Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Cacharolete de coisas e coisinhas
Joana Beleza 5/27/23 - Episode Page - 44m - PDF Transcript
Esta semana, a Pedro Mexia declara-se despazocado.
João Miguel Tavares sente-se tutti frutti e Ricardo Oroos Pereira propõe-nos um cacharolete.
Está reunido o programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.
Esta semana, o Renault E-Tech assume a pasta do... espaço.
Não.
Não nos vamos armar em Carl Sagan e explorar por palavras infinitudo do cosmos, mas vamos
falar de exploração.
O Renault E-Space, E-Tech, Full Hybrid, tem tanto espaço que se fosse colocado no mercado
de arrendamento em Lisboa, no mínimo, seria alugado por 2 mil euros, no mínimo.
É verdade que não tem casa de banho, mas isso também é uma ideia conceptual, visto
que para a maioria dos senhorios o que importa é receber no fim do mês, claro.
Mas pronto, se acha o contrário, pode carregá-lo para parar-os ao anúncio, senão pode continuar
e saber que o E-Space tem até 777 litros de espaço de bagageira para encher com o
que bem e aptecer, mas por favor, resista à tentação de reinar.
E por falar em espaço, já chega de espaço publicitário por hoje.
Bom programa.
Ora Viva, sejam bem-vindos no final de uma semana em que o PS e o Primeiro-Ministro reagiram
de forma contundente ao contundente E-Tech que vai que se levou ao governo.
O antigo Presidente da República foi mesmo ao ponto de sugerir a António Costa que se
demita, falaremos disso daqui a pouco, e também dos frutos da operação Tuti Frutti, mas
antes o João Miguel Tavares quer ser ministro das Horas e das Horinhas, embora arrevelia
da vontade do Primeiro-Ministro.
Então vamos entrar aqui no escuro menor das Horas, das Horinhas, as Horas e as Horinhas,
como digas João Miguel Tavares, que a sua intenção é contrariar o Primeiro-Ministro
e entrar em promenores de Horas e Horinhas.
É um bocadinho, é um bocadinho.
Só para contrariar.
Sim, é verdade que me arrisca ser acusado de populista, mas não faz mal, mas já estou
habituado, portanto não tenho nenhuma espécie de problema.
Mas sim, porque as Horas e as Horinhas, note-se que encaixe nos casos e casinhos, aqui um
certo pandão.
É a depo da máxima, a segunda qual o diabo está nos detalhes, é a sua interesse das
Horas e das Horinhas.
Sim, mas é o curioso, é que neste caso o diabo está efetivamente nos detalhes, é totalmente
verdade.
Acho que daqui a uns anos, quando nós olhámos para trás, e se nós demos um daqueles recusos
e olhámos, mas este caso, se calhar, não é assim muita coisa, é porque nós andamos
a discutir com um computador há imenso tempo e nem foi das coisas mais graves que já aconteceram
num governo, nem foi das intervenções certamente mais duvidosas que o CIS já fez.
O CIS tem um historial de intervenções, não particularmente felizes, e ainda nós nos
lembramos de um dos famosos espião acusado de vender segredos à on-going e outras coisas
que tais, na autogrânica Váxiova, os dados dos jornalistas e, portanto, há uma longa
lista de, lá está, de casas e casinhos envolvendo o CIS.
O problema aqui é mesmo a mentira, e não só a mentira, mas também a ocultação de
verdades que nós teremos às peras que fossem contadas, porque qual é o problema de saber
a que horas é que alguém ligou a chamada fita do tempo, por que é que é complicado
saber isso?
E esses detalhes têm evido de ser abundantemente escalplizados na Comissão de Inquero e Tatap
e marcaram o debate semenal, ou melhor, o debate mensal, agora é mensal, com a presença
do Primeiro-Ministro no Parlamento, apesar de António Costa ter voltado a usar a expressão
casas e casinhos, depois de ter falado das horas e orinhas, pareceu-lhe bem-sucedida
João Miguel Tavares a tentativa do Primeiro-Ministro de pôr os resultados da economia à frente
das polêmicas que envolvem o governo, que foi a estratégia que levou para este debate
desta semana?
Acho que não, acho que ele levou duas estratégias, uma era essa, mas eu acho que ele já não
tinha grande experiência colar-se, embora os números da economia são realmente números
favoráveis para o governo.
Este é um daqueles casos em que o governo tinha coisas para apresentar, não, a gente
já falou aqui disso, não propriamente por mérito dele, mas de mérito de uma resiliência
da economia portuguesa que está a ser maior do que estávamos à espera, e portanto, quando
as coisas corram bem, a tendência é o mérito de ser do governo.
Agora, o que ele levou, a outra estratégia que ele levou para a Assembleia da República
é a estratégia do silêncio, do não querer dizer as coisas, e é essa estratégia que contamina
tudo isto.
E até hoje eu acho que com qualquer português está a tentar perceber qual é que é o problema
com o António Mendonça-Mendes e com o João Galamba e o que é que ele disse e o que é
que ele não disse, qual é a dificuldade de contar, qual é a dificuldade de fazer a
fita do tempo, a não ser que tenha ali acontecido alguma coisa grave, ou estejam a esconder
para o ocupante, quer dizer, a mesma coisa que nós entramos no nosso quarto e a nossa
excelentíssima esposa está muito nervosa a dizer por favor não abras o armário, e
nós pensamos, não estamos a ver nada, mas porque é que ela não quer que a gente abra
o armário?
O que é que estará no armário?
Nunca percebi, acontecem tantas vezes, não sei o que é que ela tem com o armário.
E é isto, é isto, o António Costa passou o tempo todo a dizer, não abram o armário,
não falam do armário, não me perguntem o que é que está no armário, as pessoas
te confiam.
