Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer: Arruaça e fúria gelada - em exibição no Canal Parlamento

Joana Beleza Joana Beleza 4/29/23 - Episode Page - 47m - PDF Transcript

E esta semana, João Miguel Tavares declara-se semântico.

Ricardo Boroujo Pereira sente-se foque-se e Pedro Mexia pergunta,

ah, é?

Está reunido o programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.

Olá, aqui estamos nós. Esta semana o Renault etec assume a pasta da distinção, em consideração

a este sisma de se fazer em distinções anuais a tudo e a qualquer coisa. Atenção,

eu não sou contra Galar do Ar, o melhor escritor, o melhor restaurante, ou o melhor

queijinho da Serra. Não, o que eu não gosto é do sentimento de frustração com que os

outros queijinhos da Serra devem ficar, derramando lágrimas a manteigadas de tristeza.

Por exemplo, acha que nós gostamos de saber que a Finlandia é o país mais feliz do

mundo e que nós só ocupamos a 15ª-16ª posição? Quero dizer, nós assumos tristes e com esta

notícia ficamos o quê? Alegres que falta de sensibilidade. Mas pronto, os finlandeses

têm todo o mérito. Assim como o Renault austral, distinguido com o troféu volante

de cristal 2023 na categoria carro do ano. Também pudera, é o Renault austral. Já o

podcast que se segue foi distinguido como o mais ouvido. Seguimos com mais um episódio?

Então vá. Até à próxima.

Parece que ainda há espaço para mais.

São as opções sobre localizações da aeroporto. Como sabe, é um debate muito recente. Nós

estamos ainda a começar. Por isso é perfeitamente aceitável. Acho que já não são 17.

Estamos falando da lista intermédia, de finalistas que foram anunciados esta quinta-feira. Mas

gostava de saber se o Ricardo Aéreo participou.

Não só não era o participei, como tive a oportunidade de me manifestar indignadamente

num outro programa menos conhecido que eu faço ao domingo.

Indignadamente?

Indignadamente, só por uma razão que é. Eu de 4 em 4 anos participe numa cerimônia

que há em que eu me fecho num gabinetezinho e ponho uma cruz para eleger uns representantes.

Esperando que eles depois tomem decisões. Eles recebem a minha cruzinha e agora perguntam

mas ainda assim queríamos consultar-te em relação a estas coisas.

Não são eles, é uma comissão técnica.

É uma comissão técnica nomeada pelas pessoas nas quais eu puse a cruzinha, que agora me

devolvem a decisão, a voz-ato e eu devolvo novamente. Isto faz lembrar aqueles momentos

em que a sábado à noite é de onde é que é a Zir. Podemos ir aos chinês, mas já não

tem um tempo, não vamos. Ou pode ser indiano também. Olha, decide tu. Não decide tu. Pode

ser italiano já. Já não vamos àquela italiana há muito tempo. O que é que há de ser?

E entretanto, 11 de noite e a gente olha, agora vai um papo seco com manteiga.

E parece que...

Se não isso, pá.

Era um 17, agora a lista foi reduzida para 9, mas ao todo foram 300 e tal...

Não, eu vi 700.

Ah, 700. Eu vi 700.

700 e 800 e uma.

700 e 800 e uma.

Mesmo sabendo que umas 750 são, façam isso no rabo do costa.

Imagino que não.

Não, eles disseram que há 17 ofensivas.

17 ofensivas.

Só 17 ofensivas.

Ofensivas ou de brincadeira. Eu gosto muito ofensivas. De ver se é tipo coisa da prima.

Exatamente.

Exatamente.

O bolsito e o aeroporto.

Isso ficava ao catrônico do amém.

Devia ser isso, devia ser isso.

Depois do primeiro rateio, das 17 localizações, ficaram 9, não é? Será que não podem dar

a ver repescagem?

É possível.

É possível.

Normalmente, certas coisas.

É possível.

É, eu...

Atenção.

E Beja ficou todo o caminho.

E Beja ficou.

São meios finais ou já é final?

Não, não.

Eu acho que isto ainda é fase de grupos. Eu acho que ainda estamos no fase de grupos.

Eu não sei, ainda, aliás.

Mas estás mesmo na fase de grupos, porque agrupam várias localizações.

Já agrupam várias, mas eu não sei. Atenção. Eu estava a dizer que isto é aquela fase

de grupos do Mundial e depois é que vamos para as eliminatórias. Eu não sei se isto

não são ainda as qualificações. Conhecendo o nosso país, é possível que isto, que

algumas destas, por exemplo, Posseirão e Rio Frio ainda vai jogar com o Listens Time,

a ver se se qualifica para ir ao Mundial.

E o João Miguel estava, acho, como é que encara o Espírito Democrático no âmbito

do aéreo oportunário, com a mesma indignação do Ricardo Araújo Pereira, ou acha bem-vindo

à participação popular nesta matéria?

É, para esta primeira fase vale tudo, é um bocado parva, não há...

Estás a chamar a primeira fase, a uma fase que é a vejeza e a quinta fase.

Exato, pronto.

Espera aí, mas nós agora temos uma sete...

Tem 50 anos.

Sim, mas pera aí, mas agora temos uma CTI e antes não tínhamos uma CTI.

A CTI é o nome que as pessoas convém que começarem a fixar, que é uma missão técnica

independente e vai dar muito que falar.

O João Miguel.

Ela supostamente tem que decidir até 31 de dezembro de este ano.

Não, perca as esperanças.

E vão decidir e não vai haver uma CTI para dizer.

Agora, o tipo de alcatrão é que vai fazer a pista.

E assim sucessivamente.

Mas eu concordo que eu também não quero decidir muitas coisas.

Esta é a primeira fase.

Por que que eu estou a dizer que é um bocadinho parva?

Porque, de facto, a senhora da CTI, esta é chamada Rosário Partidário.

É um bom nome.

Tem um belo apelido.

É independente da partidária, então.

Tem um belo nome.

Um belo apelido chamada Partidário, logo isso aí está bem imaginado.

Ela diz que foi em 780 e umas sugestões.

Desde quais?

O ofensivo.

As de facto foram só 17.

Eu também fiquei desiludido com o número.

Desiludido com o povo português.

Não desiludido com as peras delas.

Não.

Ovo.

Não.

Isto é ridículo.

Isto é para ir uns 2% ou 3%.

