoje em dia daquilo que é o ambiente do PS

e por exemplo em António José Seguro

e Augusto Santos Silva

o meu coração não balança

a reaparição de António José Seguro

são domingos de rana

depois de ter

recusado o convite

para o jantar de comemoração dos 50 anos

do PS

agora recentemente

no rato

deixou comemoração

de antónio José Seguro

de António José Seguro

de António José Seguro

depois de ter recusado o convite

para o jantar de comemoração dos 50 anos

do PS

agora recentemente

no rato

deixou claro

que o antigo líder socialista

não está

mínimamente satisfeito com a liderança

nem com o governo

da António Costa

diz que os portugueses merecem melhor

haverá aqui alguma tentativa de ajustes de contas

em curso?

talvez isso se calhar até

o meu problema é que o António José Seguro

tem alguma simpatia por António José Seguro

por toda a gente

que tal como eu tenho um arroco

e eu acho sinceramente

é muito provável

eu temo que nunca chega a hora dele

há um universo paralelo

Portugal foi muito diferente

Ferro Rodrigues não se demitiu

na sequência de Jorge Sampaio

não ter querido dissolver o governo

após a saída do Rombarrojo

Jorge Sampaio não demitiu

mas Jorge Sócrates não apareceu

porque o Ferro Rodrigues não se demitiu

e ganhou as eleições pelo PS

e a seguir ele se calharia a António José Seguro

e ele se encosta

é acontecer uma data de coisas nem esse outro Portugal

que fica num universo que nós não conhecemos

nós expulsaram a família do Espinosa

já para não falar nisso

não ir tão atrás

mas eu creio

que no nosso

na nossa dimensão

digamos assim

de existência, é possível

que António José Seguro esteja parpleco

sentado no seu sofá, a ver a televisão

e sempre com aquela coisa do

chaves do carro. Ah, não, espera. Sempre, sempre, não é? 2015. Olha, o Pocochinhos

perdeu as eleições. Vou buscar as chaves do carro para ir. Ah, não. Ele é Primeiro

Ministro. Deixe-me sentar outra vez. E assim sucessivamente, depois, olha, olha, olha, o

governo caiu. Vou buscar as chaves do carro. Ah, não. Novas eleições e teve maioria absoluta.

Deixe-me ficar. Olha, olha, olha, é agora. Recusou demitir o Galamba. O Marcelo vai

dissolver o Parlamento. Vou buscar as chaves do carro. Não é preciso. Não aconteceu

nada. E assim sucessivamente. Pena, é como ele está a assistir. Um daqueles artistas

de circo que estão a fazer equilibrismo em cima de um barril. E parece continuamente

que vão cair e nunca caem. Estás convencido por que é que o Pedro

Mochia se declara retornado, como eu entendo, já é seguro, quanto ao João Miguel Tavares

diz sentir-se crescido, está satisfeito por isso? Ah, sim, eu dou, sim. Mudaradamente,

só. Vou fazer 50 este ano. Tô bem. Mas isto é propósito dos números do crescimento

económico. Certo. Que foram surpreendentes, dizem muitos. E da revisão em alta para a

economia portuguesa por parte do FMI, na sequência do primeiro trimestre, a estima

tivera de 1%, agora de 2,6%. Como é que o macroeconomista João Miguel Tavares analise

estes números? Muito obrigado por colocar as questões dessa maneira, Carlos.

Isto, na verdade, tem muito a ver com o que o Ricardo estava a dizer agora, porque eu

às vezes dá uma sensação de um cheque de entusiasmo da oposição, porque a oposição

também está aí, pescar as chaves do carro. E está convencidíssima que quando voltar

o António Costa já... São favas contadas. E eu não parece nada que sejam favas contadas.

O mérito do governo especificamente neste crescimento económico é aproximadamente

zero. E eu não sou o que o digo. Há pessoas, inclusive, a toda área do PS, que já o reconheceram,

porque isto tem a ver com as portações e tem a ver com o turismo. E com uma resiliência

que não é de Lisboa, é acima do Tejo, é o Norte, como sempre, a puxar pelas portações.

E claro, o país todo é em Lisboa com a questão do turismo. E este crescimento é surpreendente.