Houve uma dúvida, várias mas uma claramente, por responder na ida de costa ao Parlamento,
como é que entende Pedro Moschia a recusa do Primeiro Ministro durante todo o debate,
para parecer que papel teve o seu secretário de Estado adjunto mendonçamentos na convocação
do CIS para a crise no Ministério das Infraestruturas.
Quando dizes recusa, sabes que isso é um termo populista, não é?
Não foi recusa, o Primeiro Ministro preferiu não o fazer, a excelência do Primeiro Ministro
preferiu não o fazer, o Primeiro Ministro não se recusa.
Bom, vamos lá ver essa linguagem, mas vamos lá ver, o que o João Miguel disse é verdade
no sentido em que este não é o caso mais grave que já aconteceu, nem sequer é o caso
mais grave que já aconteceu com o CIS e, no entanto, não expliquem.
O António Costa encontra uma forma ótima de não mentir, que é não dizer nada, essa
é uma forma segura.
Na verdade, nós tivemos em Comissão Parlamentar, dentro do fito da Comissão Parlamentar,
que evidentemente o PS neste momento quer que seja quase nada, a discutir tudo isto,
telofonemas, SMS, Whatsapp, horas, por quê?
Porque as histórias têm uma lógica e, portanto, por isso é que as horas e as horinhas, isso
é como uma pessoa, não gosto de fazer para elas desportivos, mas é como uma pessoa discutir
a validade de um gole, dizer não, vamos discutir centímetros, vamos porque se passam os centímetros
é gole, se não passam não é gole e, portanto, essas explicações têm que ser dadas.
O caso concreto aqui em relação aos menossamentos tem a ver com o facto de João Galamba, depois
de numa primeira leva a ter falado de vários membros do governo, na audição parlamentar,
ter dito que foi António Mendonça Mendes a dizer-lhe a ele, João Galamba, que devia
ser contactado o CIS.
Embora João Galamba diga que, entretanto, a essa hora em que ele foi dada a indicação
para contar o que está o CIS, já o chefe de gabinete tinha contactado o CIRP.
Mas António Costa, perguntado sobre este contacto ou esta indicação da parte do seu
gabinete para um contacto com o CIS, não responde a isso.
Por quê?
Porque isso implicaria de uma forma mais próxima o gabinete do Primeiro-Ministro, uma vez que
estamos a falar do secretário do Estado de Junto.
Não é provável que o governo em nenhum momento facilite, seja qual for a explicação, que
me permita atribuir responsabilidades, porque isso, eu não sei que as responsabilidades
sejam, aliás, estou para ver quem é que vai sair a fava no fim deste processo, qual
é o subalterno nesta linha de comando que vai à vida.
Mas deixa-me acrescentar só uma coisa, é que o António Mendonça Mendes tem uma curiosidade,
é que a única que ainda não confirma o que o defenem insistiu.
Todos os outros contactados foi mais ou menos metade do governo, já dizem-se que realmente
falem com ele, porque ele estava mesmo a precisar do consolo.
Todos falaram com ele, mas António Mendonça Mendes não disse o que falou, e depois há
gente que levanta, será que na verdade a Jonga Lamber que conseguiu falar com o António
Costa, mas não estamos em ninguém a querer envolver aqui o nome do Primeiro-Ministro,
é o que acontece com esse tipo de silêncios, é que depois começam a surgir as teorias
com as perigativas.
Mas fala de não afogar as respostas, eu não fui só da parte do Primeiro-Ministro, um atletismo
verbal incrível.
O Primeiro-Ministro diz, não dei a nenhuma das ordens ao CIS, se tivesse dado nunca daria
ordens ilegais, e as ordens que foram dadas não são ilegais.
Depois disse o secretário-geral do CIS, o CIS não entravê e foi informado, o CIS não
aprendeu porque houve uma entrega voluntária.
Ora a entrega, a entrega voluntária é solicitado por uma intervenção do CIS, que é melhor
entregar para isto não ficar mais...
É como se cada frase, a autorimamente fosse verdade, mas no conjunto não é.
Ainda antes disso, a Christine não foi convidada para a rede não prévia, mas compareceu.
Exatamente.
O CIS não foi convocado, mas entrevei.
Ah, aí um belo jogo literário.
E é por isso, esse tipo de explicações é dizer um conjunto de frases que uma uma são
verdadeiras, mas for ligado a outra já não é.
Ou seja, não é possível dizer que chamar entrega voluntária, sem mais, a uma entrega
na sequência de uma ameaça do CIS.
Qualquer de nós entregado...
Será impugneirão a ideia de que foi uma ameaça.
Um tufneema, um tufneema do CIS.
Desculpa, eu não...
Estão-me se apresentando esse tipo de tufneema do CIS.
Como sabes, não tomei nem tomo posição, soube quem estava a mentir, de verdade, não
sei, mas há um tufneema do CIS, um tufneema de qualquer de nós receber um tufneema do
CIS, não fica da maior, porque pensará o que é que eu fiz ou então sabe o que fez
e fica com medo de ser apanhado.
Mas ninguém diz, ah, o CIS não vou atender, imagina que sabiam o que era.
Eu por acaso, em princípio, não atendo.
Eu não atendo de ninguém, por princípio, mas e portanto, tem evido, as duas formas
têm evido a forma de fugir às respostas, de minorizar o conteúdo das respostas às
horas e às horinhas, chama-se as explicações.
Imagina o Tribunal de Contas, alguém dizer ao Tribunal de Contas, que está a julgar
uma, ah, não vamos agora discutir contas e continhas.
Tribunal de Contas e Continhas?
Ou seja, o Tribunal de Contas e Continhas.
Vamos, é disso que está a ver.
A outra coisa que tem sido feita é a interpretação restritiva da comissão de inquérito, que
neste momento, aparentemente, não tem objeto.