Quer dizer que as outras eram todas a sério.

Com as trocinhas que levaram a sério.

Nota.

354, portanto, quase metade, sem informação nenhuma.

Tipo.

Pois é um nome.

Sim.

Na urra.

Lá o pé da minha terra.

Nos faz ter uma quinta.

E depois.

370.

Repetições dos locais em análise.

Portanto, o pessoal achou que era para votar já.

Ah, para votar, sim.

Já está habituada.

Gosto mais desta.

Gosto mais desta.

Portanto, eu sou uma estudista de 741.

Portanto, para 781 eu só acho que houve 40 anos que eu as tiveram prestar alguma atenção.

E o que é que se oferecer sobre as localizações finalistas?

Ou semifinalistas?

Ou, não sei, quartos finalistas.

Ou mesmo que...

Para não repetir o Ricardo, posso repetir a famosa frase dos muros do Alquêva.

Construo um porra.

É isso.

É isso que todos os portugueses já esperam.

Eu acho que há muito pouca gente com capacidade para decidir qual é a melhor localização.

Agora eu acompanho com grande atenção o lobby do...

Será que a comissão é técnica?

Porque será que a comissão é técnica.

Acompanho com muita atenção o lobby de Santarém.

Porque o lobby de Santarém entrou fortíssimo.

Não contenda.

Nunca ninguém se tinha lembrado disso.

Mas se eles são 9 sítios mas na verdade o localização são só tipo meia dúzia.

E tem a difensão, realmente, quase todas na margem sul de Tigando de Santarém,

que é um dos seus cavalos de batalha que não é preciso construir uma nova ponte.

Parece-lhe que é desta que o processo de construção do famoso novo aeroporto Levantavo ou Pedro Mexia?

Tenho três coisas muito importantes a dizer sobre isto, como se se espera num assunto técnico.

A primeira é que tenho pena que não tenham passado e gostava de poder se fazer repiscados

os dois localizações que permitem mais galhofa,

que é apostiça, porque é muito fácil das outras candidaturas dizer que não, essa é apostiça.

E tancos, que foi um sítio que nos deu tantas alegrias ao país que bem percebeu o aeroporto.

E a segunda lugar, como leitor de poesia,

não está mais para desta, parece que foi escolhido um modelo,

foi escolhido um modelo de hub e não um modelo dual.

Eu acho que caliu o hub, mas de lima dual.

Em terceira e última lugar, os critérios.

Eu percebi que consigo dizer-lhe uma coisa sobre o aeroporto.

Os critérios são infraestruturas, rodoviárias e ferroviárias,

área de expansão, capacidade, ruído, impacto ambiental e distância de Lisboa.

Ora, este último, eu sou capaz de chegar lá com o Google, claro.

Mas choca a parte de chegar lá, os outros não fascinados.

Vamos ver como este evolui, entregamos ao Ricardo Araújo Pereira,

a pasta de ministro das 17 opções, que agora passaram a 9,

quanto ao João Miguel Tavares, quer ser, desta vez, ministro da urbanidade, da cortesia e da educação.

Parece-lhe bons valores ou João Miguel Tavares considera os sobrevalorizados?

Não, parecemos excelentes valores.

Mas, pelo menos, na boca de Augusto de Santissiva, é que me parecem sempre sobrevalorizados.

O catálogo, de boas maneiras, foi anunciado pelo presidente da Assembleia da República,

reagindo à pateada dos deputados do Chega durante a sessão solene de recessão ao presidente do Brasil.

Os seus deputados, que querem permanecer na sessão polonária,

têm de se portar com a urbanidade, a cortesia e a educação,

que é exigida a qualquer representante do povo português.

Augusto de Santissiva exigir boas maneiras aos deputados do Chega

parece-lhe que é pedir demais numa sessão solene, João Miguel Tavares.

Não, não. Não é pedir demais. Nada disso, não é?

Estas palavras, pegadas muitas vezes daquela boca e colocadas na boca de outra pessoa,

eram-se muito certas. Algumas destas palavras na boca de Augusto de Santissiva,

enquanto algumas não apareceram aqui, como a história do respeito pelas instituições,

é que é particularmente engraçado.

E este, para mim, há de ser sempre o ponto fundamental.

E eu acho que é muito importante continuar relembrá-lo,

até porque, para dar valor a quem acompanha o nosso programa,

foi aqui chamada, várias vezes, a atenção para o problema que era a visita do Lula da Silva,

no dia 25 de abril. E deixamos subunir ao 25 de abril.

Ninguém, de bom senso, coloca em causa que haja algum problema em que o presidente do Brasil

visite Portugal, venha em ele e faz de todo sentido que seja recebido da melhor maneira possível.

A questão está na colagem de Lula da Silva ao 25 de abril.

Essa colagem é, em primeiro lugar, da responsabilidade do Marcel Rebelde Souza,

que mostrou uma total insensibilidade àquilo que o Lula da Silva significa.

E, depois, uma total falta de capacidade de avaliar também a situação,

em particular da Assembleia da República do Chega e daquilo que são os objetivos do Chega.

Portanto, também é incústimo que...

Querá dizer que se devia ceder ao Chega nessa matéria, é isso?

Não. Aquilo que se devias ceder, em primeiro lugar, era a sensatez.

Devia-se perceber que o tema da corrupção é um tema muito importante em Portugal.

Que Lula da Silva está totalmente misturado com José Sócrates.

Saber que José Sócrates, neste momento quando se aproximam 10 anos do momento em que ele foi preso,

corre o risco de nunca vir a ser julgado pelos seus crimes.

Ter a sensibilidade para saber que o presidente da Assembleia da República

foi um dos braços direitos dos José Sócrates.

E, dentro deste contexto todo, colocar Lula da Silva no 25 de abril na Assembleia da República

é a mesma coisa, que atirar uma galinha para dentro de um covilho, de uma raposa,

e depois, no final, que achasse que ela vem de lado de penada.

Portanto, se for justificada, patiada, e a circunstância...

A patiada não é justificada, e eu, embora essas sejam as perguntas sucessivas

que estão sempre a serem colocadas, nunca nada de especialmente bom

para a democracia portuguesa, para a democracia portuguesa,

acontecerá da área do Chega.

O ventura não tem nada de bom, nem o Chega nada, nada de bom

a oficia da democracia portuguesa.

Mas nós temos que...