As previsões do FMI podem não se virar reveladas verdadeiras, mas para todos os efeitos é

ótimo que o FMI venha a dizer que há um crescimento de 2,6% neste contexto.

Quando antes, sabe que era 1%.

Exatamente. E nesses momentos...

E às vezes, e meia-mais...

E há aquela coisa que fica sempre bem, que é nesses momentos, as previsões do FMI são

mais otimistas do que as do governo. É verdade que o desemprego está a crescer, mas se de

repente a inflação diminui. Por isso tudo, o governo acaba a fazer um brilhareto onde

também não tem um mérito. Aliás, o Conselho das Finanças Públicas explicou isto. Os resultados

do ano passado não tiveram nada a ver com a ação de Medina, a não ser que, no facto

de mais uma vez, o país não tenha investido mil milhões de euros para investir e ter coletado

impostos de uma maneira gigantesca, não é? Te batemos mais uma vez o recorde da carga

fiscal, mas para todos os efeitos, quando nós vamos ver os números maraclóide não

tem um nome, que lá está uma texida muito significativa no défice, e esse défice vai

continuar a cheirir. E, portanto, estamos a ser ultrapassados por outros países, como

a Afrécia e a Espanha, que estão a ter um défice maior do que nós. Portanto, contas

certas que o governo pode apresentar. Ao mesmo tempo, tem sido extremamente generoso

com os reformados. E quantos se juntam a estas coisas? A inflação a baixar, o crescimento,

os reformados contentos. De repente, imagina, vendem a tape e a tape, neste momento do turismo,

vão haver muitos concorrentes, e imagina que é acima dos 3 mil milhões que a gente

lá meteu. E o aeroporto da final arranca. E, portanto, estas conjugações todas, quem

acha que António Costa está politicamente morto, pode estar muito errado?

A projeção muito favorável do FMI não impressionou o Ministro da Economia. Como é que entende

a reação de Costa? E se ele vá ao dizer que o FMI acerta pouco, a cada hora o espera.

Queria ele dizer que acerta pouco e, portanto, ainda será mais?

Exato. É a seremia. Se é saber se ele diz que o FMI acerta pouco, vai ser muito melhor

que isso. Ou então, o FMI acerta pouco. Não vai ser tão alto e, por isso, não estejam

a puxar, a elevar a despectativas, depois é pior. Falamos daqui a 6 meses ou um ano.

É melhor. Esperamos a prova dos factos. Quem também não se deixa impressionar pelas

previsões otimistas na economia é o líder do PSD, Luiz Montenegro, que diz que no

país real, no último crescimento econômico, não está a chegar à vida das pessoas. Como

é que conjuga esta reação atual, Pedro Mexia, com o facto de Luiz Montenegro ser também

o autor do clássico de 2014? A vida das pessoas não está a melhor, mas a do país está muito

melhor. Eu acho que ele tem razão de ambas as vezes,

no sentido em que há obviamente uma diferença entre os números bons ou maus, neste caso

bons e a sua e a maneira como eles refletem perceptivelmente no cotidiano.

Mas em 2014 ele disse essa frase para dizer que o governo estava a fazer muito bem.

Claro, com certeza.

Agora diz esta frase para dizer que o governo estava a fazer muito bem.

Com certeza. A intenção é oposta, mas o raciocínio é o mesmo e o raciocínio é

a própria expressão que ele utiliza de pessoas que têm dificuldade de pagar as contas

ao fim do mês. É possível que o país esteja pujante

economicamente um país. E as pessoas com dificuldades de pagar as contas ao fim do

mês, mas para essas pessoas o país estar pujante economicamente é completamente irrelevante.

Portanto, o que ele está a dizer é que há até, até na outras áreas, como na economia,

por exemplo, na segurança, se fala da precessão da segurança, a precessão da segurança

não equivale necessariamente à realidade da segurança. As pessoas acham que há mais

crime, há menos crime do que há, geralmente acham que há mais do que há.

Portanto, acho que isso é verdade, acho que é bom.

Mas qual das interpretações que Luís Montenegro está a sugerir nas frases em dois momentos

diferentes, qual delas lhe parece mais válida?