O PS é tão restritivo, chumbou todos os pedidos de documentos, ou quase todos os pedidos
de documentos, os pedidos de audições, etc., que, ou muitos deles, que na verdade, o que
é a comissão de inquérito?
A comissão de inquérito tem que ser uma coisa tão pouco substantiva que nem sequer
é preciso uma comissão de inquérito, pois estava a discutir isso em...
Embora a comissão de inquérito, na sua formulação, seja sobre a gestão pública da TAPO, que
é bastante abrangente.
Com certeza, por isso mesmo.
Política.
Por isso mesmo.
A gestão política.
O PCP, na comissão, optou, coerentemente, com as suas posições, vamos discutir a privativa
edição.
Que sem puxar.
Mas pronto, mas primeiro é coerente com o que é o que se defenda e é admissível.
Agora, vamos dizer, vamos falar da gestão política da TAPO, mas não vamos falar dos
políticos que geriram a TAPO em assuntos relacionados com a TAPO.
Isso não faz sentido.
Voltando ao debate desta semana, qual foi, de sua vista, Ricardo Alves Pereira, o ponto
atual deste debate mensal?
Eu escolhi alguns, Carlos, por exemplo, o momento em que o Primeiro-Ministro, para provar que
quando negou ter tido conhecimento da intervenção do CIS, tinha dito ter conhecimento prévio
demonstrando, sem margem para dúvidas, que não tinha dito conhecimento prévio.
Ele foi buscar documentos, foi buscar documentos da transcrição da pergunta que ele fizeram,
que não contém a palavra previamente, informado previamente, e depois citou também a sua resposta,
que também não dizem lá nenhum informado previamente.
Mas isso é o melhor esquema do mundo, é citar uma coisa, pô, palavras que não estão lá.
Tu assim, pode citar qualquer coisa.
Mas o certo é que ele acabou por demonstrar que eu gostava de ter lido uma versão do
Novo Testamento em que São Pedro diz, não neguei, é o que eu disse, não neguei ter
conhecimento de quem era este senhor.
Eu gostava de ter visto, acho que era um pouco mais longo do que a gente conhece, mas gostava
de ter visto as habilidades de António Costa, usadas por sua pedra.
Mas tu estás a dizer que foi-se de cotijada a transcrição com o que eu...
Não, isso não.
Logo na altura disse.
Logo na altura chamará-te a sua pedra.
Ele disse, eu neguei ter tido conhecimento prévio.
A pergunta do jornalista da ERTP...
Pois, pois o Gal...
Teve conhecimento.
Pois o Gal cantou três vezes.
Pois.
Teve conhecimento não está lá prévio.
E depois de a resposta dele, também não diz previamente em lado nenhum.
E também gostei do momento em que, quando confrontado com o facto de tanto ele como
o Ministro João Galamba, que terem falado em roubo, mas as autoridades não terem considerado
roubo, António Costa perguntou quais autoridades e a pergunta ficou no ar.
A segunda resposta é, apresidente do Conselho de Fiscalização das Secretas, disse que
não havia indícios de roubo e é impossível ignorar que a própria PSP ostensivamente
não viu indícios de roubo, tanto é que mandou o hipotético gatuno para casa com o
hipotético saque do roubo.
Portanto, em princípio das do Zuma, ou era a brigada da PSP, mais incompetente sempre.
Eram várias brigadas da PSP.
Várias.
Toda a gente chamou a PSP.
Toda a gente chamou.
Várias PSPs.
É do bairro alto, não foi?
É do bairro alto.
Umos 112, duas vezes.
Do bairro alto.
Estou-me estar mais vocacionada para outro tipo de incidência.
Incidência autônoma.
Mas havia tantas PSPs chamadas que era impossível, pelo menos uma delas devia ter dito, peraí,
mas este tipo não será o gatuno.
Nada.
Não aconteceu nada.
Ele foi para casa tranquilamente.
É que se a gente se diz assim, ele foi para casa porque estava um tipo à porta com
um Ferrari ligado.
E ele não, ele foi de bicicleta.
Terrinho, terrinho, terrinho.
Foi na pasteleira para casa.
Se calhar o que falhou foi não ter guia da do bairro alto, porque, tendo a conta que
pelos vistos estava tudo bêbado, o R.H.E. é que tinha melhor mais competência.
O tio, tu achou que ganhia muito as cinquistas portuguesas, é raro.
Por amor de Deus, nada disso.
Andes pelo contrário.
Entregamos ao João Miguel Tavares, a pasta de ministro das Horas e das Horinhas.
O Pedro Mexia quer ser, desta vez, ministro das descidas à terra.
Como é que entende a afirmação de que alguém desceu à terra, Pedro Mexia?
É como uma homenagem ou como uma acusação?
Eu acho que...
A ideia de descer à terra parece-lhe acusação.
Tenda em conta a maneira como boa parte dos socialistas se refere a Cavaco, podiam dizer
que subiu à terra.
É porque eles...
Acham que vêm dos Quintos dos Inferno.
Eles referem-se regularmente à mumia e coisas de gênero.
É a linguagem que todos nós conhecemos.
No caso, estamos a falar da reação de António Costa, foi ele que falou da descida à terra,
das reações e das críticas violentas...
As críticas violentas que a Cavaco fez ao Governo e, em particular, ao Primeiro Ministro,
com uma sugestão de, deixá-memos-lhe, eutanásia política.
Às vezes, os Primeiros Ministros, é resultado de uma reflexão sobre a situação do país,
ou de um rebate de consciência, decide apresentar a sua admissão e tem um lugar de leições
antecipadas.
Foi isso que aconteceu em março de 2011.
Cavaco, lembrar a Sócrates...
A lembrar Sócrates da António Costa, assim é que é...
Isto é...