Para quem defende que o PSD deve aliar só o Chega

ou fazer uma alternativa com o Chega, há de alguma coisa a vir de bom?

Não, nada.

Que é alternativa.

A única coisa de bom é alternativa.

Mas, como tu sabe, que é um homem sábio,

existem aquilo que são os malos menores.

Tanto, não há nenhum bom aqui.

Há malos.

Um mal que é a continuação perpétua, mais ou menos eterna do PS, no poder.

Sim.

Há pelo menos...

Quando eu digo perpétua, não é até o sol explodir no...

Você sabe, não é até o sol explodir.

Até nós batemos a bota.

Vai a sete anos como que eu disse, me levou veis.

Não, não, não.

Já não estás na altura do que eu disse.

Por que que diz perpétua?

Porque já não estás na altura do que eu disse.

Mas por que que dizes perpétua?

É tanto mais perpétua quanto mais o chega que cheira, infelizmente.

Mas...

Mas eu acho que isso não vai acontecer.

Agora, esse é um dos malos em cima da mesa, ok?

E esse é aquilo que eu assinar como o mal mais grave.

É porque, para mim, irrita-me profundamente,

olhar para a política portuguesa e achar de um lado

que estão os tipos que cospem no chão.

E de outros lados, aqueles que há escondidas batem na avó.

E como os tipos que batem na avó há escondidas

têm muito boa educação à mesa,

as pessoas acham que é mais grave que o espír no chão

do que bater às escondidas na avó.

Augusto Santissiva era aquele que andou às escondidas a bater na avó.

O Rui Tavares, o Rui Tavares disse,

no início do seu discurso, que foi um bom discurso,

mas disse, a nossa democracia vive o maior risco desde a Revolução.

É mentira.

A nossa democracia viveu o maior risco desde a Revolução

em 2015, em 2011, que o José Sócrates, com a complicidade do PS,

tentou tomar conta da banca, da comunicação social,

das grandes empresas e da justiça, como ali acho, viu,

estendia os seus tentáculos para todo o lado.

Esse foi o grande período mais grave da nossa democracia,

que nós continuamos a fingir que não existiu.

E é porque achamos que fingiu que não existiu,

que para nós o que está a acontecer com Sócrates

é especialmente grave, que o Santissiva seja presidente da Assembleia da República,

não é especialmente grave, que o Pedro Silva,

para ser vice-presidente no Parlamento Europeu,

não é especialmente grave, o que é mesmo grave,

é estes senhores iriam gritar para a Assembleia da República.

Mas mais uma vez, o chega é o sintoma, não é a doença.

A doença é ter lá posto o Lula da Silva, no 25 de abril.

E depois levaram com óbvio sintoma que dá ajeita a toda a gente,

dá ajeita ao aventura, que faz a sua gritaria habitual,

e dá ajeita ao PS, que pode dizer ai vem o fascismo

e nós somos os únicos que nos podemos salvar o país dele.

Que notas de tomou a respeito do comportamento do chega

e da reação do presidente da Assembleia da República

durante a sessão do 25 de abril, Pedro Machia?

Bem, comecei-me talvez um bocadinho antes disso.

O presidente do Brasil, Iroa Parlamento Português, acho muito bem.

O presidente do presidente brasileiro Iroa,

ou a Assembleia do 25 de abril, não vejo bem porquê.

Os deputados do chega, neste caso do chega,

terem suportado daquela maneira, acho mal e atenção.

Este programa tem 15 anos. Achei sempre mal.

Não foi como virgens da última semana,

incluindo partidos os erros e viseiros a levar cartazes,

cordas ao pescoço, patiadas, e que agora acham esta mal.

Patiadas? Não me lembro.

Não, na Esturial, na Esturda do Parlamento Europeu e na Assembleia da República.

Não, na Esturda do Parlamento Europeu e na Assembleia da República.

Há uma série de partidos na Europa,

basta ver o que se passa nos parlamentos francês,

no Parlamento Espanhol, sobretudo da Estrema Esquerda e da Estrema Direita,

que acham que isto é normal.

Eu acho que isto não é normal.

E o presidente da Assembleia da República esteve bem

a demonstrar os deputados do chega,

que ele não é um comportamento parlamentar.

E eu acho que isto sempre não há nenhuma circunstância com isto.

Não, mas eu concordo com isto, acho mal.

Depois há outras questões,

que é instrumentalização evidentemente,

que o PS tem feito da questão do chega,

que ele dá muito jeito, porque é o baluarte do antifascismo agora,

e portanto, se não é o nós o antifascismo,

eu também não percebeu este, como se diz hoje em dia,

este oitabautismo do João Miguel Tavares.

Oitabautismo?

Sim, quer dizer, estão a falar do chega,

mas ninguém fala do presente da Assembleia da República.

Não, não, não, não.

São duas coisas diferentes.

Não, não, porque estou a falar de doença e de sintoma,

uma doença e um sintoma, não é nenhum autobautismo.

Não, não, não.

Estás a comparar e estás a dizer,

há aqui uma coisa muito mais grave do que esta que estamos a falar.

Ora, independentemente da gravidade da outra,

eu concordo, não totalmente,

mas parcialmente com o que tu disse,

não sou tão determinante, porque tu sabes mais coisas

que do que eu sei, certamente, e do que as generalidades portugueses.

Que sou bisócrito.

Sim, sabes tudo.

Mas tu sabes tudo.

Não há coisas que tu disse isto aí,

que não sei com essa...

Tu podes sempre fingir.

Não, há coisas que tu disse isto aí,

que eu não sei com essa tranquilidade.

Sou bisócrito.

Sou bisócrito?

Não, isso sim, isso com certeza, isso com certeza.

Isso com certeza.

Agora, portanto, o comportamento é ou não errado.

É, é ou não importante...

Mas é com certeza que é, mas eu não sei se claro ou não.

É ou não importante neste momento político.

E não venham dizer que estou só a pensar no chega.

Estou a pensar em todas as forças,

à esquerda e à direita,

que fazem da política uma palhaçada permanente.

Seja o Sr. Melanchon,

seja o Vox, seja quem for.

E portanto, eu acho que isso é sempre positivo.

Agora, que depois daí se parte para

um aproveitamento eleitoral do PS,

um engrandecimento da figura

do Presidente da Assembleia da República

e os eleitorais futuros, etc.

E isso acho muito lamentável.

