TSF - Minoria Absoluta - Podcast: As rimas de Costa e os "pensos rápidos" do Governo, com João Maria Jonet e Bianca Castro
TSF Radio Notícias 4/1/23 - Episode Page - 37m - PDF Transcript
O primeiro ministro passou a semana a rimar e a utilizar a sabedoria popular para tentar
encarar os problemas com algum humor, casa onde a inflação todos ralham e todos têm
a sua parte da razão, ou na habitação os proprietários de casas de velutas não podem
querer sol na era e chuva no naval.
São temas que vamos discutir nesta reunião do nosso executivo em minoria absoluta.
Com o nosso prodígio, o João Maria Jorné, um rapaz às direitas e diz o expresso pode
definir o futuro do país e vai certamente definir o episódio de hoje e também a nossa
ambientalista e muito viajada Bianca Castro, a última viagem foi pela Grécia, mas ela
já nos confidenciou que foi em trabalho.
No pacote mais habitação mantiveram-se as medidas mais polêmicas, embora com algumas
alterações no arrendamento forçado de casas de velutas que vai avançar, mas só em apartamentos
vazios há mais de dois anos e nos conselhos com carência habitacional, em grande parte
no litoral do país.
João Maria Jorné, tens alguma casa vazia que possa ser sugada pelo Estado?
Quem me dera ter uma casa vazia que pudesse ser sugada pelo Estado já que eu ocupo ou
ocupo um preço excessivo, portanto, é que eu arrendo.
Mas podias contrapor caso quase tivesse-se uma casa?
Podia.
Nestas condições?
Não, acho que quem tivesse, acho que são dez mil casos, não é?
Sim, quase onze mil, são dez mil, seiscentos e tal.
Fez-se um levantamento?
Já não é mau, já são casas para as pessoas.
Mas assim, António Costa acha que há mais casas de velutas do que esses números iniciais.
Pronto, se o governo e as autarquias conseguirem primeiro saber quantas casas de velutas é
que eles têm, ou seja, depois confiamos neles para saber quantas casas de velutas é que
existem, não é, porque uma pessoa, eu lembro-me de estar na campanha do Carlos Moedas e nós
estávamos a tentar fazer um levantamento de todos os, todo o património municipal abandonado
como crítica à inação de quatorze anos do PS na Câmara de Lisboa no tema da habitação.
Problema, não existe um levantamento do património da Câmara de Lisboa.
Nem teórico, tipo, se calhar temos estas, não.
Portanto, desconfias mesmo desse número?
É que desconfiar.
Nós tivemos essa, andámos a procurar, andámos a fotografar nas ruas, mas há que desconfiar.
A partir do momento em que a maior Câmara do país não consegue fazer esse levantamento,
fica muito difícil fazer para o país interior e para todos os privados, mas eu, talvez,
por perceber a emergência que enfrentamos, acho que qualquer medida que ponha mais casas
no mercado é boa.
E esta é uma boa medida também?
Tem sido muito criticada pela direita?
Se posar mais casas no mercado, eu acho que é boa, esta grande questão que é o Estado
tem de dar o exemplo e ser o primeiro a pôr casas no mercado e não o último.
Falaste aí de Carlos Moedas, António Costa acabou de dar alguma forma por passar a responsabilidade
para os municípios, tanto o Porto e Lisboa já disseram que, com eles, o governo não
conta, é também atirar responsabilidades por parte de Carlos Moedas e de Rui Moreira.
Eu diria que, dada a experiência da descentralização, por exemplo, na saúde e na educação nos
últimos anos, eu percebo perfeitamente o ceticismo das autarquias de receberem mais
competências, porque para as que já têm, o governo já não está a dar dinheiro suficiente.
E isso quase que nos está a custar um adiamento do PRR, sei uma notícia hoje sobre isso,
que a União Europeia dá-nos uma última oportunidade na questão da saúde.
E se percebe-se bastante bem por que é que é?
Porque a contenção arceamental encapotada que este governo faz, faz-se muito bem assim,
não é?
É dizer que o governo está a gastar menos dinheiro, chutar esse dinheiro para as autarquias,
as autarquias não terem os recursos necessários, mas ninguém culpou ao governo, porque a autarquia
está a falhar, e assim o governo continua, das contas certas, sem falhar nenhum exame,
apesar de estar a deitar essas negativas para cima dos presentes de câmera.
Portanto, estás muito séptico em relação a este programa. Bianca Carlos, seu primeiro
ministro, diz que não perceba polêmica, com esta medida do arrendamento compulsivo,
tu ficas do lado de António Costa ou da oposição?