Como diz o Primeiro Ministro, isto é o Presidente da República,
de alguma forma a vestir a camisola partidária, Pedro Moschia.
Eu acho que quem conhece este programa, que já tem uns aninhos,
saberá que eu tenho uma doutrina que só eu defendo em Portugal Continental, Ilhas,
que é que os Presidentes da República são em casos de uma gravidade extrema
que deviam intervir na vida política.
Mas ninguém liga nenhuma esta ideia.
Dos ex-presidentes só, Jorge Sampaio foi o mais aproximou disso.
Bom, Ramalianos, depois do PRD, mas antes disso, antes disso, o PRD.
Isto também foi o que levou mais longe a intervenção.
Leveu mais longe, mas também foi o que se portou melhor depois desse episódio.
E portanto, a minha ideia é que um Presidente da República deve servir o país
em outras funções, nomeadamente no estrangeiro e em organizações internacionais,
mas não se deve pronunciar.
Ninguém liga nenhuma.
Sendo que o Presidente Mário Soares,
por isso custa um bocadinho, eu sou, como sabem,
sou uma pessoa que nunca votem em Cavaco Silva, portanto estou à vontade para defender.
Nem cumprimi a Ministro.
Nunca votem em Cavaco Silva.
E portanto estou à vontade para defender para o Ministro.
Mas o doutor Mário Soares disse que o governo,
para escolher um governo delinquente,
que ia gerar uma onda de violência, que ia acabar por atingir
e que por menos mataram o rei Dom Carlos.
Isto disse o ex-Presidente Mário Soares.
E portanto, é preciso uma lata descomunal para dizer que horror,
que coisas antidemocráticas e de uma violência inaudita que disse o ex-Presidente Cavaco Silva.
Eu, pelas razões que expliquei, preferia que ele não tivesse falado
porque é o meu entendimento das funções ex-presidenciais, por assim dizer.
Mas o que ele disse é, naturalmente, entrou num espaço político
e portanto também tem direito a que as pessoas contestem, discordem,
acham mal mas com o sentido das proporções.
A minha grande dúvida foi se isto foi positivo para o PSD ou não.
No sentido em que foi animador,
foi supostamente animador para Montenegro,
porque teve o Cavaco Silva a dizer que ele tinha menos condições
para ser menos experiência.
Não é verdade.
Mas pronto, vamos expor.
Tenho sido ministras finanças, que não é qualquer coisa.
Que tinha menos experiência para ser Primeiro Ministro,
quando foi da primeira vez do que tem Montenegro.
Mas ao mesmo tempo,
compara-se o peso da palavra de Cavaco Silva
com o peso da palavra de Luís Montenegro.
E portanto, nesse sentido, é um apoio que não deixa de fazer sombra.
Há quem dizia, já não me lembro quem foi,
porque o gente leu tanta coisa,
que já não me lembro quem disse esta frase,
que as pessoas dizem,
intervenção do ex-presidente Cavaco Silva.
Eu acho que foi uma intervenção do ex-primeiro-ministro Cavaco Silva.
Não sei quem disse isso, mas eu concordo com essa formulação,
porque foi uma pessoa preocupada com o país naturalmente,
eu concordo com boa parte do que ele disse,
mas também muito preocupada com o PSD.
Vestindo a camisola de partidária.
Vestindo a camisola de partidária.
Até porque não se limitando a dizer coisas sobre a atuação do governo,
mas, por exemplo, dizendo ao PSD,
esqueçam lá agora estar a falar com outros partidos
e em coligações, etc.,
dá ali uma mensagem muito direta,
também é melhor a sopa que o presidente da República, etc.
Portanto, foi um larga espétero, não é?
E evidentemente que entusiasmou
as pessoas que, à partida, já eram contra o governo,
não tenham certeza se as pessoas daquele leitorado móvel
ficaram particularmente sensibilizadas por esta intervenção.
E houve uma reação agastada entre os socialistas.
Sim, desparatadamente agastada.
A reação da António Costa foi, ainda assim,
a mais branda no espectro socialista
por nasostes do PS sobre verdadeira indignação contra cavaco.
Como é que entendeu o Ricardo Raus Pereira
a frase do líder parlamentar do PS, Eurico Perejante Dias,
quando ele diz a respeito desta intervenção de cavaco Silva,
não esqueceremos,
poderá ver-se nisto uma ameaça em Polícita?
Eu acho que é quando fatalmente
acontecer a cavaco Silva,
que vai acontecer a todos nós,
e ceder o seu passamento,
no princípio, o Eurico Perejante Dias,
não se só não comparece como não manda flores.
Eu acho que, em princípio, é isso.
Não vou mandar um cartão muito bonito.
Os altarcas que saíram,
a meio de uma cerimônia...
É que o cavaco estava falando.
A intervenção foi polémica.
Mas eu fico sempre...
Eu gosto muito do bem-fica-sporting no campo,
mas também gosto do bem-fica-sporting aqui na política,
em que o que é pé na ultinária do adversário
não é nada na nossa e vice-versa.
E, portanto, divir-te imenso a ver as pessoas que disseram.
O Mário Soares, como é óbvio,
um ex-presidente da República,
não pode comportar-se desta forma a dizerem agora.
Muito bem, ainda bem que um ex-presidente da República,
munido da sua autoridade,
é programa de uma coerência.
Não há dúvida.
E o contrário, o que é?
Pessoas que na altura disseram,
Mário Soares, não pode,
ou já não sei o que é que é isso,
disseram que pode, agora dizem que não pode,
disseram que não pode, agora disseram que pode.
Mas a linguagem,
eu fico um bocado preocupado
com a fragilidade
do debate político
de hoje, do Arcaboiço,
que eu e o presidente Dias têm para ouvir críticas,
de aquilo que o cavaco,
neste momento,
faz, portanto,
profer linguagem ofensiva,
antidemocrática
e de ódio,
e de ódio, atenção.