Deixam-me só dizer uma coisa.

A minha questão aqui às vezes é só de indignómetro.

Ou seja, vamos fazer um teste de indignómetro.

O que é que te indigna mais?

As espateadas do chega na Assembleia da República

ou o convite ao Lula no 25 de abril?

É estas diferenças de sensibilidade

que são muito assinaláveis.

Eu, aí, de facto,

coincido com o chega

é que, para mim, indigna muito mais

a presença do Lula no 25 de abril.

Duca aquela alegritaria.

E a maior parte das...

Mesmo sem essa perilhómetro...

E a indignómetro mais a gritaria do chega.

Eu acho que o problema central...

Mesmo sem essa perilhómetro,

que é o indignómetro,

admites que se possa ser contra as duas coisas.

Claro.

Eu sou contra as duas coisas.

Claro que pode ser contra as duas coisas,

mas há um responsável...

O Lula da Silva, aparentemente,

o que tu disseste sobre ele

e que eu concordo,

é o Presidente eleito pelos brasileiros.

Mais do que isso.

É o Presidente eleito.

Se nós fossemos jantar com ele,

nós gostávamos todos muito de jantar com o Lula da Silva.

Não há dúvida disso.

Isso não é o ponto.

Concega avaliar Ricardo Araus Pereira,

que feito tratido a roaça do chega

na percepção do cidadão comum.

Aí está, Carlos.

Isso é uma boa pergunta.

Eu acho que a resposta é que não...

Agradei-me.

Sim.

Eu acho que a resposta é que não não consigo.

Mas...

Mas é interessante...

Seria.

Eu tenho algumas respeitas.

Não só em relação à palhaçada.

Porque nós vemos de uma bolha das elites.

Eu não conhecemos o cidadão comum.

Vou fazer de chega agora só.

Não está a fazer de chega.

E não ir para isso, quer dizer.

E que há alguma verdade nessa avaliação.

E sempre ouvida.

Tem bem que seja uma análise surreta assim.

Eu tenho muitas vezes a sensação de que

estas palhaçadas do chega,

os cartazes, os pompons,

aquilo levar uma espécie de...

Via pompons?

Não.

Aquela postura de cheerleader,

levada para o Parlamento,

eu...

A minha sensação sempre é aquilo na verdade.

A cheerleader.

A cheerleader são...

Sim.

São fofinhas.

Uma claca de futebol.

Não é de uma claca de futebol.

Uma claca de...

Daqueles...

Não dos três grandes,

que são todas ótimas e cordatas.

Cordatas.

Mas a do Vitória de Guimarães também.

Também é...

Não, também é muito cordata.

Também é muito cordata.

Temos a arranjar um problema lateral.

Sim.

Mas o Líguenes de Países Estrangeiros

e que eles possam enviar emails.

Exatamente.

De clubes do Waxham.

No Waxham, por acaso, não.

Mas, sei lá, do West Ham.

Ou seja...

Ou seja...

Boa sorte com isso.

Em princípio, não há ninguém a ver, né?

Não.

Mas, reparem, o meu problema é o seguinte.

Eu acho que essas palhaçadas...

Essas palhaçadas ainda...

Tenho a impressão que, primeiro, são cansativas.

Acho que, para além de um pequeno núcleo de fanáticos,

que, se calhar, se tem algo...

Encontrar algum comprasimento naquilo,

eles mostraram.

Viste que os escartados estavam lá, os caras de bem...

Não sei se o público, em geral,

fica até vechado com aquela fantochada,

com aquela palhaçada e que...

E o primeiro impulso é dizer...

É pá.

Isto é uma palhaçada.

Ou seja, isso acho que é uma coisa maravilhosa,

que é aquilo de voltar-se contra quem faz.

Quem faz aquele espetáculo ridículo...

Papelão, que eu me disse.

Não, aquilo de volta-se.

Volta-se contra eles.

Quando é que deixa de se voltar contra eles?

Temo eu.

Quando o presidente da Assembleia da República diz

ó meninos, isso não se faz.

Eu temo que aí deixe-se de se voltar contra eles.

Os meninos, aquilo não se faz.

Esse é uma boa pergunta.

Qual é a primeira...

Se calhar eu faço...

Um autodigitario estrangeiro?

Com certeza.

Eu faço uma pergunta anterior a qual era a alternativa.

É o que é que isto produziu?

Eles baixaram os cartazes,

portotaram-se bem a partir daí, deixaram-me patiar.

Percebem, meu problema é este.

O que é que produz a criminalização de atividades ilícitas?

Por as pessoas na cadeia.

Não, mas as pessoas continuam a portotar-se.

Não, isso conta-se de certeza.

Mas em princípio desencoraja, não é?

É porque...

Tu sabes que se praticás uma atividade ilícita,

vais para a cadeia...

Não desencoraja muito.

Em princípio, o Estado Unido é pena de morte

e não desencoraja muito.

Eu sinceramente acho que há menos pessoas na...

Então não se dá por isso.

Eu acho que não.

Então não se dá por isso.

Na América.

O facto é que eles não mariam matar-se.

A criminalidade na América,

porque a pena de morte é muito baixinha.

Com certeza.

Agora, imagina o que seria...

Não estou a dizer que a pena de morte é excelente.

Estou a dizer se não houvesse uma lei criminal,

que punisse os crimes,

mas a minha questão é a seguinte.

Quando apresente a Assembleia da República,

avança com o argumento das boas maneiras,

da boa educação.

Eu tenho reservas relativamente...

Facilidade...

Não, não.

E depois disse boa educação.

Tenho reservas quanto à boa educação da política.

Sim, concordo.

Quanto à boa educação da política,

tenho reservas...

Ou seja, onde é que a gente entra a só limite?

Entrar com t-shirts, como já aconteceu?

Ou até, quer dizer, tirar o sapato

e bater com o tacão na Assembleia Geral da ONU?

Há uma série de coisas que são mal educadas.

Foi o...

Como é que ele cresceu?

Sim, cresceu.

Há uma série de coisas que são mal educadas.

Eu preferia, se vocês me perguntarem,

tu preferias que na Assembleia da República...

Você quer ver ou não?

Há algumas limitações...

A minha questão é isso.

Em termos de civilidade, no espaço público,

ainda estima num espaço institucional...

Vou responder essa questão.

Vou responder essa questão.

Vou responder essa questão.