É, eu acho que, acho que eu e basicamente toda a gente, por motivos diferentes, mas estamos
e fazemos bem estar bastante séticos em relação a este pacote medidas, que parece
que mais uma vez estão a fingir a resolução desta crise, e aproveito já antes de continuar
a falar, mas para quem tiver a ouvir isto no próprio sábado de 1, que é o dia da
manifestação, casa para viver, pronto, apelo não só a que vão, ou se a manifestação
já estiver acontecido, espero que tenham isso, mas realmente é uma manifestação que aborda
todos estes temas, e também o facto de, e o porquê, de este pacote ser assim um bocadinho
ilusória, não é? Continua a não resolver a crise da habitação que estamos a enfrentar
agora de forma imediata, porque nós não precisamos de casas daqui a anos, nós precisamos
de casas agora, precisamos de alojamento acessível a toda a gente agora, precisamos
de alojamento, por exemplo, para os estudantes de forma urgente, ainda há pouco tempo vimos
o Carlos de Moedas muito orgulhosamente inaugurar aquelas residencias de estudantes, que se
não me engano o preço mais barato dos quartos, era, rondava aos 700 euros, portanto não
sei que estudantes é que conseguem ir para lá, e mesmo em relação a estas novas medidas,
quer dizer, por exemplo, no que toca à medida sobre o alojamento local, nós sabemos que
acerca de, acho que era cerca de 36% dos alojamentos locais neste momento nem estão
a ser utilizados, e a esta medida agora está a colocar bem que a coisa nas mãos das câmeras
municipais, que já disseram que por elas continuam com o alojamento local, e até o
aumentam, e ainda vimos Carlos de Moedas hoje ou ontem na manifestação com os proprietários
dos alojamentos locais, não é? Mesmo assim, em relação ao alojamento local há também
uma mexida, as licenças só ficam proibidas nos sítios de concorrência habitacional,
é o caso de Lisboa e Porto, falava-se aí de Carlos Moedas, mas no interior do país
pode continuar a haver esse tipo de licenças, portanto é uma medida que de alguma forma
faz sentido também para combater a condistência social toda que há volta desta medida para
alojamento local, no Conselho Ministro de Quinta Feira houve até uma manifestação
à porta do briefing, muito ruidoso ao longo de toda a conferência de imprensa, pouca gente
mas fazia um muito, muito arudo. Eu acho que estas medidas no geral parecem um bocadinho
colocar pensos rápidos em feridas que ficam cada vez mais profundas, porque mesmo que
melhorem ou que sejam um ponto de entrada em algo que tem de ser feito, realmente não
chegam ao certo da questão, e o certo da questão sendo realmente ser preciso a habitação
acessível já para as pessoas, e quando se fala de habitação não se fala apenas de
um buraco onde as pessoas possam ter um teto, mas sim de habitação digna em que as pessoas
possam viver em paz e com segurança, e também de deixarmos de dar mais benefícios e isenções
a quem faz do mercado imobiliário, lá está um negócio quando a habitação devia ser
um direito. Há muitos benefícios fiscais mas que ainda vão passar pelo Parlamento.
João Maria Jorné, concordas com estas palavras da Bianca? São apenas pensos rápidos?
Concordo no apelo para ir à manifestação, mas concordo que isto acima de tudo há uma
tentativa de resolver a emergência, uma coisa que não precisava ter sido uma emergência,
porque a partir de 2015, pelo menos, se tinha virado a página da austeridade, como se disse,
podia-se ter começado a construir. A minha solução ideal de centro de direita é a seguinte,
compravam-se as casas que estão empatadas, estão devolutas, em vez de ficar com elas
coercivamente, compravam-se as casas a um preço mais barato. Mas assim o governo paga
ao proprietário? Era, mas o governo podia ter comprado espaço construído já e tinha
renovado, criava casas da habitação pública, social, como há no Reino Unido, como há
na Holanda, esses sítios que não são propriamente comunistas e que têm um parque habitacional
público bem superior ao nosso e construiam um parque habitacional público. Não tendo
sido feita essa medida, tendo de se andar com esta emergência do arredimento coercivo,
mas é porque, como a Bianca diz, não se faz uma casa de um dia para o outro e as pessoas
precisam de casas agora. Agora, se é isso juntarmos outra coisa que este governo fez, que passou
entre os pingues da chuva, mas é gravíssima, que é, no governo presta essa ideia se passou-se
uma lei que acabava com, que havia o solo urbanizável, ao solo rústico e ao solo urbano, ou via.