Eu não sou exigente de Luís Montenegro, mas acho que é verdade que há uma disparidade

é verdade que as notícias são boas, se elas se concretizam na vida concreta das pessoas,

vamos ver, eu desejo que sim.

Já sabemos por que que o João Miguel Tavares se declara crescido, agora vamos tentar perceber,

não falamos, não, acho que falamos, pronto, ok, agora fiquei a pensar se faltava uma ronda

que eu fizesse.

Não, não, fui eu comecei, fui eu comecei.

Ah, muito bem, muito bem.

Nota-se que não fixaste o brilhantismo da minha intervenção internacional.

O macroecon de mixtas normalmente não é isso com muita atenção.

E mesmo que haja uma ronda em que o João Miguel fica de fora, acho que tem ninguém que não

é?

A minha mãe já tem, a minha mãe leva a mão.

A sério, leva.

E aí isto tem direito.

Fica lá, está lá em casa a apontar.

Está lá a apontar e...

E depois mete uma boneca, mete, mete, tem lá um bonequinho com o Carlos Vazmaques e espere

um alfinete, claro.

Se tivesse uma apontada nas costas da manhã, já sabes do que foi.

Tentido, já já percebi.

Vamos agora tentar perceber por que que o Ricardo Arous Pereira se anuncia surpreendidíssimo.

O que é que o surpreendeu?

Fiquei perplexo, fiquei perplexo, então não é que é o que parece há uns problemas

ítis com liberdade de expressão no Reino Unido, Carlos.

Eu não estava à espera, não estava à espera, porque de repente...

A polícia inglesa teve 52 pessoas entre elas, o líder de um grupo republicano no dia da

coroação de Carlos III.

E foram detidos por que, Carlos?

Foram detidos por que?

Porque eles, na sua esmagadora maioria, essa ou se calhar, houve um caso ou outro em que

isso não sosseu, mas na sua esmagadora maioria, o desacato foi discordar, foi discordar, foi

dizer que este não é o meu rei e este...

Ou seja, a detenção baseou-se na seguinte violação, parece mal, parece mal, atrapalha

e ofende.

E fica mal nas câmeras?

E ofende, fica mal nas câmeras, então estamos aqui, estamos todos tão bem e vêm uns tipos

de dizer, eu não gosto disso, é um caso clareíssimo, clássico, de umas pessoas que

não estão a causar dano nenhum, nenhum, como, em geral, as palavras não causam, e é por

isso que a nossa lei diz que quando as palavras causam dano substancial, é aí que a lei deve

intervir, por isso que quando há, por exemplo, uma ameaça de morte em que o perigo é iminente

e provável, a lei intervém, iminente e provável, é por isso que quando alguém diz, morro

tantas, morre, pim, ninguém vai bater à porta do senhor Almada Negreiros, porque não há

perigo iminente e provável, a gente pode deixar só, é pai, é feio, é pai, estamos todos

aqui para celebrar o Carlos III e está aqui este senhor desagradável a dizer, eu não

gosto assim tanto dele, tudo pode ser desagradável, ofensivo, chato, uma série de coisas, não

é motivo para detenção.

Que raio democracia é aquela?

Eu tenho um pensamento muito profundo e muito complexo a esta matéria, que é protestos

pacíficos todos, protestos não pacíficos nenhum, aparentemente foi um protesto pacífico,

há uma grande discussão sobre estas novas leis aprovadas na Inglaterra, mediadamente

por causa de pessoas que se amarram a sítios ou se prendem a cadeada, isto tem a ver com

essa contestação e a legislação é bastante questionável e algumas dessas tensões foi

bastante questionável, mas ou então, os policias foram, são leitores do Oscar Wilde,

porque nunca convenha muito para um policia, mas eu diria eles, mas os são leitores do

Oscar Wilde porque eles dizem que os manifestantes tinham alarmes para assustar os cavalos e

o Oscar Wilde tem a famosa frase de que as pessoas podem fazer tudo desde que não

façam na rua nem assustem os cavalos, e portanto acho que pode ter sido essa precaução

que a polícia teve.

Acompanhou a transmissão da cerimônia de curação, o João Miguel Tevares?