Por exemplo...

Eu preferia ou não preferia?

Certo.

Então, mas e quando...

E é até gente relativamente sensata,

ou mesmo sensata.

Por exemplo, lembra-se quando usei Eduardo Martins,

recomendou ao Afonso Candal que se dirigisse

a uma determinada morada.

Mas é outra coisa.

Não, eu sei que é outra coisa.

Mas foi ou não foi?

Para esse endereço postal muito popular que ele o mandou.

Numa edação Embleia da República.

A minha questão é isso.

Isso que é que bliscou.

A imagem é que isso bliscou.

Não foi na altura a do próprio José Eduardo Martins.

Ele próprio não ficou meio...

Quer dizer, ele teve uma reação destemperada.

Destemperada.

A minha questão é assim.

A minha questão é...

Esta coisa de boa educação,

onde é que a gente traça...

Primeiro, onde é que a gente traça o limite?

A palavra não é boa.

A expressão não é boa.

Onde é que a gente traça o limite?

E segundo, então, mas eu preferia que no Parlamento

eles dissessem, desculpe, mas eu discordo

de vossa excelência.

Não é, não é.

Eu preferia.

Eu preferia.

Não há soluções do extremo.

Preferia.

E se calhar, eu não tenho até a certeza

se a solução não é começar a tratar o chega

com uma diferença terrídica.

No Parlamento.

Terrídica.

No Parlamento inglês.

Se o deputado se não estivesse entrou um canoe,

eu até conseguiria falar consigo.

No Parlamento inglês há debates muito vivos.

Há regras de tratamento.

My right honorable friend.

E depois existem coisas, às vezes, super agressivas.

Não há dúvida.

Não há dúvida.

Há regras de urbanidade.

Eu acho que boa educação.

Há regras de urbanidade.

É uma expressão um pouco feliz.

Há regras de urbanidade e qual é a punição para quem

não as compre?

Percebes?

A minha questão é assim.

Quem é que é?

No Parlamento é por fora.

É por fora?

Sim.

Mas achas que se o presidente está a ressemblei

da República, tivesse posto fora, os 12 deputados

serão feitos.

Mas o agosto de Santos Silva está a defender.

Eu não sei.

Eu estou sob alterações ao Código Penal.

Eu estou sobretudo mesmo a, digamos,

há uma certa amargura em ver o 25 de abril

protagonizado pelo Chega.

E eu acho que qualquer observador

desapeixonado dos jornais

tem dificuldade em negar que o protagonista

do 25 de abril foi o Chega.

No rescaldo da sessão, as três principais

figuras do Estado foram filmadas

a comentar o que tinha acontecido no

ciclo.

Santos Silva aproveitou para explicar

o modo como reagiu a atitude do Chega.

Esta minha fúria, e a fúria,

um tipo excelado.

É, é, é.

É, é, é.

É, é, é, é.

Mesmo assim.

Não, mas eu fivo,

eu ia observando,

eu estava claro,

para ver, observando,

a subida temperatura,

e a direita.

Primeira, isto que faço.

E depois...

depois,

o calor,

também é o calor da sala,

porque ali sobra a temperatura,

nós temos uma maneira, viu?

Está mais quente,

também, sim.

E portanto, eu comecei a ver...

Aliás, acabou uma forma muito engraçada,

que é que o Lula calma.

Mas eu não tenho certeza

de que está, não é?

Como é que tem que ficar aqui?

É, é, é, é, é.

Quer dizer?

Como vejo no momento...

Mais, mais, mais, mais.

Quer dizer, já o Mãe...

Bem, bem-vindo.

Muito obrigado, Mãe.

Muito obrigado.

Costa, Santos Silva,

e Marcelo,

as três principais figuras,

gostaram de comentarem

o que se tinha passado

um minuto antes.

E ainda na mesma conversa,

mais adiante,

o presidente da Assembleia da República

comenta também a atitude

de protesto da iniciativa liberal,

contra a presença

do presidente brasileiro.

Os liberais abandonaram

a sala durante a sessão sulana,

deixando apenas no amicículo

o líder parlamentário do partido.

Uma atitude de falta de,

não se percebe bem,

maturidade, integridade,

inteligência política.

Já houve as três versões.

A expressão não é clara,

mas foi isso que

Santos Silva tradito

durante esta conversa privada,

que veio à publica e que vamos ver.

Aquilo não é nada,

diz Santos Silva,

a referência ao protesto

da iniciativa liberal.

Parece-lhe justificada

a indignação dos liberais

a este respeito.

Ricardo Araújo Pereira.

Na verdade não, Carlos.

Eu acho que este caso,

eu não tenho muito interesse

nesta conversa,

quer dizer,

acho interessante que o

presidente da Assembleia da República

não controla a televisão

da Assembleia da República.

Eles vistam,

isto é a mesma coisa que

o Dr. Balsemão,

de repente ser apanhado

pelas câmeras da Sica,

dizer uma coisa que não lhe apetia,

que fosse tornada pública.

É capaz de ser até pior do que isso.

Não é bem isso.

É capaz de ser pior.

Eu acho que, apesar de tudo,

Santos Silva ainda não é dono.

Não é dono.

Mas quer dizer,

mas é o presidente da Assembleia da República.

Aquilo é o canal.

Eu quero.

É o canal das ideias.

Não é bem, não é uma coisa.

Eu sei que não é.

Eu sei que não é.

A questão é a seguinte.

Se ele pegar um pedido de desculpas público.

Eu acho que não.

Nós não sabemos bem o que é que ele disse.

Eu acho que ele diz falta de

inteligência política e a conclusão

de ele que é.

Ele diz que disse maturidade.

Pois disse,

mas eu acho que ele não sabe o que disse.

Sinceremente.

Eu acho que...

Mas faz assim tanta diferença,

já agora?

Não, faz diferença porque

eu concordo com ele.

Ele diz assim,

é falta de inteligência política,

aquilo que a Iniciativa Liberal fez,

deu aí nada.

Exato.

Eu acho que iniciativas

que dão aí nada.

Não faça pior dizer.

Exato.

Iniciativas,

iniciativas políticas que dão aí nada.

Realmente,

eu acho que revelam falta

de inteligência política.

É isso que eu receio

para as iniciativas do próprio

presidente da Assembleia da República.