E o PSD-CDS, a Coligação PSD-CDS, acabou com o solo urbanizável, que era uma fonte
de especulação imobiliária em que, em vez de estarem a investir, em construir em terreno
já construídos para os melhorar, casas abandonadas, por exemplo, que Lisboa é dos capitais europeus
com mais casas abandonadas que existe, qualquer estrangeiro que venha aqui a vos diz isso,
e é impressionante a quantidade de casas abandonadas. Em vez de fazer isso, que seria
a coisa mais ecológica e financeiramente mais lógica, para o Estado, continua a permitir
essa especulação adiando todos os anos o fim do solo urbanizável, que é das maiores
fontes de corrupção autárquica deste país, até, porque é uma maneira de todas a dizer
ao especulador imobiliário que, através de, não sei quanto dinheiro dado, um presente
da Câmara altera um PDM e consegue construir ali uma coisa nova, com que consegue limpar
muito mais dinheiro e lavar muito mais dinheiro do que se tiver a reabilitar uma casa nos
centros de Lisboa. E este governo andou sete anos, agora parou com isso, mas andou sete
anos a adiar todos os anos, um ano, esta medida do governo PSD-CDS, e, portanto, esta
conversa do virar a página da austeridade sem fazer um parque da habitação pública,
e do andar a lutar contra o grande capital que era o PSD-CDS, e, afinal, é o governo
do PS que está a garantir como um das maiores veículos de corrupção autárquica continua
no lugar, de facto, cançam e, de facto, merecem o ceticismo que a Bianca está a falar, porque
o governo fala como um governo social-democrata e age como um governo perigosamente neoliberal.
Também na questão do arrendimento compulsivo, António Costa acabou por votar nestas últimas
semanas depois de toda a polêmica para o tempo de paz de escoelho, diz António Costa, que
foi o sábio dos sábios, Cavaco Silva, que promulgou essa lei.
Sim, há sempre a vontade de justar para trás, mas, como te digo, trazendo estes exemplos,
houve muito, muito tempo, este governo está em funções há oito anos, vai fazer oito
anos, portanto, houve muito, muito tempo para mudar as coisas e não se quis mudar uma série
de coisas.
Até vamos mais longe, a lei crista, supostamente, um horror, porque descongelou o mercado de
rendas de Lisboa.
Eu sou o favor da lei e acho importante ter-se descongelado o mercado de rendas, porque
não há justo que nós, aos 20 anos, que queremos arranjar uma casa e não conseguimos
a menos 800 ou 900 para ver pessoas que ainda pagam 25, antes do Estado garantir que quem
esteja em situação de vulnerabilidade mantenha uma casa, mas acho que para mim a lei está
bem feita, precisava de garantir mais pessoas em situação de vulnerabilidade, mas no geral
está bem feita.
Mas tanta coisa, fazem campanha contra o caos moedas com a lei crista, fazem campanha
contra o passo de escolho com a lei crista, oito anos para revogar a lei crista, cadê?
Isso é que eu não comprei, António.
Voltamos à questão do alojamento local, de acordo com o António Costa há quase 110.000
habitações de alojamento local, é um setor que exige regulação, Bianca.
Obviamente que sim, aliás, há centenas de prédios, pelo menos eu hoje estive a ler
e quando li as palavras, centenas prédios, meio que ficou assim mais visual, mas centenas
prédios que são apenas de alojamento local e ao mesmo tempo, tantos destes alojamentos
que nem sequer estão a ser utilizados e é realmente urgente fazer com que estas casas
deixem de ser alojamento turístico, mas passem a ter a função social que é suposto
ter em que é ser em casas para viver para as pessoas que realmente efetivamente moram
cá.
E isto é uma cidade, e falo de Lisboa, como podia falar de outros títios do país em
que isto está a acontecer, mas em que está a tornar-se impossível qualquer pessoa de
cá continuar a viver cá, não é?
Falávamos há umas semanas que o alojamento local, as licenças fizeram o seu trabalho
há uns anos para rehabilitar zonas da cidade, da capital, mas que agora, não sei, João
Maria Jônia, se calhar já não faz em grande sentido, em zonas como Lisboa e Porto, como
falávamos.
Sim, pelo menos a maneira como está alojado não faz sentido nenhum, não é para meter
as vivendas de alojamento local, mas não os apartamentos de alojamento local não
se percebem para beneficiar alguém que tenha tido a visão de ter uma vivenda, que até
é uma coisa ecológicamente pouco sensada de ter uma vivenda em relação a construir
em massa prédios grandes e altos, de facto faz pouco sentido da medida.
Eu não sou das pessoas que é contra o alojamento local antes pelo contrário, é acho que foi
importante para atrair investimento e acho que o turismo é muito importante porque
com o dinheiro do turismo, sem o dinheiro do turismo, o PS não tinha conseguido disfarçar
que não estava a recuperar o país durante tanto tempo.
Mas foi importante para a recuperação econômica, principalmente depois da troika, mas nesta
altura, com uma crise na habitação, como a Portugal tem, faz sentido ter tantas casas
em Lisboa e no Porto com alojamento local?
Para mim faz se forem tachadas de forma a redistribuir, que é uma coisa que parece
que saiu de moda, mas que antigamente uma pessoa pensava nas coisas que, em vez de pensar
nas coisas ou proibir as coisas ou deixar as coisas, parece que a nossa dictomia política
está nisto, é a direita quer que as coisas existam sem qualquer tipo de imposto porque
os impostos vão para o estado e o estado é o diabo, e a esquerda quer proibir as coisas
porque as coisas que dão lucro estão a tramar as pessoas.
