Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão: A infância embaraça muito. Boas festas!

Nuno Markl Nuno Markl 10/3/23 - 8m - PDF Transcript

O Homem que Mordeu Cão traz

o fim do mundo em cueca com

histórias maréques, cabeludas

ou carecas, do nada das fotografias

pensar.

Alecas, Alecas, Alecas, Alecas, Alecas.

O Homem que Mordeu Cão é uma

oferta do novo seata Runaway e

também da Fina.

Alecas, título deste episódio,

a infância embarassa muito.

Boas festas!

É duro o que tenho para vos servir de uma renque deste homem que mordeu o cão.

Se essa história vai agastar-vos, pessoas que acham que o Natal só começa em dezembro,

acho que isto é pra ti.

Cala-te.

Vai ser forte.

Cala-te.

Uma senhora inglesa está nas notícias, depois de ser entrevistada pelo jornal Daily Mirror,

por uma razão.

Esta senhora, Tani Beck, 33 anos de idade, mãe de dois filhos, ama o Natal, então ela

prepara o jantar de Natal com, digamos, alguma decidência.

Que antecedência.

O que estou a fazer?

Que antecedência.

É dia 3 de outubro, ela já tem o jantar de Natal pronto.

O que?

Um percaso que tem de sair em janeiro.

Ela...

Ela começou...

Como assim?

Ela tem o jantar de Natal pronto desde o dia 16 de setembro.

Está feito tudo.

Já o cozinhou, está pronto.

E depois congela?

Está congelado até o dia 24.

Ou seja, ela vai às compras durante as férias do verão.

É isso.

Ela diz que isto é uma tradição anual.

Ela cozinha a seia de Natal no final de setembro, princípio de outubro.

Ela diz ao jornal que quando chegar o dia vai ser tudo mais fácil.

Claro, está descansado.

É só tirar do congelador.

De ser 3 meses antes.

É que se tanto se coloca.

Essa senhora quando vai de férias do verão, dia 1 de janeiro, mete o creme.

Sim, sim, sim.

Ela diz que, para além do tempo que poupa no dia, comprar tudo em miar de setembro

é mais barato.

Então está tudo feito desde o prato principal até as férias do verão.

E depois vai estar tudo esquento, não é?

Vai, vai.

Para quando é que ela cozinha?

Tem essa formação, não é?

Ela diz que tem 2 filhos, mas isto está dado.

Tem para várias pessoas, porque eu vi as caixas, ela tem muita coisa em caixas.

Sim, sim, sim.

Mas poupar é o lema desta querida senhora, basicamente ela constrói o Natal fora do Natal.

Mesmas declarações, ela compra fora da temporada como estão ao preço da chamada Uva Mijona.

Ela diz que feitas as contas entre comida e decorações do Natal nos últimos anos,

ela já poupou sólidos 5 mil euros.

Ok, bom.

Estás a ver?

Estás a ver?

Estás a ver?

Ela diz que a grande inspiração dela é um folheto de 1977, cujo título diz tudo,

congelando para o Natal.

Ela mostra a folheta das folhas da notícia, para que está com a arma e está escapada.

Mas é capaz de ser o bem mais precioso que esta senhora tem, parece que esse folheto

suger para atos alternativos e não muito usados no Natal, como por exemplo, Almôndegas

do Natal.

Olha.

Estás a ver como são Almôndegas do Natal?

Com as vidas.

São Almôndegas com as outras só que com as vidas do Natal.

Ah, excelente.

São bem na nossa cara.

Sim.

Seu estúpido.

Sim, sim.

Como é sabido, e eu já falei isso várias vezes, eu bebo a minha carreira no humor,

a um acontecimento traumático da minha infância, que fez perceber o quão genéricamente ridícula

e humilhante é a vida.

Pesaste uma ficha descarnada.

Não, não, não, mais, mais, mais, mais, mais.

Não resta outra solução que não rir da vida, a um acontecimento traumático lativo

a roupe, no meu caso a roupa interior.

Isto aconteceu precisamente do ano do folheto, congelando para o Natal, em 1977, para quem

não conhece essa história, digamos que é a minha origem de superior, não é?

O homem-aranha foi mordido por uma aranha, e a minha aconteceu-me isto, basicamente,

de ter ginástica na escola primária, hoje, durante o peste à lose, reparei que a minha

mãe se tinha esquecido de meter os meus calções de ginástica na mochila, os calções

eram brancos, e perbico que mais ninguém se tinha esquecido, todos os meus jovens colegas

estavam com os seus calções brancos, e então eu podia ter feito uma de duas coisas, dizia

ao professor, a professora, minha mãe esqueceu de ter os calções da mochila, o que quase

50 anos depois com o estado teria sido a decisão ajuizado, ou então fazia o que

fiz, que foi olhar para as cuecas em vestidas, e que eram brancas, a classe em cueca branca,

e olhei para as cuecas os meus colegas, e que o meu jovem, e em berre pensamento, constatou

o que é que são brancos, as minhas cuecas são brancas, pode ser que toda a gente acha

que, simplesmente, os meus calções são ligeiramente mais por descrever os outros, e isso foi mais

sickness…

Exatamente que isso aconteceu, não foi?