E portanto,

eu acho,

a própria Iniciativa Liberal,

o que havia a fazer era,

acho eu,

uma coisa que está,

acho eu que está em desuso

na política,

mas que eu acho que é

não ligar.

Não ligar,

porque enquanto,

quando não se liga,

e assumimos uma postura

até superior àquilo que

acabou de acontecer,

é desagradável para quem fez

as declarações.

Aquela,

a única coisa divertida

deste vídeo das bastidores

da sessão parlamentar,

é a fanfaronista,

visteu?

Visteu a,

viste quando eu irritei,

eu nem sou de me irritar,

mas ali,

viste que eu estava,

pois foi,

e mais, e mais,

o meu amigo até disse,

que eu estava a veloz,

também,

eu estava por flexidade,

e depois,

estou por fação,

que são sinórimos,

não é,

não faz sentido,

é preciso estar,

mesmo,

com muita atenção para dizer,

não, isto já é,

estou por fação.

Era por flexidade,

até aqui,

mas agora já estou por fação.

E, portanto,

é só o tom fanfaron,

e eu,

receio,

por este tom fanfaron,

é só isso,

acho que,

receio que seja um tom

fanfaron,

a descer uma laveira,

até ao Lamaçal.

A indignação

da inscrição liberal,

parece-lhe,

fazer sentido,

não sabemos exatamente,

que expressão,

em que o presidente,

a Assembleia da República,

utiliza,

se o presidente,

a Assembleia da República,

utilizou,

mesmo em privado,

enfim,

vamos dizer privado,

para todos os efeitos,

para uma discussão sobre,

o que é que é privado,

mas,

a porta fechada,

ou em circuito fechado,

pelo visto,

é em circuito aberto,

uma expressão,

que é depreciativa,

em relação a um deputado,

ou um grupo parlamentário,

acho que,

não deve ter feito,

não parece que este caso,

tenha essa,

tenha essa dimensão,

aliás,

que houve,

mas e há dos casos,

numa sóção,

para acrescentar,

é assim,

embora,

a inscrição liberal,

se senta ofendida,

do direito de,

disso?

Dispreimir,

como é que viu,

aquele conciliá-lo,

entre as mais altas figuras,

dos homicletavares?

Ter o problema de encaixar,

numa narrativa,

que mais uma vez,

vai dar jeito.

Isso é verdade,

isso é verdade.

E quando,

eu acho que as pessoas,

que já estão,

a prestar atenção,

às palavras,

que eu acho menos interessantes,

quando António Costa diz,

que estava entusiasmado,

com essa perspectiva,

que são as palavras,

da António Costa,

significa que Lula da Silva,

estava à espera,

do que aconteceu na Assembleia

da República,

até porque,

o Chega não tinha dito,

o que é que ia fazer,

mas já se adunhava.

Lula e toda a gente.

Quando é Lula e toda a gente,

significa que,

algo estante Silva,

que parece que foi muito,

apanhado de surpresa,

pela indignação,

não foi assim,

tão apanhado de surpresa.

E quando ainda,

por cima,

tem essas discussões,

nos bastidores,

parece tudo um dia 30.

Então, o Ministro da Urbanidade,

da Cortesia e da Educação,

e, às vezes,

do Pedro Mochia,

se tornar o Ministro do Ruído.

Também,

ainda há propósito,

uma frase de Santos Silva,

no 25 de abril,

o que é que lhe chamou a atenção,

nessa passagem,

do discurso do Presidente da Assembleia da República?

Eu comprei,

assim,

eu acho que estamos a falar,

demasiado de Santos Silva,

por isso,

vamos falar mais de Santos Silva.

É só uma notazinha,

que não tem a ver com a,

não tem a ver com a Lula,

não tem a ver com a Coeção do 20 de abril,

tem a ver com o...

O discurso sobre o tempo.

Sim,

é uma passagem,

evidentemente,

que o Presidente da Assembleia da República

fez uma defesa da estabilidade,

de faça,

ou fantasma,

de solução,

e diz que o Parlamento e o Governo

não podem estar dependentes

dos níveis de protesto

deste ou daquele setor,

do favor da opinião publicada,

da precessão dos mídias,

do ruído das redes sociais,

ou da evolução das chondais.

E eu concordo,

lá está,

isto tem sempre a ver com...

Cá está o ruído das redes sociais.

E eu concordo com esta frase,

no sentido em que o Governo,

qualquer Governo,

não pode estar dependente

da sua ação governativa,

em algumas,

certamente não,

da opinião publicada,

e talvez das chondagens

não deve estar,

mas está, agora,

dos níveis de protesto dos setores,

será que o protesto determinado

dos setores não é uma questão atendível,

ou estou a só dizer isto pelo seguinte,

tenho visto muitas pessoas,

incluindo da área do PS,

e dos PS,

e da área socialista em geral,

por exemplo, dizer que Macron deve cair,

porque está o país na rua contra ele.

Ora, dois, duas, uma.

Ou isso conta,

ou isso não conta.

É preciso que nos entendamos quanto é isso.

Se o protesto

deslegitima ação do Governo,

deslegitima sempre.

E não só às vezes,

e atenção,

eu sou contra qualquer espécie de...

Não é qualquer espécie,

a dissolução,

não há razões para uma dissolução,

porque a dissolução não tem a ver

com a má governação,

senão dissolvia-se,

ou dá agora.

E, portanto,

eu não sou fã de dissolução,

mas acho que

os níveis de protesto deste

ou daquele setor,

quando são professores,

médicos, etc.,

não há uma coisa despicienda.

Como é que tem visto,

João Miguel Tavares,

desalusões frequentes do Presidente da República,

a possibilidade de solver o Parlamento

e convocar eleições,

acrescentando logo,

de seguida,

que não tem para já

quais querem intenções nesse sentido.

Acho que é uma forma de ele valorizar o seu próprio papel,

enquanto equilíbrio.

E eu acho que faz todo sentido.

É muito engraçado ver como Marcelo...

Eu acho que Marcelo teve bastante mal

no início deste governo.

Parecia que estava murcho.

Eu acho que ele ia imaginar,

bom, não vou ver nunca

um ou outro Primeiro-Ministro,

sem ser este,

e agora, como a maioria é a pessoa,

também o papel vai seguir relevante.

Mas houve uma deterioração tão rápida

da situação política

que o papel de Marcelo volta

ou ser muito importante,

e ele é como que fluxeu.