E o debate político faz-se neste nível básico de rama que não acrescenta nada a ninguém
enquanto se podia estar a dizer, pode-se discutir limitações, eu estou disposto a
discutir limitações em termina das freguesias de Lisboa, se calhar faz sentido, eu não
sei, não percebo o suficiente o assunto para dizer se faz sentido ou não, para mim fazia
mais sentido discutir-se, quanto é que esta atividade econômica gera, quanto é que eu
lhe posso retirar sem ela se deprimir de forma a redistribuir de maneira a que as pessoas
que têm menos consigam viver, e não se consegue ter este debate sobre onde é que está o
valor que é preciso de achar, onde é que está o valor de que as pessoas precisam,
onde é que está o número de casas que é preciso, não, é o comunistas versus fascistas
e fala-se por aqui, eu percebo, a maioria dos nossos líderes partidários é formada
em associações estudantes de Lisboa e do Porto e sabe pouco mais de política do que
comunistas versus fascistas, mas era bom que sabessem que é desoblaçante.
Como eu disse há pouco, António Costa acabou por estar um pouco para os municípios, a
implementação destas medidas, Carlos Moedas já disse que com ele, António Costa não
conta, viu Xumbada até há uns dias, de novo a proposta para a insensão de M.T.
para jovens.
Que é uma proposta da JTS já agora também.
Que é uma proposta da JVM, mas foi Xumbada pelo grupo parlamentar socialista do MES.
Incluindo uma pessoa muito importante na JVM, é tudo muito curioso.
Mas voltando à questão bianca, podemos estar com um empróglio entre o governo e os municípios
daqui para a frente, corremos esse risco?
Acho que não só corremos como é o que vai acontecer, é o que já estamos a ver que
vai acontecer e acho que também foi meio que assim uma maneira de manobrar e não chegar
ao certo da questão e não nos dar coisas concretas, mas sim dar um powerpoint, mas
dar um autêntico powerpoint de mesidas, mas assim um powerpoint de mesidas que poderiam
ser muito bonitas, mas que não sabemos como é que vão ser implementadas, que não há
linhas claras, que as façam ser realmente bem implementadas e cumpridas como seria necessário
e mesmo que fossem cumpridas não seriam suficientes e continuamos a ver imensa coisa
que tem de acontecer, que não está a acontecer e que para mim seriam as coisas mais claras
e mais simples e diretas de aplicar, como regular e baixar os preços das rendas, impedir
despejos que estão a acontecer de pessoas que arrendam casas e realmente fazer com que
estes contratos de arrendamento possam se tornar algo estável para as pessoas, não
é?
No entanto, há um limite ao aumento das rendas, é de 2%, é insuficiente.
É insuficiente, é para as rendas para os novos contratos, não é?
Portanto, os que foram efeteados nos últimos 5 anos, quando nós precisamos que isto seja...
Tipo, há os contratos que estão registados, eu disse isso ao meu contrato, com um aumento
de 26%.
Pois, e nós precisamos que isto seja regulado na sua transversalidade, não é?
Regraçamos à questão da contestação social, no briefing do Conselho de Ministros, António
Costa acabou por dizer que a contestação social é normal, em democracia, vamos ter
manifestações os próximos dias exatamente por esta questão, não estás convencida
de que, depois de as medidas entrarem em vigor, a contestação vai diminuir, ou seja, António
Costa vai ter algum descanso, não vai acontecer.
Espero que não, espero que não, e acho que as pessoas aliás todos os coletivos que se
juntaram para organizar esta manifestação e tantos outros protestos que têm a vinda
a acontecer sobre o tema da habitação, acho que também já deixaram muito claro que
não vão dar o braço à terceira, até realmente termos aquilo por comercermos e termos habitações
dignas, e eu espero sinceramente que isto não acaba aqui, e aliás, mas no fundo,
e não apenas sobre habitação, mas sobre tantas outras crises sociais que estamos a
enfrentar, mas meio que esta coisa do governo, dar umas medidas assim, os tais penses rápidos
que eu mencionei, quando há a contestação social já é enorme, eles têm de dizer alguma
coisa para responder às pessoas e eu espero sinceramente que não faça calar ninguém,
que pelo contrário se james cada vez mais fortes nas ruas e cada vez mais.
Mas então, às palavras de Marcel, João Maria Jônia, o próximo passo é um veto
presidencial, estas medidas?
Se o Presidente da República for consequente com o que disse que nem sempre acontece,
isto não é uma crítica, eu gosto do estilo do Presidente da República, sou um leitor
do Presidente da República e isto não é de toda uma crítica, o Presidente da República
às vezes gosta de mexer com as águas mais do que depois de...
Isso parecia quase um líder da oposição, quando diz que este é um programa inoperacional
e comparou-as às leis cartazes.