E não correu nada mais…

Eu queria que são cuecas, ninguém reparou de certeza…

Eu queria que se surpreenderam ao saber de que esse plano não funcionou.

A colega minha fez questão de chamar a atenção de todos, professor e colegas, que havia um

em cuecas, que era eu, e foi terrível, foi traumatizante, e faz com que todos estes anos

depois eu sinta sempre que estou em cuecas brancas, e agora estou em cuecas brancas a

pé de vocês, desde o momento, e não houve outra maneira de lidar com este horror que

não abraçar uma carreira no ridículo, pois bem, é com a enorme alegria que vos trago

uma memória de infância do meu ouvindo de nós, relativa também a trauma envolvendo

roupa, que faz com que a minha entrada em cuecas, no ginásio, do jardim infantil bestalós,

e pareça um dia normal.

O ouvindo em questão assina no Reddit 8000CRRL, para quem não sabe o que significa

CRRL, significa caraças.

Agora, as estás de mensa agora, papá.

8000 caraças.

Bom, abracemos então um desabafo de nosso ouvindo sobre os seus verdes anos de infância,

não sei o que isso leva a outros ouvintes nossos a falar dos seus embarassos, não é?

E criarmos aqui uma corrente para vencer trauma, e isso, vejam então o que ele diz.

Ele diz, andava na pré escola, tinha 4 ou 5, a minha mãe se viu, que naquele dia eu

deveria levar umas jardineiras, porque me ficavam a matar.

Eu, a partir da moqueixaria de jardineiras, sendo eu um rapaz de uma geração em que

as mães achavam positivo que os garotos fossem para a escola, em vergão de calças de fazenda

que picavam tanto.

Em a calças de fazenda.

É pacatral.

Radas apionezos.

É pacatral.

O punés.

Punés.

Mas, este rapaz tinha razão de queixas jardineiras, diz ele, depois de estar algum tempo em car, com

a Maria e o João, e a aprendereza a escrever o meu nome, começa a chegar à vontade de urinar.

Vou à casa de banho e, por mais de tentar, se não conseguias apretar as malditas jardineiras.

Então, voltei a ir brincar com a Maria e o João, a ver se a vontade passava.

A vontade, estranhamente, se aumentou.

Decidi voltar à casa de banho e tentar desapretar as jardineiras, mas não consegui.

Naquele momento, não sei se foi da acolição, decidi engenderar um plano genial.

Conseguia no seguinte, primeiro uninar-me todo.

Sim, passou.

Primeiro uninar-me todo, porque já não aguentava mais.

Passo dois, afastar-me de toda a gente, para ninguém reparar que eu me fui urinado todo.

Passo três, esperar que lhe acesse a alguma mãe buscar os meus filhos mais cedo, porque

trancavam a porta às chaves e saírem sem ser detectado.

Bom, é pá, isto nunca me aconteceu, mas eu me acessivo.

Mas, repare, depois do passo um, ele já conseguia pensar.

Claro, claro.

Eu consigo imaginar-me a seguir todos estes passos, eu sinto que eu estou vindo, é uma

alma gêmea.

Eu consigo visualizar-me, quatro, cinco anos de idade da minha mente, a pensar nisso.

Talvez até mais.

Talvez eu achasse-te boa ideia aí, já na casa dos vinte.

Talvez explique-me porque, deias, não arranjava namorada.

Adiante.

Bom, o primeiro passo, diz o nosso ouvinte, foi um sucesso.

Urinem-me todos sem grandes problemas, até que soube bem.

Se não em inverno estivesse frio, até aquecia.

O segundo, o nosso mais complicado, diz-lhe, é porque aprendemos o jogo do galo e o rei

dos bons só ia jogar aquela porcaria e eu só queria estar sossegado, virado como

um maluco para a parede, para passar despercebido.

Por obra divina, ninguém reparou que eu estava de todo urinado, em certo grande momento

chegou, veio mamãe buscar o seu filho, eu aproveitei a porta de estancada e pirei-me.

Passei a porta, seguido de passar entre as gradas, só costou a cabeça, bolas.

O quê?

Não sei bem que ele fez isto.

E segui para casa, resultado.

Cheguei a casa, todo mijado.

Levei na boca, perfeito da escola, e a minha mãe levou-me de arrasto de volta para a escola.

Não.

Onde fez que estão de estragar todo o meu plano de ser o mais popular da turma.

Dizendo em voz alta perante as educadoras e a turma que eu mijei todo e como é possível

um miúdo de quatro anos projindo assim.

Pois era isso que eu estava pensando.

Machine-generated transcript that may contain inaccuracies.

Uma ceia de Natal preparada com demasiada antecedência... e uma história de infância que envolve urina.