Eu acho que ele teve muito mal

neste episódio,

mas acho que, no modo geral,

o nível do Marcelo subiu

em relação ao início

do mandato de Costa.

Agora, vamos ver.

Atenção, eu concordo só para esclarecer,

porque eu sou altamente crítico do governo.

Eu concordo com Marcelo.

Eu gostava de ver António Costa

lá até 2026,

e acho que os mandatos eleitorais

devem ser respeitados.

Ah, não sei que seja,

uma catástrofe gigantesca,

mas acho que ainda não estamos aí.

Parece-lhe que o regular funcionamento

das instituições que está poste em causa,

ou isto é só fumaça,

Ricardo Araus Pereira.

Pode ser as duas coisas, Carlos.

Uma barulheira e, ao mesmo tempo,

um caminho,

ou seja, estarmos a caminhar para,

por exemplo, hoje,

foi demitido mais um adjunto

que ercou com a culpa...

Adjunto do governo das infraestruturas.

Adjunto do Galamba, exatamente.

E é ele, pelos vistos, o grande responsável

pelas reuniões prévias,

semissecretas, ou completamente secretas,

com a ciúda...

Para enviar as respostas que ela devia dar, acho.

Exatamente.

Coisa que tinha sido negada até aqui,

e que, entretanto,

esta semana se descobriu,

que, afinal, sempre havia...

Para que seria reunião,

se não para isso,

que é certeza.

E, portanto,

eu não sei quantos episódios destas,

há de haver um destes episódios,

a partir do qual a gente diz...

Bom, se calhar,

se calhar a partir daqui...

Talvez a chamada gota d'água.

Talvez a que não seja culpado,

de que não seja culpado,

de um subordinado.

Um subordinado.

O problema é que os sextos subordinados

estão fartes de...

Estão mesmo muito simples.

São muito culposos.

O Pedro Mexia ficasse em ministro do Ruído,

e estão entregues as pastas ministeriais

para esta semana,

e agora é tempo de sabermos,

mas, em passo de corrida,

porque é que o João Miguel Tavares

se declara semântico

com parceiro ou sem parceiro,

João Miguel Tavares?

Acho que as duas coisas,

ao mesmo tempo,

eu olhasse este sábado...

É o Schrödinger dos parceiros.

Olha isso mesmo.

É o título deste sábado.

Escreve um texto no público.

Tem exatamente esse nome.

É o parceiro de Schrödinger,

porque ele é e não é ao mesmo tempo.

Isto é sobre as explicações.

As explicações sobre a questão do parceiro

que não podia ser entregue,

mas que, afinal, não existia.

As explicações que lhe ceteram o assunto.

Deixa-me elogiar este magnífico problema mais uma vez,

porque eu tinha dito na semana passada,

exatamente o que dizia isto,

vai acabar num problema de semântica.

Foi mesmo que eu disse.

O que é elogia...

Vou cá para aprender o que é que se chama.

Não, mas estou a elogiar o programa.

Estou agora que estás a dizer que fui eu.

Então, nós, faz-te conta.

Nós, nós.

Já tínhamos avisado que isto era um problema de semântica.

E Mariana Vera da Silva já disse isso,

que isto é uma questão puramente semântica.

Ela disse...

Eu disse para que seja jurídico,

porque de facto Mariana Vera da Silva,

coitada verbalizou mesmo isso,

tal como há treinamentos num comunicado,

e disse para que seja jurídico,

como podia ter utilizado a expressão

do jurídico ou do contributo jurídico.

É verdade o que ela está a dizer neste sentido.

Qual que é que se fosse a palavra que ela tivesse usado.

Não interessava absolutamente para nada,

porque a documentação que apareceu na Assembleia da República

é posterior ao despedimento,

em direto nas televisões.

Portanto, é indiferente o que é que chama-se aquilo.

Significa que aquilo que Madina disse que era uma decisão

juridicamente blindada,

é mais uma mentira.

É aí que contando, não sei se alguém está a apontar,

mas Madina, de facto...

E note-se, tal como disse o Ricardo,

com o assessor do Galamba,

já são os pos...

Já são os pos de missões do Pedro Mundo Santos,

já são os pos onde eles...

Estes são os ministros que não tiveram envolvidos

no despedimento de senhora,

mas mesmo assim já estão envolvidos

em umas estrapalhadas gigantes.

O que a grau de gravidade é que atribui

este episódio bem concreto, Pedro Mexia?

Podemos começar a fazer uma...

uma agradação.

Eu politicamente não concordo

com a ministra Madina Vera da Silva,

mas filosoficamente concordo.

Eu e o Victor Einstein concordamos,

isto são só jogos de linguagem.

De facto, tudo é semântica,

mas dizer que tudo é...

dizer que uma coisa é só semântica, sendo verdade,

não respondo, porque aqui há uma...

há uma dimensão que não é da semântica,

que é de ontologia, que é uma coisa a existir,

ou não, é como Deus.

Deus ou existe, ou não, não pode existir mais ou menos.

O que é que lhe parece

esta poliçomida, a palavra parecer?

Acho ótima, Carlos, porque eu sou...

eu de política gosto mais ou menos, agora

de semântica adoro, e eu tenho...

Quando disseram, isto é semântica,

ativo-se logo, entusiasme disse.

Gosto de acompanhar a realidade portuguesa

com as minhas gramáticas lá em casa,

aconteceu isto com o cúlido da alcosta opcional,

o I que valia de O, e agora,

saber se um parceiro é um parceiro,

ou seja, outra coisa qualquer. Gosto muito.

Depois, o Amigato Ávarez se declara semântico.

Quanto a Pedro Mechia traz esta semana

uma interrogação relativamente esclamativa?

Há é? Há é o quê, Pedro Mechia?

É um título, um título, já de uma notícia

da semana passada, mas, entretanto,

este processo teve-se o desenvolvimento,

sobre o Tribunal Constitucional, já foi escolhido

um juiz, já foram coletados

os juízes que faltavam

para substituir os que tinham

determinado o mandato, já foi eleito o presidente.

Mas o público titulava a semana passada

que um novo juiz do Tribunal Constitucional

traz a sua juiz, João Carlos Loureiro,

é contra a eutanásia.

E eu perguntei, aí é?

Porque o que é que isto quer dizer?

Se quer dizer que é um voto

que se vai manifestar

a favor contra a lei da eutanásia,

então a notícia também podia dizer

que os outros dois juízes são a favor da eutanásia.