E, portanto, algumas das reações
ao cavaco, até sei, eu também nunca votei no cavaco.
Mas, para ti, é fácil.
É fácil, eu não votei no cavaco,
para mim é muito fácil, mas também não votei no Sócrates.
Reparem, também nunca votei no Sócrates.
Mas, eu acho
que era uma das coisas.
Alguma vez votaste no algum primeiro-ministro.
Nunca. Nunca votei ninguém que tenha ganho.
Isso é uma coisa que me sossega.
Nunca votei em alguém que tenha ganho.
Nem nas presidenciais. Não votaste no Sampaio.
Não te tenha certeza.
Talvez nas presidenciais tenha votado
em quem enganhou, mas...
Você esteve fechado isso?
Numa Câmara Municipal, pá, vá lá.
Nem na Câmara Municipal.
Tu mora em Ueiras, achas que não tem quem enganhas.
Mas, esta...
Era quando alguém aparece no debate político
a argumentar
as pessoas que contestarem os seus argumentos.
Não é exatamente isso que se vê.
O cavaco aparece
e as pessoas dizem várias coisas que são verdade,
mas que não são a constituição dos argumentos.
Então, é tão Edu.
Tem o Souza Lara.
Tem aqueles escândalos semanais que o independente noticiava.
Então, é tudo verdade.
Isso, quando não é feito ao cavaco,
chama-se o Whataboutism.
É um dos delitos em inglês que hoje se podem cometer,
juntamente com gaslighting
e mansplaining.
Mas, esta...
Eu gostava de ver os argumentos contestados
e havia um
que era fácil de me contestar,
meus amigos, na intervenção do cavaco.
Qual é esse?
O Monte Negro é muito bom.
Tu estás maluco, pá.
As críticas ao governo,
pá, não tem de vagar para ir averiguar
se são justas,
ligeiramente exageradas.
Agora, o Monte Negro é muito bom.
Então, não se apontava logo para esse?
Era precisar alguém que o dissesse.
Que alguém viesse dizer que o Monte Negro era muito bom.
Não está a ser isso,
porque não havia ninguém disponível.
Pegando nisso, e na questão levantada pelo Pedro Mexia,
parece-lhe João Miguel Tavares,
que esta intervenção de cavaco Silva
ajuda Luís Monte Negro,
ou que o remete uma vez mais
para um papel subalterno,
obrigando a ter de andar
de bicicleta com rodinhas.
Sim, eu acho que é precisamente isso.
Eu acho que, claramente,
mais uma vez com teorias...
Sem intenção de cavaco, João.
Não foi, não foi.
Mas é um resultado.
Mas é um resultado.
Mas eu acho que ele está a tentar apoiar
Luís Monte Negro.
Agora, Luís Monte Negro tem muito que pedalar
para usar a metáfora da bicicleta.
E ele disse esta semana
com grande entusiasmo,
para o PS,
que já tiveram o vosso tempo
e a vossa oportunidade está a chegar a nossa vez.
Diz Luís Monte Negro,
que essa é uma coisa meio farcolas.
E eu tenho muitas dúvidas
que estejam ainda a chegar a vez dele.
É porque há um entusiasmo muito grande
da parte da direita,
porque o governo parece cair aos cacos.
Mas, até por questões de probabilidade
e estatística, é muito diferente,
é muito difícil de equipá-los
de isla prediante,
para continuar a legislatura,
a nível catastrófico das negras.
É uma questão de probabilidade,
não é provável continuar
e não existindo.
E com a economia a aguentar-se
e com muito dinheiro para distribuir,
porque tem,
o entusiasmo de Luís Monte Negro
excessivo
e é verdade,
o entusiasmo de Luís Monte Negro é excessivo
e ainda vem as europeias.
Vamos ver como é que eles saem
nessas eleições,
e eu tenho a certeza que seja Luís Monte Negro
a chegar às legis dodivas.
O Pedro Mexia fica, então, ministro
das descidas à terra,
é a vez do Ricardo Araújo Pereira
se tornar ministro da interrupção
da interrupção.
E interromper-se assim
merece-lhe algum adjetivo, o Ricardo Araújo Pereira.
Marece-lhe, isto é o aborto da lei do aborto.
Vamos-lhes a falar da interrupção
voluntária da gravidez e da notícia
que, apesar do que está na lei,
quase um terço dos hospitais
do Centro Mundial de Saúde
não garantem
o direito ao aborto
que está na lei.
As explicações é que há para isto.
A sensação que dá
é que o referendo
não foi uma vitória esmagadora
do sim, foi bastante equilibrada
e, portanto, é possível que haja alguém
que, em vez de aplicar a lei
que o referendo
gerou,
aplica a vontade do referendo
a outra metade dos hospitais,
como quase metade das pessoas votaram ou não,
e outra metade do voto ou sim,
um pouco mais de metade dos hospitais
fazem.
E a outra metade não faz.
Há um caso visto como emblemático
que é o da Ilha de São Miguel,
a maior ilha dos assores,
em que é preciso fazer uma viagem
de quase 1500 km,
de sair da ilha
para que possa ser feita
uma interrupção voluntária da gravidez
para os cidadãos de São Miguel.
O referendo
e a lei da despenalização
da interrupção voluntária da gravidez
nunca aconteceu.
Nunca aconteceu porque as pessoas,
as mulheres que querem interromper a gravidez
em São Miguel
vivem como se vivia
antes da lei.
Quem quer abortar ou faz clandestinamento
ou apanha um avião
para ir para uma cidade começada por ele.
Antigamente era Londres,
as assurianas têm de ir para Lisboa.