Sim, às vezes há pessoas que lhes chamam um líder da oposição, às vezes há pessoas
que lhes chamam um partavóis do governo, acho que ele navega a isso bastante bem porque
nunca ninguém consegue ficar preso num rótulo.
Mas ontem, então, eu costa dizer também que caso Marcel Rebaldo Souza vete estas medidas
ou envia para o Tribunal Constitucional e o Tribunal Constitucional considerar as medidas
inconstitucionais, há que respeitar, mas António Costa fica aqui com um jogo perdido.
Seria bastante complicado isso acontecer, de facto não sabemos muito bem o que esperar
do Tribunal Constitucional neste momento, é toda uma outra crise que poderíamos perder
há algum tempo a abordar sobre a legitimidade ou a não das decisões do Tribunal Constitucional
neste momento.
Entende a conta que tem três juízes para lá do mandato?
Mais uma coisa que não funciona, mas sim, não me parece provável que o presidente
vete, mas é certamente uma possibilidade, se acontecer pode levar a pequenas alterações
no geral, é como dissemos e acho que a Bianca disse bem, não responde à crise de fundo,
o que responderia à crise de fundo se já é mais sério daqui era ter-se desde o início
procurado acabar com esta coisa da especulação no solo urbanizável e pegar na construção
que já existe em vez de andar com a estupidez de construírem em espaços verdes e pegar
na construção que já existe e transformá-la para ter ainda mais pessoas.
E estamos a recusar-nos a dizer às pessoas que é isso que é preciso, que é aumentar
o parque habitacional.
Houve umas conversas ontem sobre o que a ministra falou de trazer as cooperativas de volta
e não sei o que, mas não o plano para ser um plano para regular atividades econômicas
e não para dizer que está aqui uma solução e a regulação das atividades econômicas
como elogiamente local, o arrendamento ou tudo mais, por mais importantes que possam
ser para o funcionamento lateral do mercado não é o que resolve o problema, que resolve
o problema é um choque de oferta que é possível que exista com a quantidade de casas abandonadas
que existem em Lisboa e no Porto, principalmente mas também nas outras cidades e o governo
não quer tomar essas medidas, o governo fica sempre aqui neste meio termo entre ofercer
medidas que realmente resolvam o problema e não ofercer nada, ofercer assim uma coisa
que parece que pode eventualmente resolver o problema, que é o ótimo para o dia a
dia documentário político, se calhar dá para nós estarmos aqui um bom bocado e acho
que o governo gosta disso e tem funcionado para ser reeleito, isso é também importante
dizer que as pessoas compram isto, as pessoas compram as meias medidas, porque a meia medida
parece um compromisso e as pessoas foram ensinadas que o compromisso é bom, no entanto as fundagens
dão o PSD aproximar-se muito do PSD, o PSD descer até o nível baixo do PSD, precisamente
há quase mais uma derrota do PSD do que propriamente uma virta do PSD, o PSD está com as mesmas
intenções de voto do que teve há um ano nas legislativas, não serveu absolutamente
nada porque não tem um líder que suba absolutamente o espírito, ninguém, mas isto para, isto
para dizer que acho importante que se combate e isso pode ir para, como a Bianca dizia para
todas as crises, esta percepção que o compromisso é sempre bom, o compromisso entre uma coisa
ótima e uma coisa péssima não é uma obrigação, às vezes dá só para defendermos politicamente
o que seria bom e depois eventualmente podemos chegar ao compromisso com as pessoas péssimas,
mas antes é preciso que alguém defenda o que seria objetivamente bom e o governo tem
muito pouco jeito de fazer isso e muito jeito de vender estes maus compromissos.
E vamos passar para outro compromisso do governo, no início da semana, o IVA-0, há um acordo
com o setor, mas o governo assena quase sempre com a boa fé, quando é questionado, se o
IVA-0 vai mesmo manter-se, ou seja, se não vai ser comido pelo aumento dos preços, são
44 produtos do que a base alimentar, Bianca, deixa-me começar por perguntar se ficas
confortável com estes 44 produtos que foram escolhidos, parece-me quase adeto pelo governo.
É sim, o meu maior problema com esta medida não é quais os produtos, mas em relação
aos produtos acho que também obviamente há muita coisa que devia ser considerada
essencial que ficou de fora, lá está, o meu maior problema com esta medida é o que
lá está, o que já usaste na introdução e que tem-se falado, é sim primeiro, se esta
medida resultasse, tem-se uma coisa permanente e não temporária como este é de seis meses.
E depois é a questão de realmente, primeiro, e isto foi numa intervenção da Catarina Martins
também que ela disse, mas esta medida correr bem, o cabaz-base de agora 226 euros iria baixar
apenas 8 euros, o que continua a ser um aumento de 12% do que há um ano atrás, e as coisas
têm aumentado, não só dá um ano atrás, mas também dá poucos meses atrás, não é?