O que o título parece sugerir,

e eu não sou leitor dos leitores do público,

sou leitor do Tribunal Constitucional,

sou leitor dos leitores do público,

sou leitor do prevedor,

mas não sou prevedor do leitor,

é que

parece que ser contra a eutanásia

é uma coisa

que desqualificam os juízes.

Ora, se há decisões sobre a eutanásia,

votações sobre a eutanásia,

referentes sobre a eutanásia, ser ou não sobre a eutanásia,

a favor da eutanásia é uma opção política.

É possível que

o título queira dizer

uma coisa, não sei se posso,

o juiz é católico,

é um juiz católico.

Era só para dizer,

e parece que não dá,

não dá.

Alguma mutação ao processo de eleição

esta semana?

Só que eu acho que isso não teve nada a ver com isso,

tem a ver com uma senhora chamada Mariana Canutilha,

basta alegras notícias,

que evidentemente aquilo queria ser

presidente do Constitucional,

e foi a DH tem peso pelo que se percebeu,

que votou no outro senhor,

porque as alterações da Assembleia da República

justificam a aprovação

desta lei da eutanásia.

Este juiz não estava em causa para ser

o presidente da Assembleia.

Mas descansado agora, o que é presidente

no termo ao final?

Sim, até porque o presidente foi eleito

ao fim de 157 voltas eleitorais,

ou seja, foi...

Eu proponho este método até, por exemplo,

na presidência da República.

Tem a verificar com tonturas, com tantas voltas.

Na presidência da República às vezes a segunda volta,

democrática ao eleito,

que eu acho que é rara, e mostra também que

estes juizos do Tribunal Constitucional estão

prontos para fazer trabalho minucioso.

Eles não vão largar os diplomas

até aquilo estar expurgado até a cartilagem.

Já sabemos por que aqui o Pedro Mechia

exclama a e sim,

ou a e, a e,

vamos agora tentar perceber por que aqui o Ricardo

Eros Pereira se anuncia Fox

e será caso para dizer que

esta semana a cadeia

de televisão

norte-americana perdeu a cauda?

Sim, perdeu uma galasta,

uma cauda especialmente fedorente a Carlos.

Porque era, foi o Tucker Carlson,

o Tucker Carlson era

um

javardo, eu acho que é,

não sei qual é a palavra em inglês,

é um javardo, é um javardo...

Há pessoas que estão a dizer assim,

porque é incrível, porque ele tinha o programa mais visto

nos Estados Unidos, não tinha, não.

Ele tinha 3 milhões de espectadores.

3 milhões de espectadores nos Estados Unidos

por cento da audiência.

Portanto, ele não tinha o programa mais visto nos Estados Unidos.

Calma, calma.

E era um javardo, só que era um javardo

que dava dinheiro justamente porque 3 milhões da algo,

3 milhões ainda é, são milhões.

E portanto,

há um potencial aí...

Mas racial também, para que dê muito dinheiro.

E eu sou que agora o javardo custa mais dinheiro

do que essa é uma das coisas boas.

Isso pode ter impacto nas hostes trampistas?

Pode ter, porque o javardo

embora, embora em privado

confessasse ao que está a ver a publica agora,

confessasse a odiar Trump

em público, era

uma espécie de veículo

incansável de teorias da conspiração

e só com o seu patrão

farto-se, porque agora algo parece

por causa dele e de pessoas como ele

vai ter de pagar 700 milhões de dólares.

E por muito milionário

que um proprietário de cadeia

televisiva seja...

Isso foi um acordo.

Foi um acordo de imagino que 700 milhões de dólares

poderiam pagar, por causa

de la estatua de coisas

javardas e descabeladas que este senhor andou a dizer.

Só uma frase, entretanto, de cada um

para o facto de termos tido esta semana

a confirmação formal de Joe Biden

vai mesmo recadidar-se à Casa Branca

que lações

é que tira do facto

de cada vez ter mais provável

uma

corrida eleitoral entre

anciãos para a Casa Branca.

Quer dizer, é difícil comentar isso

sem parecer idadista, mas de facto

não passaram

há quatro anos e

é um pouco inquietante

que no espaço dos dois principais partidos

não tenham surgido nomes fortes

como não surgiram

com perspectivas eleitorais fortes

e isso é muito inquietante para a política americana

e para a renovação da política americana.

Isto pode representar uma derrota

uma derrota do idadismo

João Miguel Tabarzo

será a casa de falta de vitalidade

e falta de renovação da política americana

o que é que prevalece?

Eu acho que por um lado é miúfa

e apostar

em uma carta certa, que é em geral

quando um presidente se recanida

ele volta a ser reeleito

se for contra Donald Trump

só que nunca tivesse tentado

deixar-me só acrescentar

ainda a propósito do tema

javardos que tentam instituir

teorias da conspiração

difamatórias sobre elicitude

e resultados eleitorais que não lhes convém

em uma democracia

que já era Bolsonaro

que também faz parte desse grupo

esta semana chamada a falar na Polícia Federal

brasileira disse

não é eu realmente publiquei um vídeo

nas minhas redes sociais

que punham em causa a legalidade dos resultados eleitorais

estava medicado

portanto não foi ele, foram os remédios

é a primeira coisa que eu faço

quando tomo um remédio

vou à abula ver-nos efeitos secundários

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A fúria serve-se fria. Fria, não, gelada, garantiu Santos Silva no petit comité das mais altas figuras do Estado. É certo que faltou “urbanidade, cortesia e educação” na sessão solene de recepção ao Presidente brasileiro, mas sobraram motivos de controvérsia. Entre eles, a conversa supostamente privada que teve transmissão no Canal Parlamento. A arruaça protagonizada por doze deputados com as caras atrás de cartazes e as reacções subsequentes do Presidente da Assembleia da República concentraram as atenções, em mais um aniversário do 25 de Abril. O caso está para durar. Talvez não tanto, contudo, como a saga do novo aeroporto. Depois de mais de setecentas propostas ficaram 17 e, esta semana, das 17 ainda sobraram nove. Também está para durar, mas ao fim de 50 anos já qualquer espera adicional será curta. Fala-se ainda, esta semana, da eleição do presidente do Tribunal Constitucional, depois de um impasse duradouro, e da confirmação de que, na América, a política não é para novos.

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