Como é que entende a perspectiva de Portugal
poder vir a ser condenado de nível europeu
por esta situação, João Miguel Tavares?
Este é um tema complexo.
Bem, nós estamos a falar
de uma lei, nós estamos a falar
do tema do aborto e não vamos discutir
a lei do aborto.
Na verdade, estamos,
sabe-se,
a lei do aborto,
a lei do aborto,
a lei do aborto,
a lei do aborto,
a lei do aborto.
Lesse muito aposto para serum abraldo
para se não bater minhas bracketas.
É muito importante saber
mesmo quanto você fala telling
essa relação frc.
É proveível,
antes as mulheres anельizarem
não só as pessoas,
mas estão no ombro
para awareoung o geto que
builtum que Emar todo,
você mostra umieuxomizing
Pois aqui é que quando tu dizes não está a discutir a lei do aborto, na verdade, quando
eu votei no referendo, a pergunta era sobre a despinalização do aborto.
A questão que nós falámos isto daqui, infinita às vezes, é que tu votaste na despinalização
do aborto e na verdade aquilo que tu tivesdes foi uma legalização do aborto com apoio
do SNS para todas as pessoas que quisessem aportar, que não é a mesma coisa do que
aquilo que foi perguntado.
E por isso...
Mas isso está encalvado aqui.
Há uns cinco pessoas no país, uma das quais sou eu, que acha que o aborto devia ser despinalizado
e que devia ter sido o setor privado a entrar e nunca o setor público, que depois dá este
tipo de carencias.
Aquilo que vale a pena perguntar é evidente que tendo a contestar a lei, as pessoas dos
assores devem ter algum sítio onde possam ter a sua gravidez interrompida sem precisar
em vir para Lisboa.
Isso é indiscutível.
Agora, tenham só cuidado quando se diz o direito à saúde, o aborto tem um dos casos,
mas há uma lista infinita e de doenças ao contrário de uma gravidez que não é uma
doença e é sempre esse o eterno problema do aborto é que estar grávido não é o mesmo
que estar doente e há uma infinita lista de doenças em que as pessoas têm que vir para
Lisboa tratar delas.
O que é que se lhe oferece dizer a este respeito de brevemente?
Há uma coisa que eu não sei, a questão da incidência particular nos assores tem a
ver com a objeção de consciência?
Não sei também.
Antísia que lemos é omissione e respeito e não houve explicações por parte do Ministério
da Saúde.
O que eu li também não tinha essa referência e há duas coisas que para mim são evidentes.
Uma é que os direitos garantidos por lei, independentemente do que cada um acha sobre
a lei, é a lei da República, os direitos garantidos por lei têm que ser garantidos
e neste caso específico, o direito à objeção de consciência também é um direito que
tem que ser garantido.
Se for esse o caso, admito que possa haver, em alguns casos, uma concentração tal de
objetores de consciência que o direito, isso tem que ser resolvido de alguma maneira.
Não é aquela ideia que às vezes há pessoas que fazem dos assores uma ideia que são três
vacas e dois velhotes e portanto...
Não, estou a perguntar.
Todos os médicos que são...
Cenas, colestas...
Há uma conspiração açuguesa.
Há de haver um, não há uma, é uma conspiração açuguesa.
Por isso eu pergunto.
Por isso eu pergunto.
É uma coisa...
São os serviços que estão mal organizados, é, não se pensou nisso, quando depois ele
vai ser aprovado, isso é uma coisa.
Outro é, neste hospital ninguém quer.
Você pensa que tudo tem isso?
Se neste hospital ninguém quer, num hospital tem que haver alguém que queira, visto que
há uma lei da República.
O Ricardo Aureus Pereira fica assim, Ministro, da interrupção.
Da interrupção.
Entregues as pastas ministrais por esta semana.
A altura para sabermos por que é que o João Miguel Tavares se declara tutti frutti e que
tal a qualidade de fruta, João Miguel Tavares?
A fruta está podre, mas atenção, a fruta está duplamente podre, porque está podre,
porque o caso é podre, mas está podre porque já tem muito ano.
Estamos a falar da notícia da TVI sobre um processo judicial que já vem de 2016, aliás
já falamos dele aqui em tempos.
Talvez vale a pena começar pela questão, porque ele foi dado o nome Tutti Frutti, porque
envolve frutas diferentes.
O chamado Bloco Central dos Interessos.
É redor da Câmara de Lisboa no início, mas não é só a Câmara de Lisboa, na altura
era por um bocadinho de todo o país, era sul, norte, ilhas não havia mais.
Apesar de reunir suspeitas sobre o PSI, PSD, o foco destas notícias desta semana da TVI
virou-se para dois ministros, parecem-lhes sólidas as alegações que acáem sobre Fernando
Medina e do Arco Cordeiro?
O problema aqui é, essas alegações são sólidas, eu já lavou as sólidas das alegações,
porque eu acho que substancialmente aquilo que ele está passa-se e toda a gente sabe
o que se passa, mas independentemente de serem sólidas, eram sólidas há cinco anos.
E esse é o problema primeiro, grave, há que um problema grave do Ministério Pública.
Eu acho que contisto amanhã, neste sábado, no artigo do público, que passa a publicidade.
Eu gosto de fazer recortes, guardes jornais.
E esses jornais guardados de 2018, e eu abro esses jornais em 2018, as histórias estão
todas lá.
Tudo.
Está lá o Luiz Louta, no Carlos Eduardo Reis, o Sérgio Azevedo, do Fernando Medina,
o Câmbio Terregue de Dublendenses, Manos do Benfica, o André Aventura, a ser pescado
na Câmara de Lourdes.
Estava lá de tudo há cinco anos, as pessoas já não se lembram, e aquilo naquela altura
não teve um grande impacto.