Sim, sim, acompanhei lá em família até, porque a última vez tinha acontecido há 70 anos,

eu há 70 anos nem um esperma de sóia ainda era.

Mas eu adorei ver isto, eu também perdi outra vez, eu não sabia que lhe entregaram

tantos brinquedos mágicos pá, sério?

Sério?

A espada do não sei o que é, a pulseirinha da sabedoria, já visto-te no atoramento

em Coimbra?

Mas também acho graça, lamentas, eu também acho graça.

Eu gostei, até porque lá em casa há uma divisão, a minha mulher é mais timidiana

e eu estava entendido a meter-me com ela, a dizer que não é um amor tão bonito, entende

a Camila e o Carlos, e isso de facto irrita a algumas famílias.

Quando ele está com a bolinha, aquela bolinha numa mão, bolinha também com poderes, e

espada na outra, e vestindo um roupão, tem um senhor que eu acompanhei com atenção,

está com uma espadinha aqui, com a bolinha aqui, um titular do cara que publica uma

farda ceremonial.

Oh Pedro, eu sei isso tudo.

Por oposição aos nossos subígitos lacroassionais que aparecem de gíneos.

Repara, eu te escrevi, o meu texto de expressa é pensar em ti, sou eu a pensar em ti.

Tentas que eu penso em ti quando estou em casa em vários ocasiões.

E escrevi o texto de expressa, o texto de expressa começa com, eu também li aquele

livro do JB Priestley em que ele diz que dizer que futebol são 22 homens a correr atrás

de uma bola, é a mesma coisa que dizer que violino é pau, e o âmbito é papel e tinta.

É pá, mas tens que admirar.

Quando a recebismo vai lá e lhe enterra, enterra-lhe o chapelinho.

Deixa eu ver que isso não tem ainda bem.

E um nos vejo com o martelo.

Tudo bem, mas eu não é ridículo, vamos concordar todos que é ridículo.

É ridículo, o senhor é como a bandeirinha a dizer que a bola saiu no seu âmbito.

Tudo é ridículo, pá.

Tudo é ridículo, é verdade.

Mas ele ia ali ao... eles capricharam.

As convenções são ridículas por natureza.

Pai, eles capricharam, o que é que está?

Do homem, do homem, é sério.

Neste toca uma fanfare, no momento lá, com o chapéu e tal.

Bom, com isto chegamos aos livros, e esta semana eu trago o Kafka.

Aliás, é apropriado a isto.

A edição completa de todos os contos que o escritor não queria que léssemos.

Ou seja, tudo o que escreveu é conhecido o facto de Kafka ter dado instruções a um amigo

para que ele destruisse toda a sua papelada depois de morrer.

Morreu com 41 anos e devemos a Max Brode, este tal amigo,

uma das obras literárias mais espantosas do século XX.

Max Brode não destruiu nenhum dos papéis que encontrou.

Pelo contrário, percebeu o que estava ali, uma precisidade.

E, por isso, podemos hoje ler os três romances de Kafka.

São todos próstimos, o processo, o castelo e a América,

bem como estes contos, muitos deles inéditos,

alguns tinham sido publicados durante a vida do autor,

mas a respeito desses Kafka deu instruções, deixou instruções para que não fossem reeditados.

Instruções que, felizmente, uma vez mais, não foram acatadas.

Entre os textos aqui reunidos, estão duas peças centrais da obra literária de Kafka,

a metamorfose e, na colônia penal, contos que só por si já justificariam o facto de Kafka ser um dos raros autores,

cujo nome deu origem a um adjetivo que toda a gente usa mesmo quem nunca leu Kafka.

Sem a palavra Kafka, teríamos dificuldade de descrever muito do que temos à nossa volta.

Todos os contos de Franz Kafka, contos traduzidos por Alvaro Gonçalves,

e com edição de livros do Brasil.

O João Miguel Tavares sugere liberalismo inglês e americano anglo-saxónico.

Exatamente.

Ou, como aqui se diz, a cultura política marítima de língua anglo-saxónica, de língua inglesa.

Este livro chama-se Liberdade com Tradição, é de João Carlos Pada,

ou, como diria o Ricardo da Rua, do professor João Carlos Pada.