E depois o que trava o aumento dos preços é realmente o controle e a fixação desses
mesmos preços, portanto não vale nada estar a pôr o IVA-0 se não garantimos esta regulação
e esta fixação de preços, porque aí nos diz a nós que depois os preços não vão
simplesmente aumentar e que não vamos simplesmente beneficiar os grandes distribuidores que já
estão a ter lucro e recorde.
Não acredites na boa fé dos distribuidores, como diz o governo?
Pois já esquece a boa fé, não deve ser assim tão boa e que não devemos confiar de
todo.
João Maria Jaunena, em entrevista à CIC, o primeiro-ministro acabou por admitir que
há risco do IVA-0 ser absorvido pelo aumento dos preços.
Há aqui também um recuo por parte do governo.
Há aqui um recuo da parte do governo ao nível do bom senso do governo, porque esta medida
não funcionou em Espanha e apesar das pessoas, no outro dia vi uma pessoa tentar vender
esta medida em Espanha com um gráfico sem ter feito a conta do gráfico, tinha alguma
graça, que o gráfico mostrava que os preços dos produtos a IVA-0 ainda estavam abaixo
de quando o IVA tinha sido baixado pela primeira vez.
Estavam, de facto, só que desde que o IVA foi baixado pela primeira vez, os produtos
que não tiveram, não passaram a ter IVA-0 tenham subido 2% e os que passaram tenham
subido 4%.
Mas o governo acabam mesmo por dar o exemplo de Espanha para anunciar este acordo como
um bom acordo.
Mas eu tenho quase a certeza que há um mês ou dois o governo dava o exemplo de Espanha
como sendo...
E dava.
Mais ideia, não?
Sim, não só por parte do Mar do Mundo, mas também do Ministro da Economia, António
Costa Silva, colocaram várias vezes de parte esta medida do IVA-0.
O que é uma péssima solução, o que o governo chegou à conclusão através da inflação,
que é verdade, é o governo tem mais dinheiro, mais margem orçamental do que aquela que
estava a contar.
E novamente, reparem quem é que votou a favor do IVA-0 hoje, o PS o chega e a iniciativa
liberal.
Portanto, vota ao PS, porque a medida é do PS, e votam os partidos que equiparam o
Estado a diálogo, não é?
Porque tirando isso, o excesso do excedente orçamental não é para reduzir impostos
para serem absorvidos pelas grandes empresas, o excesso do excedente orçamental a existir
é para, um, ou eventualmente principal, redistribuir o dinheiro que o Estado tenha
mais pela população, através de descritas de imposto ao apoio sociais, ou dois, pegar
nesse dinheiro e investi-lo na produtividade da economia portuguesa, de forma a gerar
empregos, casas, coisas com que as pessoas possam gerar atividade económica e crescimento.
O que se faz aqui é nenhuma coisa nem outra, é desbaratar numa medida que eu percebo
novamente é como uma habitação, isto dá a votos.
E dá a votos porque ninguém demistifica isto que as pessoas estão a ser aldrabadas.
Portanto, indo ao encontro do que a Bianca estava a dizer, é uma medida que custa 600
milhões de euros ao Estado, é bom dizer.
É mais de metade do pacote total.
E não acreditas que haja um retorno no português comum?
Não acredito que haja um retorno.
Eu honestamente preferiria que, à medida de dar 30 euros aos 3 milhões de portugueses,
de facto há 3 milhões de portugueses que têm muitas necessidades neste momento que
não estão a conseguir cumprir, aumentar isso e passar os 600 milhões para esses 400.
De forma direta.
E dar mil milhões, porque isto é uma crise inflacionária de uma inflação que parece
e cada vez mais se confirma transitória e que tem a ver com qualquer crise de inflaçãoária
com a procura.
Se nós estamos a subsidiar a procura de toda a gente, estamos a contribuir para continuar
a crise inflacionária.
Se há dinheiro a mais e é suposto responder de emergência, ou seja, não é suposto reinvesti-lo
a pensar no longo prazo, que eu já discordo disso.
Mas se é essa decisão que se faz, é para quem, de facto, tem uma emergência neste
momento.
É para os 3 milhões de portugueses que sequer não conseguem comprar alimentos básicos ao
fim do mês.
Não é para toda a gente indiscriminadamente.
Não é para... e eu iba azer a isso e no fim do dia é para aumentar os lucros dos grandes
grupos de distribuição.
E a mesma perguntar-te isso, Bianca, como eu referi a um acordo que custa 600 milhões
de euros, a esquerda tem dito que beneficia apenas aqueles que lucram milhões.
É mesmo assim.
A tua cara diz tudo.
Obviamente, não conseguem ver.
Para quem não consegue ver, mas acho que a minha cara diz que realmente estou a concordar.