Houve uma reportagem da TVI, e na altura, Medina ainda estava na Câmara de Lisboa,
não era Ministro das Finanças, do Arco Corridor estava na Câmara de Lisboa, não era Ministro
do Ambiente.
E esse é o problema, mas de repente nós temos o mesmo caso, é verdade, que há mais alguns
dados, mas são questões mais ou menos de promenor, e já na altura se falavam em centenas
de escutas.
Portanto, a minha primeira pergunta é, o Ministério Pública andou a fazer nos últimos cinco
anos.
O que é que andou a fazer?
Porque é que isto só se sabe agora?
É porque isto não se sabe agora?
Não há aguilos, não há acusados.
Não percebo, não percebo.
Porque isto não se sabe agora a bléia de uma acusação.
Esse é o meu ponto.
É que podia ter existido uma acusação, e agora está aqui a acusação e realmente
confirma-se isto e isto.
O que é que ainda não há acusação?
Portanto, não consigo perceber como é que esta notícia sai.
O outro ponto é, isto é um problema de justiça, sim, parcialmente, mas isto é essencialmente
um problema de política.
A justiça, com base naquilo que foi saindo na TVI e daquilo que eu já conhecia, boa
sorte a provarem aquelas coisas todas em terminal.
Dito isto, isto não quer dizer que as coisas estejam falsas, quer dizer que em terminal
elas não se vão aguentar, mas que isto é um problema em primeiro lugar político.
E este é o problema dos embarazos dos Montenegro, desta vida e do PS, porque aquilo que está
a ser descrito, a opressão de tuto e frut, e toda a gente sabe o que acontece.
O essencial é que haveria uma combinação entre elementos do PSD e elementos do PS para
repartirem os lugares juntas de freguesia.
É com o promenor muito bom, que eu acho que já vamos falar disso, mas tem promenor
muito bom que é a ideia de, em algumas freguesias, vamos apresentar candidatos frequinhos.
Gosto muito.
Elas do areeiro.
Sim, mas isso logo aí...
De onde o João Miguel Tavares é fregueiro.
Sim, exato.
Mas logo isso aí é muito devido ao se mesmo que isso tivesse acontecido, sequer que seja
um crime.
Claro, claro.
O problema ali é de deputados e de pessoas, nas juntas de freguesias, a fazer negócios
com empresas.
Esses negócios serviriam em parte para o enriquecimento pessoal dos envolvidos e
outra parte para pagar financiamento partidário e depois a ver um exército de acessores que
basicamente servem a clique do momento e que são pares pela Câmara Municipal, mas na
verdade eu não vou fazer esse serviço que não tem nada a ver com a Câmara Municipal.
Quem...
Alguém que não sabe o que isto acontece?
Quem é que anda a fazer alguma coisa para que isto não aconteça?
Ninguém.
E esse é o problema.
Portanto, aquilo tudo é um caso que substancialmente as coisas que eles estão são verdadeiras,
acho que em boa medida são casos de política, mais do que justiça, e que os políticos
fecham os olhos a isto há décadas.
Cases de política e não de polícia.
O PSD, no debate mensal, pegou no processo de tutti e frutis e questionou sobre ele,
António Costa, apesar de medir na incordeira não estarem formalmente indiciados de nada
e ainda não terem sido contactados pelas autoridades, acompanha Ricardo Araújo Pereira
a acusação de populismo feita pelo Primeiro Ministro Auditário da Bankada do PSD por
ter levado este caso, estas notícias desta semana a debate.
O problema é que António Costa é o rapaz que deritou populismo, porque ele já acusou
de populismo, a coisa de populismo chega, e até aí, em princípio, vamos todos, mas
agora acusa no mesmo quarto de hora, acusou de populismo, o líder parlamentar do PSD
e o Rui Tavares, o Rui Tavares também já é exatamente, e portanto, é o insulto
neste momento, eu posto que se alguém não faz o piscar no trânsito, o Costa abaixa
ao vidradi, o populista, em princípio é isso, é o insulto que ele tem debaixo da língua,
eu acho este caso das duas uma.
Primeiro, é a coisa que mais me choca, é esta operação de tutti e frutis, em Portugal
eu creio que é má ideia dar nomes de augurta a processos judiciais, porque isto leva tanto
tempo.
Não há hipótese, quer dizer, não faz sentido, não faz nenhum sentido.
Isto é de 2016, isto é de Tifruti, isto é de 2018.
Este caso é gravíssimo, e não se percebe, eu adorava perceber este caso, porque o
é gravíssimo e não se percebe porque é que não há argoídos, ou não é gravíssimo
e não se percebe porque é que há esta, porque é que a notícia existe.
E mesmo que haja má acusação, vai para escrever, para escrever guia, como sempre
acontece com este tempo todo que passa.
Como é que entenda a extensão do conceito de populismo que ficou subentendida nas intervenções
de António Costa durante o debate no Parlamento, Pedro Mexia?
Eu acho que a palavra populismo tem dois significados úteis, aliás, um até excede
a palavra populismo, que é um tem a ver com um certo decoro na linguagem, etc., tem-se
falado muito a propósito do Chega, outro tem a ver com a demagogia, digamos que a
demagogia não é a panagem de nenhuma área partidária e tem sido praticada em Portugal,
e o outro é aquilo que aparentemente o Primeiro-Ministro chama, que?
Escrutínio, uma pergunta, qualquer pergunta e qualquer formulação que o Primeiro-Ministro
descorda, se embaraçosa e inadequada, é populismo, tendo em conta que existem realmente
forças populistas no Parlamento, dissolver essa palavra é branjendo, feisclado, ruitar
varas, a tal vez o ruitar varas, tem uma cara de quem nunca deixamos isso na vida, reação
dela, não estava nada à espera daquilo, é absurdo, se o ruitar varas é populista,
a palavra morreu, não tem sentido.