Ele é professor na Católica e tem um grande fascínio e, ainda bem,

por o liberalismo e pela democracia liberal.

E aqui traça perfis daqueles que são os grandes pilares da democracia liberal,

vai desde o Borco, ao Tóquio, vê-lo, mas chega a Ecke, Church, Larrón, Popper.

Muitas vezes perguntam, ah, liberalismo e tal,

digamos aí um livro para que eu possa compreender melhor.

Aqui está uma excelente introdução e, portanto, aproveita.

O Pedro Mexia traz um romance que da origem é um clássico do cinema.

Sim, é um romance do Reino Reisman, que é o irmão do Tomás Mann,

que chama-se do professor Bruno Rat, publicado em 1905,

que é um livro, mesmo antes do filme, um livro, o Anjo Azul,

com o Sternberg, com a Marlene Dietrich.

É um livro muito forte, porque é sobre a decadência de um professor,

chamado professor Rat, mas o que ele chama?

Um Rat que quer dizer lixo, que se envolve como atriz,

enfim, vamos dizer atriz, e que é um clássico sobre,

por um lado, a decadência e humilhação de uma pessoa,

a fatuidade dos valores das classes respeitáveis e, no fundo,

uma crise comportamental e uma crise na sociedade

que se começa a manifestar através da vida privada

e só depois chega à vida pública.

O Ricardo Aureus Pereira recomenda um acontecimento editorial.

Um monumental acontecimento editorial.

Três livros, três!

Da ganaderia... Desculpem, é...

Isto é o Volumum, este é Gargantua e Pantagruel,

é o Volumum, porque estão aqui...

Isto é uma série de cinco livros,

aqui está Gargantua, Pantagruel e o Livro Terceiro,

os Quarto e Quinto.

É, em princípio, saíram no volume subsecuente.

Quer dizer, é um acontecimento porque havia algumas trad...

Por exemplo, havia uma tradução na Frenesí do Anibal Fernandes,

do Pantagruel, que era excelente,

como é o próprio Anibal Fernandes,

que eu creio que já era muito difícil de...

que já não estava disponível.

Esta tradução...

Mas, ao mesmo tempo, o rabo é...

Estes cinco livros foram traduzidos...

Não sei, não sei.

Era preciso...

Também não tenho ideia...

É dos termos que há alguém que soubesse, de facto,

que preparasse o que vem dizer.

Não tenho a certeza, não.

Ainda, este maravilhoso e desbarregado e hilariante livro

é traduzido aqui pelo Manel de Fretas,

que faz um prefácio, no prefácio,

além de notas interessantes sobre a tradução,

apropriadamente...

Ah, e também de usar a palavra...

Pornóbruto...

Acordo Pornóbruto Hortográfico.

Além disso, ainda faz a lista dos vinhos que bebeu

na preparação do...

Muito apropriadamente, porque este é um livro

em que se come e bebe bastante.

As coisas da comédia, excesso, grotesco,

coisas reales, sujas.

Bem-vindos à comédia.

É um prazer receber-vos.

E claro.

Claro.

E tem...

A começar pelo autor.

Gargante, Pantagruel e outras personagens clássicas

da história da comédia como Panurgo.

É isto.

E com o Rablet se conclui mais uma reunião semanal,

dois a oito dias, à mesma hora,

ou a qualquer hora em podcast,

Pedro Mexias, o Miguel Tavares e Ricardo Oroz Pereira.

E, no final,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia, a comédia,

a comédia.

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António José Seguro ressuscitou em São Domingos de Rana. Luís Montenegro não aceita que lhe perguntem pelo casarão de Espinho. E em Inglaterra ser republicano pode dar direito a detenção; a monarquia, quando se celebra a si própria com pompa, não gosta de gente que a ponha em causa. Mas a principal animação da semana em que a economia do país deu sinais de estar mais robusta do que a da maioria dos portugueses, ainda teve a ver com a sarrafusca no gabinete ministerial. O primeiro-ministro diz que houve roubo, mas como o SIS foi chamado parece que não foi cometido, afinal, nenhum crime. Não bate a bota com a perdigota. Alguém que investigue, s.f.f. Chamem a Judite!

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