E na verdade, eu até queria partilhar erar alguns números para por isto ainda de forma
mais prática, mas, de facto, vamos estar a dar ainda mais lucro a estas grandes distribuições.
E cada vez estas supermercados, em, por exemplo, o continente de Tito Plasonaia viu os lucros
subir 28% no ano passado e antes já tinha subido 45,6% no ano anterior.
Podemos também ver números semelhantes, mas em relação ao pingo doce, Tito Plasona
e Martins, que viu os lucros crescer, 48% em 2021 e mais 27,5% no ano passado.
E obviamente que estes lucros também não se traduzem a aumentos de salários dos trabalhadores,
mas isso é outra história.
E, portanto, são estas empresas, são estas grandes distribuições que nós vamos dar ainda
mais dinheiro, em vez de realmente fazer uma coisa que seria tão simples que seria fixar
os preços realmente ou irmos ao cerno da questão que o governo está a ignorar.
Há muito que seria realmente aumentar os salários e as pensões e realmente abordar a questão
da grande...
Os cenários públicos vão ter um aumento de 1%.
Acho que vai mudar tudo, mas não, mas realmente o governo finalmente ir à questão de realmente
a grande discrepância entre os lucros, os milionários desta grande distribuição
e os salários e pensões que não aumentam muito, pelo contrário, são cada vez mais
precários.
Será que no futuro vamos ver o governo fixar os preços, tendo em conta que no passado já
disseram que não queriam IVA-0, acabam por avançar agora com IVA-0, não querem a fixação
de preços, mas há muitos partidos que estão a pressionar o governo nesse sentido.
Será que pode ser uma solução para daqui a uns meses?
Eu espero bem que não, eu não gosto da medida IVA-0 e não gosto da medida de fixação
de preços.
A única forma de combater e afirmar uma crise inflacionária é porque é muito difícil
a ver uma deflação real do valor e que os preços voltem a um custavo e é de facto
nos rendimentos.
Seria sinónimo de partilhar as vazias, uma fixação de preços?
Não sei, seria sinónimo de partilhar as vazias, parece-me sinónimo de uma péssima ideia,
que o problema não pode descontrolar um preço, de uma coisa que já custa um valor diferente,
pode ser para atilhar as vazias, pode ser para problemas pós-produtores, a Bianca disse
bem que ele se tem leitido de lucros extraordinários, lucros esses, que se fosse comparar com produtores,
com consumidores, as únicas pessoas que não perdem realmente valor, até contando-te
com a inflação, também não ganham, mas não perdem, só uma parte da cadeia de distribuiçãoia
é que não perdeu, que são os distributores, porque têm a capacidade, esses sim, têm a
capacidade de fixação de preços já, eu preferia que ninguém tivesse, nem eles, nem
o governo, preferia de facto que se fizesse um esforço, não só de longo prazo para
aumentar a produtividade da economia portuguesa e investir, coisas simples, ferrovia, habitação,
coisas que gerassem a atividade econômica e que no longo prazo fossem boas para o tecido
econômico português, aí não havendo isso, em cada uma medida de emergência, aumentar
salários e pensões, é isso, aumentar o salário mínimo, é isso, é a única maneira
de combater uma crise inflacionista realmente, é garantir, como se tem garantido nos últimos
200 anos, às vezes, através da mão do mercado, às vezes através da mão dos governos,
e às vezes das duas ao mesmo tempo, que o aumento dos salários e das pensões é superior
ao aumento da inflação que há, o que anda a acontecer felizmente.
E vamos passar para um terceiro tema, pela primeira vez vamos ter um terceiro tema
nestes episódios da minoria absoluta, sem um estudo há poucos dias sobre a utilização
de jatos privados, no ano passado, houve quase 500 e 73 mil voos na Europa, ora, os jatos
privados emitem mais efeitos de estufa do que qualquer outro meio de transporte.
Bianca Castro, onde é que Portugal se enquadra nestes números?
Então, este relatório, não só, primeiramente, mestre...
Especialista nisso. Especialista não diria tanto, não sou especialista de nada, mas
esse relatório...
Até o seu momento, Bruno Aleixar, apresentou uma composição.
Exato.
Um momento mesmo.
Não, mas este, pronto, esse relatório foi lançado pela Greenpeace ontem, e antes de
mais, pronto, abordou a União Europeia, Reino Unido, Suíça, Noruega, e mostrou que nestes
países estes voos aumentaram 64% no ano passado e as emissões mais que duplicaram.
E no que toca Portugal? Eu diria, pelo menos, acho que estes números são chocantes para
qualquer pessoa, mas para começar, pôs Portugal com a segunda rota mais poluente, ou seja,
mais intensa no que toca as emissões de álcool e de carbono, destas regiões e da Europa,
e é essa a rota entre Lisboa e Tires, portanto, uma viagem de cerca de 20 km, menos de meia
hora de carro, transportes públicos, menos de uma hora, mas que mesmo assim foi a mais
curta, mesmo assim, efetuada, e efetuada, mais de 118 vezes no ano passado, e acho que
umas 90 e tal no ano anterior, portanto, esta rota minúscula que continua a colocar-nos
num lugar tão grande assim do ranking a nível europeu, e mesmo no geral, em relação ao
ano anterior, os voos no geral que partiram de Portugal, de jatos privados, aumentaram
81% e as emissões, 98%. Em plena crise climática, de custo de vida, de energia, e continuamos
a ver isto.