O Primeiro-Ministro disse a ruitar varas que tinha de se vacinar contra o populismo.
Exato que também é uma linguagem muito boa.
Estás claros, Cídeo, porque é que o João Miguel Tavares se declara a tutti e a fruta
e quanto ao Ricardo Arux Pereira, e agora vamos ter a decelerar, aparece-nos com um
cacharelete, mas em sinta e de figurado, presumo que não está a convidar-nos para um drink
de fim de noite.
É que o cacharelete é a palavra utilizada em bom português para traduzir a palavra
inglesa, a cocktail.
Precisamente, porque tal como um cocktail é uma amálgama de, não, aqui neste caso,
não de bebidas, mas, em princípio, de pessoas que beberam bastante.
Neste caso, que cocktail de episódios recentes é que nos trago.
O Junta em Cocktail, porque o entendimento que a nossa sociedade vai tendo da liberdade
de expressão é de tal ordem, que a gente ou fala dele todas as semanas e não faz outra
coisa, ou então junta, como a gente faz para o vidrão, não é?
Vamos juntando depois de deita tudo de uma vez, e até esta é uma rubricamento-sal.
É, primeiro, um professor russo de Coimbra foi expulso pela opinião que ele traa sobre
a guerra da Ucrânia.
Ele faz o tema do Mário, do Manolo Carvalho hoje no público, este senhor, que é português,
há três anos que ele é português, atenção, eles, atenção, expulsar alguém, sem provas
nem direito de defesa, por causa da opinião que ele tem do Putin, sabe a quem é que faz
isso?
É o Putin.
O Putin faz isso muitas vezes.
Por exemplo, este senhor foi expulso da Universidade de Coimbra por uma razão que...
Ele já faz umas depideis dessas com a Russia Today, etc.
Exatamente.
Segundo o número dois, há um tribunal que decide que a Wikipédia deva pagar informações
sobre o César do Passo, não por serem falsas notem, mas porque o César do Passo não gosta
das informações.
Portanto, é proíbido dizer a verdade na página do Wikipédia, o César do Passo.
Designadamente, o facto de ser um empresário ligado ao Chega, finance e ao Chega, isso
não se pode dizer na página do Wikipédia.
O humorista brasileiro Leão Lins, a justiça brasileira, removeu do YouTube um especial
de comédia, vai julgá-lo por causa de piadas, ou vai a julgamento por causa de piadas,
está proibido de, no futuro, fazer...
Portanto, há piadas que ele ainda não fez, que já são proibidas, sobre determinados
temas, proibido, neste momento está proibido de deixar a cidade de São Paulo por mais
dez dias, porque é um perigoso criminoso, e apresentar-se mensalmente para informar
e justificar as suas atividades, a guarda de julgamento.
Então, já tinha este cachorleto, ainda se juntou mais uma garrafa para levar para
o vidrão, que é do Hugo Soares, humorista português, que foi banido do Instagram, também
por causa de uma piada.
Ou seja, a gente entrega ao Sr.
Marcos Zuckerberg, é ele que decide que piadas é que são boas e quais são as degeneradas.
Ainda bem, porque eu fazem-me mal, e se não for o Marcos Zuckerberg, quer dizer quais
é que eu posso ler e quais é que não posso, ainda pode acontecer alguma coisa.
Mas tu pode chegar à vontade expulso do Twitter e do Facebook.
Por mim, podemos expulsar à vontade.
Já sabemos por que o Ricardo Araújo Pereira nos serviu um cachorleto, e já estamos a
ver nos gregos com o tempo, vamos tentar perceber por que é que o Pedro Mechia se
anuncia despaz ou cado, para falar das eleições.
É uma frase, na Grécia.
Periodicamente somos informados que as coisas não vão voltar a ser como delantes.
Por exemplo, que certos sistemas partidários vão ser partidos aos pecados, quando apareceu
o cidadãos em Espanha, o PP acabou com os cidadãos, entretanto acabou o PP, os cidadãos
e não o PP.
E agora, nas eleições gregas, não se preocupe, não vou falar das eleições gregas, não
só ganhou a nova democracia com mais 20 pontos do que o Siriza.
Apesar de não haver o bônus, e portanto não haver a maioria absoluta e portanto a nova
democracia, ganhamos novas eleições para ver se chega lá.
Mas sobretudo, a esquerda deixa, incluindo o ídolo das matinés, Varoufakis, e sobe
o Pazoc, pouquinho ainda, mas vai subindo, ou seja, dizem várias pessoas que comentaram
eleições gregas, que é essa ideia de que, porque um partido ou um sistema político
entrou em crise, ou houve um partido que teve um colapso, isto acabou, nunca mais vai
ser nada no mesmo, é absurdo, a verdade é que as pessoas tomam por definitivas flutuações
conjunturais, e portanto é um indivíduo meu que sempre disse isto aqui, que é essa
coisa de que tudo acabou, não é verdade, gosto muito quando os factores me dão razão,
é uma coisa que me...
Continua tudo em equação, está a altura dos líderes.
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É caso para dizer que o diabo está nos detalhes. Embora o primeiro-ministro, depois de se ter mostrado agastado com os “casos e casinhos”, queira evitar que se entre na discussão em torno de “horas e horinhas”. Por estas e por outras, Cavaco Silva veio sugerir um acto de eutanásia política a António Costa. A reacção nas hostes socialistas não se fez esperar. Talvez esquecendo o que Mário Soares disse, em tempos, do governo da altura. Para lá disto, há vários cacharoletes na ordem do dia: o tutti-fruti reunindo suspeitas sobre os dois maiores partidos do sistema; aquele que junta vários protagonistas de notícias em que os novos proibicionistas estão nas suas sete quintas; e o de António Costa, ainda ele, vendo populistas em tudo o que mexe.
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