Como é abolir estes voos em jatos privados?
É, passa claramente, não sei se Jô nem vai concordar logo, mas eu acho que claramente
temos de banir estes jatos privados, acho que é uma vergonha completamente, acho que
em crise climática, crise econômica, custo de vida, todas as crises que estamos a enfrentar,
a ver, meio que até a audácia de continuar a ter esta quantidade de voos de jatos privado
tão desnecessários também, para rotas tão curtas ainda por cima, é realmente simplesmente
adicionar ainda mais gasolina a uma fogueira que já está descontrolada.
Jô Maria Jônia, queres responder concordas ou não com a abolição de estes voos?
Há um tema complexo para um cascaense, por várias ordens de razão. Primeira, porque
se calhar para cápita é o sítio onde mais pessoas terão capacidade para voar num jato
privado em Portugal. Segunda, porque é uma atividade que traz a atividade econômica
a cascais, e é mesmo, por acaso, conhece bastante pessoas que lá trabalharam, e terceiro
porque uma pessoa que conheça bem há cinco, sabe a vontade que dá de uma pessoa passar
aquilo por cima, e portanto, essa rota era o Portulismo a tiras, eu consigo perceber
onde é que isso vem. Acabando com as brincadeiras, de facto não consigo compreender como é
que se permite jatos privados com esta facilidade mesmo. Havia aqueles casos de piadas dos jatos
privados, estrelas do Hollywood, de 17 minutos e de 14 minutos. Eu não consigo compreender
como é que eu percebo que seja muito prático e extraordinário, e de facto há uma certa
classe global que gosta de sentir que é melhor que toda a gente. E parece-me só isso. Um
jato privado parece-me um pouco mais do que se diz que é melhor que toda a gente. Eventualmente
aquela coisa dos jogadores do futebol vira-me de pressapácio e dá pelos clubes, mas não
vejo grandes desvantagens tirantes para o aeródromo de tires, mas pode ser do aeródromo
de tires que lá pode receber outras coisas, não vejo avionetas, avionetas não são
bem jatos privados. O aeroporto complementar ou lisboa? Sim, eventualmente idealmente não
se brincaria aos aviões e haveria combos e barcos espetaculares, mas não é isso. Enquanto
não haver, vai ter que se continuar a brincar um bocadinho aos aviões, aos jatos privados
eu não percebo nada do assunto, mas tenho muita dificuldade em não ir para a posição
da proibição, porque é daquelas coisas tipo, porque é que eu não posso fazer uma queimada
em minha casa para detar o meu lixo fora, para poluí-me com uma caraça e não ajuda
ninguém, parece-me mais ou menos no mesmo nível, só que uma coisa a minha avó podia
fazer e outra não. Em relação a tires precisamente há umas semanas, há uns meses, houve um
protesto onde ativistas pintaram balcões e máquinas de raio-x, desse aeródromo, não
estou a pedir um protesto desse sentido, mas há algumas manifestações que estejam marcadas
para os próximos tempos, ou pelo menos pensadas? Marcadas, do meu conhecimento acho que não,
mas sei que não só em Portugal, mas a nível europeu e a nível global vão haver cada
vez mais protestos em relação a isso, aliás esse protesto que mencionaste foi no âmbito
do meu onda global em que houve mais de duas centenas de ativistas a protestarem na mesma
semana contra os atos privados e queria também lançar só mais um pequeno facto que isto
com os números eu acho isso completamente absurdo, mas em 2022 as emissões dos atos
foram iguais às emissões de 3,3 milhões de pessoas no continente africano que é o
mais afectado pela crise climática, portanto como é que nós sabemos disso e não estamos
a fazer nada, ao mesmo tempo é uma coisa muito fora da nossa realidade do dia a dia,
não é? Mas acho que por isso mesmo temos de falar cada vez mais sobre isso.
Pronto, pera, o João é um dia desses, vai te dar para casa, mas é bom que se fosse.
A minha avó fez foi uma queimada, ela ainda foi lá a polícia que ela ainda achava que
podia fazer.
Nas aldeias, a Bó Rigo ainda se faz em áudio, mas de queimadas para os atos ainda vai me
querer.
É uma grande diferença.
E é a grande velocidade que terminamos este episódio do Minoria Absoluta que está disponível
nos podcasts habituais e também em TSF.pt. O trabalho técnico foi do João Felix Pereira.
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Edição de 01 de abril 2023